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Organização Politico-Administrativa, Servidores Públicos

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MONITORIA DE DIREITO CONSTITUCIONAL II
 Bons estudos!
ORGANIZAÇÃO POLITICO-ADMINISTRAIVA
O art. 1º da CF traz a distinção entre forma de Estado e a forma de Governo. A forma de Estado se refere à divisão do Estado. Segundo essa classificação o Estado pode ser federado ou unitário. O Brasil é um Estado federado, que é composto por uma unidade central, dividida em unidades autônomas descentralizadas, que são os estados-membros (ex. Paraná, Santa Catarina) e os municípios (ex. Curitiba, Florianópolis). A forma de Governo envolve a relação entre governantes e os governados. Segundo essa classificação um Estado pode ser uma monarquia ou uma república. O Brasil é uma República, que significa que o Estado é do povo e o governo é feito para o povo. Além dessas classificações, fala-se, ainda, em sistema de Governo, que se refere à relação entre os poderes Executivo e Legislativo. No Brasil, adotamos o sistema de Governo presidencialista, pelo qual se confere maior autonomia ao Poder Executivo.
2 - FEDERAÇÃO 
A grande característica do Estado Federal decorre de sua soberania, ao passo que os entes federados possuem apenas autonomia.
Vista a diferença entre Estado Federal e entes federados, vejamos, na sequência, as principais características do federalismo. 
 A repartição de poderes constitui uma das principais características da Federação. Consiste no fato de que o poder não está concentrado nas mãos de uma única pessoa. Assim, temos o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário. 
• A repartição de competência também é característica da Federação. Em razão dessa característica, a Constituição Federal (CF) ocupa-se, conforme veremos adiante, da divisão de competência a cada um dos entes federativos (União, estados-membros, Distrito Federal e municípios).
Por descentralização política, característica da Federação, devemos compreender que um ente não se submete à vontade dos demais entes, de modo, que um ente não pode impor sua vontade sobre os demais.
A capacidade de auto-organização dos estados-membros constitui característica marcante na estrutura da Federação e revela-se pelo poder de elaborar constituição própria. Em relação aos municípios a referida capacidade envolve a edição de leis orgânicas, para a organização de suas atividades locais.
A autonomia constitui característica da Federação, de modo que não há que se falar em hierarquia entre os entes federados. Por isso, é incorreto o pensamento de que a União manda dos estados e estes nos municípios. Todos são autônomos, cada um atuando dentro de sua esfera de competência.
A vedação à secessão constitui característica importante, pois se veda qualquer tentativa dos estados-membros se desvincularem da Federal. Essa característica é importante para distinguir a Federação da Confederação
Destaca-se como característica da Federação a existência de uma constituição rígida, cujo procedimento de alteração do texto constitucional é dificultoso, em regra pela exigência de quóruns e procedimento específicos. Aponta-se, também, a existência de órgão representativo dos estados-membros na vontade nacional. Isso ocorre no Brasil por intermédio do Senado Federal, que tem a finalidade de representar os Estados membros dentro do Congresso Nacional. Note-se que inexiste, em nível municipal, órgão semelhante que represente o ente perante o estado ou perante a União
Por fim, é característica essencial da Federação a repartição de receitas, que constitui instrumento que viabiliza o autogoverno e a capacidade de autoadministração.
Em resumo:
Por fim, nossa Federação erigiu-se de dentro para fora, ou seja, é de formação por desagregação (centrifugo), uma vez que, historicamente, o poder estava concentrado nas mãos de governante único, que dividiu.
3 - ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Nossa Federação é composta pelos seguintes entes federados: União, estados-membros, Distrito Federal e Municípios.
União: pessoa jurídica de direito público interno, que goza de autonomia, ao representar o Brasil em suas relações internacionais como República Federativa do Brasil fica dotada de soberania, os demais possuem apenas autonomia.
Estados-membros: são dotados de autonomia para se auto organizar, na medida em que elaboram as próprias Constituições, e autogovernar, vez que agem sem interferência dos demais poderes.
Municípios: possuem autonomia, que se revela pela auto-organização, na medida em que fixam as próprias leis orgânicas, e pelo autogoverno.
Distrito Federal: ente da Federação com característica peculiar na medida em que cumula competências dos estados-membros e dos municípios.
Nesse contexto, a Constituição Federal, a partir do art. 18, passa discorrer sobre a organização político administrativa da República.
Incorporação/subdivisão/desmembramento de Estados ou Territórios, depende:
Aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito; e Lei complementar do Congresso Nacional. No§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de MUNICÍPIOS, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A repartição de competência, conforme vimos no início, constitui característica fundamental da Federação. Assim, nossa CRFB distribuiu entre os entes competências administrativas, competências tributárias e competências legislativas. Desse rol, não vamos analisar apenas as competências tributárias, assunto não abordado em edital.
Nossa Constituição utilizou na repartição de competências o que se denomina de modelo vertical, que consiste com rígida fixação de competência por matérias, no qual um ente federado não pode interferir noutro.
O texto constitucional, para delimitar as competências vale-se do princípio da predominância de interesses.
Primeiramente devemos observar que a competência da União e dos municípios são expressamente previstas na CRFB, ao passo que as competências dos estados-membros, por serem residuais, não estão expressamente declinadas no texto constitucional.
Segundo, o Distrito Federal, em razão de sua natureza peculiar, cumula competências dos municípios e dos estados membros.
Na sequência passaremos ao estudo das competências de forma analítica. A fim de facilitar o estudo, classificam-se as competências em:
Competências exclusivas da União
Constitui o conjunto de competências previstas no art. 21 da CRFB, que são competências administrativas (materiais) indelegáveis.
Explorar (diretamente ou por autorização, concessão ou permissão): 
Competências privativas da União
Estão previstas no art. 22, da CRFB, e envolve atribuições legislativas, que são delegáveis. A delegação, entretanto, é medida excepcional e ocorrerá mediante edição de lei complementar da União para que os estados-membros legislem sobre competência privativa da União. Ainda, assim, os estados-membros possuem competência para legislar apenas sobre assuntos específicos.
Note-se, portanto, que não haverá possibilidade de município legislar os assuntos dispostos no art. 22, uma vez que a regra é que sejam disciplinadas pela União, que, excepcionalmente, poderá delegar aos estados-membros.
Competências comuns
Também são denominadas de competências paralelas ou cumulativas. A competência comum envolve atribuições administrativas que serão de competência de todos os entes abarcando a União, estados-membros, Distrito Federal e municípios. Bom ressaltar que inexiste qualquer forma de subordinação entre os entes para administrar as matérias constantes do art. 23, da CRFB.
Competência Concorrente
São atribuições de cunho legislativo que serão atribuições da União e dos estados-membros. Incialmente, portanto, devemos fixarque essas matérias não abrangem os municípios. Logo municípios não podem legislar sobre matérias do art. 24, CRFB.
Ao contrário da competência comum, as esferas de atuação da União e dos estados-membros dentro da mesma matéria são distintas.
À União compete, dentro da competência concorrente, estabelecer normas gerais; 
Aos estados-membros, em termos de competência concorrente, lhe é assegurada a atribuição de legislar sobre questões específicas. 
Contudo, há uma questão específica importante. Poderá ocorrer de a União não legislar sobre a matéria. Nesse caso, ao estado-membro é assegurado a competência legislativa plena, vale dizer, o estado além de disciplinar as questões específicas, que lhe é próprio, poderá disciplinar as normas gerais, devido à inexistência de normas gerais pela União.
O contrário, todavia, não é possível. Não é dado à União legislar sobre questões específicas, ainda que a omissão do estado membro.
Por fim, cumpre mencionar que, caso o estado valha-se da competência legislativa plena devido à omissão da União e sobrevier normas gerais da União haverá suspensão da eficácia das normas gerais estabelecidas pelo estado-membro.
ESTADOS-MEMBROS
Conforme vimos acima, a competência dos estados-membros é residual, de modo, que aquilo que não for de competência expressa da União ou dos municípios será de competência dos estados-membros. Em razão disso, ao contrário do que até então presenciamos no texto constitucional, não existe para os estados-membros um extenso rol de competência.
De todo modo, houve por bem o legislador constitucional, deixar duas competências expressas, quais seja:
Exploração de gás canalizado (não poderá se por medida provisória); e 
Instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (deverá ocorrer por lei complementar).
DISTRITO FEDERAL
É uma unidade caracterizada como autônoma que possui dentre as características de: 
Auto-organização: ver artigo 32, caput
Autoadministração: terá eleições para governador e vice-governador bem como para deputados distritais como bem assevera o artigo 32 parágrafos 2º e 3º 
Auto legislação: decorrentes da competência legislativa que podem ser expressas por meio da elaboração da sua própria lei orgânica 
 •residual refere-se aquelas competências que não forem vedadas ao DF estará reservada
 •delegada: mediante lei complementar a União poderá autoriza o DF a legislar sobre questões especificas das matérias de sua competência privativa.
 •Concorrente: elenca a concorrência da união em legislar sobre normas gerais e ao que concernem ao DF sobre normas especificas
 •. Suplementar: Em casos em que o legislador da União for omissa, o Distrito Federal poderá suplementa-la e passar a regular regras sobre o assunto, importante ressaltar que se vinher uma norma posterior federal tratando da matéria a norma distrital terá sua eficácia suspensa, caso em que for contraria as normas editadas posteriormente pela União
 •Interesse local 
 •. Tributaria expressa
E por fim não legislativas que podem ser caracterizadas como comum pois são conferidas a todos os entes federativos; União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
O DF não poderá ser dividido em municípios, já os estados e territórios conforme vimos podem ser divididos, sua autonomia é parcialmente tutelada pela união pois não há vinculação da polícia civil, militar, pertencentes ao ente, embora subordinadas ao Governo do Distrito Federal, são mantidas pela União. Observar que o Poder Judiciário, Ministério Público Do Distrito Federal e Território são organizados e mantidos pela União. Com a EC 69/12 transferiu da União para o DF as atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública Do DF, com ressalva de aplicando os mesmos princípios e regras que nos conformes ditames da CF, regem as Defensorias Públicas do Estado.
MUNICÍPIOS 
Na atual CF, os Municípios são entes federados, dotados, portanto, de autonomia (gozam de auto-organização, auto legislação, autogoverno e autoadministração). São pessoas jurídicas de direito público interno. Em relação aos demais entes federados, os Municípios apresentam certas peculiaridades. Inexiste, por exemplo, Poder Judiciário Municipal.
Os Municípios não possuem, tecnicamente, constituição. São regidos por Lei Orgânica, votada em dois turnos, com intervalo mínimo de 10 dias, e será aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal. A Lei Orgânica é aprovada pela Câmara Municipal e não pela Assembleia Legislativa, conforme alternativa presente em recente questão do Exame Unificado da Ordem.
Em relação à distribuição de competências, os Municípios possuem:
Competência administrativa (ou material): 1. Comum (art. 23 da CF), exercida paralelamente com os demais entes federados; e 2. Privativa (enumerada): exercida com exclusividade nos termos do art. 30, incisos III a IX da CF.
Competência legislativa: 1. Exclusiva: exercida com fundamento no princípio da predominância, cabendo aos Municípios legislar sobre “assuntos de interesse local” (art. 30, inciso I e art. 182, §1º, ambos da CF); 2. Suplementar: cabe aos Municípios suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, e sempre atento à predominância de interesses (interesses locais – art. 30, inciso II, da CF). Sobre o princípio da predominância do interesse, observe o teor da súmula 645 do STF: “é competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial”. Neste caso, entendeu o Supremo que referida matéria (funcionamento dos estabelecimentos comerciais) é de interesse local.
Competência tributária expressa: art. 156 da CF.
INTERVENÇÃO FEDERAL
A intervenção federal consiste no afastamento temporário das prerrogativas totais ou parciais próprias da autonomia dos Estados, pela União, prevalecendo a vontade do ente interventor.
        A intervenção é medida excepcional de defesa do Estado federal e de proteção às unidades federadas que o integram.
        União não intervirá nos Estados e no Distrito Federal exceto nas hipóteses dos pressupostos materiais previstos no art. 34º da Constituição Federal. Tais hipóteses configuram situações que presumivelmente colocam em risco, potencial ou atual, a própria unidade nacional e a integridade da Federação.
        A intervenção é autorizada para repelir invasão estrangeira e para impedir que o mau uso da autonomia pelos Estados-Membros resulte na invasão de um Estado em outro; na perturbação da ordem pública; na corrupção do Poder Público estadual; no desrespeito da autonomia municipal.
        Além dos pressupostos materiais, que são as hipóteses elencadas no art. 34º - CF, o ato de intervenção está sujeito a certos pressupostos formais: quanto à sua efetivação, limitação e requisitos. (art. 36 – CF)
ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO FEDERAL
- INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA
        Neste caso o Presidente age de ofício (art. 34º, I, II, III e IV – CF);
- INTERVENÇÃO PROVOCADA POR SOLICITAÇÃO
        Quando reacair coação ou impedimento dos Poderes Legislativo ou Executivo, de exercerem suas atividades nas unidades, deverão por solicitar o decreto da intervenção federal ( art. 34º, IV, combinado com, o art. 36º, I, primeira parte);
- INTERVENÇÃO PROVOCADA POR REQUSIÇÃO
   • se a coação for exercida contra o Poder Judiciário, a decretação da intervenção dependerá de requisição ao Supremo tribunal Federal (art. 34º, IV, combinado com o art. 36º, I, segunda parte);
 • no caso de desobediência a ordem ou decisão judicial, a decretação dependerá de requisição do STF, STJ ou TSE, de acordo com a matéria (art. 34º, VI, segunda parte, combinado com, o art. 36º, II);
- INTERVENÇÃO PROVOCADA, DEPENDENDO DO PROVIMENTO DE REPRESENTAÇÃO
 • no caso de ofensa aos princípios constitucionais sensíveis, previstos no art. 34º, VII – CF, a intervenção federal dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Geral da República (art. 34º, VII combinado com o art. 36º, III, primeira parte);• para prover a execução de lei federal a intervenção dependerá de provimento de representação do Procurador-Geral da República pelo STF (art. 34º, VI, primeira parte, combinado com, o art. 36º, III, segunda parte)
EFETIVAÇÃO DA INTERVENÇÃO
        A efetivação da intervenção federal é de competência privativa do Presidente da República (art. 84º, X), através de decreto presidencial de intervenção, ouvidos os dois orgãos superiores de consulta, Conselho da República (art. 90, I), e o Conselho de Defesa Nacional (art.91º, § 1º, II), sem qualquer vinculação do Chefe do Executivo nos respectivos pareceres.
        O decreto presidencial deverá ser apreciado pelo Congresso Nacional que realizará o controle político sobre o decreto de intervenção expedido pelo Executivo. A apreciação deverá ser feita em 24 horas (art. 36º, § 1º - CF). Se não estiver em funcionamento, será convocado extraordinariamente, no prazo de 24 horas (art. 36º, § 2º - CF).
HIPÓTESES DE DISPENSA DO CONTROLE POLÍTICO
        Excepcionalmente, é dispensada a apreciação do Congresso Nacional. Casos em que o decreto se limitará a suspender a execução do ato impugnado (art. 36, § 3º). As hipóteses em que o controle político é dispensado são:
        • para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34º, VI – CF)
    • assegurar a observância dos princípios constitucionais, quando houver afronta (art. 34º, VII – CF);
AFASTAMENTO DAS AUTORIDADES ENVOLVIDAS
        O decreto especificará a amplitude, prazo e condição de execução (art. 36º, § 1º - CF), o Presidente nomerá, quando necessário, interventor, afastando as autoridades envolvidas.
        Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas voltarão aos seus cargos, salvo impedimento legal (art. 36º, § 4º).
REQUISITOS DA INTERVENÇÃO (pressupostos materiais)
        A decretação de intervenção está prevista no art. 34º - CF:
a)      manter a integridade nacional
b)      repelir invasão estrangeira ou uma unidade da Federação a outra;
c)      pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
d)     garantir o funcionamento de qualquer dos Poderes da Federação;
e)      reorganizar as finanças da unidade da Federação;
f)       prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
g)      assegurar a observância dos princípios constitucionais elencados no art. 34º, VII;
INTERVENÇÃO ESTADUAL
       As hipóteses de intervenção estadual e federal (em municípios localizados em Territórios Federais) estão previstas no art. 35º - CF, sendo cabíveis quando:
- deixar de ser paga, semmotivo de força maior, por 2 anos consecutivos, a dívida fundada;
- não forem prestatadas as contas devidas, na forma da lei;
- falta de aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços de saúde;
- quando o tribunal de Justiça der provimento à representação de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou decisão judicial;
DECRETAÇÃO E INTERVENÇÃO DA EXECUÇÃO ESTADUAL
        A decretação da intervenção estadual é de competência privativa do Governador do Estado, por meio de decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e, quando couber, nomeará interventor.
CONTROLE EXERCIDO PELO PODER LEGISLATIVO
            A Consituição estabelece a realização de controle político, devendo o decreto de intervenção ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa, no prazo de 24 horas. Na hipótese de não estar funcionando haverá convocação extraordinária no prazo de 24 horas.
HIPÓTESES DE DISPENSA DO CONTROLE POLÍTICO EXERCIDO PELA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
        Como regra geral, o decreto legislativo será apreciado pela Assembleia Legislativa, excepcionalmente, ocorre a dispensa da apreciação, conforme previsto no art. 36º, § 3º. A hipótese em que o controle político é a seguinte:
art. 35º, IV –
“ o Tribunal de Justiça der provimento à representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou decisão judicial”.
AFASTAMENTO DAS AUTORIDADES ENVOLVIDAS
        No decreto interventivo que especificará a amplitude, o prazo e condições de execução (art. 36º, § 1º - CF), o Governador nomeará, quando necessário interventor, afastando as autoridades envolvidas.
        Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos voltarão, salvo se houver impedimento legal (art. 36º, § 4º - CF).
SERVIDOR PUBLICO 
Chama-se servidor público a pessoa física que presta serviços ao estado e às entidades da administração indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos. O servidor público civil é titular de cargo público, mantém relação estatutária e integra o quadro da administração direta, autarquia ou fundação pública.
 	Se o cargo público for de provimento efetivo (estável, diferente do cargo em comissão), será obrigatória a exigência de concurso público de provas ou de provas e títulos. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. A ordem de chamada dos concursados deve seguir a lista de aprovação. Se essa ordem de chamada for desobedecida, haverá direito líquido e certo do preterido de ser nomeado. As funções comissionadas, destinadas aos cargos de direção, chefia e assessoramento são exercidas somente por servidores de carreira efetivos. Os cargos em comissão (demissíveis ad nutum, a qualquer momento) podem ser exercidos por qualquer pessoa que preencha os requisitos para acesso a cargos públicos, mesmo sem concurso, devendo ser reservado um percentual para os servidores efetivos.
O servidor público em seu conceito genérico não somente faz parte da administração pública, ele efetivamente é o estado, ente abstrato, representado por pessoas físicas, que exercerão seu cargo ou função visando ao interesse público e ao bem comum, conforme reza a teoria subjetiva da Administração Pública. 
É direito do servidor público civil: livre associação sindical, greve (matéria pendente de regulamentação); subsídio ou remuneração fixado em lei, revisado anualmente e irredutível. A “remuneração” do servidor representa a soma dos vencimentos com as vantagens a que ele tem direito. Certos cargos possuem um regime especial de pagamento chamado subsídio, como, por exemplo, os magistrados, os membros do Ministério Público, os defensores públicos, policiais, cargos eletivos, Ministros de Estado, etc. A diferença entre a remuneração e o subsídio é que este é pago necessariamente em parcela única, vedando-se qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio ou verba de representação. O teto, ou seja, o valor máximo das remunerações, subsídios e aposentadorias, é o valor do subsídio mensal que recebem os Ministros do Supremo Tribunal Federal. Esse teto deve ser definido por lei de iniciativa conjunta dos três poderes.
A relação jurídica que une o poder público aos titulares de cargos públicos é de natureza estatutária, institucional. Isto significa que o estado pode alterar legislativamente o regime de direitos e obrigações recíprocas, existentes à época do ingresso no serviço público.
A doutrina entende que há três tipos de servidores públicos:
 Os servidores estatutários, ocupantes de cargos públicos providos por concurso público, de acordo com o art. 37, II, da constituição federal. São regidos por um estatuto, estabelecido em lei, para cada uma das unidades da federação. Os novos servidores, ao serem investidos no cargo, já ingressam numa situação jurídica previamente delineada.
 Os empregados públicos, ocupantes de emprego público, e também provido por concurso público (art. 37, II, da CF). São também chamados de funcionários públicos, e contratados sob o regime da CLT. Seus cargos são preenchidos através de concurso público e submetem-se a todos os demais preceitos constitucionaisreferentes à investidura, acumulação de cargos, vencimentos e determinadas garantias e obrigações previstas no Capítulo VII da constituição. O servidor público celetista subordina-se a dois sistemas, integrados e dependentes: o da administração pública e também ao sistema funcional trabalhista. O primeiro impõe regras da impessoalidade do administrador, da publicidade, da legalidade, da moralidade administrativa, da oportunidade, bem como motivação do ato administrativo. No segundo temos os contornos dos direitos e deveres mútuos na execução do contrato e dos efeitos da extinção do mesmo. A administração Pública quando contrata pela CLT, equipara-se ao empregador privado, sujeitando-se aos mesmos direitos e obrigações deste.
 Já os servidores temporários são contratados para exercer funções temporárias, por meio de um regime jurídico especial, disciplinado em lei de cada unidade da federação. Não é admitida a posterior admissão deste servidor para cargo efetivo sem a realização de concurso público.
	A política de remuneração dos servidores deverá, na fixação dos padrões de vencimento e vantagens, observar:
a) natureza, grau de responsabilidade e complexidade da função;
b) requisitos para investidura; e
c) peculiaridades dos cargos.
	O valor das remunerações e dos subsídios deve ser publicado anualmente (princípio da publicidade). Devem ser previstos cursos e programas de aperfeiçoamento dos servidores públicos, o que deve ser requisito para promoção na carreira. Somente em quatro casos será possível a acumulação de cargos e aposentadorias na Administração Pública Direta ou Indireta, quais sejam:
- dois Cargos de professor;
- dois Cargos na área de saúde;
- Um cargo de nível superior com outro de professor; e
- Um cargo de vereador com outro cargo público, desde que haja compatibilidade de horários.
	Ao servidor público federal, estadual ou distrital da Administração Direta, autárquica ou fundacional que assumir cargo público eletivo, serão aplicadas as seguintes regras:
- Ficará afastado do seu cargo, emprego ou função, exceto se for vereador, hipótese na qual, havendo compatibilidade de horários, o servidor pode continuar a exercer sua função, recebendo os proventos de ambos os cargos.
- Se for investido no cargo de prefeito ou vereador sem compatibilidade de horários, o servidor será afastado do cargo, mas pode fazer a opção de qual provento (remuneração ou subsídio) deseja receber: o do seu cargo ou do de prefeito.
- No caso de afastamento, o tempo de serviço será contado como se o servidor estivesse em exercício, inclusive para fins previdenciários, exceto para o fim de promoção por merecimento, obviamente.
	A estabilidade do servidor público significa que ele só perderá o cargo em três hipóteses:
a) sentença judicial transitada em julgado;
b) processo administrativo;
c) avaliação periódica de desempenho.
	Antes da estabilidade, será exonerado o servidor que não for aprovado no estágio probatório (3 anos) ou que tomar posse, mas não entrar em exercício. Existe ainda outro caso de perda do cargo – inserido no texto constitucional pela Emenda Constitucional nº. 19/98 – Que ocorrerá para adequar as finanças do Estado aos percentuais previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, podendo alcançar inclusive servidores já estáveis. Nesse caso, deverão ser reduzidos, primeiramente, 20% dos cargos em comissão e os dos servidores não estáveis. Não sendo o bastante, deverão perder o cargo os servidores já estáveis, sendo devida a indenização de uma remuneração por ano de serviço.
QUESTÕES
1. (FCC-2013) compete privativamente à União legislar sobre:
a) responsabilidade por dano a bens e direitos de valor artístico.
b) proteção e defesa da saúde.
c) águas.
d) orçamento.
e) cultura.
2. (FCC- 2012). É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
a) organizar, manter e executar a inspeção do trabalho. 
b) estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
c) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os portos marítimos, fluviais e lacustres. 
d) exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão. 
e) instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.
3. (FCC- 2013). Em relação à repartição constitucional em matéria de competência legislativa, é correto afirmar:
a) Os Municípios possuem competência privativa taxativamente prevista na Constituição Federal.
b) Os Estados poderão delegar sua competência privativa aos Municípios, desde que seja por lei complementar e se refira a ponto específico dentro de uma das matérias de sua competência privativa.
c) A União possui competência privativa taxativamente prevista pela Constituição Federal.
d) A União poderá delegar sua competência legislativa privativa aos Estados e Municípios, desde que seja por lei complementar e se refira a ponto específico dentro de uma das matérias de sua competência privativa.
e) Os Estados possuem competência privativa taxativamente prevista na Constituição Federal.
4. (FCC- 2008) O artigo 18 da Constituição Federal determina que a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos da Constituição. É correto extrair dessa norma constitucional, entre outras conclusões, que: 
a) não poderão ser criados novos Estados-membros além dos já previstos na Constituição Federal. 
b) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios foi assegurado o exercício das competências legislativas e administrativas atribuídas à União.
c) os Municípios estão sujeitos às normas da Constituição Federal, mas não às da Constituição do seu respectivo Estado. 
d) a criação de territórios federais é vedada.
e) os territórios federais não são dotados de autonomia política. 
5. (FCC 2012) O Governador do Estado do Pará teve a ideia de subdividir esse Estado em mais dois Estados, cuja subdivisão só poderá ocorrer mediante aprovação: 
a) do Presidente da República, ouvidos os Ministros da Justiça, da Casa Civil e do Planejamento
b) da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
c) da maioria absoluta dos Deputados Estaduais da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, após referendo popular.
d) em dois turnos de votações na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, com aprovação de no mínimo dois terços dos Deputados Estaduais em ambos os turnos de votação.
e) das Câmaras Municipais por maioria absoluta, cujos Municípios sejam afetados pela subdivisão do Estado.
6) Qual das situações abaixo não constitui causa de intervenção da União nos Estados ou no Distrito Federal:
a) manter a integridade
b) repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outras
c) garantir o livre-exercicio de exercício de qualquer dos Poderes da unidade da Federação
d) prover a execução da lei federal, ordem ou decisão judicial
c) violar as regras do sistema financeiro nacional
7) Assinale a opção correta com relação ao federalismo brasileiro:
a) o federalismo brasileiro, quanto à sua origem, é um federalismo por agregação
b) existia no Brasil um federalismo de segundo grau até a promulgação da CF, após a qual o país passou a ter um federalismo de terceiro grau
c) uma das características comuns a federação e à confederação é o fato de ambas serem indissolúveis
d) a federação é o sistema de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais
e) os territórios federais são considerados entes federativos
8) Segundo a Constituição Federal, o Estado que não investir no mínimo 25% da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino ficará sujeito à intervenção federal, decretada pelo Presidente da República:
a) independentementede prévio julgamento da matéria pelo STF, devendo o decreto interventivo ser submetido à apreciação do Congresso Nacional no prazo de 24 horas; retenção, pela União, de transferências de recursos previstas na Constituição Federal.
b) após o julgamento, pelo STF, de representação interventiva proposta pelo Procurador-Geral da República, dispensada a submissão do decreto interventivo à apreciação do Congresso Nacional; retenção, pela União, de transferências de recursos previstas na Constituição Federal; vedação de aumento das despesas com pessoal.
c) após o julgamento, pelo STF, de representação interventiva proposta pelo Procurador-Geral da República, devendo o decreto limitar-se a suspender a execução do ato impugnado perante o STF, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade, caso em que será dispensada sua submissão à apreciação do Congresso Nacional; retenção, pela União, de transferências de recursos previstas na Constituição Federal.
d) após o julgamento, pelo STF, de representação interventiva proposta pelo Procurador-Geral da República, devendo o decreto limitar-se a suspender a execução do ato impugnado perante o STF, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade, caso em que será dispensada sua submissão à apreciação do Congresso Nacional.
e) independentemente de prévio julgamento da matéria pelo STF, devendo o decreto interventivo ser submetido à apreciação do Congresso Nacional no prazo de 24 horas; retenção, pela União, de transferências de recursos previstas na Constituição Federal; vedação de aumento das despesas com pessoal.
9) À luz das normas constitucionais de repartição de competências legislativas entre os entes federativos cabe à União: 
a) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, cabendo aos Estados o exercício da competência suplementar.
b) legislar, privativamente, sobre ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação, sem prejuízo da competência estadual para proporcionar os meios de acesso à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação. 
c) legislar, privativamente, em matéria de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as Administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios e para as empresas públicas e sociedades de economia mista.  
d) e aos Estados legislar, concorrentemente, sobre conflitos de competência em matéria tributária, cabendo à União a edição de normas gerais e aos Estados o exercício da competência suplementar. 
e) legislar, privativamente, em matéria de responsabilidade por dano ao consumidor, sem prejuízo da competência estadual para instituir órgãos públicos de defesa do consumidor.
10) Suponha que lei de determinado Estado da federação institua a obrigatoriedade de as empresas operadoras de telefonia fixa e móvel constituírem cadastro de assinantes interessados em receber ofertas de produtos e serviços, a ser disponibilizado às empresas prestadoras de serviço de venda por via telefônica. Nessa hipótese, referida lei seria:
Inconstitucional, por versar sobre matéria sujeita à lei complementar.
Constitucional, por se tratar de matéria de competência comum de União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Constitucional, por se tratar de matéria de competência legislativa concorrente de União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Inconstitucional, por versar sobre matéria de competência legislativa privativa da União.
Constitucional, por se tratar de matéria competência legislativa suplementar dos Estados.
Parte superior do formulário
GABARITO
1. C
Comentário: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
2. B
Comentário: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
XII - estabelecer a implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
3. C
Comentário: a) ERRADA porque, em matéria legislativa, município não tem competência privativa, tem competência exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I) e competência suplementar para suplementar a legislação federal ou estadual, no que couber (art. 30, II);
b) ERRADA porque estado-membro também não tem competência privativa. Eles têm, essencialmente, competência remanescente (art. 25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição), além das competências concorrente, comum, delegada da União (art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo) e tributária;
c) CORRETA (Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre...);
d) ERRADA, pois a União pode delegar aos Estados, não aos Municípios (art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo);
e) ERRADA, só a União possui competência privativa expressa na CF.
4. E
Comentário: Não são entes federativos, mas apenas integram a estrutura da União, na qualidade de autarquias territoriais (possuem apenas autonomia ADMINISTRATIVA - São entes administrativos, mas não entes políticos ou federativos). Justamente por isso, NÃO POSSUEM AUTONOMIA POLÍTICA, NEM AUTOGOVERNO, NEM AUTOADMINISTRAÇÃO NEM AUTO-ORGANIZAÇÃO.
5. B
Comentário: CFRB, Art. 18
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 
6) Resposta letra E. Artigo 34, I, II, IV e VI, da CF
7). Alternativa B. A letra “A” está errada, pois o federalismo brasileiro surgiu por desagregação. A letra “C” está errada, porque, diferentemente da federação, na confederação se reconhece o direito de segregação. A letra “D” está errada, uma vez que a federação não é sistema de governo (presidencialismo ou parlamentarismo), mas forma de Estado. Por fim letra “E” está errada, pois os Territórios federais, se criados, não terão autonomia federativa, sendo meras autarquias, uma extensão da união.
8) Letra “D”. Ver artigo 34, VI, “e”. Artigo 36, III, parágrafo 3º.
9) letra A. Ver artigo 24, I, parágrafo 1º.
10) LETRA D. A competência para legislar sobre serviços de telecomunicações é privativa da União (artigo 22, XI e artigo 22, IV, da CF). Logo, é inconstitucional lei estadual que verse sobre este tema.
SERVIDORES PUBLICOS
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1) Observada a Constituição da República, é INCORRETO afirmar sobre a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração pública:
A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do artigo 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica.
O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Os subsídios dos demais magistrados não poderão exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores.
 O limite estabelecido para a remuneração e os subsídios dos membros dos Poderes não se aplica aos detentores de mandato eletivo e aos demais agentes políticos.
Alternativa D) Artigo 37 XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se comolimite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.
2) Tércio Romano é empregado na área administrativa de uma sociedade de economia mista e foi convidado para ser assessor de um Vereador do Município onde é domiciliado. Tércio tem dúvida se pode, legalmente, aceitar a indicação para este cargo em comissão remunerado.
Nessa situação, com base no que dispõe a Constituição Federal sobre a acumulação de cargos públicos, é correto afirmar que Tércio
está autorizado a acumular o cargo público com o emprego, uma vez que, em ambos, Tércio exercerá funções técnicas, que admitem a acumulação.
poderá acumular o cargo público com o seu emprego, uma vez que este é vinculado a uma sociedade de economia mista, o que não impede a acumulação de cargos no serviço público.
não poderá acumular o cargo de assessor de Vereador com o seu emprego, por vedação Constitucional, exceto se for exercer função técnica ou na área da saúde.
não poderá aceitar o cargo de assessor do Vereador, sob pena de violar a Constituição, que não permite tal acumulação.
Poderá acumular o cargo público com o seu emprego, apenas se houver compatibilidade de horários.
Resp.: d) não poderá aceitar o cargo de assessor do Vereador, sob pena de violar a Constituição, que não permite tal acumulação.
RESPOSTA
Neste caso, Tércio não poderia acumular o ''emprego público'' com o ''cargo em comissão'', pois diz o Art.37, XVI: XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
Portanto, não poderia ser a letra E, pois não há previsão constitucional para esta acumulação, apenas os supracitados, pois a regra é a vedação à acumulação de cargos públicos, aplicando também aos cargos em comissão.
A aposentadoria especial do servidor público está definida no art. 40, § 4º).
3) Chronos, servidor público federal, exerce atividade considerada insalubre em órgão da Administração pública direta há mais de vinte e cinco anos. Deseja obter uma aposentadoria especial, mas está impossibilitado de adquiri-la, na medida em que a Constituição da República determina que a definição da aposentadoria especial de servidor público depende de lei complementar, a qual ainda não fora aprovada pelo Congresso Nacional. Neste caso, Chronos: 
a) deve migrar para o regime geral de previdência social e solicitar a equivalência do tempo de contribuição por meio de certidão específica
b) não tem legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade por omissão, embora seu caso esteja relacionado à ausência de norma infraconstitucional definidora de um direito constitucional que deveria usufruir.
c) dependerá de sua organização sindical para promover defesa de seu direito em juízo, pois, no caso de mora legislativa, apenas os órgãos de representação coletiva possuem legitimidade ativa para esse fim, resguardado o respeito à pertinência temática.
d) poderá impetrar mandado de injunção no Superior Tribunal de Justiça, pois a iniciativa de lei complementar que disponha sobre aposentadoria de servidores públicos é privativa do Presidente da República.
e) poderá impetrar ação popular para a garantia da moralidade do Poder Legislativo, ficando isento das custas judiciais e do ônus da sucumbência.
RESPOSTA
 Alternativa A: incorreta.
 A ação popular está baseada no art. 5o, inciso LXXIII.
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Ocorre que o objeto (falta da Lei Complementar) não se encontra entre os motivos que permitem impetrar a Ação Popular.
Alternativa B: Incorreta.
         Migrar para o RGPS? O máximo que poderia ocorrer é a adoção das regras adotadas pelo RGPS, porém não se trata de “migrar”, mas de aplicar as regras daquele regime. Aliás, há jurisprudência nesse sentido.
Alternativa D: Incorreta.
Alternativa E: Incorreta
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
         O Mandado de Injunção seria o remédio constitucional adequado a ser impetrado pelo servidor, porém, como se trata da ausência de uma lei (Lei Complementar) deveria ser impetrado perante o STF, conforme o art. 102, q, da Constituição.
Art. 102, q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
Resposta: C
4) A respeito do tratamento dado aos servidores públicos pela CF, assinale a opção correta.
O agente de autarquia federal responde pessoal e exclusivamente pelos danos que, nessa qualidade, causar a terceiros.
O servidor público de órgão da administração direta investido no mandato de senador da República poderá acumular ambas as funções.
A perda de função pública em razão de improbidade administrativa prejudica eventual ação penal cabível.
É imprescritível a ação de ressarcimento de prejuízo ao erário decorrente de ato ilícito praticado por servidor.
 É vedada a percepção simultânea de proventos decorrentes de aposentadoria em cargo público com a remuneração de outro cargo público, independentemente de serem eles acumuláveis.
Alternativa correta letra D pois segundo o que dispõe o artigo 37, parágrafo 5º- A lei estabelecera os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízo ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

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