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Momento de aplicação do fungicida

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01
06
Edição
Santa Maria, RS
fevereiro, 2015
Autor
A eficiência de controle do fungicida sobre a doença em uma cultura esta relacionada diretamente com 
o momento em que o ingrediente ativo (i.a.) é aplicado sobre o estágio da patogênese, não interessando 
o estádio fenológico da cultura. Assim, a planta pode estar em estádio vegetativo ou reprodutivo que os 
momentos Preventivo, Curativo e Erradicante (Figura 1) estarão presentes a partir da aplicação e serão 
decisivos para a sequência do programa de aplicações. Esta relação produto-patógeno será fundamental 
para o desempenho do controle, sendo menor quanto maior for o estabelecimento da relação 
patógeno-hospepedeiro.
Momento de aplicação do fungicida
Figura 1. Momento de aplicação dos fungicidas de acordo com a interação do patógeno-hospedeiro e sua relação com a eficiência 
de controle químico obtida.
Marcelo Gripa Madalosso
Instituto Phytus / URI Santiago
Deposição: Independente da característica de disseminação do patógeno, o esporo disperso no ar 
precisará encontrar o hospedeiro e a precipitação leve acaba por auxiliar. A chegada do esporo sobre o 
tecido da planta estará disponível para iniciar a interação com o hospedeiro. 
Germinação: Não havendo aplicação preventiva, os processos bioquímicos de germinação serão 
estimulados imeditatamente, desde que sejam cumpridas as condições mínimas de molhamento foliar e 
luz exigidas por cada fungo. A partir dessa interação positiva, haverá formação do tubo germinativo para 
reconhecimento do tecido do hospedeiro e procura de aberturas naturais ou formação de estruturas de 
fixação, como apressório, dependendo do patógeno.
Até este momento, havendo disponibilidade de i.a. de fungicida sobre os tecidos do hospedeiro, as 
estruturas do fungo entrarão em contato com o i.a. e provocará sua morte ou em alguns casos, 
paralisação. Este i.a. estará disponível sobre o hospedeiro devido à aplicação PREVENTIVA, portanto antes 
da chegada do esporo. Este posicionamento preventivo confere o maior eficácia possível ao produto 
aplicado, visto que a absorção do i.a. pelo tecido sadio é fundamental para proteção desse e maior 
período residual de controle, principalmente para grupos químicos das estrobilurinas e carboxamidas.
Penetração: O esporo já desenvolveu o tubo germinativo até o melhor ponto da epiderme do hospedeiro, 
iniciando a produção do apressório. Esta interação significativa entre patógeno e hospedeiro dará inicio a 
um processo de produção de mecanismos de ataque por parte do patógeno, contra mecanismos de 
defesa por parte do hospedeiro. Este último, geralmente ficando em desvantagem, não resistindo ao inicio 
do processo de infecção devido a grande capacidade do patógeno de sintetizar enzimas cutinases, 
pectinases, celulases, etc causando a lise da parede celular e membrana plasmática.
A partir deste momento, iniciará o processo de infecção do patógeno sobre o hospedeiro onde qualquer 
aplicação de fungicidas será de caráter curativo sobre os tecidos do hospedeiro. A eficiência de controle 
do fungicida aplicado neste momento será menor que se ocorresse preventivamente, e tão baixa quanto 
maior for o avanço da infecção do patógeno a partir deste ponto.
Colonização: Com o sucesso da infeção do patógeno sobre o hospedeiro, ocorrerá a colonização dos 
demais tecidos no entorno do ponto inicial da penetração, perfazendo o estabelecimento do patógeno. 
Até este período o conceito de curativo ainda se mantém, visto que ele se estabelece somente entre os 
momentos entre pré e pós sintoma.
Reprodição (sintomas): Satisfeita a condição de colonização e ausência de controle, o patógeno dará 
início à última etapa da relação patógeno-hospedeiro, a reprodução e, por conseguinte a expressão dos 
sintomas na planta. Todas as aplicações realizadas após a esporulação serão consideradas erradicantes, 
imprimindo baixa eficácia de controle químico e consequentemente um menor período residual, 
comparada com aplicações que forem realizadas nos estágios iniciais da patogênese.
Além de auxiliar na aplicação, estas informações são importantes para evitar o surgimento de 
tolerância/resistência de fungos a fungicidas que são frutos de aplicações em períodos de multiplicação 
do patógeno (Erradicativas).
02
06
Edição
Santa Maria, RS
fevereiro, 2015
Autor
Instituti Phytus
Expediente
Duque de Caxias, 2319 - 1º Andar
Medianeira - CEP: 97060-210
Fone: (55) 3217.8223
Santa Maria - RS
www.iphytus.com
Phytus Técnica, 4ª Edição - Setembro de 2014 
Santa Maria, RS
Revisão Técnica: Clarice Balardin
Revisão de Português: Justina Franchi Gallina
Projeto Gráfico e Diagramação:
Phytus Comunicação
Marcelo Gripa Madalosso
Instituto Phytus / URI Santiago
Deposição: Independente da característica de disseminação do patógeno, o esporo disperso no ar 
precisará encontrar o hospedeiro e a precipitação leve acaba por auxiliar. A chegada do esporo sobre o 
tecido da planta estará disponível para iniciar a interação com o hospedeiro. 
Germinação: Não havendo aplicação preventiva, os processos bioquímicos de germinação serão 
estimulados imeditatamente, desde que sejam cumpridas as condições mínimas de molhamento foliar e 
luz exigidas por cada fungo. A partir dessa interação positiva, haverá formação do tubo germinativo para 
reconhecimento do tecido do hospedeiro e procura de aberturas naturais ou formação de estruturas de 
fixação, como apressório, dependendo do patógeno.
Até este momento, havendo disponibilidade de i.a. de fungicida sobre os tecidos do hospedeiro, as 
estruturas do fungo entrarão em contato com o i.a. e provocará sua morte ou em alguns casos, 
paralisação. Este i.a. estará disponível sobre o hospedeiro devido à aplicação PREVENTIVA, portanto antes 
da chegada do esporo. Este posicionamento preventivo confere o maior eficácia possível ao produto 
aplicado, visto que a absorção do i.a. pelo tecido sadio é fundamental para proteção desse e maior 
período residual de controle, principalmente para grupos químicos das estrobilurinas e carboxamidas.
Penetração: O esporo já desenvolveu o tubo germinativo até o melhor ponto da epiderme do hospedeiro, 
iniciando a produção do apressório. Esta interação significativa entre patógeno e hospedeiro dará inicio a 
um processo de produção de mecanismos de ataque por parte do patógeno, contra mecanismos de 
defesa por parte do hospedeiro. Este último, geralmente ficando em desvantagem, não resistindo ao inicio 
do processo de infecção devido a grande capacidade do patógeno de sintetizar enzimas cutinases, 
pectinases, celulases, etc causando a lise da parede celular e membrana plasmática.
A partir deste momento, iniciará o processo de infecção do patógeno sobre o hospedeiro onde qualquer 
aplicação de fungicidas será de caráter curativo sobre os tecidos do hospedeiro. A eficiência de controle 
do fungicida aplicado neste momento será menor que se ocorresse preventivamente, e tão baixa quanto 
maior for o avanço da infecção do patógeno a partir deste ponto.
Colonização: Com o sucesso da infeção do patógeno sobre o hospedeiro, ocorrerá a colonização dos 
demais tecidos no entorno do ponto inicial da penetração, perfazendo o estabelecimento do patógeno. 
Até este período o conceito de curativo ainda se mantém, visto que ele se estabelece somente entre os 
momentos entre pré e pós sintoma.
Reprodição (sintomas): Satisfeita a condição de colonização e ausência de controle, o patógeno dará 
início à última etapa da relação patógeno-hospedeiro, a reprodução e, por conseguinte a expressão dos 
sintomas na planta. Todas as aplicações realizadas após a esporulação serão consideradas erradicantes, 
imprimindo baixa eficácia de controle químico e consequentemente um menor período residual, 
comparada com aplicações que forem realizadas nos estágios iniciais da patogênese.
Além de auxiliar na aplicação, estas informaçõessão importantes para evitar o surgimento de 
tolerância/resistência de fungos a fungicidas que são frutos de aplicações em períodos de multiplicação 
do patógeno (Erradicativas).

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