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Fio Cruz. EspacoGeo

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Introdução à abordagem
 espacial da saúde
Christovam Barcellos
Fiocruz
Território
base da organização dos serviços de saúde.
suporte da vida da população.
conformação dos contextos que explicam a produção dos problemas de saúde.
território da responsabilidade e da atuação compartilhada.
Molde para a sistematização e análise de informação. 
Partição do espaço
Distritos 
Áreas homogêneas
Territórios administrativos Critérios fisiográficos, técnico-científicos, históricos, administrativos, operacionais...
Termos que aludem o espaço usados na Saúde Pública
Distrito Sanitário
Diretoria regional
Área de abrangência
Micro-região
Módulo assistencial
Focos
Área endêmica
Consórcio
Área
Microárea
Quarteirão
Imóvel
PSF
Controle de endemias
PDR
Posto de saúde
SMS
Coexistência de diversas estruturas espaciais
Regiões dentro de regiões
Territórios em regiões
Diversos territórios sobrepostos
Lugares dentro de regiões
Coexistência de diversas estruturas espaciais
Aldeias Kaingang
no RS
Hokenberg et al., 2000
Coexistência de diversas estruturas espaciais
Diferenciais de mortalidade entre aldeias
e entre aldeias e população abrangente
Hokenberg et al., 2000
Coexistência de diversas estruturas espaciais
Sobreposição de redes
Circuitos independentes
Redes hierárquicas
Evolução do espaço
O desenvolvimento gera desigualdades na sociedade e no espaço
O uso do espaço pressupõe a criação de fixos e fluxos
O desenvolvimento altera forma, estrutura e função, reorganizando o espaço
Espaço Geográfico e Saúde
O espaço geográfico não é “...mero reservatório de climas, contaminantes, vetores, etc., mas um espaço historicamente estruturado onde se expressam as conseqüências benéficas e destrutivas da organização social”
Categorias do método geográfico - geografia crítica
Forma
Função
Estrutura
Processo
Sempre que a sociedade sofre uma mudança, as formas ou objetos geográficos assumem novas funções criando uma nova organização do espaço. M.Santos
Modelos teóricos da epidemiologia e da geografia sobre o processo saúde/doença
O processo de reprodução social ocorre em territórios e envolve produção, circulação, consumo, e outras atividades (lazer, estudo, etc.)
Neste processo as pessoas se relacionam, criam redes sociais
O relacionamento entre as pessoas nos lugares se constrói no cotidiano (no dia-a-dia)
No dia-a-dia as pessoas se expõem a situações que beneficiam ou prejudicam sua saúde
Se a doença é uma manifestação do indivíduo, a situação de saúde é uma manifestação do lugar. 
Barcellos e Sabroza, 2001
O lugar é o resultado de uma acumulação de situações históricas, ambientais, sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças. 
O suicídio (Durkheim)
“Países católicos têm taxas de suicídio menor que os protestantes. Mesmo nos países protestantes, as áreas com populações católicas têm menor taxa de suicídio. .. A menor taxa entre os católicos é independente do seu caráter minoritário“
 Study by Emile Durkheim, cited in Robert Alun Jones. Emile Durkheim: An Introduction to Four Major Works. Beverly Hills, CA: Sage Publications, Inc., 1986. 
Escala
É resultado da escolha da forma de representação dos elementos espaciais
Depende dos critérios de partição do espaço
Condiciona os resultados de análises espaciais
Escala nacional
1:10.000.000 a 1:500.000
Escala regional
1:250.000 a 1:50.000
1:20.000 a 1:5.000
Escala local
Níveis de organização biológicos
Genes
Células
Órgãos
Organismos
Populações
Comunidades
Ecossistemas
“À medida que os componentes ou sub-conjuntos combinam-se para produzir sistemas funcionais maiores, emergem novas propriedades que não estavam presentes no nível inferior”
Princípio das propriedades emergentes (Odum, 1984)
Espaço e saúde - conclusões
Coexistência de diferentes estruturas espaciais
Fixos e fluxos
Hierarquia de escalas
O espaço como fato e fator social
Geoprocessamento na Vigilância em Saúde 
Cólera en Londres, 1854
Eventos de saúde (.) (mortes por cólera) que se concentram em algumas áreas da cidade
 Condições ambientais (x) (bombas de água). Possíveis fontes de risco
Ruas ( =) e situação geral na cidade
Camadas de informações 
(layers, coverages, temas)
Ruas
Base cartográfica
Poços
Condições ambientais
Mortes
Eventos de saúde
Representação dos processos espaciais em mapas
Os mapas – simplificação da realidade 
objetivo 
escala 
Para a vigilância em saúde o que representar num mapa?
Um mapa único serviria para todas as nossas necessidades? 
Qual seria a melhor escala deste mapa?
Antes de tudo, identificar:
O problema 
Os objetivos 
A disponibilidade de informações
Algumas diferenças entre o espaço geográfico e o que dele é representado em mapas
Os mapas representam objetos, mas devemos ter em mente que estes objetos estão ligados entre si; 
Os objetos dos mapas pressupõem ações e fluxos de pessoas, agentes patológicos, informação, mercadorias. Os mapas não mostram estas ações que devem ser presumidas pelo técnico;
O objeto está inserido num contexto e os mapas servem para recuperar este contexto. O mapa mostra estes objetos que se sobrepõem a outros objetos. Esta relação deve ser feita pelo técnico;
As ações se dão simultaneamente em diversas escalas, com fortes ligações com objetos muitas vezes longínquos, que estão presentes em outras escalas, por isso não aparecem no mapa, interpretando o mapa.
Objetos geográficos
Uma casa, uma fábrica, uma plantação ou até mesmo uma cidade podem ser considerados objetos geográficos. 
Os objetos geográficos são tudo que existe na superfície da Terra, toda herança da história natural e todo resultado da produção humana que se concretizou. 
O uso deles pelas pessoas possibilita e potencializa as ações humanas e podem produzir ou ampliar, em decorrência de sua utilização e qualidade, problemas para a saúde humana. 
Elaboração de mapas voltados para a análise de situação de saúde 
Unidades da Federação, rodovias, estradas de ferro, rios e capitais 
Elaboração de mapas voltados para a análise de situação de saúde 
Confecção de mapas – Era analógica
Tema
Dados
Técnica
Mapa
Comunicação
Armazenamento de dados
Análise
Problema
Long, 2000
www.sph.umich.edu/geomed/grabber
Mapa analógico
Confecção de mapas- Era SIG
Tema - problema
Dados
Mapa - arquivo
Técnica
Mapa - operação 
Saída gráfica
Mapa - apresentação
Comunicação
Armazenamento de dados
Análise
SIG
Todo o processo de produção dos mapas temáticos usando geoprocessamento envolve escolhas conscientes de: 
Seleção de unidades espaciais que representem o lugar de ocorrência de um fenômeno espacial; 
Seleção de indicadores que representem o problema de saúde enfocado; 
Codificação e simbolização do indicador para sua análise e comunicação.
Seleção de camadas que ajudam a explicar o contexto dos problemas de saúde em estudo.
Braga et al., 2001
Filariose em Olinda
Problemas ambientais, saúde e pobreza
Peiter et al., 1998
Malta et al., 2001
Mortalidade infantil em Belo Horizonte
SMS-Poa, 2002
Leptospirose em Porto Alegre
O processo de adoecimento é invisível aos olhos e sensores. Dados sobre as condições de saúde das pessoas devem ser buscados ativamente através de inquéritos e censos, ou passivamente através dos sistemas de vigilância epidemiológica.
As bases cartográficas digitais, que são muitas vezes o produto final de projetos de geoprocessamento, constituem apenas o ponto de partida para as análises espaciais de saúde.
Especificidades da análise de dados espaciais de saúde – localização de eventos
Especificidades da análise de dados espaciais de saúde – a população
Todos os eventos de saúde – o nascimento, a infecção, o adoecimento, a morte – se manifestam em pessoas.
Essas pessoas não estão distribuídas aleatoriamente no espaço, mas essa distribuição é determinada por fatores históricos e sócio-econômicos.
Para avaliar riscos, deve-se estimar a probabilidade de um evento ocorrer, ponderada pela distribuição de população 
Especificidades da análise de dados espaciais de saúde – os determinantes
Os macro-determinantes das doenças, sejam ambientais, sociais ou econômicos, ocorrem “fora” das pessoas.
Cada um desses dados é oriundo de um diferente sistema de informação. Os SIG são imprescindíveis no relacionamento desses dados, através da sobreposição de camadas.
Especificidades da análise de dados espaciais de saúde – as unidades espaciais
Os dados epidemiológicos são coletados segundo a lógica territorial do SUS, com níveis crescentes de hierarquia e com objetivos, antes de tudo, administrativos.
Os processos, tanto ambientais quanto sociais, que promovem ou restringem situações de risco à saúde, não estão limitados a essas fronteiras administrativas.
Necessidade de “reorganizar” dados.
População: Onde está?
Determinantes: Quais são?
Unidades espaciais: Existem? 
Eventos de saúde: Invisíveis?
O geoprocessamento tem sido crescentemente usado na área de saúde e ambiente devido à ...
Possibilidade de se trabalhar com informações de diferentes origens e formatos.
Disponibilidade de dados sobre saúde e ambiente.
Acesso crescente a computadores e programas que facilitam o trabalho com grandes quantidades de dados.
Facilidade e rapidez na produção e atualização de mapas.
Ver também...
Barcellos, C. Bastos, FI (1996) Geoprocessamento, ambiente e saúde – Uma união possível? Cadernos de Saúde Pública. 12(3).
Corrêa, R.L. (1986) Região e organização espacial. Ed. Ática, São Paulo.
Sabroza, P.C. & Leal, M.C. (1992) Saúde, ambiente e desenvolvimento: Alguns conceitos fundamentais. In: Leal, M.C. Sabroza, P.C.; Rodriguez, R.H. & Buss, P. M. (org.) Saúde, Ambiente e Desenvolvimento. vol. 1, p. 45-93. Ed. Hucitec-Abrasco. São Paulo. 
Santos, M., 1999. A Natureza do Espaço: Técnica e tempo, Razão e emoção. Ed. Hucitec. 308 pp. São Paulo.
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