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Eletroquímica Aplicada Profa. Christiane de Arruda Rodrigues Curso de Engenharia Química Eletroquímica Aplicada Parte I Parte II Reações e Célula Eletroquímica. Potencial do eletrodo. Potencial de Equilíbrio. Equação de Nernst. Eletrodo de Referência. Fundamentos da cinética dos mecanismos das reações de eletrodo. Transporte de Massa. Reatores eletroquímicos: Cinética, tipos e aplicações. Processos Eletroquímicos Industriais. Formas, classificação e mecanismos de corrosão. Fatores que afetam a velocidade de corrosão. Tipos e usos de inibidores de corrosão em processos industriais. Proteção contra corrosão. Ensaios de corrosão Processos Eletroquímicos Indústria de Cloro-soda Célula Combustível Tratamento de Efluentes Maior Consumidor de Eletricidade Em 2006: 2.400 bilhões de kWh/ano - Eletricidade corresponde a 50% do custo total de produção corresponde a 28% da receita da indústria de soda-cloro - Crescimento de 18% para o mercado mundial de cloro (66,3 milhões de t/a) - Célula de Mercúrio - Célula de Diafragma - Célula de Membrana Vantagens Econômicas e Ambientais Processos de Produção Célula de Mercúrio Indústria de Cloro-soda Base inferior inclinada Salmoura 25 % Tanque de lavagem C - Fe impregnado nas esferas Desamal- gamador 50% NaOH Salmoura 17 % Hg Hg Hg Cl2 NaHg (0.5% Na) NaHg H2O H2 NaHg Na+ + Hg - e- 2H2O + 2e - H2 + 2OH - Desamalgamador: OBS.: Não pode haver contaminação do Cl2 por O2 E Cl-/Cl2 OH-/O2 Célula de Diafragma Anode : 2Cl- Cl2 + 2e - Cathode : 2H2O + 2e - 2OH- + H2 http://www.eurochlor.org/animations/diaphragm-cell.asp Célula de Membrana Anode : 2Cl- Cl2 + 2e - Cathode : 2H2O + 2e - 2OH- + H2 Processo de Produção de NaOH e Cl2 por Eletrólise Distribuição da Tecnologia Empregada no Brasil 3 /07/2000 - sancionada a Lei Federal 9.976, que regulamentou, em âmbito nacional, a proibição da implantação/expansão de indústrias de soda-cloro com células de mercúrio e de diafragma de amianto Distribuição da Tecnologia Empregada no Brasil OBS.: Principais indústrias: Braskem; Dow Brasil, Carbocloro e Solvay. Comparação dos Métodos Empregados Mercúrio Diafragma Membrana Utilização 1° mais utilizado 2° mais utilizado Tecnologia recente Consumo de energia Alto consumo Alto consumo Alto consumo Matéria prima Não requer alta pureza Requer alta pureza Requer alta pureza Observação Utilização de mercúrio (problemas ambientais) Produto impuro (exige tratamento posterior dos produtos) Custo de reposição das membranas é alto Consumo energético ao redor de 2.200-2.500 kWh/t Cloro 2Cl- Cl2 + 2e - E0= +1,360 V 2H2O + 2e - 2 OH- + H2 E0 = -0,828 V 2H2O + 2Cl - Cl2 + 2 OH - + H2 ΔE = 2,188 V Célula de Membrana: +/- 3,2 V I = 4kA/m2 Alternativa para economizar energia: Empregar Eletrodo de Difusão Gasosa (EDG) para substituir a reação convencional de hidrogênio pela reação de redução do oxigênio: Vantagens do EDG: Estrutura porosa (alta área superficial do carbono) Resistência a corrosão Desempenho melhorado com catalisador metálico Catodo : ½ O2 + H2O + 2e - 2OH- 2Cl- Cl2 + 2e - E0= +1,360 V ½ O2 + H2O + 2e - 2 OH- E0 = +0,401 V ½ O2 + H2O + 2Cl - 2 OH- + Cl2 ΔE = 0,959 V Desenho Esquemático de um EDG Canal Aberto (inundado) Fase Gasosa Fase Líquida Catalisador suportado na massa catalítica Canal Ativo Canal de Interligação Coletor de Corrente Canal Estreito (área inativa) Partículas Catalíticas Canal Fechado (área inativa) Canal Aberto (inundado) Fase Gasosa Fase Líquida Catalisador suportado na massa catalítica Canal Ativo Canal de Interligação Coletor de Corrente Canal Estreito (área inativa) Partículas Catalíticas Canal Fechado (área inativa) Célula Combustível Como funciona? Oxidação no anodo: 2H2 (g) → 4H+ + 4e- Redução no catodo: O2 (g) + 4e- → 2 O2- Reação global: 2 H2 (g) + O2 (g) → 2 H2O H2 + ½ O2 → H2O + Energy! * Fuel Cell Technology and Applications B.J. Holland, J.G. Zhu, and L. Jamet http://www.utcfuelcells.com/fs/com/bin/fs_com_PowerHomePage/ http://www.nfcrc.uci.edu/2/FUEL_CELL_INFORMATION/FCexplaine d/FC_animation.aspx O que vc pode usar com célula combustível? From top right, clockwise; Chevrolet Equinox Fuel Cell vehicle, Toshiba fuel cell mp4 player, Lenovo fuel cell laptop, Hitachi fuel cell mobile phone, Hydro-Pak fuel cell domestic generator Célula Combustível Veicular – estado da arte Phase I (until 2010) Technical enhancement, cost reduction Phase II (from 2010 to approximately 2015) Infrastructure development, market-building Phase III (starting around 2015) Commercialization, mass distribution * Fuel cell vehicles: Status 2007 Rittmar von Helmolt, Ulrich Eberle Honda works to ensure following in the fcx Clarity: • Safe for the public • Spacious and comfortable • Operable in freezing weather • Able to drive a reasonably long range • Easy to refuel • Sporty and fun to drive http://automobiles.honda.com/fcx-clarity/fuel-cell-evolution.aspx Comparação: Tecnologia de Célula Combustível e outras alternativas Tipo de carro Convencional Híbrido Elétrico Célula Combustível Combustível Gasolina Gasolina + Elétrico Eletricidade Hidrogênio Preço (thousands US $) 15.3 20.0 42.0 100.0 Consumo de Combustível (MJ /100km) 236.8 137.6 67.2 129.5 Preço do combustível (US $/100km) 2.94 1.71 0.90 1.69 Poluentes CO,CO2, NOx, SOx, PM, Lead at tailpipe CO,CO2, NOx, SOx, PM, Lead at tailpipe and stack CO,CO2, NOx, SOx, PM at stack H2O at tailpipe Quilômetro rodado (km) 540 930 164 355 * Economic and environmental comparison of conventional, hybrid, electric and hydrogen fuel cell vehicles Mikhail Granovskii, Ibrahim Dincer, Marc A. Rosen Redução Tratamento de Efluentes Oxidação DIRETA de um composto orgânico Geração de Radicais Oxidantes Geração de Espécies Oxidantes Redução de íons METÁLICOS Redução de íons NÃO METÁLICOS TRATAMENTO DE EFLUENTES Oxidação PROCESSOS DE REDUÇÃO – ÍONS METÁLICOS Mn+ + e- → M0 - Efluente de indústrias de galvanoplastia - Efluente de indústrias metal-mecânica Efluente Energia Reator Eletroquímico Metal Puro Água Entrada: Saída: Processo: Reação: Reagente: Elétron Indústria Metal / Mecânica • Tratamento Convencional PROCESSO DE FABRICAÇÃO MATÉRIA-PRIMA ÁGUA ENERGIA PRODUTO EFLUENTE EFLUENTE ÁGUA REAGENTES SUB-PRODUTOS TRATAMENTO DE EFLUENTES Efluente Gerado com Tratamento Químico Lodo Galvânico (80% umidade) - Após Filtro Prensa Lodo Galvânico Seco (20% umidade) - Após Secador Estudo de Caso - Empresa Galvânica de Médio Porte • Efluentes aquosos contendo: – Metais pesados: Zn, Cu, Ni, Cr, Sn, Fe • Vazão das águas de lavagem: +/- 300 m3 /dia • Efluente a ser tratado: – 250 ton /dia • Custo do tratamento:– Produto: R$ 12.000,00 / mês – Mão-de-obra: R$ 6.000,00 / mês – Custo da H2O tratada: R$ 0,20/l ou R$ 200 / ton • Lodo: 3 ton/dia (80%) REATOR ELETROQUÍMICO EFLUENTE ÁGUA METAIS ENERGIA Mn+ + ne- M0 • Tratamento Alternativo – Tecnologia Eletroquímica Catodo Poroso: • Instalação: Bomba Centrífuga Válvula Globo Efluente Bomba Centrífuga Válvula Globo Efluente Tanques de lavagem em cascata 2ª Lavagem 1ª Lavagem 3ª Lavagem Tratamento Convencional Entrada de água limpa Reator • Reator Eletroquímico - Tipo Filtro Prensa Depósito Metálico - Cobre COBRE Depósito Metálico - Níquel NÍQUEL Esponja de CVR parcialmente coberta com níquel • Reator Eletroquímico - Tipo Tubular Tarugo de Cu Vantagens do Tratamento Eletroquímico • Permite o reuso da água (50 - 70%) • Reaproveitamento dos metais • Diminuição do lodo gerado • Requer pequeno espaço físico - compacto • Não necessita de manipulação de reagentes • Agrega ao produto uma imagem politicamente correta • Cumprimento das exigência das leis ambientais • Facilidade na obtenção de alvarás operacionais e/outras autorizações PROCESSO REDUÇÃO – ÍONS NÃO METÁLICOS R + e- → Composto Oxidante Reação: O2 + 2 H + + 2 e- → H2O2 H5IO6 + H + + 2 e- → IO3 - + 3 H2O E o = + 1.60 V Exemplos: a) Oxigênio: b) Ácido Periódico (H5IO6) e o periodato (IO4 -): Sob irradiação UV: Irradiação de luz UV sobre soluções com periodato gera espécies: Radicalares: IO3•, HO•, IO4• Oxidantes: IO3 -, O3 H2O2 + hν → 2 HO• Esquema geral para a oxidação de orgânicos via reagente de Fenton, com eletrogeração in situ de H2O2, na presença de radiação UV. C A T O D O 2O2 - O2 2H + H2O2 O2 Fe 2+ Fe 3+ OH . H + H2O H2O R . RH ArOH Ar OH . O2 Ar(OH)n Produtos alifáticos OH . O2 H2O + CO2 OH . O2 2e 1e UV (a) (b) (c) (d) Efluente real (defensivo agrícola), antes e após tratamento Fotoeletro-Fenton (a) Efluente sem diluição (b) Diluído 100 vezes, condição na qual foi tratado (c) Após 5 h de tratamento (d) Água destilada Após 5 horas de tratamento: - Redução de COT: 92,5% - Redução de DQO : 67,8% PROCESSO OXIDAÇÃO Mecanismo de formação do radical hidroxila: Reação a: descarga anódica da H2O MOx(OH * ) MOx MOx h h + + e - H2O + h + H + c b a H + + e - H2O MOx(OH * ) MOx MOx+1 R RO e d f mCO2 + nH2O + H + + e - R ½ O2 + H + + e - H + + e - ½ O2 (A) (B) Reação b e c: descarga fotoquímica da H2O Mecanismo de oxidação do composto orgânico pelo radical hidroxila: Reação d-e: formação de óxidos superiores Reação f: combustão direta Tipos de eletrodo DSA tridimensional DSA planar DSA expandido Tratamento do Corante Reativo Azul QR Processo Fotoeletroquímico 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 A b s (n m ) t (min) AB SO RB ÂN C I A Volume tratado: 20L i : 26,5 mA/cm2 Lâmpada: 400 W Anodo DSA: 1500 cm2 Redução da Cor do Chorume Processo Fotoeletroquímico Volume tratado: 20L i : 26,5 mA/cm2 Lâmpada: 400 W Anodo DSA: 1500 cm2 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 0 10 20 30 40 50 60 70 R e d u çã o d a C o r (% ) t (min) Início - Fim 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 0 10 20 30 40 50 60 70 R e d u çã o d a C o r (% ) t (min) Início - Fim Estruturas Nanométricas obtidas via processo eletroquímicos Processo Anódico: - Obtenção de nanotubos em substratos metálicos; - Ti - Ligas de Ti - W - Nb - Obtenção de estruturas nanoestruturadas de diferentes geometrias; Processo Catódico: - Nb - Zn Formação da camada de óxido e pits Aprofundamento dos poros Crescimento dos tubos no sentido da barreira metal/óxido Competição entre: Reação de formação do poro na interface metal-óxido Dissolução química do óxido na interface óxido-solução 2H2O → O2 + 4e- + 4H + Ti + O2 → TiO2 TiO2 + 6F - + 4H+ → TiF6 2- + 2H2O Ti6%Al Ti6%Al7%Nb Ti6%Al7%Nb – Biologicamente inerte, estável a fotocorrosão e corrosão química Semicondutor mais utilizado: TiO 2 (Ebg = 3,2 eV) – Aumento da atividade catalítica (diminuir a Ebg): dopagem com íons metálicos (Fe3+, Mo5+, Ru3+, Os3+, V4+) Cathodic Growth of Niobium Oxide Nanorods: a) f () E = -2.5 V, = 15 min E = -2.5 V, = 30 min E = -2.5 V, = 60 min E = -2.5 V, = 90 min