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DE ANIMA - PEQUENO RESUMO DOS CAPÍTULOS 4 E 5 DO LIVRO II

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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA (ISB)
BACHARELADO EM FILOSOFIA
LEITURA DE OBRAS FILOSÓFICAS I
DE ANIMA
RESUMO DOS CAPÍTULOS 4 E 5 DO LIVRO II
DICENTE: RICARDO RODRIGUES LIMA
DOCENTE: PROF. ADAIL
Brasília – DF, Junho de 2016
LIVRO II
CAPÍTULO IV
	No término do capítulo anterior, Aristóteles trata sobre os tipos de alma, informando a quem cada uma pertence. Ele a divide em alma vegetal (aqui se encontra a nutrição, a geração destinada às plantas), alma animal – aqui dividida entre os animais inferiores (aderindo à percepção / tato e as características da alma vegetal) e os animais superiores (além das características daquilo que há nos animais inferiores, se junta à locomoção) –, e alma racional (nesta se encontra as características das demais com a adição da razão).
	Neste capítulo, o autor começará a examinar estes tipos de alma, iniciando, aqui, com a nutrição; fazendo, suas observações e analisando as suas atividades. Como advento de vida, a Nutrição é a faculdade da alma que indica que um ser vive, ou seja, o ser vivo é aquele que tem ao menos a faculdade nutritiva (com esta, vem junto a reprodução como ato desta alma).
	415a14. Neste ponto, Aristóteles expõe uma ordem a ser seguida a quem pretende examinar as potencias da alma (como exemplo demonstrado por ele, o que é a capacidade de pensar, ou de perceber, ou de nutrir-se). 
	415a22. Neste ponto, Aristóteles trata sobre o alimento e a geração. Sendo a alma nutritiva, a primeira das almas e, segundo Aristóteles, “a mais comum potência da alma, segundo a qual subsiste em todos o viver”. Aqui é colocado o gerar e o servir-se de alimento como funções da alma nutritiva.
O desejo base de toda animal é manter a espécie. Aqui, se observa a primeira função tratada por Aristóteles: o gerar. No gerar, um ser produz um outro semelhante a si, a fim de participarem do eterno e do divino, sendo este o desejo base de toda espécie, todos os seres vivos fazem tudo em vista disso. (Neste caso, se tem a exceção do eunuco que não pode dar sequência a uma espécie).
	415b8. Nesta passagem, Aristóteles começa com uma afirmação importante, que a alma é causa e princípio do corpo que vive. Todas as coisas são o que são devido a substância, devido a sua forma (“causa como substância dos corpos animados”, argumentado pelo autor). A alma é a razão dos ser vivo ser o que é, a alma para os seres vivos tem o sentido de forma. 
	“O ser para os que vivem é o viver, e disto a alma é causa e princípio. Além do mais, a atualidade é uma determinação do que é em potência”. Como bem encerra este ponto, o autor expõe a alma como a forma do ser vivo; para ficar mais claro, a alma é a forma do corpo vivo.
	415b15. Aqui, o “em vista de” pode ser visto como finalidade. Nesta passagem este argumento (em vista de) é apresentado para demonstrar que a alma é a causa final do corpo vivo. Como bem argumentado por Aristóteles, tanto a natureza como o intelecto agem em vista de alguma coisa, ou seja, em finalidade de algo, se a alma é a forma do corpo vivo, é em vista de alguma coisa, é com finalidade de lhe dá algo. Esta finalidade de que se trata a alma é a vida. 
	415b21. Nesta passagem, Aristóteles vem afirmar aquilo que outrora havia argumentado. A alma é causa dos movimentos de crescimento e decaimento, locomoção e alteração. Com isso, se vê a alma como aquilo que impulsiona que faz funcionar do corpo; acreditando que a forma de todo corpo é o princípio daquele próprio corpo.
A alma é o principio do movimento de todo corpo, e certos movimentos são próprios do corpo, tais como crescimento, decaimento, locomoção, alteração; sendo necessário se nutrir, pois como está argumentado “nem decai nem cresce naturalmente aquele que não é nutrido”, portanto, a alma nutritiva. Com estes argumentos, Aristóteles comprova que a alma é causa e princípio do corpo vivo.
	415b28. Ao abordar sobre a conexão que existe entre a alma e o principio vegetativo, Aristóteles contesta a um erro de Empédocles ao atribuir o crescimento das plantas com argumentos materiais.
	Segundo Aristóteles, Empédocles entende mal os conceitos de acima e abaixo, pois as raízes, nas plantas, têm a mesma função da cabeça, nos animais. Para Aristóteles, com estes argumentos, a Terra estaria levando a raiz não para baixo, mas para cima, seguindo o raciocínio de que ela desempenharia a mesma função da cabeça (o que não fica claro é de qual função Aristóteles está se tratando).
	Em seguida, é feita uma interpelação sobre o próprio movimento em direções contrárias. Para Aristóteles, caso isso ocorra haveria uma dispersão, a menos que houvesse algo que pudesse impedir, mantendo os elementos juntos. Seguindo sua lógica de raciocínio, isto que mantém os elementos juntos seria causa de crescimento, pois sem este unificador, os elementos se dispersariam e não se teria o crescimento. Este unificador é seria a alma, causa do crescimento e do nutrir-se.
	416a9. Neste ponto, Aristóteles contesta outros predecessores que atribuía o crescimento apenas ao fogo, ao entenderem que o fogo revelava-se como algo “nutrido e crescente”. Aristóteles reconhece que naquilo que foi argumentado tem algo de verdadeiro sobre o fogo, que ele teria um papel na nutrição, entretanto, não como causa principal, mas como coadjuvante, pois a principal seria a alma.
	416a18. Neste parágrafo, observa sobre as atividades nutritivas da alma, o alimento. Como já citado anteriormente, o alimento é o primeiro aspecto a ser examinado. Referente a alma nutritiva o alimento é considerado completo, tanto no papel da nutrição como no da reprodução. 
	Aristóteles expõe, inicialmente, aquilo que se considera verdadeiro ao alimento. Primeiro que ele parece ser oposto ao sujeito alimentado. Segundo que mesmo o oposto sendo gerado pelo seu oposto, não será todo e qualquer oposto que alimentará o oposto; ele exemplifica ao falar do saudável e do doentio, pois a doença emana do saudável, entretanto, não é alimentado por ela.
	Outro aspecto tratado neste parágrafo por Aristóteles é concernente ao fogo, ao descrever que “é o líquido que nutre o fogo, mas não é o fogo que nutre o líquido”. Nisto, ele coloca está divisão, de que uma coisa é o alimento, e outra, é o alimentado.
	416a29. Neste parágrafo aparece uma contradição àquilo que fora argumentado anteriormente, relativo ao ingresso do alimento como contrário. Neste ponto é colocado que, para alguns, o semelhante se nutre do semelhante, bem como se nutre dele, cotejando o que outrora foi falado, de que é pelo oposto.
	Pelo que parece, Aristóteles quer argumentar que é possível permanecer os argumentos do oposto e afirmar que o semelhante é alimentado pelo semelhante. “O alimento sofre algo por parte daquele que se alimenta se alimenta, mas não este por parte do alimento”.
	416b3. Neste parágrafo, Aristóteles traz uma solução para o impasse encontrado no parágrafo anterior, relativo ao alimento, se é de contrário para contrário, ou, semelhante para semelhante. 
	A solução para este óbice dependeria “saber se o alimento é o que se acrescenta por último ou por primeiro”. Para ele, se o alimento é acrescentado antes da digestão, pode-se afirmar que o contrário se nutre do contrário; já se é digerido, então, o semelhante se nutre do semelhante.
	416b9. Aqui é feita uma relação entre o alimento e a nutrição. A partir da vida se participa da nutrição, ou seja, o alimento é algo relacionado ao ser vivo.
	416b11. Na passagem anterior foi feita a relação do alimento com a nutrição, já nesta, se faz uma relação do alimento com o crescimento, e também, do alimento e reprodução. 
Para Aristóteles, mesmo tendo um mesmo fator, o alimento e o crescimento são duas coisas diferentes. Um sujeito recebe um alimento para o seu crescimento e também, para a conservação da matéria. Agora, relacionada à reprodução, o alimento é colocado como causa de reprodução. “E é produtor de geração – não a desse que se nutre, mas de outro como o que se nutre, pois a substância desde já existee nada gera a si mesmo, apenas conserva”.
	416b20. Neste ponto, Aristóteles faz uma distinção dos elementos envolvidos. Para ele, o alimento é aquele que dá a nutrição (o que nutre), o corpo é aquilo que possui o que foi nutrido (aquilo com que se nutre) e a alma é aquilo que será nutrido (o que se nutre).
	416b23. Nesta passagem, Aristóteles, encerra o quarto capítulo, dando uma definição do que seria a alma reprodutiva, dizendo que ela seria a primeira alma: “a primeira alma seria a capacidade de gerar outro como si mesmo”.
	Ele apresenta esta analogia: da nutrição com a condução de um barco. Na nutrição a alma serve-se do calor e do alimento, na condução de um barco, um piloto serve-se da própria mão e do leme. Através dos conhecimentos que se tem da condução de um barco, deduz-se que a alma nutritiva (como o piloto) seria o princípio de crescimento; o calor (assim como a mão do piloto) move e gera o movimento; e o alimento (como o leme do barco) é movimentado.
	Com os argumentos apresentados, ele deixa claro que “é necessário que todo e qualquer alimento possa ser digerido, e é o calor que processa a digestão; por isso, todo animado tem calor. Com esta queima, então, está dito o que é a nutrição”.
CAPÍTULO V
	Como falado no capítulo anterior, Aristóteles começa o estudo destes tipos de almas (vegetativa, animal, racional), expondo as suas particularidades.
	Depois de tratar sobre a alma vegetativa (nutrição e reprodução), aqui será iniciado o estudo da percepção sensível. Neste capítulo, serão feitas algumas observações introdutórias sobre o assunto, as noções de potência e de atualidade no caso do intelecto.
	Aristóteles afirma que a faculdade sensitiva pode ser tida como a primeira característica animal, pois tal característica	 diferencia o animal de outro tipo de ser animado, que fora tratado no capítulo anterior, as plantas. Estas, como já estudado previamente, possui apenas a faculdade nutritiva.
	416b32. De início, Aristóteles diz que há a opinião de que a percepção sensível seja uma certa alteração. E ele também lembra que, alguns falam que a o semelhante é afetado pelo semelhante.
	417a2. Neste parágrafo, Aristóteles começa com indagações. Inicialmente, se os sentidos não poderiam ter uma percepção dos próprios sentidos. E, se os sentidos estivessem em objetos externos, se eles teriam percepção do próprio órgão.
	Aqui mesmo, Aristóteles dá uma solução parcial, ao entender que nada disso ocorre, nem a percepção do próprio sentido e nem a percepção na qualidade sensível externa. Logo, ele deduz a percepção não existe em atividade, mas em potência, e por isso não percebe a si mesma.
	417a9. Neste parágrafo, Aristóteles faz a distinção entre a percepção em potência e a percepção em atividade. De maneira equivalente, ele aborda sobre o objeto de percepção sensível, que pode estar em potencia e outro em atividade.
	417a14. Nesta passagem, Aristóteles deixa bem claro, logo no início, que ele trata como sendo a mesma coisa o ser afetado, o ser movido e o entrar em atividade. Argumenta aquilo que fora falado na passagem anterior, ao falar que o movimento é causado por algo em atividade. Como bem expressa: “tudo é afetado e movido por um poder eficiente e em atividade”. 
	417a21. Aqui, Aristóteles inicia a passagem dizendo que se faz necessário fazer uma distinção naquilo que concerne à potência e a atualidade. Em seguida, naquilo que diz respeito ao intelecto e à capacidade de conhecer, ele faz uma pequena divisão: de um lado, aquele que conhece (o homem conhecedor) por estar entre aqueles que conhecem e que possuem conhecimento, e de outro, aquele ser conhecedor, para Aristóteles, no sentido de saber a gramática.
	Aristóteles ainda faz uma outra análise destes dois seres. O primeiro na alteração por meio de instrução e por passar de uma disposição contrária a outra, e, o segundo na aquisição individual a partir da percepção sensível.
	417b2. Aqui novamente, Aristóteles traz o termo ser afetado, informando que não é um termo simples, em um termo simplificado, seria, segundo ele, uma corrupção pelo contrario, ou em outro sentido, uma alteração do ser em potência pelo ser em atualidade. Estes são dois sentidos dados ao termo “ser afetado”, alteração e preservação, meio contraditórios.
	Ulteriormente, Aristóteles fala que o conhecimento pode ser possuído através do inquirir; isto pode ser ou não um alterar-se. Para ele, está mais para o progresso em sua própria direção e à atualidade. Esta mudança, não seria uma alteração, nem mesmo uma conservação, mas um progresso. “Por isso não é correto dizer que quem pensa, quando pensa, se altera”.
	Esta passagem é encerrada sendo feita mais uma divisão. De um lado, ele coloca o termo instrução podendo ter outra denominação, ao conduzir o que pensa e entende do ser em potência à atualidade. E por outro lado, em potência, aquele adquire um conhecimento, poderá ensinar ou não; ao menos que aceite “a mudança quanto às condições privativas e a mudança quanto às condições e à natureza”.
	417b16. Nesta passagem, Aristóteles aponta diferenças entre o perceber e conhecer. De início, ele coloca a disposição do perceber como algo da natureza de cada um, ou seja, esta disposição do perceber é inata. 
	Na sequência, ele fala que a atividade de perceber era similar a de inquirir, a diferença contida era os agentes externos (os sentidos) e a causa é que a atividade da percepção concerne a particulares, ao passo que o conhecimento concerne a universais.
	417b29. Esta passagem é usada por Aristóteles como um epítome do capítulo. Recorda que a capacidade de perceber é inata, que não necessita de instrução; ao ser afetado, o sentido torna-se semelhante a qualidade em ato. E por fim, que o semelhante é afetado pelo semelhante.
CAPÍTULO I
Neste primeiro capítulo do segundo livro, Aristóteles faz um esboço, um enunciado sobre aquilo que seria a alma. Tendo analisado as opiniões que foram dadas por seus antecessores, destacadas no livro I, ele tentará “definir o que é a alma e qual seria seu enunciado mais geral”.
De inicio, Aristóteles distingue a substância em três sentidos: matéria, forma e no sentido composto com ambas (matéria e forma). A matéria e colocada como potência e a forma como atualidade. Com isso, se vê a forma como aquilo que determina; sem forma, não haveria uma determinação da matéria. Com a substância, Aristóteles afirma que todos os corpos são substâncias, mesmo sendo corpos artificiais ou naturais (corpo com vida ou sem vida). 
Em seguida, Aristóteles apresenta alguns argumentos de conclusão da alma, dizendo que ela é um predicado do corpo, que ela não é matéria e que ela é a substância do ser vivo. Coloca a alma como a primeira totalidade de um corpo natural que tem em potência a vida. Com isso, ele acrescenta que para ter a vida em potência, tem que ter órgãos.
Para encerrar este capítulo, Aristóteles diz que a alma não é separada do corpo.
CAPÍTULO II
	Tendo em base o capítulo anterior, aqui é realizada uma nova discussão referente à definição da alma. 
	Aristóteles argumenta sobre os modos de viver das plantas e animais. Em seus argumentos, ele fala que ter alma é viver; e vive aquilo que tem intelecto, percepção sensível, movimento local e repouso, ou ainda o crescimento segundo a nutrição, o decaimento e o crescimento. A planta é colocada como ser vivo por participar pela nutrição. Nos animais, Aristóteles coloca a alma como principio de seus movimentos, dizendo que os animais são distinguidos pela percepção sensível.
	Aristóteles inicia uma dúvida que gera outra: ele se indaga se a alma é dividida e se for dividida como é a divisão. Algo que ele comenta é relacionado ao intelecto e à capacidade do inquirir, dizendo que, isso parece ser outro gênero de alma, admitindo, apenas isso, ser separada. Mas a frente, ele diz que “é evidente que as demais partes da alma não são separáveis”. Mas falar em partes da alma seria falar em suas potencialidades.
	Encerrando o capítulo, Aristóteles faz uma espéciede conclusão daquilo que seria à alma. Relembrando o que foi dito no capítulo primeiro sobre a substância, ele diz que alma é forma (ato) e corpo seria a matéria (potência); alma é atualidade de um certo corpo. Não existe alma sem corpo, nem alma é um corpo, mas sim, a alma faz parte do corpo.
	Com isso, conclui aqui que “a alma é uma certa atualidade e determinação daquele que tem a potencia de ser tal”.
CAPÍTULO III
	Para iniciar o capítulo, Aristóteles menciona as potências da alma: nutritiva, perceptiva, desiderativa, locomotiva e racionalista. Dentre elas, ele fala que alguns seres têm todas; outros têm apenas algumas; e existem ainda, seres que tenha apenas uma.
	Com as potências, ele argumenta sobre as plantas que tem apenas a nutritiva; já os animais têm tanto a nutritiva como a perceptiva. Aqui ele abre um parêntese, ao se referir à perceptiva. Entende-se que ele considera o “tato” como o sentido essencial a todo animal, e se há este sentido, logo se sentirá o prazer e a dor. Agora, aquele que puder sentir dor e prazer, subsistirá neste o apetite, pois este é o desejo do prazeroso. Ainda referente ao tato, ele afirma que todo animal pode sentir o alimento através deste sentido, a saber, se está quente ou frio, seco ou úmido. Voltando as potências, ele coloca o ser humano como aquele que possui todas as faculdades, sendo única ao ser humano a da razão.
	Ulteriormente, Aristóteles faz uma analogia da alma com as figuras geométricas, ao tratar sobre sucessão em potência. Ele dá o exemplo do triângulo que subsiste em potência ao quadrado. Seguindo este raciocínio, pode-se dizer que a linha subsiste em potência ao triangulo como também, o ponto subsiste em potência à linha. Como se fossem em camadas.
	Encerrando o capítulo, Aristóteles mostra certa hierarquia existente nas potências, como referido exemplo análogo das figuras geométricas. Entende-se que nesta ordem das potências, aquela que antecede sempre será subsistente a posterior.

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