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SOCIOLOGIA ORGANIZACIONAL PDF

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1 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA 
 SOCIOLOGIA ORGANIZACIONAL 
A Sociologia é uma das ciências humanas que estuda as unidades que formam a 
sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos 
que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo 
na sua singularidade é estudado pela psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-
metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, 
analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes 
sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia. 
Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas de sociólogos. 
Cobrindo todas as áreas do convívio humano — desde as relações na família até a 
organização das grandes empresas, o papel da política na sociedade ou o comportamento 
religioso —, a Sociologia pode vir a interessar, em diferentes graus de intensidade, a 
diversas outras áreas do saber. Entretanto, o maior interessado na produção e 
sistematização do conhecimento sociológico atualmente é o Estado, normalmente o 
principal financiador da pesquisa desta disciplina científica. 
Assim como toda ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu 
universo de pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja objetivamente alcançável, é tarefa da 
Sociologia transformar as malhas da rede com a qual a ela capta a realidade social cada 
vez mais estreitas. Por essa razão, o conhecimento sociológico, através dos seus conceitos, 
teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de 
compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas 
relações sociais e, consequentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais. 
A Sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observações do que é repetitivo nas 
relações sociais para daí formular generalizações teóricas; e também se interessa por 
eventos únicos sujeitos à inferência sociológica (como, por exemplo, o surgimento do 
capitalismo ou a gênese do Estado Moderno), procurando explicá-los no seu significado e 
importância singulares. A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XVIII, na 
forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando 
mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e 
dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas 
também desenvolver um "antídoto" para a desintegração social. 
Hoje os sociólogos pesquisam macroestruturas inerentes à organização da 
sociedade, como raça ou etnicidade, classe e gênero, além de instituições como a família; 
processos sociais que representam divergência, ou desarranjos, nestas estruturas, inclusive 
crime e divórcio. E pesquisam os microprocessos como relações interpessoais. 
Sociólogos fazem uso frequente de técnicas quantitativas de pesquisa social (como a 
estatística) para descrever padrões generalizados nas relações sociais. Isto ajuda a 
desenvolver modelos que possam entender mudanças sociais e como os indivíduos 
responderão a essas mudanças. 
 2 
Em alguns campos de estudo da Sociologia, as técnicas qualitativas — como 
entrevistas dirigidas, discussões em grupo e métodos etnográficos — permitem um melhor 
entendimento dos processos sociais de acordo com o objetivo explicativo. 
Os cursos de técnicas quantitativas/qualitativas servem, normalmente, a objetivos 
explicativos distintos ou dependem da natureza do objeto explicado por certa pesquisa 
sociológica: o uso das técnicas quantitativas é associado às pesquisas macro-sociológicas; 
as qualitativas, às pesquisas micro-sociológicas. Entretanto, o uso de ambas as técnicas de 
coleta de dados pode ser complementar, uma vez que os estudos micro-sociológicos 
podem estar associados ou ajudarem no melhor entendimento de problemas macro-
sociológicos. A Sociologia é uma área de interesse muito recente, mas foi a primeira 
ciência social a se institucionalizar. Antes, portanto, da Ciência Política e da Antropologia. 
Em que pese o termo Sociologie tenha sido criado por Auguste Comte (em 
1838), que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a História, 
a Psicologia e a Economia. Montesquieu também pode ser encarado como um dos 
fundadores da Sociologia - talvez como o último pensador clássico ou o primeiro 
pensador moderno. Em Comte, seu esquema sociológico era tipicamente positivista, 
(corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana 
tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse 
compreender este progresso, poderia prescrever os "remédios" para os problemas de 
ordem social. 
As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no século XVIII, 
como as Revoluções Industrial e Francesa, colocaram em destaque mudanças 
significativas da vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas 
principalmente nas tradições. A Sociologia surge no século XIX como forma de entender 
essas mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a 
Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação 
do capitalismo moderno. Esta disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a 
realidade social, desvinculando-se das preocupações especulativas e metafísicas e 
diferenciando-se progressivamente enquanto forma racional e sistemática de 
compreensão da mesma. 
Assim é que a Revolução Industrial significou, para o pensamento social, algo 
mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da 
produção da materialidade da vida social. O triunfo da indústria capitalista foi pouco a 
pouco concentrando as máquinas, as terras e as ferramentas sob o controle de um grupo 
social, convertendo grandes massas camponesas em trabalhadores industriais. Neste 
momento, se consolida a sociedade capitalista, que divide de modo central a sociedade 
entre burgueses (donos dos meios de produção) e proletários (possuidores apenas de sua 
força de trabalho). Há paralelamente um aumento do funcionalismo do Estado que 
representa um aumento da burocratização de suas funções e que está ligado 
majoritariamente aos estratos médios da população. 
O desaparecimento dos proprietários rurais, dos artesãos independentes, a 
imposição de prolongadas horas de trabalho, e etc., tiveram um efeito traumático sobre 
milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas tradicionais de vida. 
Não demorou para que as manifestações de revolta dos trabalhadores se iniciassem. 
Máquinas foram destruídas, atos de sabotagem e exploração de algumas oficinas, roubos 
 3 
e crimes, evoluindo para a criação de associações livres, formação de sindicatos e 
movimentos revolucionários. 
Este fato é importante para o surgimento da Sociologia, pois colocava a sociedade 
num plano de análise relevante, como objeto que deveria ser investigado tanto por seus 
novos problemas intrínsecos, como por seu novo protagonismo político já que junto a 
estas transformações de ordem econômica pôde-se perceber o papel ativo da sociedade e 
seus diversos componentes na produção e reprodução da vida social, o que se distingue 
da percepção de que este papel seja privilégio de um Estado que se sobrepõe ao seu 
povo. 
O surgimento da Sociologia prende-se em parte aos desenvolvimentos oriundos 
da Revolução Industrial, pelas novas condições de existência por ela criada. Mas uma 
outra circunstância concorreria também para a sua formação. Trata-se das modificações 
que vinham ocorrendo nas formas depensamento, originada pelo Iluminismo. As 
transformações econômicas, que se achavam em curso no ocidente europeu desde o 
século XVI, não poderiam deixar de provocar modificações na forma de conhecer a 
natureza e a cultura. 
Correntes sociológicas 
Porém, a Sociologia não é uma ciência de apenas uma orientação teórico-
metodológica dominante. Ela traz diferentes estudos e diferentes caminhos para a 
explicação da realidade social. Assim, pode-se claramente observar que a Sociologia tem 
ao menos três linhas mestras explicativas, fundadas pelos seus autores clássicos, das quais 
podem se citar, não necessariamente em ordem de importância: (1) a positivista-
funcionalista, tendo como fundador Auguste Comte e seu principal expoente clássico em 
Émile Durkheim, de fundamentação analítica; (2) a sociologia compreensiva iniciada por 
Max Weber, de matriz teórico-metodológica hermenêutico-compreensiva; e (3) a linha de 
explicação sociológica dialética, iniciada por Karl Marx, que mesmo não sendo um 
sociólogo e sequer se pretendendo a tal, deu início a uma profícua linha de explicação 
sociológica. 
Estas três matrizes explicativas, originadas pelos seus três principais autores 
clássicos, originaram quase todos os posteriores desenvolvimentos da Sociologia, levando 
à sua consolidação como disciplina acadêmica já no início do século XX. É interessante 
notar que a Sociologia não se desenvolve apenas no contexto europeu. Ainda que seja 
relativamente mais tardio seu aparecimento nos Estados Unidos, ele se dá, em grande 
medida, por motivações diferentes que as da velha Europa (mas certamente influenciada 
pelos europeus, especialmente pela sociologia britânica e positivista de Herbert Spencer). 
Nos EUA a Sociologia esteve de certo modo "engajada" na resolução dos "problemas 
sociais", algo bem diverso da perspectiva acadêmica europeia, especialmente a teuto-
francesa. Entre os principais nomes do estágio inicial da sociologia norte-americana, 
podem ser citados: William I. Thomas, Robert E. Park, Martin Bulmer e Roscoe C. 
Hinkle. 
A Sociologia, assim, vai debruçar-se sobre todos os aspectos da vida social. Desde 
o funcionamento de estruturas macrossociológicas como o Estado, a classe social ou 
longos processos históricos de transformação social ao comportamento dos indivíduo 
num nível micro-sociológico, sem jamais esquecer-se que o homem só pode existir na 
 4 
sociedade e que esta, inevitavelmente, lhe será uma "jaula" que o transcenderá e lhe 
determinará a identidade. 
Para compreender o surgimento da sociologia como ciência do século XIX, é 
importante perceber que, nesse contexto histórico social, as ciências teóricas e 
experimentais desenvolvidas nos séculos XVII, XVIII e XIX inspiraram os pensadores a 
analisar as questões sociais, econômicas, políticas, educacionais, psicológicas, com 
enfoque científico. O sociólogo dentro da organização intervem diretamente sobre os 
resultados da empresa, contribuindo com os lucros e resultados da organização. quando a 
organização é observada e estudada podem se verificar as falhas assim alterar seu sistema 
de funcionamento e gerar lucro. 
A sociologia como ciência da sociedade 
Ainda que a Sociologia tenha emergido em grande parte da convicção de Comte 
de que ela eventualmente suprimiria todas as outras áreas do conhecimento científico, 
hoje ela é mais uma entre as ciências. Atualmente, ela estuda organizações humanas, 
instituições sociais e suas interações sociais, aplicando mormente o método comparativo. 
Esta disciplina tem se concentrado particularmente em organizações complexas de 
sociedades industriais. 
Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da 
Sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito, 
na observação casual de alguns fatos. Muitos dos teóricos que almejavam conferir à 
sociologia o estatuto de ciência, buscaram nas ciências naturais as bases de sua 
metodologia já mais avançada, e as discussões epistemológicas mais desenvolvidas. Dessa 
forma foram empregados métodos estatísticos, a observação empírica, e um ceticismo 
metodológico a fim de extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos" recorrentes 
numa ciência ainda muito nova e dada a grandes elucubrações. Uma das primeiras e 
grandes preocupações para com a sociologia foi eliminar juízos de valor feitos em seu 
nome. Diferentemente da ética, que visa discernir entre bem e mal, a ciência se presta à 
explicação e à compreensão dos fenômenos, sejam estes naturais ou sociais. 
Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais válidos 
para todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades dos 
fenômenos sociais quando comparados com os fenômenos de natureza e, 
consequentemente, da abordagem científica da sociedade. Tais peculiaridades, no 
entanto, foram e continuam sendo o foco de muitas discussões, ora tentando aproximar 
as ciências, ora afastando-as e, até mesmo, negando às humanas tal estatuto com base na 
inviabilidade de qualquer controle dos dados tipicamente humanos, considerados por 
muitos, imprevisíveis e impassíveis de uma análise objetiva. 
Comparação com outras ciências sociais 
No começo do século XX, sociólogos e antropólogos que conduziam estudos 
sobre sociedades não-industrializadas ofereceram contribuições à Antropologia. Deve ser 
notado, entretanto, que mesmo a Antropologia faz pesquisa em sociedades 
industrializadas; a diferença entre Sociologia e Antropologia tem mais a ver com os 
problemas teóricos colocados e os métodos de pesquisa do que com os objetos de 
estudo. 
 5 
Quanto a Psicologia social, além de se interessar mais pelos comportamentos do 
que pelas estruturas sociais, ela se preocupa também com as motivações exteriores que 
levam o indivíduo a agir de uma forma ou de outra. Já o enfoque da Sociologia é na ação 
dos grupos, na ação geral. Já a Economia diferencia-se da Sociologia por estudar apenas 
um aspecto das relações sociais, aquele que se refere a produção e troca de mercadorias. 
Nesse aspecto, como mostrado por Karl Marx e outros, a pesquisa em Economia é 
frequentemente influenciada por teorias sociológicas. 
Por fim, a Filosofia social intenta criar uma teoria ou "teorias" da sociedade, 
objetivando explicar as variâncias no comportamento social em suas ordens moral, 
estética e históricas. Esforços nesse sentido são visíveis nas obras de modernos teóricos 
sociais, reunindo um arcabouço de conhecimento que entrelaça a filosofia hegeliana, 
kantiana, a teoria social de Marx e, ao mesmo tempo, Max Weber, utilizando-se de os 
valores morais e políticos do iluminismo liberal mesclados com os ideais socialistas. À 
primeira vista, talvez, seja complexo apreender tal abordagem. Entretanto, as obras de 
Max Horkheimer, Theodor Adorno, Jürgen Habermas, entre outros, representam uma 
das mais profícuas vertentes da filosofia social, representada por aquilo que ficou 
conhecido como Teoria Crítica ou, como mais popularmente se diz, Escola de Frankfurt. 
 
Sociologia da Ordem e Sociologia da Crítica da Ordem 
A Sociologia, em vista do tipo de conhecimento que produz, pode servir a 
diferentes tipos de interesses. A produção sociológica pode estar voltada para engendrar 
uma forma de conhecimento comprometida com emancipação humana. Ela pode ser um 
tipo de conhecimento orientado no sentido de promover um melhor entendimento dos 
homens acerca de si mesmos, para alcançarem maiores patamares de liberdades políticas 
e de bem-estar social. 
Por outro lado, a Sociologia pode ser orientada como uma 'ciência da ordem', isto 
é, seus resultados podemser utilizados com vistas à melhoria dos mecanismos de 
dominação por parte do Estado ou de grupos minoritários, sejam eles empresas privadas 
ou Centrais de Inteligência, à revelia dos interesses e valores da comunidade democrática 
com vistas a manter o status quo. 
As formas como a Sociologia pode ser uma 'ciência da ordem' são diversas. Ela 
pode partir desde a perspectiva do sociólogo individual, submetendo a produção do 
conhecimento não ao progresso da ciência por si ou da sociedade, mas aos seus 
interesses materiais imediatos. Há, porém, o meio indireto, no qual o Estado, como 
principal ente financiador de pesquisas nas áreas da sociologia escolhe financiar aquelas 
pesquisas que lhe renderam algum tipo de resultado ou orientação estratégicas claras: 
pode ser tanto como melhor controlar o fluxo de pessoas dentro de um território, como 
na orientação de políticas públicas promovidas nem sempre de acordo com o interesse 
das maiorias ou no respeito às minorias. Nesse sentido, o uso do conhecimento 
sociológico é potencialmente perigoso, podendo mesmo servir à finalidades 
antidemocráticas, autoritárias e arbitrárias. 
 
 6 
Sociologia, Sociedade e o Sistema Capitalismo 
O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e 
distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, 
demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo, os lucros são 
distribuídos para os proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos 
trabalhadores pelas empresas. É dominante no mundo ocidental desde o final do 
feudalismo. 
O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e anarquistas (Karl Marx, 
Proudhon, Sombart) no final do século XIX e no início do século XX, para identificar o 
sistema político-econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em 
suas críticas, porém, o nome dado pelos idealizadores do sistema político-econômico 
ocidental, os britânicos John Locke e Adam Smith, dentre outros, já desde o início do 
século XIX, é liberalismo. 
Alguns definem o capitalismo como um sistema onde todos os meios de 
produção são de propriedade privada, outros o definem como um sistema onde apenas a 
"maioria" dos meios de produção está em mãos privadas, enquanto outro grupo se refere 
a esta última definição como uma economia mista com tendência para o capitalismo. A 
propriedade privada no capitalismo implica o direito de controlar a propriedade, 
incluindo a determinação de como ela é usada, quem a usa, seja para vender ou alugar, e 
o direito à renda gerada pela propriedade. 
 
O capitalismo também se refere ao processo de acumulação de capital. Não há 
consenso sobre a definição exata do capitalismo, nem como o termo deve ser utilizado 
como categoria analítica. Há, no entanto, pouca controvérsia que a propriedade privada 
dos meios de produção, criação de produtos ou serviços com fins lucrativos num 
mercado, e preços e salários, são elementos característicos do capitalismo.
 
Há uma 
variedade de casos históricos em que o termo capitalismo é aplicado, variando no tempo, 
geografia, política e cultura. 
Economistas, economistas políticos e historiadores tomaram diferentes 
perspectivas sobre a análise do capitalismo. Economistas costumam enfatizar o grau de 
que o governo não tem controle sobre os mercados (laissez faire) e sobre os direitos de 
propriedade. A maioria dos economistas políticos enfatizam a propriedade privada, as 
relações de poder, o trabalho assalariado e as classes econômicas. Há um certo consenso 
de que o capitalismo incentiva o crescimento econômico, enquanto aprofunda diferenças 
significativas de renda e riqueza. O grau de liberdade dos mercados, bem como as regras 
que definem a propriedade privada, são uma questões da política e dos políticos, e 
muitos Estados que são denominados economias mistas. 
O capitalismo como um sistema intencional de uma economia mista desenvolvida 
de forma incremental a partir do século XVI na Europa, embora organizações proto-
capitalistas já existissem no mundo antigo e os aspectos iniciais do capitalismo mercantil 
já tivessem florescido durante a Baixa Idade Média. O capitalismo se tornou dominante 
no mundo ocidental depois da queda do feudalismo.
 
O capitalismo gradualmente se 
espalhou pela Europa e, nos séculos XIX e XX, forneceu o principal meio de 
industrialização na maior parte do mundo. 
 7 
Criticas ao Capitalismo 
Notáveis críticos do capitalismo têm incluído: socialistas, anarquistas, comunistas, 
tecnocratas, alguns tipos de conservadores, luddistas, narodniks, shakers e alguns tipos de 
nacionalistas. Os marxistas defendiam uma derrubada revolucionária do capitalismo que 
levaria ao socialismo, até a sua transformação para o comunismo. O marxismo 
influenciou partidos social-democratas e trabalhistas, bem como alguns socialistas 
democráticos moderados. Muitos aspectos do capitalismo estiveram sob ataque do 
movimento anti-globalização, que é essencialmente contrário ao capitalismo corporativo. 
Muitas religiões têm criticado ou sido contra elementos específicos do 
capitalismo. O judaísmo tradicional, o cristianismo e o islamismo proíbem emprestar 
dinheiro a juros, embora os métodos bancários tenham sido desenvolvidos em todos os 
três casos e adeptos de todas as três religiões são autorizados a emprestar para aqueles 
que estão fora de sua religião. O cristianismo tem sido uma fonte de louvor para o 
capitalismo, bem como uma fonte de críticas ao sistema, particularmente em relação aos 
seus aspectos materialistas. O filósofo indiano P.R. Sarkar, o fundador do movimento 
Ananda Marga, desenvolveu a Lei do Ciclo Social para identificar os problemas do 
capitalismo. 
Os críticos argumentam que o capitalismo está associado à desigual distribuição 
de renda e poder, uma tendência de monopólio ou oligopólio no mercado (e do governo 
pela oligarquia); imperialismo, a guerra contra-revolucionária e várias formas de 
exploração econômica e cultural, a repressão dos trabalhadores e sindicalistas e 
fenômenos como a alienação social, desigualdade econômica, desemprego e instabilidade 
econômica. O capitalismo é considerado por muitos socialistas um sistema irracional em 
que a produção e a direção da economia não são planejadas, criando muitas incoerências 
e contradições internas. 
Os ambientalistas argumentam que o capitalismo exige crescimento econômico 
contínuo, e, inevitavelmente, esgota os recursos naturais finitos da Terra e outros recursos 
amplamente utilizados. Historiadores e estudiosos, como Immanuel Wallerstein, 
argumentam que o trabalho não-livre, por escravos, servos, prisioneiros e outras pessoas 
coagidas, é compatível com as relações capitalista 
 
As concepções Históricas de Trabalho 
O Trabalho Assalariado é a relação de trabalho caracterizada pela troca da força 
de trabalho por salário. Difere-se das demais relações de trabalho por prescindir de 
relações de dependência extra-econômicas (na escravidão, por exemplo, o trabalhador é 
propriedade do senhor de escravos, enquanto na servidão o trabalhador está ligado à 
terra e é dependente do senhor de terra). Transformado em forma principal das relações 
de trabalho com o advendo do capitalismo industrial, caracteriza também a 
transformação da força de trabalho em mercadoria. 
 
 
 8 
Pré-História 
No chamado Período Paleolítico, os seres humanos viviam em pequenos grupos 
nômades, cuja organização é pouco hierarquizada.O sistema de salário nesta época não 
existia nem tampouco o dinheiro. No interior da tribo não havia trocas mercantis, mas o 
escambo era praticado nas relações entre diferentes grupos nômades. 
Com o sedentarismo, ocorreu uma crescente hierarquização das sociedades, um 
sistema de castas (sacerdotes, guerreiros, artesãos e camponeses) se formou com base no 
trabalho escravo. Ainda há um amplo debate entre os estudiosos sobre o que causou essa 
hierarquização. 
Idade Antiga 
A Idade antiga surge com base no trabalho escravo, pois assim surgiram as 
primeiras civilizações. Desta forma, os escravos eram grande parte da sociedade. Porém, 
o trabalho assalariado passou então a ser comum nas relações de pequeno porte, como a 
contratação de alguém por um artesão, ou por um político. Por mais que estes últimos 
contratassem trabalhadores assalariados, eles raramente tinham chances de enriquecer-se 
apenas através deles, pois a riqueza era medida, sobretudo, pela posse de terra e de 
escravos. 
Idade Média 
Na Idade Média (feudalismo), a sociedade é totalmente transformada, e a 
servidão substitui em grande parte a escravidão, mas pode-se dizer que o trabalho 
assalariado continue o mesmo: acordos entre pequenos empresários com pessoas 
comuns; riqueza medida pela posse da terra; e dificuldade de mobilidade social. As 
camponesas trabalhavam muito: cuidavam das crianças, fiavam a lã, teciam e ajudavam a 
cultivar as terras. As mulheres com um nível social mais alto tinham uma rotina 
igualmente atribulada, pois administravam a gleba familiar quando seus maridos estavam 
fora, em luta contra os visinhos ou em cruzadas à Terra Santa. Atendimento aos doentes, 
educação as crianças também eram tarefas femininas. 
Idade Moderna 
No início da Idade Moderna, o capitalismo comercial se desenvolveu em escala 
mundial com as descobertas marítimas e o trabalho escravo tornou-se novamente 
comum, principalmente nas colônias. No entanto, pelos países europeus, cada vez é mais 
difícil encontrar escravos trabalhando nas cidades, embora no campo a servidão ainda 
predomine. Nas cidades europeias predomina o serviço livre e algumas vezes o 
assalariado. Movimentos filosóficos como Renascentismo e Iluminismo, apoiavam a 
facilidade de mobilidade social, e tendiam a abominar a escravidão. 
 
 
 
 9 
Idade Contemporânea 
Neste Período, basicamente dois fatores vão finalizar a escravidão e a servidão e 
tornar o trabalho assalariado o protagonista das relações de produção: 
1. Revolução Industrial: com base na mão de obra livre decorrente do cercamento 
dos campos ingleses e a acumulação de capital nas mãos da nascente burguesia 
daquele país, criou a chamada classe operária (ou proletariado) e aumentou a 
produção. Expandiu-se no século XIX a outros países e fez com que países 
industrializados, como a Inglaterra, incentivassem a abolição da escravidão para a 
ampliação dos mercados consumidores e de mão de obra; 
2. revoluções burguesas: revoluções como a Americana e a Francesa foram 
impulsionadas pelo iluminismo, que era contrário á escravidão; 
 
As classes sociais no sistema capitalista(Burguesia e Proletariado) 
A burguesia é uma classe social que surgiu na Europa na Idade Média (séculos XI 
e XII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias 
(roupas, especiarias, joias) e prestação de serviços (atividades financeiras). 
No século XVII e XVIII, essa classe de forma geral apoiou a revolução americana 
e a revolução francesa fazendo cair as leis e os privilégios da ordem feudal absolutista, 
limpando o caminho para a rápida expansão do comércio. Os conceitos tais como 
liberdades pessoais, direitos religiosos e civis, e livre comércio todos derivam-se das 
filosofias burguesas. Com a expansão do comércio e da economia de mercado, o poder e 
a influência da burguesia cresceu. Em todos os países industrializados, a aristocracia 
perdeu gradualmente o poder ou foi expurgada por revoltas burguesas, passando a 
burguesia para o topo da hierarquia social. Com os avanços da indústria, surgiu uma 
classe mais baixa inteiramente nova, o proletariado ou classe trabalhadora 
Na atualidade, especialmente para os intelectuais que possuem alguma forma de 
simpatia ao pensamento marxista, burguesia pode querer significar uma classe social 
detentora dos meios de produção e empregadora do proletariado, que vende sua força de 
trabalho e seu tempo a fim de se sustentar. 
A burguesia tinha como principal economia o comércio, lá por sua vez criaram-se 
as oficinas; formadas por mestres, oficias, aprendizes , as oficinas governadas pela 
coorporação de ofício; formada pelos mestres de todas as oficinas de um mesmo produto 
(ex: tapetes), a burguesia mais tarde na Alta Idade Média aliou-se aos reis (que tinham 
apenas uma figura decorativa) pois os reis estavam querendo o poder dos Senhores 
Feudais, que eram donos desses centros denominados Burgos. Esse fato foi chamado 
"centralização política da Alta Idade Média" 
 
 
 10 
Proletariado (do latim proles, “filho, descendência, progênie”) é um conceito 
usado por anarquistas, comunistas e marxistas para definir a classe antagônica à classe 
capitalista. O proletário consiste daquele que não tem nenhum meio de vida exceto sua 
força de trabalho (suas aptidões), que ele vende para sobreviver. O proletário se 
diferencia do simples trabalhador, pois este último pode vender os produtos de seu 
trabalho (ou vender o seu próprio trabalho enquanto serviço), enquanto o proletário só 
vende sua capacidade de trabalhar (suas aptidões e habilidades humanas), e, com isso, os 
produtos de seu trabalho e o seu próprio trabalho não lhe pertencem, mas àqueles que 
compram sua força de trabalho e lhe pagam um salário. 
A existência de indivíduos privados de propriedade, privados de meios de vida, 
permite que os capitalistas (os proprietários dos meios de produção e de vida) encontrem 
no mercado um objeto de consumo que age e pensa (as aptidões humanas), que eles 
consomem para aumentar seu capital. Ao vender sua força de trabalho, o proletário 
aliena-se de seus próprios atos e submete-os à vontade do comprador, que o domina 
autoritariamente. O comprador (o capitalista) comanda o trabalho do proletário e se 
apropria de seus produtos para vendê-los no mercado. A palavra proletariado define o 
conjunto dos proletários considerados enquanto formando uma classe social

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