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Lei nº 7.783\1989 (Lei de Greve): Art. 2º “para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador”. CONCEITO SONIANE Palavra “greve” História da greve: Fuga dos hebreus do Egito; Paralisação realizada por operários egípcios que trabalhavam no templo de Mut (2100 a. C, em Tebas); Revolução Industrial. Greve no Brasil: Greve de 1917 em São Paulo; Constituição de 1967; Constituição de 1988; Organização Internacional do Trabalho (OIT). Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948. Direito Potestativo; Autodefesa; Direito Individual; Direito Fundamental; Natureza Jurídica KAMILA Art. 9º, CRFB/88 - É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. Classificação: Quanto à legalidade: Lícitas; Ilícitas; Abusivas; Art. 9º, CF, § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Não abusivas; Quanto à extensão: Globais; Parciais; De empresa; Quanto ao exercício: Contínua; Intermitente; Rotativa; Branca. “Operação tartaruga” ou greve de rendimento; Outros Tipos de Greve Limitações É um direito relativo; O Estado regula; A greve deverá respeitar o direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade. Deve ser pacífica; A CF também traz limitações no que diz respeito a noção de serviços ou atividades essenciais que estão estabelecidos na Lei nº 7.783/89. Militares: não tem direito de greve – art. 142, § 3º, IV, CF Servidores Públicos: tem direito de greve – art 37, VII, CF (pendente de lei regulamentadora; aplica-se, no que couber, a Lei nº 7.783/89 STF decide que Poder Público deve cortar salários de servidores grevistas Recurso Extraordinário (RE) 693456 STF decidiu no dia 27/10/2016, por 6 votos a 4; Erga Omnes; Projeto de Lei (LP) 710/2011 Exceção em relação ao corte ou descontos; Condutas Ilícitas do Poder Público Legitimidade Titularidade do Direito; art. 2º da Lei nº 7.783/89 Legitimidade para a instauração da greve; art. 8º, inciso VI, da Lei nº 7.783/89. Oportunidade de exercício Art. 1º, Lei de Greve (7783/99) “ É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.” Art. 14, Lei 7783/99: “ Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.” Danielle Interesses a defender Art. 9º, CF/88: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.” Constituição Federal, Capítulo II, Título I dos Direitos Sociais: Art. 6º “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; Até o art. XXXIV. Negociação coletiva É uma fase antecedente e necessária da greve, é uma condição para o exercício do direito de greve. Negociação: fica a cargo da Delegacia Regional do Trabalho, o seu objetivo é fazer a mediação para solucionar a controvérsia entre as partes. Arbitragem: procedimento alternativo para solucionarem a pendência entre eles. Art. 14, § 2º, CF/88: “Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.” ASSEMBLEIA GERAL É necessário que se faça a convocação da assembleia geral para: definir as reinvindicações da categoria e deliberar sobre a paralisação coletiva. AVISO PRÉVIO DE GREVE Amanda Lei Anterior n°4.330/64 art. 10 Prazo de 5 dias - nas atividades acessórias Prazo de 10 dias - nas atividades essenciais Previa a concessão do aviso-prévio por escrito Era obrigatória a intimação do Ministério do Trabalho Lei Nova n° 7.783/89 Prazo de 48h para atividades acessórias (art.3) Prazo de 72h para atividades essenciais (art.13) Menciona a existência do aviso-prévio, mas não exige sua forma Não há necessidade de intimação do Ministério do Trabalho, este apenas deve ter ciência para que convoque as partes para mesa redonda. Atividades essenciais O §1° do art.9° CF/88 Não proíbe a greve nas atividades essenciais, apenas determina que a lei deve definir quais são esses serviços e atividades. Definição pelo art.10°: Tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; Assistência médica e hospitalar; Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; Funerários; Transporte coletivo; Captação e tratamento de esgoto e lixo; Telecomunicações; Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; Controle de tráfego aéreo; Compensação bancária; Obs: Não são mais essenciais: serviços de banco, salvo os de compensação bancária, serviços de comunicação, exceto os de telecomunicações, carga e descarga, escolas e correios. Atendimento das necessidades inadiáveis São inadiáveis as necessidades que se não atendidas possam colocar em perigo iminente a sobrevivência, à saúde ou a segurança da população(parágrafo único do art.11 da lei n°7.783/89). Exemplo: Atividade de assistência médica e de hospitais em serviços como os que importem na sobrevivência ou na saúde da pessoa, como os ligados à unidade de terapia intensiva (UTI). Os sindicatos, os trabalhadores e os empregadores ficam obrigados a garantir, durante a paralisação, a prestação de serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Se estes não assegurarem o atendimento das necessidades, o poder público providenciará a prestação de serviço (art.12 da lei n°7.783/83). A lei, porém, não determinou como isso será feito. Manutenção de Bens - Art.9° da lei n°7.783/89 Objetivo: Assegurar os serviços cuja paralisação resulte em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos. Devem ser mantidas em atividade equipes de empregados (pelos sindicatos ou comissão de negociação por intermédio de acordo com a entidade patronal). Em caso de não haver acordo, o empregador pode, durante a greve, contratar diretamente os serviços necessários para a manutenção de bens e equipamentos necessários á retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento. Exemplo: empresas do setor de aço, no qual a paralisação das atividades de seus empregados poderá ensejar na deterioração irreversível de seus altos-fornos. Direitos e deveres Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. (CF) Lei n° 7.783/89, Art. 6º São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos: I - o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve; II - a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento. André § 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem. § 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento. § 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa. Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho. Parágrafo único. A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.(Aviso prévio) Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembléia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços. Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho. Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que: I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição; II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho. Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho. Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, (...) Lei n° 4.330/64 Art. 20 A greve licita não rescinde o contrato de trabalho, nem extingue os direitos e obrigações dele resultantes. Parágrafo único. A greve suspende o contrato de trabalho, assegurando aos grevistas o pagamento dos salários durante o período da sua duração e o cômputo do tempo de paralisação como de trabalho efetivo, se deferidas, pelo empregador ou pela justiça do Trabalho, as reivindicações formuladas pelos empregados, total ou parcialmente. A exceção do contrato não cumprido (Art. 476, CC) o desconto do salário do trabalhador grevista representa a negação do direito de greve. Retira do servidor seus meios de subsistência, aniquilando o próprio direito.” (Agravo de Instrumento n°, 853.275/RJ, Ministro Dias Toffoli) “os salários dos dias de paralisação não deverão ser pagos, salvo no caso em que a greve tenha sida provocada justamente por atraso no pagamento dos servidores públicos civis, ou por outras situações excepcionais que justificam o afastamento da premissa da suspensão do contrato de trabalho (art. 7° da Lei 7.783/89 in fine)” (RE 456.530/SC, j. 13-5-10, Rel. Min. Joaquim Barbosa). É instaurado quando não ocorre um acordo na negociação direta entre trabalhadores ou sindicatos. Ausente o acordo, os representantes das classes ingressam com uma ação na Justiça do trabalho. DISSÍDIO COLETIVO Jadlayne O dissídio é uma forma de solução de conflitos coletivos de trabalho. Por meio dele, o Poder Judiciário resolve o conflito entre empregadores e grupo de trabalhadores. É uma competência constitucionalmente assegurada aos tribunais trabalhistas para criar normas gerais e abstratas de conduta ou interpretar regras jurídicas pré-existentes. Ele pode ser de natureza econômica, jurídica ou mista. Dissídio coletivo de natureza econômica Constitui Direitos Podem ser subdivididas em: a) originário ou Inaugural: Quando não há norma coletiva anterior. b)Revisional: Que visa a revisão de norma coletiva anterior. c)De Extensão: Estende a categoria normas ou condições estabelecidas por parte dela. Dissídio Coletivo de Natureza Mista Ação Declaratória: Tem como objetivo declarar o sentido, a aplicação ou interpretação de uma norma jurídica já existente. É ação declaratória e constitui direitos. Papel do Ministério Público Dissídio coletivo de greve Responsabilidade: A responsabilidade é tanto do empregador como do sindicato. Os trabalhadores podem ser responsabilizados penalmente por crime de dano à coisa, de lesão corporal, de homicídio. A responsabilidade penal diz respeito à pessoa física que praticou o ato tipificado na lei como crime. Greve no setor público Constituição de 1967 Convenção nº 151 da OIT CF/88 e EC nº 19 Lei nº 7.783/89 STF Vedações Lockout Constituição de 1937 Conceito Art. 17 da Lei 7.783/89: “Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (lockout).” Fechamento por falência Consequências Edien Considerações Finais Bibliografia http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=328294 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. – editora Saraiva, 3. ed. 2012. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. – editora Atlas, 31. ed. 2015. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. – editora LTr, 15. ed. 2016 http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=331 http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=1455
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