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* * UM POUCO DE HISTÓRIA E EVOLUÇÃO BASEADO NA PRESENÇA DOS VÍRUS NA FACE DA TERRA * * SÉCULO XIX A.C. Cidadão do povo retratado com seqüela de poliomielite Faraó Ramsés V com seqüelas de varíola na face * * Final do século XIX: Os pesquisadores perceberam que certas doenças, como a raiva e a febre aftosa, eram causadas por partículas que pareciam se comportar como bactérias, mas eram muito menores. Classificaram estas estruturas como as formas mais simples de vida. * * 1915: Félix d´Herelle descobriu pontos de lise em culturas de bactérias causadoras de desinterites denominando estes pontos de de “placas”. Os agentes causadores das placas foram por ele denominados “bacteriófagos”, conseguindo ainda definir suas propriedades lítica e lisogênica. É considerado o pai da Virologia Moderna * * BACTERIÓFAGO Ciclo lítico Ciclo lisogênico * * Em 1935, Wendell M. Stanley (Prêmio Nobel de Química em 1946) da Universidade de Rockfeller cristalizou pela primeira vez o vírus do mosaico do tabaco. Concluíu que os vírus consistiam de “um pacote de agentes bioquímicos complexos” mas lhe “faltavam sistemas essenciais das funções metabólicas”. Os vírus foram rebaixados a meros agentes inertes já que se assemelham mais a um conjunto químico do que a um organismo vivo. * Alguns cientistas acreditam que os vírus podem ter sido resultado de genes de hospedeiros, que durante a evolução, escaparam e adquiriram um revestimento proteico. Verdade ou mito??? * * * Os vírus trocam informações genéticas diretamente com os organismos vivos. A maior parte dos vírus conhecidos e não conhecidos é persistente, inócua, não patogênica e pode permanecer dormente por longos períodos ou então se replicar em taxas lentas e estáveis, escapando da resposta imunológica. * * O genoma de um vírus pode colonizar permanentemente seu hospedeiro, adicionando genes virais ao organismo invadido e até tornando-se parte fundamental de seu material genético. * * A enorme população dos vírus, combinada com suas taxas aceleradas de replicação e mutação, faz deles a maior fonte potencial de inovação genética. E genes de origem viral podem viajar, invadir outros organismos e contribuir para a mudança evolutiva!!! * * Outras descobertas que colocam os vírus como participantes da evolução * * O gene da DNA Polimerase do bacteriófago T4 tem parentesco estreito com outros genes de DNA Polimerases nos eucariontes e nos vírus que os infectam. Mais estudos demonstraram que as enzimas responsáveis pela replicação do DNA em eucariontes tem provavelmente origem viral. * * VÍRUS COMO VETORES DE DOENÇAS EM HUMANOS, ANIMAIS E PLANTAS * Doenças decorrentes das infecções virais Doença, seguida por recuperação Doenças persistentes Doenças fatais Doenças congênitas Fator de contribuição ao câncer Fator desencadeante de outras doenças * * Algumas consequências das infecções virais 50% de todas as ausências no trabalho e escola Crianças: 7 ou mais infecções virais por ano que requerem pelo menos uma visita ao hospital ou ao médico * * MAS….OS VÍRUS TAMBÉM PODEM SER VETORES IMPORTANTES DE CURA OU PREVENÇÃO DE DOENÇAS! DESENVOLVIMENTO DE VACINAS TERAPIA GÊNICA VETORES DE CLONAGEM DE GENES * * Dificuldades para se obter medicamentos Gamaglobulina – anticorpo Amantadina – aminas primárias impede a penetração Vidarabina – Ara A – inibe ác. Nucléico Zidovudina – AZT – inibe a transcriptase reversa Levamisol - imunomodulador * * * A nomenclatura: local, tecido, aspectos, doenças Exemplos: Picornavírus (pico – pequeno; de RNA) enterovírus Capsídio desnudo resistentes . Togavírus (Toga – grego = manto, envelopado) Arbovírus, dengue, febre amarela. Papovírus (Papiloma, vírus vacuolizantes) HPV. Poxivírus (Smallpox – bolhas). Adenovírus (Adenóides) doenças respiratórias Gastroenterites modelo biologia molecular. Coxsakievírus (Coxsackie – Nova York, USA) Vesículas e doenças respiratórias. * A/California/04/2009(H1N1) Influenza tipo A, isolado primeiramente na Califórnia, linhagem número 04, ano de 2009 e tipo H1N1 A/Hong Kong/156/97 (H5N1), Influenza A, isolado em Hong Kong, linhagem 156 do ano de 1997 OMS 1980 Influenza Humanos A/Turkey/England/91 (H5N1), isolado de perus na Inglaterra em 1991 Sem a identificação da espécie portadora, o tipo de local é usado no lugar da espécie (ex: A/lake water/Wisconsin/1/79). * * Organização hierárquica dos vírus segundo o “International Committee on Taxonomy of Viruses” (ICTV) Ordem: (Mononegavirale, Nidovirale e Caudovirale) Família:(Poxviridae, Herpesviridae, Parvoviridae, Paramyxoviridae, etc) Subfamília: sufixo “virinaes” Gênero: sufixo “vírus” Espécie: vírus (ainda....subespécies, estirpes, variantes, grupos e subgrupos) * * Exemplos de nomenclaturas: Família: Poxviridae, Subfamília: Chordopoxvirinae, Gênero: Orthopoxvírus, Espécie: Vaccinia vírus Varíola bovina 1a vacina Família: Picornaviridae, Gênero: Enterovírus, Espécie: Poliovírus 1 * VIROLOGIA DEFINIÇÃO DE TERMOS partícula viral completa e infecciosa= virion Proteínas que revestem o genoma viral = capsídeo capsídeo + genoma = nucleocapsídeo Alguns vírus podem conter ainda um envelope com proteínas associadas Envelope: Natureza glicolipídica, derivado da célula hospedeira e com proteínas associadas * * COMO SE ORGANIZAM OS VÍRUS? GENOMA DE ÁCIDO NUCLEICO : DNA OU RNA CAPA PROTEICA PROTEÇÃO E ENTRADA NO HOSPEDEIRO ENVELOPE GLICOLIPÍDICO EM ALGUNS VÍRUS PEQUENOS (20-400nm) PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS * * ESPECTRO DE HOSPEDEIROS PODE SER AMPLO OU RESTRITO PODEM SER CÉLULAS DE INSETOS, ANIMAIS, HUMANAS, DE PLANTAS OU AINDA FUNGOS E BACTÉRIAS NÃO CRUZAM A BARREIRA EUCARIOTO/PROCARIOTO * * FATORES QUE AFETAM O NÚMERO DE HOSPEDEIROS * RECEPTORES DE SUPERFÍCIE CELULAR DISPONIBILIDADE DE UTILIZAR A MAQUINARIA DE REPLICAÇÃO DA CÉLULA HABILIDADE DE SAIR DA CÉLULA E ESPALHAR-SE PARA OUTRAS CÉLULAS RESPOSTA ANTI-VIRAL DO HOSPEDEIRO * * RECEPTORES DE SUPERFÍCIE CELULAR PERMITEM A ENTRADA DO VÍRUS NA CÉLULA * * REPLICAÇÃO VIRAL VÍRUS, NA SUA FORMA ATIVA, MULTIPLICAM-SE RAPIDAMENTE UMA ÚNICA PARTÍCULA VIRAL PRODUZ UMA VASTA PROGÊNIE VIRAL VÍRUS DE GENOMA DNA PODEM CORRIGIR ERROS DE REPLICAÇÃO (“PROOF-READING”), VÍRUS RNA NÃO PODEM. * * ALTERAÇÕES GENÉTICAS VIRAIS MUTAÇÃO RECOMBINAÇÃO GENÉTICA COM OUTROS VÍRUS * * ORIGEM DAS ALTERAÇÕES GENÉTICAS ESPONTÂNEAS (Pontuais,Inserção,Deleção, Recombinação) Luz Ultra-violeta, Raios-X, quimicamente induzidas. Erros da polimerase- muito freqüentes em vírus de genoma RNA * * Alguns exemplos de mutantes “HOT MUTANTS” Crescem melhor em altas temperaturas do que os tipos selvagens (não mutantes) São menos susceptíveis à febre do hospedeiro MUTANTES ATENUADOS Sintomas mais leves ou assintomáticos Desenvolvimento de vacinas MUTANTES FREQÜENTES Fogem da resposta imune do hospedeiro * * FORMATOS DOS VÍRUS * SIMETRIA DO CAPSÍDEO ICOSAHÉDRICO HELÍPTICO COMPLEXO * * SIMETRIA ICOSAHEDRICA 20 triângulos equiláteros (faces) 12 vértices (icoságono) * http://www.tulane.edu/~dmsander/WWW/Video/Video.html * SIMETRIA ICOSAHEDRICA * Forma icosaédrica mais simples: cada face do icoságono é construída por 3 subunidades estruturais ou protômeros com 60 subunidades * SIMETRIA ICOSAHEDRICA * 3 protômeros agrupados =capsômero * * Ex: Adenovirus Subunidades de capsômeros em grupos de 6= hexons ou hexâmeros Subunidades agrupadas nos vértices=pentons ou pentâmeros * Simetria Helíptica ou Helicoidal Comprimento controlado pelo ácido nucleico A hélice pode ser rígida ou flexível com formato de cilindro ou tubo * * Ex: VIRUS DO MOSAICO DO TABACO * adapted from: Klug and Caspar Adv. Virus Res. 7:225 * SIMETRIA COMPLEXA * Ex: FAMÍLIA POXVÍRUS Bacteriófago T4 * ENVELOPE OBTIDOS PELO BROTAMENTO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR OU NUCLEAR NATUREZA GLICOLIPÍDICA POSSIBILIDADE DE DEIXAR A CÉLULA SEM MATÁ-LA (BROTAMENTO) CONTÉM PELO MENOS UMA PROTEÍNA CODIFICADA PELO VÍRUS A PERDA DO ENVELOPE RESULTA EM PERDA DA INFECTIVIDADE * * 5 TIPOS BÁSICOS DE ESTRUTURAS VIRAIS * HELÍPTICO HELÍPTICO ENVELOPADO ICOSAHEDRICO ENVELOPADO COMPLEXO ICOSAHEDRICO Adapted from Schaechter et al., Mechanisms of Microbial Disease nucleocapsid icosahedral nucleocapsid nucleocapsid helical nucleocapsid lipid bilayer lipid bilayer glycoprotein spikes = peplomers * * HERPESVIRIDAE HEPADNAVIRIDAE ENVELOPADOS PAPILLOMAVIRIDAE POLIOMAVIRIDAE CIRCULARES ADENOVIRIDAE Gastroenterites faringites LINEARES NÃO-ENVELOPADOS DUPLA FITA PARVOVIRIDAE SIMPLES FITA NÃO-ENVELOPADOS POXVIRIDAE ENVELOPADOS COMPLEXOS VIRUS DNA Modified from Volk et al., Essentials of Medical Microbiology, 4th Ed. 1991 Todas as famílias mostradas são icosahedricas com exceção dos poxviruses * * FLAVIVIRIDAE TOGAVIRIDAE RETROVIRIDAE Rubéola Dengue ICOSAHEDRICOS CORONAVIRIDAE Resfriados HELIPTICOS ENVELOPADOS ICOSAHEDRICOS PICORNAVIRIDAE CALICIVIRIDAE Enterovirus Gastroenterites NÃO-ENVELOPADOS SIMPLES FITA SENSO POSITIVO BUNYAVIRIDAE ARENAVIRIDAE ORTHOMYXOVIRIDAE PARAMYXOVIRIDAE RHABDOVIRIDAE FILOVIRIDAE SIMPLES FITA SENSO NEGATIVO REOVIRIDAE Rotavírus DUPLA-FITA VIRUS RNA ENVELOPADOS HELIPTICOS ICOSAHEDRICOS NÃO-ENVELOPADOS Modified from Volk et al., Essentials of Medical Microbiology, 4th Ed. 1991 A fita negativa é utilizada como molde para a síntese de mRNA auxílio de uma senso positivo podem ser utilizados prontamente para a síntese de proteínas RNA polimerase RNA-dependente (RpRd) produz fita negativa Gripe A Doenças respiratórias Caxumba Raiva Ebola Encefalites Febre hemorrágica * * RESUMO Os vírus são parasitas que estão no limiar entre a vida e a matéria inerte. Eles possuem os mesmos tipos de proteínas e ácidos nucleicos que formam as células vivas, mas precisam da ajuda delas para se replicar e se espalhar. * * Um enorme número de vírus se replica e sofre mutações constantemente. Esse processo produz muitos genes novos. Um gene inovador, com uma função útil, pode ser eventualmente incorporado ao genoma de uma célula hospedeira e se tornar parte permanente do genoma daquela célula. * * HIGH CASE:FATALITY RATE RABIES, CERTAIN HEMORRHAGIC FEVERS, SMALLPOX, HIV SUFFERING COMMON COLD, CHICKEN POX, INFLUENZA, GI TRACT, RESPIRATORY TRACT CONGENITAL AND NEWBORN DISEASE ESP. IMPORTANT TO OBSTETRICIAN, PEDIATRICIAN CANCER VIRUSES ONLY PART OF STORY - MULTISTEP PROCESS POSS. OTHER DISEASE JUVENILE ONSET DIABETES, MS, ALZHEIMERS, SOME ARTHRITIS? * * * * * * * * * * Murray 6th ed p49 puts Norwalk (a calicivirus) in the family Noroviridae; however, according to the International Committee on the Taxonomy of Viruses (ICTV) there is no such family and Norwalk virus is in the genus Norovirus in the family Caliciviridae. The term ‘Noroviridae’ does not appear in Pubmed.
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