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Direito das Sucessões Resumo 08

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS
CURSO DE DIREITO
WANIA ALVES FERREIRA FONTES
...............................................................................................................................
DIREITO DAS SUCESSÕES – RESUMO 08
DAS FORMAS DE TESTAMENTO
DAS FORMAS ORDINÁRIAS DE TESTAMENTO
Apesar da liberdade de testar o disponível, o legislador não deixou livre a forma de testar. Pelo contrário. Determinou formalidades rígidas que se não obedecidas implicam em nulidade do testamento.
Foram concebidas três formas ordinárias de testamento: Testamento público; testamento cerrado; testamento particular. (artigo 1.862 do C.C).
Foram concebidas três formas de testamentos especiais: marítimo, aeronáutico e militar. (artigo 1.886 do C.C).
É inválido o testamento conjuntivo (artigo 1.863 do C.C). É proibido qualquer das modalidades:
Simultâneo: quando duas pessoas testam para um terceiro em um só ato. 
Recíproco: quando instituem benefícios mútuos, um sendo instituído beneficiário do outro. Recolhe a herança o que sobreviver ao outro.
Correspectivo: quando os testadores efetuam disposições em retribuição de outras correspondentes. 
Possibilidade de reconstituição da cédula testamentária: Impossível reconstituir testamento perdido pela possibilidade de desvirtuamento da vontade e interferência de terceiros que fogem ao conceito de testamento. É possível reconstituir o documento através de recursos técnicos se o documento sofreu avarias pelo tempo.
TESTAMENTO PÚBLICO 
É o testamento feito pelo tabelião no livro de notas. São requisitos essenciais no termos do artigo 1.864 do Código Civil. 
I - ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo com as declarações do testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos;
II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um só tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do oficial;
III - ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.
Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem como ser feito pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo testador, se mais de uma.
O tabelião deve certificar-se de que o testador está em condições de testar. (Deve ser maior de 16 anos e ter discernimento)
O tabelião deve certificar-se de que as testemunhas são idôneas e conhecem o testador.
Após lavrado o testamento este deve ser lido em voz alta pelo tabelião ou pelo testador na presença das testemunhas (duas).
Após a leitura deve ser assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião. Se o testador não souber ou não puder assinar, o tabelião deve declarar no instrumento esta situação e indica uma testemunha para assinar a rogo.
O testador inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
Ao testador cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.
TESTAMENTO CERRADO
É o testamento de caráter sigiloso, escrito e assinado pelo próprio testador ou por alguém a seu rogo. Deve ser aprovado pelo tabelião em presença de duas testemunhas. 
Assim determina o artigo Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo, e por aquele assinado, será válido se aprovado pelo tabelião ou seu substituto legal, observadas as seguintes formalidades:
I - que o testador o entregue ao tabelião em presença de duas testemunhas; 
II - que o testador declare que aquele é o seu testamento e quer que seja aprovado;
III – que o tabelião lavre, desde logo, o auto de aprovação, na presença de duas testemunhas, e o leia, em seguida, ao testador e testemunhas;
IV - que o auto de aprovação seja assinado pelo tabelião, pelas testemunhas e pelo testador. 
Parágrafo único. O testamento cerrado pode ser escrito mecanicamente, desde que seu subscritor numere e autentique, com a sua assinatura, todas as paginas.
Em síntese os requisitos do testamento cerrado são:
A cédula testamentária: É o documento redigido pelo testador ou por outra pessoa a seu rogo. Pode ser escrito mecanicamente, mas deve ser numerada e aposta a assinatura em todas as folhas. Assim, quem não sabe escrever pode fazer testamento cerrado, desde que saiba ler. Não se admite testamento cerrado de quem não saiba ler.
Ato de entrega da cédula: A cédula deve ser entregue ao tabelião pelo próprio testador, não se admitindo a entrega por outra pessoa. Deve ser entregue na presença de duas testemunhas, devendo o testador declarar que aquela é sua vontade. 
Ato de aprovação: Imediatamente deve ser aprovado. A aprovação é mera certificação pelo tabelião logo após a última palavra do testador, declarando que sob sua fé, o testamento lhe foi entregue e pelo testador foi dito que era a sua vontade. Após deve ser lido pelo tabelião na presença de todos. (testador e as duas testemunhas).
Cerramento: É a última fase. O testamento assinado, aprovado e lido deve ser cosido e lacrado. Dobra-se a cédula e costura com cinco pontos de retrós, colocando-se um lacre em cima de cada ponto.
A cédula é cosida e lacrada é entregue ao testador que deverá guarda-la ou indicar alguém para fazê-lo. 
O tabelião lançará no seu livro de notas, o lugar, dia, mês e ano em que o testamento foi aprovado, lacrado e entregue.
A cédula violada será considerada como testamento revogado.
Abertura, registro e cumprimento do testamento cerrado: Falecendo o testador o testamento será apresentado ao juiz que o abrirá, determinará seu registro e ordenará seu cumprimento. Estes atos estão regulados pelos artigos 735 a 737 do CPC/2015.
Se o juiz verificar vícios externos não procederá ao registro e antes de determinar o cumprimento pode requerer perícia. Vícios não externos, somente poderão ser discutidos no inventário ou em ação de declaração de nulidade. 
TESTAMENTO PARTICULAR
O testamento particular é o feito de próprio punho pelo testador, podendo ainda ser feito de forma mecânica, desde que não contenha rasuras, espaços em branco.
Nas duas situações deve ser lido na presença de três testemunhas e assinado pelo testador e pelas testemunhas.
A essência do ato é a holografia, ou seja, escrita pelo próprio testador. 
A forma simples, ou seja, apenas feito pelo próprio testador sem testemunhas não é aceito na legislação brasileira. Entretanto, o Art. 1.879 determina que “em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula, o testamento particular de próprio punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do juiz”.
Em não sendo em circunstâncias especiais deverá ter as três testemunhas, mas pode ocorrer das testemunhas falecerem antes do testador. Poderá ser confirmado, se pelo menos uma delas reconhecer, também a critério do juiz. 
DAS TESTEMUNHAS
As testemunhas são chamadas de instrumentárias, pois, interferem no ato com dever de fiscalizar, assegurando a identidade do testador, a sua capacidade de testar, garantindo-se que seja feita a vontade livre e consciente do mesmo.
As testemunhas devem presenciar o ato do princípio ao fim. 
Em relação aos impedimentos de figurar como testemunhas o Código Civil de 2002 não trouxe especificações. Vale, portanto, os impedimentos determinados para os atos jurídicos em geral previstos na parte geral, no artigo 228 do Código Civil:
Diz o artigo 228: Não podem ser admitidos como testemunhas:
I - os menores de dezesseis anos;
II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil; (revogado pela Lei 13.146/15)
III - os cegos e surdos, quando a ciência do fatoque se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam; (revogado pela Lei 13.146/15) 
IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade.
Analisando este artigo em relação às testemunhas temos: No que pese a revogação dos incisos II e III, não há como reconhecer a possibilidade de testemunhar em testamento os que não possuem discernimento e os cegos e surdos quando a ciência do fato depende destes sentidos. No testamento exige-se ouvir as disposições, ler as disposições e assinar as disposições. 
Em relação ao amigo intimo nada impede que seja testemunha, pois, são exatamente os amigos e conhecidos é que são chamados para assistir tais atos. Os inimigos provavelmente não serão chamados, mas também não se vislumbra impedimento, e se forem testemunhas de testamento não haverá nulidade.
Em relação aos cônjuges, ascendentes, descendentes, colaterais podem servir de testemunhas, desde que não sejam os beneficiários, pois, se são os beneficiários o testamento é nulo por imposição do artigo 1.801 do C.C.
DOS CODICILOS
Conceito: Codicilo é ato de última vontade onde se dispõe sobre assuntos pouco importantes como despesas, dádivas de pequeno valor.
Objeto: Diz o artigo 1.881. “Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal”. O objeto do codicilo é, portanto, estas disposições a certas e determinadas pessoas de objetos de pequeno valor.
Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão nomear ou substituir testamenteiros.
Os codicilos não demandam formalidades especiais, bastando que o disponente deixe escrito que confirme sua vontade, datado e assinado. 
Sua revogação também pode se dar pela mesma forma.
Será considerado revogado, se for feito testamento posterior que não confirme ou que modifique as disposições.
Se as disposições estiverem fechadas deverão ser abertas com as formalidades do testamento cerrado.
O que se considera objeto de pequena monta? Não há parâmetro na lei. A doutrina e jurisprudência tem estabelecido o percentual de 10% do patrimônio. No que pese ser um parâmetro, deve ser avaliado caso a caso. 
Redução do valor ou dos bens pelo juiz. Com base na máxima de que a vontade do de cujus deve ser atendida e por analogia ao artigo 1.967 do C.C que determina que as disposições testamentárias inoficiosas (que ultrapassem o disponível) podem ser reduzidas pelo juiz, bem como por analogia ao artigo 549 do C.C que considera nula a doação somente da parte que exceder a que o doador pudesse dispor em testamento no momento da liberalidade, a doutrina entende que o juiz pode reduzir o codicilo para adequá-lo ao espírito da pequena monta, sem invalidar a vontade do disponente.
Requisitos do codicilo:
Capacidade de testar
Escrita, datada e assinada pelo disponente.
A escrita deve ser feita pelo próprio testador, mas não se exige que seja de próprio punho, uma vez que até para o testamento particular, aceita-se a escrita através de mecanização, mas para evitar discussões, devem as páginas serem numeradas e assinadas, sem rasuras e sem espaços em branco.
O codicilo pode ser autônomo ou acessório do testamento.
Revogação do codicilo:
Pode ser expressa: Quando revogado por outro codicilo ou por um testamento.
Pode ser tácito: Quando elaborado testamento posterior sem confirma-lo ou modificando.
Nem sempre a elaboração de outro codicilo revoga o anterior. Pode ser realizada disposição a par das já existentes.
Testamento revoga codicilo, mas a recíproca não é verdadeira. Entretanto, se em um testamento, um valor de pouca monta é deixada para alguém, depois este mesmo objeto é disposto para outra pessoa em codicilo, vale o disposto no codicilo.
DOS TESTAMENTOS ESPECIAIS
Em relação aos testamentos denominados de ordinários, somente são admitidos o público, o cerrado e o particular, sendo de livre escolha do testador. A lei prevê três testamentos especiais: O marítimo, o aeronáutico e o militar. Também não se admitem testamentos especiais além dos contemplados no Código Civil. 
No que pese serem testamentos que simplificam as formas para atender situações especiais, não deixam de exigir os princípios do direito comum, quanto a capacidade testamentária ativa e passiva, proibição de testamento conjuntivo, respeito a parte da legítima e outros.
TESTAMENTO MARÍTIMO 
Conceito: É o testamento realizado por quem estiver a bordo de navio. O Código de 1916 falava em alto mar, o que não é repetido no de 2002. Entende-se que pode ser em rios, desde que não se tenha condições de se aportar para que se realize testamento ordinário. Diz o artigo Art. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar perante o comandante, em presença de duas testemunhas, por forma que corresponda ao testamento público ou ao cerrado.
Quem pode testar? Passageiros e tripulantes. A exigência é que esteja em viagem e não esteja aportado em local que possibilitasse a realização do testamento de forma ordinária e que tenha capacidade para testar.
Requisitos do testamento marítimo. Viagem realizada em navio nacional; que o navio seja de guerra ou mercante. Que o testador esteja a bordo. Que a cédula testamentária seja registrada em livro diário de bordo. Que o testamento fique sob a guarda do comandante.
Formas de testamento marítimo: Pode se revestir de forma que corresponda ao testamento público ou cerrado. Aplicam-se aos testamentos marítimos as proibições do artigo 1.801 do C.C.
Caducidade do testamento marítimo: Se o testador não morrer na viagem ou nos noventas dias que se seguirem ao seu desembarque em local que possa fazer o testamento ordinário, o testamento marítimo caducará. Atenção. Não basta o desembarque. Ele deve ser realizado em local que permita a realização do testamento ordinário. Também se o testador desembarcar em situação que não o permita realizar o testamento, não se inicia o prazo de decadência. O efeito do prazo decadencial é tornar sem efeito o testamento marítimo.
TESTAMENTO AERONÁUTICO
Conceito: É uma novidade do Código Civil de 2002. É realizado por quem estiver a bordo de aeronave militar ou comercial que poderá testar perante pessoa designada pelo comandante. O procedimento é o mesmo do testamento marítimo, guardadas as proporções. Como o comandante de aeronave não pode deixar o posto determina alguém para fazer o testamento.
Quem pode testar? Passageiros e tripulantes. A exigência é que esteja em viagem e que ocorra necessidade de testar por surgimento de situações em que se pense não ter tempo de testar na forma ordinária. (disposição súbita, iminência de morte próxima) e que tenha capacidade para testar.
Requisitos do testamento aeronáutico. Viagem realizada em aeronave. Que o testador esteja a bordo. Que a cédula testamentária seja registrada em livro diário de bordo. Que o testamento fique sob a guarda do comandante.
Formas de testamento aeronáutico: Pode se revestir de forma que corresponda ao testamento público ou cerrado. Aplicam-se aos testamentos aeronáuticos as proibições do artigo 1.801 do C.C.
Caducidade do testamento aeronáutico: É a mesma situação do marítimo. Se o testador não morrer na viagem ou nos noventas dias que se seguirem ao seu desembarque sem realizar o testamento ordinário, o testamento aeronáutico caducará. O efeito do prazo decadencial é tornar sem efeito o testamento aeronáutico.
TESTAMENTO MILITAR
Conceito: Testamento militar é a declaração de última vontade feita por militares e demais pessoas a serviço do exército em campanha, dentro ou fora do país. Deve ser escrito por autoridade militar, na presença de duas testemunhas, ou de três se o testadornão souber assinar. 
Testamento nuncupativo: Admite a forma nuncupativa, isto é, feita por pessoa ferida; neste caso, pode ser feito de viva voz na presença de duas testemunhas.
Quem pode testar: Integrantes das forças militares, da marinha ou da aeronáutica e até mesmo pessoas civis que estejam em serviço destas instituições como médicos, enfermeiros e outros.
Quem vai redigir o testamento: Estabelecido no artigo 1.893
§ 1º Se o testador pertencer a corpo ou seção de corpo destacado, o testamento será escrito pelo respectivo comandante, ainda que de graduação ou posto inferior. 
§ 2o Se o testador estiver em tratamento em hospital, o testamento será escrito pelo respectivo oficial de saúde, ou pelo diretor do estabelecimento.
§ 3º Se o testador for o oficial mais graduado, o testamento será escrito por aquele que o substituir.
Se o testador souber escrever, poderá fazer o testamento de seu punho, contanto que o date e assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado, na presença de duas testemunhas ao auditor, ou ao oficial de patente, que lhe faça as vezes neste mister. O auditor, ou o oficial a quem o testamento se apresente notará, em qualquer parte dele, lugar, dia, mês e ano, em que lhe for apresentado, nota esta que será assinada por ele e pelas testemunhas.
Poderá ser feito de viva voz na iminência da morte, perante duas testemunhas. (Nuncupativo).
Requisitos do testamento militar: 
A força deve estar em campanha, dentro ou fora do país. Admite-se as situações de mobilização para garantia de paz em locais de conflito.
Que o testador esteja em situação de emergência, com risco de morte, ainda que seja em razão da guerra.
Caducidade do testamento militar: Em qualquer hipótese, se o testador não morrer na guerra ou nos 90 dias subsequentes em lugar onde possa testar na forma ordinária, o testamento caducará.
Registro, Arquivamento e Cumprimento: Após a morte do testador, o testamento deve ser apresentado ao Juiz que o mandará registrar, arquivar e cumprir, se não houver vício externo que o torne suspeito de nulidade ou falsidade. Depois de efetuado o registro, o mérito das disposições testamentárias será examinado no inventário ou em ação ordinária própria.
Dispositivos processuais: O CPC no artigo 737 § 3º determina que o procedimento processual do testamento militar é o do testamento particular.
Se o testamento for impugnado o processo seguirá o rito ordinário.
TESTAMENTO VITAL
É a declaração unilateral de uma pessoa que manifesta sua vontade de ser ou não ser submetida a um determinado tratamento. Tem amparo nos direitos personalíssimos declarados pelo C.C/2002, artigos 11 a 21. Não pode ser confundido com o direito de dispor da própria vida (eutanásia) que é crime na legislação brasileira. É a chamada ortotanásia, ou seja, o direito de morrer com dignidade, sem se submeter a tratamentos que apenas prolongue a vida.

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