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Princípios - Direito das Sucessões

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DIREITO DAS 
SUCESSÕES 
CONCEITO 
Conjunto de normas que disciplinam a 
transferência do patrimônio de alguém, 
depois de sua morte, ao herdeiro, em 
virtude da lei ou de testamento. (Maria 
Helena Diniz) 
Ato pelo qual a pessoa assume o lugar da 
outra, substituindo-a na titularidade de 
determinados bens. 
É a sucessão mortis causa. 
 mortis causa: herança 
 intervivos: compra e venda 
 
FUNDAMENTOS 
Código Civil, Livro V, do direito das 
sucessões arts. 1.784 a 2.027 
• Título I – Da sucessão em geral 
• Título II – Da sucessão legítima 
• Título III – Da sucessão 
testamentária 
• Título IV – Do inventário e da 
partilha 
 
Constituição Federal 
→ Garantido como direito 
fundamental (art. 5º, XXX) 
XXX - é garantido o direito de herança; 
 
→ Baseado no direito de propriedade 
e na sua função social (art. 5º, XXII e 
XXIII) 
XXII – é garantido o direito de propriedade; 
XXIII – a propriedade atenderá a sua função 
social; 
 
→ Valorização da dignidade da pessoa 
humana e solidariedade humana 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados 
e Munícipios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem 
como fundamentos: 
III – a dignidade da pessoa humana; 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil: 
I – construir uma sociedade livre, justa e 
solidária; 
JUSTIFICATIVA PARA A TRANSMISSÃO 
CAUSA MORTIS 
CONTINUIDADE PATRIMONIAL: 
Manutenção pura e simples dos bens na 
família como forma de acumulação de 
capital que estimularia poupança, trabalho 
e economia. 
FATOR DE PROTEÇÃO, COESÃO E 
PERPETUIDADE DA FAMÍLIA 
O direito hereditário seria uma sequência 
da hereditariedade biopsicológica entre 
ascendentes e descendentes. 
PRINCÍPIOS DO DIREITO SUCESSÓRIO 
PRINCÍPIO DA SAISINE 
 
Fundamentação: artigo 1.784, do 
Código Civil 
Dispõe que a transmissão ocorre a 
partir do falecimento, fazendo-se 
necessária a elaboração do inventário e a 
posterior partilha de bens, para que 
regularize a situação. 
A herança é um bem indivisível, 
cabendo a todos os herdeiros a 
responsabilidade pelo seu uso e cuidado, 
até a sentença da partilha, que dirá o 
quinhão respectivo para cada um deles. 
Exemplo: Maria é empresária. Após 
sua morte, todos os seus bens ficam com 
seus cinco filhos e esposo. Porém, os bens 
não podem ser divididos entre eles, até que 
se faça a partilha. 
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança 
transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários 
 
PRINCÍPIO NON ULTRA VIRES 
HEREDITATIS 
Fundamentação: artigo 1.792, do 
Código Civil 
Os herdeiros respondem pelas 
dívidas do de cujus somente até os limites 
da herança e proporcionalmente às suas 
quotas. 
Ao herdeiro cabe o ônus de provar 
o excesso, salvo se houver inventário que a 
escuse, demonstrando o valor dos bens 
herdados. 
Como os herdeiros respondem 
dentro das forças da herança, eventual 
penhora de bens não pode recair sobre a 
meação dos seus cônjuges casados pela 
comunhão parcial de bens, uma vez que 
meação não é herança. 
 Contratos interpessoais: a 
obrigação do falecido 
transmite-se aos herdeiros. 
É o caso, por ex., da 
empreitada, em regra. Esse 
ônus vai até o limite da 
herança. 
 Contratos pessoais ou 
personalíssimos: a 
obrigação não se transmite 
aos herdeiros, como ocorre 
na prestação de serviços. 
 Se um dos devedores 
solidários falecer: deixando 
herdeiros, cada um destes 
será obrigado a pagar a 
quota que corresponder ao 
seu quinhão hereditário, 
nos limites da herança. 
Art. 1.792. O herdeiro não responde por 
encargos superiores às forças da herança; 
incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, 
salvo se houver inventário que a escuse, 
demostrando o valor dos bens herdados. 
 
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA 
HERANÇA 
Permite a transmissão da riqueza 
do de cujos aos herdeiros. Como redistribui 
a riqueza, a função social é continuada. 
 
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE 
 
Fundamentação: artigo 1.785, do 
Código Civil 
Trata-se do princípio que delimita a 
atuação do direito de sucessão. Se a pessoa 
tem bens em vários locais, por exemplo, a 
competência será do seu último domicílio. 
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do 
último domicílio do falecido. 
 
Se o autor da herança não possuía 
domicílio certo, é competente o foro de 
situação dos bens imóveis; caso se situem 
em foros diferentes, em qualquer destes; 
não havendo bens imóveis, o foro do local 
de qualquer dos bens do espólio (CPC, art. 
48). 
 
 
PRINCÍPIO DA TEMPORARIEDADE 
Fundamentação: artigos 1.787 e 
2.041, do Código Civil 
A sucessão será regulada em acordo 
com a lei vigente ao tempo da abertura do 
inventário. 
O direito das sucessões situa-se no 
plano de eficácia dos atos e negócios 
jurídicos em geral, o que justifica essa regra 
(art. 2.041) 
Em direito das sucessões, a lei nova, 
ainda que mais benéfica, não retroage. 
Art. 1787. Regula a sucessão e a legitimação 
para suceder a lei vigente ao tempo da 
abertura daquela. 
Art. 2.041. As disposições deste Código 
relativas à ordem da vocação hereditária 
(arts. 1.829 a 1.844) não se aplicam à 
sucessão aberta antes de sua vigência, 
prevalecendo o disposto na lei anterior. 
 
PRINCÍPIO DO RESPEITO À VONTADE 
MANIFESTADA 
Fundamentação: artigo 1.786, do 
Código Civil 
Trata-se da possibilidade de 
testamento a fim de respeitar a vontade do 
de cujus. Prevalece-se à lei em alguns casos 
que o de cujos tenha feito um testamento 
que não esteja de acordo com a lei 
brasileira. 
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por 
disposição de última vontade. 
 
A TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA DA 
HERANÇA – DROIT DE SAISINE 
Fundamentação: artigo 1.784 
Ficção jurídica que determina a 
transmissão da herança aos herdeiros no 
momento da morte do de cujus, 
independentemente da luta pela posse ou 
propriedade. 
A morte, opera imediatos 
transferência da herança aos seus 
sucessores legitimados e testamentários. 
MORTE 
EFEITOS: 
A morte põe fim, em regra, à personalidade 
civil (art. 6 º, CC) 
Art. 6º A existência da pessoa natural termina 
com a morte; presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a 
abertura de sucessão definitiva. 
Alguns direitos do de cujus permanecem, 
diante a possibilidade de os lesados 
indiretos pleitearem indenização por lesão 
à honra ou imagem. 
Art. 12. Parágrafo único. Em se tratando de 
morto, terá legitimação para requerer a 
medida prevista neste artigo o cônjuge 
sobrevivente, ou qualquer parente em linha 
reta, ou colateral até o quarto grau. 
 
Art. 20. Parágrafo único. Em se tratando de 
morto ou de ausente, são partes legítimas 
para requerer essa proteção o cônjuge, os 
ascendentes ou os descendentes. 
 
ESPÉCIES: 
MORTE REAL, NATURAL OU BIOLÓGICA: 
 
Fundamentação: artigo 6º, do 
Código Civil 
É comprovada pela materialidade 
(corpo). 
 Prova jurídica: a certidão 
de óbito é expedida pelo 
oficial de registro civil do 
lugar do falecimento, por 
comprovação de atestado 
médico. 
 Consequências da morte 
natural: extingue-se – 
o obrigação de pagar 
pensão; 
o contratos 
personalíssimos; 
o vínculo conjugal; 
o usufruto etc. 
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a 
morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos 
em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
 
Não havendo médico, o registro de 
óbito é lavrado por duas pessoas 
qualificadas que tiverem presenciado ou 
verificado a morte (arts. 77 a 88 da Lei de 
Registros Públicos) 
 
 
 
MORTE PRESUMIDA COM DECRETAÇÃO DE 
AUSÊNCIA 
Ausência é decretada quando a 
pessoa desaparece sem notícias, por um 
lapso de tempo extenso. Possui 3 fases: 
a) Curadoria: 
Preserva-se os bens para a hipótese 
de eventual retorno. 
Arrecada-se seusbens a 
determinação de ofício pelo juiz. 
Após, será nomeado curador, 
pessoa responsável para cuidar do 
patrimônio do ausente. 
O legítimo curador será o cônjuge 
(se não estiver separado 
judicialmente, ou menos de 2 anos) 
e, na sua falta, serão os pais ou 
descendentes. 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa 
do seu domicílio sem dela haver 
notícia, se não houver deixado 
representante ou procurador a quem 
caiba administrar-lhe os bens, o juiz, 
a requerimento de qualquer 
interessado ou do Ministério Público, 
declarará a ausência, e nomear-lhe-á 
curador. 
Art. 23. Também se declarará a 
ausência, e se nomeará curador, 
quando o ausente deixar mandatário 
que não queira ou não possa exercer 
ou continuar o mandato, ou se os 
seus poderes forem insuficientes. 
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, 
fixar-lhe-á os poderes e obrigações, 
conforme as circunstâncias, 
observando, no que for aplicável, o 
disposto a respeito dos tutores e 
curadores. 
Art. 25. O cônjuge do ausente, 
sempre que não esteja separado 
judicialmente, ou de fato por mais de 
dois anos antes da declaração da 
ausência, será o seu legítimo curador. 
§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria 
dos bens do ausente incumbe aos 
pais ou aos descendentes, nesta 
ordem, não havendo impedimento 
que os iniba de exercer o cargo. 
§ 2º Entre os descendentes, os mais 
próximos precedem os mais remotos. 
§ 3º Na falta das pessoas 
mencionadas, compete ao juiz a 
escolha do curador. 
 
b) Sucessão provisória: 
É liberado alguns bens para a 
subsistência dos herdeiros. 
Abre, em geral, 1 ano após a 
arrecadação dos bens no caso em 
que o ausente: 
 não tenha constituído 
curador antes de 
desaparecer; 
 tenha constituído curador 
com poderes insuficientes 
para gerir bens; 
 o curador instituído se 
recuse; ou 
 o curador seja incapaz. 
Deixando o ausente um 
representante, o prazo é 
excepcional, aumentando para 3 
anos. 
Art. 26. Decorrido um ano da 
arrecadação dos bens do ausente, ou, 
se ele deixou representante ou 
procurador, em se passando três anos, 
poderão os interessados requerer que 
se declare a ausência e se abra 
provisoriamente a sucessão. 
 
c) Sucessão definitiva: 
Somente após aberta a Definitiva 
vai ser presumida a morte da 
pessoa. 
Prazo: 10 anos do trânsito em 
julgado da sentença de abertura da 
sucessão provisória 
 
 
 
MORTE PRESUMIDA SEM DECRETAÇÃO DE 
AUSÊNCIA 
 
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem 
decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em 
perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito 
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término 
da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses 
casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as 
buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data 
provável do falecimento. 
Dois tipos: 
a) Extremamente provável a morte de 
quem estava em perigo de vida, 
como por ex. em um acidente de 
avião. 
b) Desaparecimento em campanha e 
guerra. 
Cessada as buscas, o juiz pode declarar a 
morte, designando a data provável da 
morte. 
 
Obs.: da reversibilidade da decretação da 
morte presumida - a decisão de morte 
presumida pode ser reversível se a pessoa 
for encontrada; ou o momento da sua 
morte pode ser revisto se o corpo for 
encontrado. 
 
 
 
COMORIÊNCIA 
 
Morte simultânea (ex.: acidência de 
avião, acidente de carro etc.). Não dá para 
verificar quem morreu antes. 
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem 
na mesma ocasião, não se podendo averiguar 
se algum dos comorientes precedeu aos 
outros, presumir-se-ão simultaneamente 
mortos. 
 
Ela tem importância jurídica 
quando se discute transferência de direitos 
entre os comorientes, ou herança, pois não 
há transmissão de direitos entre os 
comorientes (se duas pessoas falecerem na 
mesma ocasião, uma não irá herdar da 
outra). 
Ex.: se morre em acidente casal sem 
descendentes e ascendentes, decreta-se a 
comoriência e, sem saber qual morreu 
primeiro, um não herda do outro. Assim, os 
colaterais da mulher ficarão com a meação 
dela, enquanto os colaterais do marido 
ficarão com a meação dele.

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