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Máquinas de corrente contínua: Motor de passo Guilherme, Julio Cezar, Mario Ricardo, Vinicius UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE- FURG CENTRO DE CIÊNCIAS COMPUTACIONAIS- C3 GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO Introdução Inventado pelo engenheiro francês Marius Lavet em 1936; Surgiu da dificuldade de controle do motor DC para rotações precisas; Possui alta precisão. Motor de passo. 2 Características Não possui escovas; Independência da carga; Posicionamento em malha aberta; Torque Estacionário; Excelente resposta a partida, parada e a reversão de movimento. 3 1. Inexistência de escovas – os motores de passo não possuem escovas. Os comutadores e escovas dos motores convencionais são os componentes que apresentam a maioria das falhas e ainda podem criar arcos que são indesejáveis e perigosos em alguns ambientes. 2. Independência da carga – os motores de passo giram com um uma dada velocidade independentemente da carga, desde que a carga não exceda o torque do motor. 3. Posicionamento em malha aberta – Os motores de passo se movem com incrementos ou passos que podem ser quantificados. Desde que o motor funcione com o torque especificado, a posição do eixo é conhecida a todo tempo sem necessidade de um mecanismo de realimentação. 4. Torque Estacionário – Os motores de passo são capazes de manter o eixo estacionário, desde que o seu torque seja respeitado. 5. Excelente resposta a partida, parada e a reversão de movimento 3 Tipos de motor de passo Quanto a estrutura: Imã permanente; Relutância Variável; Híbrido. Quanto ao modo de operação: Unipolar; Bipolar. 4 4 Imã permanente: Princípio de funcionamento Estrutura motor de passo com imã permanente. Rotor é constituído por imãs permanentes. Passos típicos de 7, 5° a 15° (48 - 24 passos/revolução). 5 Imã permanente: Princípio de funcionamento Funcionamento motor de passo com imã permanente. 6 Imã permanente: Princípio de funcionamento Animação motor de passo com imã permanente. 7 Imã permanente: Princípio de funcionamento 8 Relutância Variável: Princípio de funcionamento Estrutura motor de passo com relutância variável. Rotor dentado feito de material ferro magnético. 9 Relutância Variável: Princípio de funcionamento Funcionamento motor de passo com relutância variável. 10 Relutância Variável: Princípio de funcionamento Animação motor de passo com relutância variável. 11 Relutância Variável: Princípio de funcionamento 12 Híbrido: Princípio de funcionamento Estrutura motor de passo híbrido. Mistura a mecânica mais sofisticada do motor de relutância variável com a potência do ímã permanente no eixo, dando um torque maior com maior precisão nos passos, que podem variar entre 3,6° e 0,9° graus(100-400 passos por volta). 13 Híbrido: Princípio de funcionamento Eixo de um motor de passo híbrido. O eixo do motor é construído com dois grupos de dentes, um com o POLO SUL saliente e o outro com o POLO NORTE, de modo que os dentes fiquem alternados. 14 Possuem uma derivação central em cada enrolamento, geralmente o terminal positivo, e as extremidades são comutadas ao terra, assim invertendo o campo gerado e logo os polos; Apresentam duas bobinas por fase, uma para cada sentido da corrente; Permite inverter um polo sem comutar a corrente, por exemplo com um transistor; Possuem três ligações por fase; Com 6 ou 8 ligações, consegue funcionar com excitadores bipolares. Ligações e polos do motor unipolar. Motores de Passo Unipolares 15 Possuem um único enrolamento por fase, cujo o sentido da corrente precisa ser invertido para alterar um polo magnético e permitir um passo; Apresenta maior torque, pois utiliza integralmente os enrolamentos; Possuem duas ligações por fase, nenhuma em comum; Necessita de um arranjo de ponte H para a inversão da corrente. Ligações e polos do motor bipolar. Ponte H. Motores de Passo Bipolares 16 16 É um circuito que permite controlar a polaridade da tensão que atinge o motor. Atua com chaves (transistores, relés, MOSFETs, etc.) que determinam o sentido da corrente. Deve incluir componentes de proteção, como diodos entre as chaves para absorver a tensão reversa na comutação das chaves, portas lógicas para evitar situações de curto nas chaves, etc. O controle do sentido que o motor gira, bem como a velocidade, depende da configuração das chaves. Circuito integrado – L293D - Texas Instruments Ponte H 17 Modos de acionamento Depende de como se deseja controlar; Para escolher o mais indicado, deve-se levar em consideração fatores como o torque desejado, velocidade, economia de energia, entre outros; Cada aplicação possui um modo de acionamento mais eficiente. 18 Passo Completo (“Full Step”) Modo Wave Somente uma bobina é ativada por vez; Como liga apenas uma bobina por vez, garante economia de energia, porém, o torque é reduzido. Motor de passos (modo full step, wave). 19 Passo Completo (“Full Step”) Modo Normal Fornece um torque muito mais alto, porque, em qualquer instante, sempre haverá duas bobinas ativas; A resolução do motor continua a mesma, ou seja, mantém o número de passos requeridos para um ciclo completo; Consumo de energia elétrica duas vezes maior que do modo wave. Motor de passos (modo full step, normal). 20 Passo Completo (“Half Step”) Modo Normal É uma combinação dos outros dois modos; Aumenta a resolução do motor de passos, dobra-se a resolução com uma mesma construção; Uma bobina é ativada (um passo), depois duas, depois uma, e assim em diante; O torque disponível é limitado pelo passo mais fraco, porém haverá uma melhoria significativa na suavidade do movimento a baixas velocidades comparado com o Full Step. Motor de passos (modo half step). 21 Micropasso (“Microstepping”) Modo Normal Método mais comum nos dias de hoje; As bobinas são alimentadas por uma corrente controlada por variáveis, de forma de onda senoidal; Requer circuitos de acionamentos complexos; Fornece um movimento suavizado do rotor, diminui desgaste das partes e aumenta a precisão do motor de passos. Motor de passos (modo micropassos). 22 Acionamentos motor de passo 23 Pontos Fortes Seguem uma lógica digital; Alta precisão em seu posicionamento; Precisão no torque aplicado; Excelente resposta a aceleração e desaceleração. 24 Os motores de passos seguem uma lógica digital. Seu acionamento é feito através de pulsos elétricos, os quais ativam sequencialmente as bobinas, fazendo o rotor se alinhar com essas, dessa forma provocando o deslocamento do rotor. O posicionamento dos motores de passos é preciso pois o rotor irá se movimentar em ângulos determinados, cujo erro de posicionamento é pequeno e não-cumulativo. - As variações no torque aplicado por um motor de passos são pequenas, de acordo com seu funcionamento. - Os motores de passo possuem uma ótima resposta a acelerações e desacelerações. Devido ao movimento do motor de passos ser resultado das ativações em sequencia das bobinas, a resposta para tais acelerações e desacelerações é rápida pois o rotor se alinha rapidamente com as bobinas que se encontram energizadas. 24 Pontos Fracos Baixo desempenho em altas velocidades; Requer certo grau de complexidade para ser operado; Ocorrência de ressonância por controle inadequado. 25 Baixo desempenho em altas velocidades: O aumento de rotações no motor de passo (sua aceleração) é gerado pela variação no tempo entre o acionamento de uma bobina e a seguinte. Entretanto é necessário um rápido chaveamento de um solenoide energizado para outro de forma que tal velocidade seja mantida, o que muitas vezes é complexo e pouco eficiente. • Requer certo grau de complexidade para ser operado: Pelo fato de usar uma lógica digital não basta apenas ligar o motor de passo a uma fonte de energia que o mesmo começará a girar sem parar. Sua complexidade reside no fato de ser necessário um aparato para controlá-lo ativando sequencialmente seus solenoides. O “custo computacional” e a complexidade do dispositivo de controle cresce a medida que o numero de passos aumenta, uma vez que mais passos requerem um maior o numero de terminais(fios) a serem ativados e controlados. • Ocorrência de ressonância por controle inadequado: Como todos os objetos que existem, o motor de passo também tem uma frequência de ressonância. Caso as revoluções do mesmo se deem nesta frequência, este pode começar a oscilar, aquecer e perder passos. Este problema pode ser contornado 25 Comparativo entre motores CC Comparação de motores CC. 26 1- Motores de Passo perdem passos em altas velocidades, já servos motores conseguem altas rotações por usarem para movimentar-se da mesma forma que os motores de corrente continua. 2- Motores de corrente continua e servos motores não conseguem se manter em uma posição fixa quando ligados, apenas o motor de passo tem essa característica. 3- Motores de corrente continua apenas precisam ser ligados para começar a funcionar, enquanto motores de passo requerem pulsos em determinada ordem para se movimentar. o que requer um driver para controlar esse motor. Servomotores, no entanto requerem um hardware mais complexo que analise dados como posicionamento e velocidade e envie as instruções de forma que o motor vá para a posição requerida. 4- Motores de Corrente Contınua não possuem nenhum controle de posicionamento; os Motores de Passo podem ser controlados de forma a fazer movimentos discretos (passos); Servo-Motores podem fazer movimentos mais suaves que Motores de Passo (possuem maior resolução), bem como é possível fazer um controle de posicionamento com o mesmo. 5- Motores de passo são extremamente duráveis uma vez que não usa escovas ao contrario de Motores de Corrente Contınua ou Servomotores (que é um Motor de Corrente Contínua com controle de posicionamento). Este ultimo ainda pode ter problemas com o aparato ótico que faz o controle do posicionamento (encoder). 26 Aplicações CNC. Braço robótico. Impressora. 27 Aplicação Recomendada O motor de passo é recomendado no uso em equipamentos que exigem um posicionamento preciso de erro pequeno e não cumulativo. Podemos citar tais exemplos como scanners, impressoras, bem como certos dispositivos robóticos que não requerem “retorno” do posicionamento. Também podemos citar exemplos que requerem rápida aceleração e desaceleração, mais uma vez inferindo aos motores de impressoras e dispositivos robóticos que efetuam movimentos rápidos e precisos, tais quais um motor de passo pode oferecer. 27 Referências O que são Motores de Passo , http://www.geocities.com/CollegePark/Dorm/8863/motordepasso.htm Motor de Passo , http://pessoal.cefetpr.br/brero/sist micro/aula motor passo/motor%20de%20passo 10.pdf Servo vs. stepper motor , http://www.woodweb.com/knowledge base/Servo vs stepper motors.html 28
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