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Dimensionamento de Engrenagens P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 2 O dimensionamento de engrenagens é realizado atravésO dimensionamento de engrenagens é realizado através da flexão dos dentes do crateramento (desgaste) dos dentes O dimensionamento sempre consiste em comparar a tensão atuante com a resistência: O dimensionamento sempre consiste em comparar a tensão atuante com a resistência: admissívelatuante σσ ≤ Tipos de dimensionamento: • Determinar o módulo (m) e a largura da engrenagem (F) através da potência a ser transmitida • Determinar a potência que pode ser transmitida pelas engrenagens já existentes American Gear Manufactures Association (AGMA) – ANSI/AGMA 2101 – D04 P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 3 A viga em balanço de secção transversal de F x t, tendo um comprimento l e uma carga Wt uniformemente distribuída ao longo da largura do dente F (3p < F < 5p). 2 6 Ft lW I Mc t ==σ Tensão de flexão Considerando que a máxima tensão ocorre no ponta a, temos que: l t x t l x t 42 2 2 =→= 64 1 4 1 6 16 222 ⋅⋅=⋅=== ltF W ltF W Ft lW I Mc ttt σ ( ) pxF pW t ⋅⋅ ⋅ = 32 σ p xy 3 2 = y = fator de forma de Lewis A maior parte dos engenheiros prefere utilizar essa equação com passo diametral ou módulo YF PW t ⋅ ⋅ =σ mYF W t ⋅⋅ =σ yY ⋅= pi Y é tabelado P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 4 Efeitos dinâmicos (Kv) mYF WK tv ⋅⋅ ⋅ =σ YF PWK tv ⋅ ⋅⋅ =σ ( )fresadoou cortado perfil 1,6 1,6 VKv + =( )fundido perfil fundido, ferro 05,3 05,3 VKv + = )conformadoou caracol em fresado (perfil 56,3 56,3 VKv + = )retificadoou rebarbado (perfil 56,5 56,5 VKv + = P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 5 Uma engrenagem cilíndrica de dentes retos disponível em estoque possui um módulo de 3 mm, uma face de 38 mm, 16 dentes e um ângulo de pressão de 20° com dentes de profundidade completa. O material utilizado é aço AISI 1020, na condição de laminação. Empregue um fator de desenho (projeto) nd = 3 para avaliar a saída de potência da coroa correspondente à velocidade de 20 rev/s e aplicações moderadas. Na Tabela que Sut = 379 MPa e Sy= 206 MPa. Um fator de projeto de 3 significa que a tensão de flexão admissível é 206/3 = 68,7 MPa. O diâmetro primitivo é dp = N.m = 16(3) = 48 mm, de forma que a velocidade na linha primitiva é O fator de velocidade, da Equação (14-4b) é encontrado como P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 6 A Tabela 14-2 nos dá o fator de forma como Y = 0,296 para 16 dentes. Agora arranjamos e substituímos na Equação (14-7) como se segue: A potência que pode ser transmitida é É importante salientar que essa é uma estimativa grosseira e que esse procedimento não deve ser utilizado em aplicações importantes. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 7 Duas equações fundamentais de tensão são utilizadas na metodologia AGMA, uma para TENSÃO FLEXIONAL e outra para a resistência ao crateramento. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 8 Duas equações fundamentais de tensão são utilizadas na metodologia AGMA, uma para tensão flexional e outra para a RESISTÊNCIA AO CRATERAMENTO. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 9 Em vez de utilizar o termo resistência, a AGMA utiliza dados denominados números de tensão admissível e os designa pelos símbolos sal e sac .Será menos confuso aqui se continuarmos com a prática utilizada neste livro de usar a letra maiúscula S para identificar resistência e as letras gregas minúsculas (σ e τ para tensão. Para tomarmos perfeitamente claro, utilizaremos o termo resistência de engrenagem como um substituto para a expressão números de tensão admissível, como usado pela AGMA. (Elementos de máquinas de Shigley) Seguindo essa convenção, valores para a resistência flexional de engrenagens, designados aqui por St Números de tensão admissível AGMA (resistências) para a tensão de flexão e de contato referem-se a: • Carregamento unidirecional. • 10 milhões de ciclos de tensão. • 99% de confiabilidade. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 10 A equação para a tensão admissível de flexão é Tensão admissível A equação para a tensão de contato admissível P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 11 Número de tensão de flexão admissível paro aços endurecidos por completo. As equações St são St = 0,533HB + 88,3 Mpa, grau 1, e St = 0,703HB + 113 MPa, grau 2 (Fonte: ANSI/ AGMA 2001-D04 e 2101-D04). Determinação da tensão de flexão admissível St – Aço endurecidos totalmente por nitretação P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 12 Determinação da tensão de flexão admissível St – Aço endurecidos totalmente por nitretação Número de tensão de flexão admissível poro engrenagens de aço endurecidas totalmente por nitretação (esta é, AISI4140, 4340). As equações S.I. são St = 0,568 HB + 83,8 MPa, grau 1, e St = 0,749 HB+ 110MPa, grau 2. (Fonte: ANSI/ AGMA 2001- D04 e 2101-D04.) P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 13 Determinação da tensão de flexão admissível St – Aços nitretados P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 14 Determinação da tensão de contato admissível Sc – engrenagens de aço endurecidas totalmente Resistência à fadiga de contato Se a 107 ciclos e com 0,99 de confiabilidade para engrenagens de aço endurecidas por completo. As equações S.I. são: Sc = 2,22 HB + 200 MPa, grau 1, e Sc = 2,41 HB + 237 MPa, grau 2. (Fonte: ANSI/ AGMA 2001- D04 e 2101-D04.) P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 15 Fatores de correção (FLEXÃO) Fator geométrico da resistência à flexão J (YJ) Use essa Figura para obter o fator geométrico J para engrenagens cilíndricas de dentes retos com um ângulo de pressão de 20º e dentes de profundidade completa. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h io 16 Valor de Z refere-se a um elemento com o número de dentes indicado e uma engrenagem helicoidal acoplante de 75 dentes. Fatores de correção (FLEXÃO) Fator geométrico da resistência à flexão J (YJ) P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 17 Correção do Fator geométrico (J) para N ≠ 75 dentes - Engrenagens Cilíndricas Helicoidais - ângulo de ação normal φN = 20º Fatores de correção (FLEXÃO) Fator geométrico da resistência à flexão J (YJ) P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 18 Fatores de correção (FLEXÃO) Fator de espessura de aro (borda) - KB Algumas vezes a espessura do aro da engrenagem não é suficientemente grande para suportar o esforço aplicado. Em conseqUência pode ocorrer a falha por fadiga no aro e não no dente. Este fator é usado para corrigir esta distorção. O cálculo do fator de correção da espessura (KB) pode ser feito através da equação a seguir ou da figura: P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 19 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fator dinâmico - velocidade (KV) O fator de correção de velocidades, ou fator dinâmico, procura considerar os efeitos dinâmicos atuantes nas engrenagens, os quais podem provocar erros de transmissão. Vibrações, desalinhamento, desbalanceamento, atrito, entre outros fatores, provocam estes erros. Assim, as tensões atuantes devem ser corrigidas pelo fator dinâmico (KV). QV define a qualidade da engrenagem. QV =3, 4, 5, 6...11. As engrenagens comerciais mais usadas possuem QV variando de 3 até 9. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 20 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fator de sobrecarga – K0 P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 21 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fator de tamanho - KS Ks = 1 ou Fatores padronizados de tamanho para dentes de engrenagens ainda não foram.definidos para casos em que existe um efeito prejudicial de tamanho. Em tais casos, a AGMA recomenda um fator de tamanho maior que a unidade. Se não existir efeito prejudicial de tamanho, utilize o valor unitário. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 22 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fator de distribuição de carga – KH (Km) Razão da largura de face líquida para o diâmetro primitivo do pinhão F / d < 2. Elementos de engrenagem montados entre mancais. Larguras de face até 40 in. Contato, na condição de carga, ocorrendo ao longo da largura completa do membro mais estreito. Este fator procura corrigir o fato da força tangencial não se distribuir uniformemente ao longo da largura (F) do dente. Esta distribuição não uniforme da força pode ser provocada por desalinhamento da árvore e/ou imperfeições da forma do dente. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 23 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fator de distribuição de carga – KH (Km) P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 24 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fatores de ciclagem de tensão YN e ZN O propósito dos fatores de ciclos de carga YN e ZN é modificar a resistência da engrenagem para vidas outras que 107 ciclos. Fator de ciclagem de tensão YN para a resistência de flexão sob carregamento repetido. Fonte: ANSI/ AGMA 2001-D04. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 25 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fatores de ciclagem de tensão YN e ZN O propósito dos fatores de ciclos de carga YN e ZN é modificar a resistência da engrenagem para vidas outras que 107 ciclos. Fator de ciclagem de tensão para a resistência ao crateramento, ZN. Fonte: ANSI/ AGMA 2001-D04. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 26 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fator de confiabilidade KR (Yz) fator de confiabilidade leva em consideração o efeito das distribuições estatísticas das falhas por fadiga do material. Variação de carga não é considerada aqui. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 27 Fatores de correção (FLEXÃO E DESGASTE) Fator de temperatura Kr(Yθθθθ) 1 º120 Para 1 º120 Para >⇒> =⇒≤ r r KCT KCT Trocadores de calor podem ser utilizados para assegurar que as temperaturas de operação fiquem consideravelmente abaixo desse valor, como é desejável para o lubrificante. P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 28 Fatores de correção (DESGASTE) Fator geométrico da resistência superficial I (ZI) Engrenagens cilíndricas Helicoidais rP e rG são os raios primitivos, rbP e rbG são os raios dos círculos de base do pinhão e coroa e a é altura da cabeça do dente P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 29 Fatores de correção (DESGASTE) Coeficiente elástico Cp(ZE) P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 30 Fatores de correção (DESGASTE) Fator de condição de superfície Cf (ZR) Ainda não foram estabeleci das condições padrão de superfície para dentes de engrenagens. Quando um efeito prejudicial ao acabamento superficial estiver presente, a AGMA especifica um valor de Cf maior que a unidade. 0,1=fC P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 31 Fatores de correção (DESGASTE) Fator de razão de dureza CH O pinhão geralmente possui um número menor de dentes que a coroa, e consequentemente é submetido a mais ciclos de tensão de contato. Se ambos, pinhão e coroa, são endurecidos de forma completa, então uma resistência superficial uniforme pode ser obtida ao fazer o pinhão mais duro que a coroa. Um efeito similar pode ser conseguido quando um pinhão de superfície endurecida é acoplado com uma engrenagem endurecida por completo. O fator de razão de dureza CH é utilizado somente para a coroa. O seu propósito é ajustar as resistências superficiais com relação a esse efeito. Os valores de CH são obtidos da equação P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 32 1 - Um pinhão cilíndrico de dentes retos, feitode aço, tem 15 dentes cortados, em um sistema de 20° com profundidade completa, módulo de 5 mm e uma largura de face de 60 mm. Ele roda a 200 rpm e transmite 5 kW à engrenagem par, também de aço. Qual é a tensão de flexão resultante segundo a equação de Lewis? Determinação do diâmetro primitivo: Determinação da velocidade linear: Determinação do efeito dinâmico Determinação da carga tangencial: Determinação da tensão de flexão: P r o f e s s o r N o r i m a r d e M e l o V e r t i c c h i o 33
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