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PRAD Mineração

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1 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA 
FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL 
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL 
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA 
DEGRADADA (PRAD) 
 
ALCOA ALUNÍMIO S/A – PROJETO 
JURUTI 
Discentes: 
Dionízia Moura Amorim 
Lindirairy Santos da Silva 
Loirena do Carmo Moura Sousa 
Nágilla Gabriella Euzébio da Silva 
Nayra Glaís Pereira Trindade 
Thaynara Viana Cavalcante 
 
Docente: Msc. Elisana Batista dos Santos 
 
ALTAMIRA - PARÁ 
NOVEMBRO/2013 
2 
 
DIONÍZIA MOURA AMORIM 
LINDIRAIRY SANTOS DA SILVA 
LOIRENA DO CARMO MOURA SOUSA 
NÁGILLA GABRIELLA EUZÉBIO DA SILVA 
NAYRA GLAÍS PEREIRA TRINDADE 
THAYNARA VIANA CAVALCANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) 
ALCOA ALUMÍNIO S/A – PROJETO JURUTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito para 
média total na disciplina de Recuperação de 
Ecossistemas Degradados, do curso de 
Bacharelado em Engenharia Florestal da 
UFPA, ministrada pela Profª Elisana Batista 
dos Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTAMIRA - PARÁ 
NOVEMBRO/2013 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................ 5 
2. OBJETIVO GERAL .......................................................................................................................................... 6 
2.1. Objetivos Específicos .......................................................................................................................... 6 
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................... 6 
4. EMPRESA MINERADORA RESPONSÁVEL PELA ÁREA ............................................................... 7 
5. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PRAD .............................................................................. 7 
6. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DO PRAD ..................................................................................... 7 
7. HISTÓRICO DA EMPRESA ......................................................................................................................... 8 
8. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................................................ 9 
9. HISTÓRICO DA ÁREA ............................................................................................................................... 10 
10. ORIGEM DA DEGRADAÇÃO ................................................................................................................... 10 
11. LEGISLAÇÃO ................................................................................................................................................. 11 
11.1. Art. 225.da Constituição Federal de 1988 ........................................................................ 11 
11.2. Lei n.º 6.938, de 31 de Agosto de 1981 .............................................................................. 12 
11.3. Decreto no 97.632, de 10 de Abril de 1989 ...................................................................... 12 
11.4. Decreto no 99.274, de 6 de Junho de 1990 ....................................................................... 12 
11.5. Instrução Normativa nº 4 de 13/04/2011 ........................................................................... 13 
12. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ................................................................................................... 13 
12.1. Meio Físico ....................................................................................................................................... 13 
12.1.1. Clima .............................................................................................................................................. 13 
12.1.2. Geologia ........................................................................................................................................ 14 
12.1.3. Solos ............................................................................................................................................... 15 
12.1.4. Recursos Hídricos .................................................................................................................... 15 
12.2. Meio Biótico..................................................................................................................................... 16 
12.2.1. Flora ............................................................................................................................................... 16 
12.2.2. Fauna.............................................................................................................................................. 17 
12.2.2.1. Mamíferos........................................................................................................................... 17 
12.2.2.2. Aves ....................................................................................................................................... 18 
12.2.2.3. Répteis e Anfíbios ........................................................................................................... 18 
12.2.2.4. Peixes .................................................................................................................................... 19 
12.2.2.5. Invertebrados ................................................................................................................... 19 
4 
 
12.3. Meio Socioeconômico ................................................................................................................. 19 
12.3.1. Demografia .................................................................................................................................. 20 
12.3.2. Agricultura, Pecuária e Extrativismo Vegetal............................................................. 20 
13. ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO ...................................................................... 20 
13.1. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA ............................................................................................. 21 
13.2. Área de Influência Indireta ...................................................................................................... 21 
14. ATIVIDADES CONTEMPLANDAS NO PRAD ................................................................................... 22 
14.1. Análise da Situação Pós-Lavra................................................................................................ 22 
14.2. Correção de Irregularidades do Terreno (Correção Topográfica) e 
Regularização das Inclinações (Taludes) ............................................................................................ 22 
14.3. Correção das Drenagens Naturais ........................................................................................ 22 
14.4. Descompactação do Solo ........................................................................................................... 23 
15. PROCEDIMENTO PARA RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS MINERADAS A CÉU ABERTO . 24 
16. ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS ............................................................................................... 25 
16.1. Isolamento e Identificação das Áreas a Recuperar ...................................................... 25 
16.2. Retirada e Raspagem dos Rejeitos ....................................................................................... 25 
16.3. Construção do Novo Solo ..........................................................................................................25 
16.4. Processo de Recomposição da Vegetação ......................................................................... 26 
16.5. Poleiros Artificiais e Naturais ................................................................................................. 29 
16.6. Produção de mudas ..................................................................................................................... 29 
16.7. Coveamento ..................................................................................................................................... 30 
16.8. Combate as formigas cortadeiras ......................................................................................... 30 
16.9. Coroamento ..................................................................................................................................... 31 
16.10. Construção de Quebra Ventos ................................................................................................ 31 
17. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO..................................................................................................... 31 
18. RESULTADOS ESPERADOS .................................................................................................................... 32 
19. CRONOGRAMA............................................................................................................................................. 33 
20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................ 34 
APÊNDICE I ............................................................................................................................................................ 36 
ANEXO I – Imagem aérea da área de mineração da Alcoa/Projeto Juruti. .............................. 41 
ANEXO II - Localização da área de mineração. ...................................................................................... 42 
ANEXO II – Localização da mina, ferrovia e porto. .............................................................................. 43 
 
5 
 
1. APRESENTAÇÃO 
Bauxita tem uso quase exclusivo para a produção de alumina transformada em 
alumínio e produtos químicos, pequena parte da bauxita também tem destino 
em usos não metalúrgico. A bauxita brasileira participa com cerca de 10% das 
reservas mundiais com 3,6 bilhões de toneladas, assim como com uma produção do 
porte de 25 milhões de toneladas por ano ocupa o terceiro lugar entre os países 
produtores com quase 13% da produção mundial. 
A extração desse minério é uma das principais causas da destruição da Floresta 
Tropical no mundo. Sua extração se dá em minas abertas, no qual exige a remoção da 
vegetação e da camada superior do solo, causando efeitos danosos sobre a fauna e a 
flora. 
Segundo Salvador; Miranda (2007), a mineração é uma atividade que contribui 
significativamente para a degradação dos espaços. Sendo que a intensidade da 
degradação depende do volume, do tipo de mineração e dos rejeitos produzidos. A 
recuperação destes estéreis e rejeitos deve ser considerada como parte do processo de 
mineração. 
As ações humanas de exploração e consumo dos recursos naturais não 
importando os métodos e as leis são grandes responsáveis pela degradação de áreas em 
todo o planeta. Mas de acordo com a Constituição Federal editada em 1988, toda 
atividade que produza danos ambientais deve arcar com as medidas de mitigação dos 
impactos e de recuperação ambiental. Sendo que, o dever de recuperar o meio ambiente 
degradado pela exploração de minérios foi erigido pelo art. 225, § 2°, da Constituição 
Federal. 
A recuperação, portanto, se dá através de um plano que considere os aspectos 
ambientais, estéticos e sociais, de acordo com a destinação que se pretende dar à área, 
permitindo um novo equilíbrio ecológico (MIRANDA; SALVADOR, 2007). 
Portanto, a criação dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas que 
objetivam o retorno do sítio degradado a uma forma de uso, de acordo com um plano 
pré-estabelecido para o uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio 
ambiente. 
 
 
A 
6 
 
2. OBJETIVO GERAL 
Pretende-se com este projeto, realizar a reabilitação das áreas exploradas pela 
mineradora de bauxita (Alcoa), localizada no município de Juruti (PA). Visto que para a 
exploração do minério é necessário realizar a supressão da área e retirar o topsoil. 
Assim, objetiva-se realizar o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, 
visando a obtenção da estabilidade do meio ambiente. 
2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Recomposição da área desmatada e explorada, com espécies nativas ou 
características da região; 
 Criar condições para o bom funcionamento da do meio ambiente; 
 Reduzir os impactos causados pela extração de minério; 
 Atender as exigências previstas nas legislações vigentes; 
 Formar corredores naturais que garantam o fluxo entre populações silvestres, 
visto que são agentes dispersores de sementes; 
 Cuidar para que não ocorra nenhum problema durante a transposição do banco 
de sementes, visto que este material retornará à área explorada; 
 Manter as áreas florestais do entorno ao empreendimento, garantindo, assim, a 
estabilidade do ambiente; 
 Possibilitar a infiltração de água no solo; 
 Reduzir o carreamento de sedimentos para os cursos d’água; 
 Proporcionar rapidez no processo de revegetação. 
3. JUSTIFICATIVA 
Toda atividade causadora de degradação ambiental poderá deixar um passivo 
ambiental que necessita ser recuperado. A atividade mineradora acarreta fortes 
impactos ambientais, em especial a degradação da paisagem, perda de fertilidade do 
solo, redução da qualidade dos recursos hídricos. 
A partir da obrigatoriedade legal de recomposição das condições ambientais, faz-
se necessário a adoção de medidas imperativas à recomposição das condições 
ambientais que existiam antes da exploração mineral. 
Tendo em vista tais exigências, a elaboração do Plano de Recuperação de Áreas 
Degradadas (PRAD), torna-se fundamental em projetos de exploração mineral e na 
obtenção das licenças ambientais, pois a partir deste, será empregado todas as medidas 
que visarão minimizar e restaurar os impactos ambientais decorrentes desta atividade. 
7 
 
 
4. EMPRESA MINERADORA RESPONSÁVEL PELA ÁREA 
Razão Social: Alcoa Alumínio S/A 
A Alcoa Alumínio S.A. integra a Alcoa Inc. líder global na produção de alumínio primário, 
alumínio transformado, assim como a maior mineradora de bauxita e refinadora de 
alumina do mundo. A companhia possui seis unidades produtivas e três escritórios 
distribuídos no Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo e 
Distrito Federal. A unidade da Alcoa Juruti, no oeste do Estado do Pará, dedicada à 
mineração e beneficiamento primário de bauxita, opera desde setembro de 2009 sob 
uma reserva de cerca de 700 milhões de toneladas métricas de minério, um dos maiores 
depósitos de bauxita do mundo, fornecendo minério de alta qualidade1. 
CNPJ: 0987650001/89 
Endereço: Enseada do Lago Grande Juruti, Rodovia PA 257, km 0,5, s/n. 
CEP: 68170-000 Município: Juruti Estado: Pará 
E-mail: alcoa@alcoa.br Fone: (93) 3536 – 1830 
 
5. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PRAD 
Razão Social: Alcoa Alumínio S/A 
CNPJ: 05.980.145/0001-67 
Endereço: Enseada do Lago Grande Juruti, Rodovia PA 257, km 0,5, s/n. 
CEP: 68170-000 Município: Juruti Estado: Pará 
E-mail: alcoa@alcoa.br Fone: (93) 3536 – 1830 
Responsável Técnico: Engª Florestal Dionízia Moura Amorim 
CREA/PA: 37591-D ART: 77591-7 
Equipe Técnica 
Engª Florestal Lindirairy dos Santos 
Engª Florestal Loirena do Carmo Moura Sousa 
Engª FlorestalNágilla Gabriella Euzébio da Silva 
Engª Florestal Nayra Glaís Pereira Trindade 
Engª Florestal Thaynara Viana Cavalcante 
6. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DO PRAD 
Razão Social: Alcoa Alumínio S/A 
 
1 Disponível em: http://www.alcoa.com/ 
8 
 
CNPJ: 05.980.145/0001-67 
Endereço: Enseada do Lago Grande Juruti, Rodovia PA 257, km 0,5, s/n. 
CEP: 68170-000 Município: Juruti Estado: Pará 
E-mail: alcoa@alcoa.br Fone: (93) 3536 – 1830 
Responsável Técnico: Engª Florestal Dionízia Moura Amorim 
CREA/PA: 37591-D ART: 77591-7 
Equipe Técnica 
Engª Florestal Lindirairy dos Santos 
Engª Florestal Loirena do Carmo Moura Sousa 
Engª Florestal Nágilla Gabriella Euzébio da Silva 
Engª Florestal Nayra Glaís Pereira Trindade 
Engª Florestal Thaynara Viana Cavalcante 
 
7. HISTÓRICO DA EMPRESA 
A Alcoa possui seis unidades produtivas e escritórios distribuídos por vários 
estado do país, como Maranhão, Pará, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Santa 
Catarina e Distrito Federal. Atua, no Brasil desde 1965, em toda a cadeia produtiva do 
alumínio, desde a mineração da bauxita até a produção de transformados. 
A empresa formou uma equipe de funcionários e especialistas em 
sustentabilidade, de forma que possuísse representantes de todas as regiões onde a 
mesma desenvolve seus trabalhos, para trabalhar na Estratégia Global de 
Sustentabilidade 2020, criada no ano 2000. Esta estratégia é um documento constituído 
de metas de curto, médio e longo prazo, relacionadas a questões ambientais e sociais, e 
tornou-se um meio de integrar todos os aspectos de sustentabilidade na rotina da Alcoa. 
Pensando nisso, em 2005, a Alcoa firmou parceria com o Centro de Estudos em 
Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces) e o Fundo Brasileiro para a 
Biodiversidade (Funbio), e elaborou uma agenda de desenvolvimento local e sustentável 
para a cidade, conhecida Juruti Sustentável: Diagnóstico e Recomendações, o qual serviu 
de base para o Projeto de Desenvolvimento da região. 
Segundo o presidente da organização, Franklin Feder2, a intenção deles “é fazer 
de Juruti o melhor projeto de mineração do mundo. Esse setor no norte do país tem 
experiências muito negativas. Acreditamos que, se pudermos fazer de Juruti uma 
 
2 Disponível em: planetasustentavel.abril.com.br/ 
9 
 
referência, será bom não só para o município, como também para a região Norte, para o 
setor mineral, para o Brasil e também para a Alcoa”. 
A Alcoa possui ações e preocupações ambientais e sociais como: a conservação de 
recursos naturais e biodiversidade, desenvolvimento local e regional, gestão e 
desenvolvimento de pessoas, estratégias das relações de trabalho, cadeia de valor, 
acesso e uso eficiente de energia e gestão ambiental de resíduos, efluentes e emissões. 
 
8. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
O município de Juruti pertence à mesorregião do Baixo Amazonas e a 
microrregião de Óbidos. A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas: 02o 
09’ 09” S e 56o 05’42” W Gr. Partindo de Santarém são necessárias 12 horas de viagem 
por via fluvial para chegar a Juruti ou ainda 30 minutos por via aérea e 4 horas de 
ônibus. Partindo de Belém são 4 dias de navio e 1 hora de avião (Figura 1). 
As instalações da área de beneficiamento de bauxita estão situadas a cerca de 60 
quilômetros da cidade. A ferrovia construída pela empresa possui aproximadamente 55 
quilômetros de extensão. O empreendimento possui uma área de aproximadamente 550 
hectares. 
 
 
 
 O empreendimento localizado no município de Juruti, Estado do Pará, visa à lavra, 
beneficiamento (concentração) do minério de bauxita, transporte do produto e sua 
expedição, por navio, em porto localizado às margens do Rio Amazonas (Ver anexo I e 
II). São as seguintes as principais estruturas que compõem o empreendimento: mina, 
Figura 1: Mapa de localização do município de Juruti – PA. 
10 
 
usina de concentração, bacias de rejeito, estruturas de apoio, vias de ligação à região do 
porto (VELLOSO, 2010). 
 
9. HISTÓRICO DA ÁREA 
A área de onde a Alcoa pretende realizar a retirada de bauxita fica num imenso 
platô em plena floresta amazônica, banhado pelo Lago de Juruti Velho – uma espécie de 
apêndice do rio Amazonas. Na beira desse belo e imenso reservatório de água, que fica a 
pelo menos uma hora de lancha da zona urbana onde se localiza a sede do município, 
foram constituídos 49 povoados de descendentes de nordestinos e de indígenas das 
etnias Munduruku e Muirapinima, a partir do início do século 20 (BARROS, 2012). 
Quanto ao uso e ocupação do solo da área, a região ainda é dominada por áreas 
florestadas, apesar da presença evidente de vestígios de exploração de madeiras nobres 
praticadas no passado. A ocupação humana se resume à presença de pequenas 
comunidades situadas às margens do igarapé Juruti Grande, além da sede urbana de 
Juruti, na margem direita do rio Amazonas (CNEC, 2002). 
 
10. ORIGEM DA DEGRADAÇÃO 
 A bauxita é uma rocha constituída, principalmente, de minerais hidratados de 
alumínio. Aproximadamente, 92% da produção mundial de bauxita é utilizada na 
produção de alumina (MÁRTIRES, 2009). Para a retirada da bauxita (na área da mina) 
será realizada a supressão florestal, em seguida realiza-se um decapeamento da camada 
superficial do solo, para que seja iniciado o processo de escavação e transporte do 
minério. Esse minério é depositado em outra área (área de beneficiamento), onde será 
realizada a britagem da bauxita, que a seguir será lavada, e água utilizada nesse processo 
será depositada na bacia de rejeitos (ao lado da área da mina). Após a lavagem da 
bauxita, será realizado o carregamento de vagões e transportados, e será depositada a 
bauxita úmida em uma área próxima ao porto, onde o minério passará pelo processo de 
secagem, e então, será carregado os navios (conforme mostra a Figura 3). 
 
11 
 
 
 
 
 Todo esse processo de extração da bauxita ou de qualquer outro minério gera 
muitos impactos ambientais, principalmente devido a dimensão dos empreendimentos. 
Segundo Guimarães et al. (2012), a bauxita constitui a matéria prima essencial para a 
cadeia de produtos da indústria do alumínio, sendo que sua exploração resulta em 
impactos ambientais, os quais quando não avaliados e identificados previamente podem 
gerar sérias condições de degradação ambiental. Para este autor, as atividades que 
causam os maiores impactos negativos são: a supressão de vegetação, movimentação de 
terra, vazamento de águas pluviais com sólidos, emissão de ruídos, particulados e poeira 
e vazamento de óleo. 
 
11. LEGISLAÇÃO 
11.1. ART. 225.DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
No Artigo acima citado diz que “todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade 
de vida, impondo-se a o Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações”. E no § 2º obriga aquele que explorar recursos 
minerais a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida 
pelo órgão público competente, na forma da lei. 
 
 
Figura 2: Vista aérea da Mina de Bauxita, Juruti 
(PA). 
 
Figura 3: Pier, construído para facilitar o 
transporte do minério extraído da Mina de 
Bauxita, Juruti (PA). 
 
12 
 
11.2. LEI N.º 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 
 
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de 
formulação e aplicação, e dá outras providências. Em seu Art 2º diz que o objetivo da Lei 
é a preservação,melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da 
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos por vários 
princípios que são explicitados na Lei, sendo que, no VIII encontra-se a recuperação de 
áreas degradadas. 
11.3. DECRETO NO 97.632, DE 10 DE ABRIL DE 1989 
 
Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 2°, inciso VIII, da Lei n° 6.938, de 31 de 
agosto de 1981 acima citada e dá outras providências. Em seu Art. 1° infere que os 
empreendimentos que se destinam à exploração de recursos minerais deverão, quando 
da apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório do Impacto 
Ambiental (RIMA), submeter à aprovação do órgão ambiental competente, plano de 
recuperação de área degradada. 
Parágrafo único. Para os empreendimentos já existentes, deverá ser apresentado 
ao órgão ambiental competente, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir 
da data de publicação deste Decreto, um plano de recuperação da área degradada. 
No Art. 2° para efeito deste Decreto são considerados como degradação os 
processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se 
reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva 
dos recursos ambientais. 
Por fim no Art. 3° a recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio 
degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o 
uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio ambiente. 
 
11.4. DECRETO NO 99.274, DE 6 DE JUNHO DE 1990 
 
Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei nº 6.938, de 31 de 
agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e 
Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras 
providências. No capítulo I, Art. 1º que trata sobre a execução da Política Nacional do 
13 
 
Meio Ambiente cumpre ao Poder Público, nos seus diferentes níveis de governo, em seu 
VI que os órgãos e entidades do Sistema Nacional do Meio Ambiente devem identificar e 
informar a existência de áreas degradadas ou ameaçadas de degradação, propondo 
medidas para sua recuperação. 
 
11.5. Instrução Normativa nº 4 de 13/04/2011 
 
Estabelece os procedimentos para elaboração de Projeto de Recuperação de Área 
Degradada (PRAD) ou Área Alterada, para fins de cumprimento da legislação ambiental, 
bem como dos Termos de Referência constantes dos Anexos I e II desta Instrução 
Normativa. 
 
12. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 
12.1. MEIO FÍSICO 
Juruti é um município brasileiro que pertence ao estado do Pará. Possui uma área 
de 8.304 Km², e localiza-se na fronteira com o estado do Amazonas. 
12.1.1. Clima 
As características climáticas do município não diferem muito das de sua região. A 
temperatura do ar é sempre elevada, com média anual de 25,6o C, apresentando valores 
médios para as máximas de 31o C e para as mínimas de 22,5o C. Quanto à umidade 
relativa, apresenta valores acima de 80 %, em quase todos os meses do ano. A 
pluviosidade se aproxima dos 2.000 mm anuais. Entretanto, é um tanto irregular 
durante o ano. As estações chuvosas coincidem com os meses de dezembro a junho e as 
menos chuvosas, com os meses de julho a novembro. 
O tipo climático da região é o Am, da classificação de Koppen, que se traduz como 
um clima, cuja média mensal de temperatura mínima é superior a 18o C tem uma estação 
seca de pequena duração e amplitude térmica inferior a 5o C entre as médias do mês 
mais quente e do mês menos quente. O excedente de água no solo, segundo o balanço 
hídrico, corresponde aos meses de fevereiro a julho, com um excedente de mais de 750 
mm, sendo março o mês de maior índice. A deficiência de água se intensifica entre 
agosto e dezembro, sendo setembro o mês de maior carência, ao constatar-se em menos 
de 90 mm. 
14 
 
A umidade relativa do ar se mantém elevada quase o ano todo, caindo na média 
para valores abaixo de 80% apenas durante os meses de agosto (76,8%), setembro 
(75,7%) e outubro (75,9%). Desta forma, a média anual é de 82,8%, enquanto na estação 
chuvosa (inverno amazônico), os valores oscilam entre 86 e 88%. A distribuição sazonal 
da nebulosidade também acompanha este mesmo tipo de ritmo, variando entre 4,7/10 
em dezembro e 6,1/10 no auge da estação chuvosa em fevereiro/março, sendo a média 
anual 4,6/10. 
 
12.1.2. Geologia 
A variação altimétrica do município é moderada, com sua sede cotada em 40 
metros. Entretanto, há maiores altitudes nas escarpas tabulares, em sua porção norte, 
que alcançam de 130 metros a 150 metros. 
A estrutura geológica do município é representada em sua maior extensão, pelos 
sedimentos de idade terciária da Formação Barreiras. Este, representado, em larga 
extensão, pelas várzeas do Amazonas, onde se localiza a sede municipal. Por sua vez, o 
relevo reflete, em suas formas moderadas, a singeleza da estrutura geológica existente, 
representado por áreas de baixas colinas, tabuleiros e aplainados, escarpas tabulares e 
terraços e várzeas, inseridos morfoestruturalmente na unidade Planalto Rebaixado do 
amazonas (Figura 4). 
 
 Figura 4: Mapa de geologia da área. 
15 
 
 
Na região de Juruti ocorre um espesso pacote de rochas sedimentares com 
coloração avermelhada, denominada Formação Alter do Chão. Essa unidade é 
constituída por arenitos, argilitos e siltitos, com presença de conglomerados, geralmente 
basais, formando lentes com 2 a 5 m de espessura (CNEC, 2002). 
 
12.1.3. Solos 
Os solos do Município são representados pelo Latossolo Amarelo distrófico 
textura média, Latossolo Amarelo distrófico textura argilosa, Areia Quartzosa distrófica 
e Podzólico Vermelho Amarelo textura média. Também estão presentes os 
Hidromórficos Gleizados como o Gleis Pouco Húmico eutrófico e distrófico textura 
indiscriminada (Figura 5). 
 
 
12.1.4. Recursos Hídricos 
 O principal acidente hidrográfico é o rio Amazonas, que recebe o rio Juruti e 
vários igarapés da região. Destaca-se, também, ao sul do Município, um extenso trecho 
do rio Mamuru ao Sul, que nasce no município de Aveiro, e desemboca no rio Amazonas, 
no município de Parintins. 
Outros rios se destacam no município, com o rio Aruã, afluente da margem 
esquerda do rio Arapiuns e seu afluente da margem esquerda, o rio Branco, com maior 
Figura 5: Mapa de solos da área. 
 
16 
 
parte dos seus cursos dentro do Município. Aparece, também, na porção sudeste do 
Município um extenso trecho do igarapé Braço Grande do Arapiuns, um dos formadores 
do Rio Arapiuns. 
As áreas dos platôs onde serão desenvolvidas as atividades de extração do 
minério têm grande parte de sua drenagem natural dirigida para o igarapé Juruti 
Grande. Uma parcela bastante reduzida de sua superfície aflui para os cursos d’água 
formadores do rio Aruã. 
Alguns igarapés importantes estão presentes no município, como o de: Igarapé 
Arauá, da Sabina e outros que drenam para o rio Mamuru. Ainda, no aspecto 
hidrográfico, vários lagos estão presentes inseridos nas áreas de várzeas do Amazonas. 
Destacam-se os lagos Salé, da Poção Grande Paranapitinga e outros. 
 
12.2. MEIO BIÓTICO 
12.2.1. Flora 
A vegetação das terras firmes é representada pela Floresta Densa dos baixos 
platôs e dos terraços, além de Campos Cerrados. A Floresta Aluvial, com uma forte 
presença de espécies arbustivas e subarbustivas, ocupa as áreas sujeitas à inundação do 
rio Amazonas, onde está presente, também, a formação campestre aluvial. 
São observados espécies com dossel emergente como as castanheiras,abundantes na área, bem como carapanaúba (Apidosperma Nitidum), angelim-pedra 
(Hymenolobium petraeum), matamata (Chelus fimbriata), acariquara (Minquartia 
guianensis), maçaranduba (Manilkara amazonica), mandioqueira (Manihot esculenta) e 
andiroba (Carapa guianensis). Com alturas um pouco inferiores, entre 20 e 25 m, e 
diâmetros da ordem de 45 a 70 cm, encontram-se também diversos exemplares 
característicos desta formação, tais como: itaúba (Mezilaurus itauba), pau d'arco 
(Handroanthus spp.), guariúba (Clarisia racemosa), quinarana (Geissospermum 
sericeum), ucuúba (Virola Surinamensis) e jutaí (Hymenaea parvifolia), (CNEC, 2002). 
17 
 
 
 
 
12.2.2. Fauna 
A fauna possui uma grande diversidade na região e apresenta grande interação 
com a flora, contribuindo com o equilíbrio ecológico, visto que corrobora com o 
processo de decomposição, controle biológico e dispersão de sementes. Os mamíferos e 
as aves realizam, frequentemente, a dispersão de sementes, sendo responsáveis pela 
distribuição espacial de muitas espécies florestais. 
 
12.2.2.1. Mamíferos 
 Foram encontradas na área do empreendimento além de espécies ameaçadas 
(Tabela 1), algumas que apresentam sensibilidade a habitats perturbados, mas capazes 
de manter pequenas populações em áreas cuja cobertura florestal já se encontra 
fragmentada. É o caso dos primatas Chiropotes albinasus e Pithecia irrorata e das duas 
espécies de cachorro-do-mato registradas para a região. Por outro lado, espécies 
igualmente sensíveis a perturbações de hábitats e potencialmente presentes na área, 
como o primata Lagothrix cana, não foram detectadas. 
Figura 6: Mapa da tipologia florestal da área. 
 
18 
 
 
Tabela 1– Espécies de mamíferos ameaçados e encontrados na região inventariada. 
Família Nome científico Nome Popular Situação 
Tipo de 
registro 
Myrmecophagidae 
Myrmecophaga 
tridactyla 
Tamanduá 
bandeira 
Vulnerável OBS.* 
Dasypodidae 
Priodontes 
maximus 
Tatu canastra Vulnerável OBS. 
Canidae Speothos venaticus 
Cachorro do mato 
vinagre 
Vulnerável ENT.** 
Mustelidae 
Pteronura 
brasiliensis 
Ariranha Vulnerável ENT. 
Felidade Leopardus wiedii Gato-maracajá Vulnerável ENT. 
Felidae Panthera onca Onça pintada Vulnerável OBS. 
Trichechidae 
Trichechus 
inunguis 
Peixe-boi Vulnerável OBS. 
Fonte: CNEC, 2002. 
*OBS – Observação 
**ENT - Entrevista 
 
12.2.2.2. Aves 
Foi encontrado um total de 376 espécies de aves, distribuídas em 54 famílias, 
sendo 40 de Não-Passeriforme e 14 de Passeriformes. O número de espécies 
encontradas chega bem próximo do esperado para esta região biogeográfica que seria 
algo em torno de 400 a 450 espécies de aves. Das 376 espécies registradas 98, ou seja, 
26% são endêmicas da Amazônia. A arara-azul-grande está na lista oficial de espécies 
ameaçadas do IBAMA (em situação vulnerável) e foi encontrada na região do 
empreendimento (CNEC, 2002). 
 
12.2.2.3. Répteis e Anfíbios 
Entre os anfíbios, foram observadas 30 espécies, todos de anfíbios anuros. 
Salamandras não são conhecidas para a área e cobras-cegas são encontradas apenas 
ocasionalmente, pois são animais de hábitos fossoriais ou aquáticos. 
Dentre os répteis, foram observados em áreas de terra firme alguns lagartos (25 
espécies) e serpentes (25 espécies). Entre os quelônios, duas espécies de jabutis foram 
observadas na região do empreendimento. Foram encontrados alguns jacarés, dentre 
eles o jacaré coroa e devido a presença de pegadas, provavelmente, possa ser 
encontrado, também, jacaré-açu. 
19 
 
 
12.2.2.4. Peixes 
 Foram observados 241 espécies, distribuídas em 131 gêneros e 39 famílias, 
compreendidas em 10 Ordens e duas Classes. E a cada observação são registrados mais 
espécies, foram encontrados mais 13 gêneros e as famílias Chilodontidae, 
Trichomycteridae, demonstrando que o número absoluto da diversidade de peixes da 
região de Juruti (PA) é muito superior ao atualmente registrado. 
 
12.2.2.5. Invertebrados 
 O estudo de invertebrados de Juruti apresentou maior interesse para as aranhas, 
porém alguns outros invertebrados foram observados. Na classe dos insetos as amostras 
triadas continham um total de 639 espécimes da Ordem Coleoptera foi a mais freqüente 
nestas amostras, seguida pela Ordem Hymenoptera, a qual foi representada 
principalmente por formigas. A diversidade de escorpiões em Juriti (6 espécies 
registradas) segue o padrão amazônico, em que são conhecidas 4-6 espécies por região. 
Cabe salientar que a espécie de Brotheas registrada na área de estudo é nova para a 
ciência. 
 Com relação aos opiliões, foram encontradas 23 espécies, observando-se que a 
estimativa de riqueza para toda a área foi entre 26 e 39 espécies. A área de estudo 
comporta uma grande diversidade de famílias, gêneros e espécies de aranhas, tendo-se 
registrado um total de 6459 aranhas, pertencentes a 46 famílias, entre elas 
representantes da família Drymusidae. Este é o primeiro registro de Drymusidae para o 
Brasil e foi baseado em dois indivíduos coletados durante as pesquisas. 
 
12.3. MEIO SOCIOECONÔMICO 
Em 2003, o número de estabelecimentos com vínculos empregatícios era de 11 
destacando-se o comércio e serviços com 4 e 3 estabelecimentos, respectivamente. No 
ano de 2010, aumentou para 118 estabelecimentos com vínculo empregatício 
destacando-se, novamente, o comércio e serviços com 54 e 45 estabelecimentos, 
respectivamente (IBGE, 2010). 
O número de empregos gerados no setor mineral, em 2005, foi de 13 empregos. 
Já, em 2009, aumentou para 91 empregos gerados. Esses valores são decorrentes da 
20 
 
carência de mão de obra qualificada na região para ocupar as vagas ofertadas pelo 
empreendimento, evidenciando a dificuldade de fixação de mão de obra local. 
12.3.1. Demografia 
De acordo com o IBGE, no ano de 2007, o município de Juruti possuía uma 
população de 33.775 habitantes, onde 63,02 % (21.287 habitantes) da população 
residiam na zona rural e a densidade demográfica era de 4,07 hab./Km². O índice de 
desenvolvimento humano no ano de 2000 foi de apenas 0,630, inferior ao valor médio 
do país (0,766) e do estado do Pará (0,723). O PIB (a preço de mercado corrente) foi de 
R$ 125.866,00 (cento e vinte e cinco mil e oitocentos e sessenta e seis reais). 
12.3.2. Agricultura, Pecuária e Extrativismo Vegetal 
Em 2000, os produtos que se destacavam na lavoura temporária (em termos de 
área colhida) era a mandioca com 11.000 hectares, seguida da juta (fibra) com 270 
hectares. Já em 2009, destacou-se, novamente a mandioca com 9.000 hectares de área 
colhida, seguida do milho com 200 hectares. Na lavoura permanente, no ano de 2000, 
destacou-se o café com 30 hectares de área colhida, seguida da laranja com 25 hectares. 
Em 2009, destacou-se, o café e a banana (20 hectares cada) e a laranja (10 hectares). 
Na pecuária, em 2000, destacava-se a criação de bovinos com 40.500 cabeças. Já, 
em 2009, houve uma redução para 37.198 cabeças. Acredita-se que a baixa 
expressividade da pecuária e da agricultura, deve-se ao município possuir muitas áreas 
protegidas. 
O extrativismo vegetal foi dividido em três categorias: alimentícios (Açaí e 
Castanha do Brasil), madeiras (carvão vegetal, lenha e madeira em toras) e oleaginosos 
(outros). Em 2000, foram produzidas 30 toneladas de açaí e 55 toneladas de castanha do 
Brasil. Na categoria de madeira houve um destaque para a produção de lenha (m³) com 
118.000 toneladas. Em 2010, houve um aumento da produção de todas as categorias, 
com exceção dos oleaginosos, foram produzidas 94 toneladas de açaí e 74 de castanha 
do Brasil. Na categoria madeiras, destaca-se a produção de lenha (m³), novamente,com 
211.600 toneladas. 
 
13. ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 
As áreas de influência do projeto estão divididas em direta e indireta. Para 
melhor entendimento será levado em consideração, as unidades em que o 
21 
 
empreendimento está dividido. As unidades são a ferrovia, a bacia de rejeitos, o porto e a 
mina. Sendo que a forma de resolver esses problemas ocorreram de forma distinta. 
13.1. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA 
As áreas de influência direta são meios físico e biótico. Limita-se pelas porções e 
unidades de microbacias susceptíveis aos impactos físicos e bióticos resultantes das 
estruturas do empreendimento, tendo em vista as suas distintas fases, além das vias de 
acesso interno e seu entorno imediato. 
A área diretamente afetada delimitada para a instalação das estruturas do Projeto 
de extração de bauxita pela Alcoa, correspondente às extensões territoriais onde será 
implantado fisicamente o empreendimento e o objeto de obras de infraestrutura e apoio 
(a mina, as pilhas de minério, a barragem de rejeitos, a área industrial, a área de apoio, a 
ferrovia e o porto) onde ocorrerão os impactos diretos e efetivos decorrentes da 
implantação e operação das atividades do empreendimento. 
No caso da ferrovia a comunidade local será em grande número remanejada, 
desta forma, gerará impacto diretamente a formação de ocupações na sede do 
município, e consequentemente formarão alguns “bolsões” de pobreza. A empresa 
contratará muita mão-de-obra de fora, devido a carência de mão de obra especializada 
na região, elevando o número de pessoas desempregadas no município e aumento 
populacional com a chegada da mão de obra contratada pelo empreendimento. 
As famílias que moram próximo a área em que será construído o Porto serão 
remanejadas e indenizadas. Provavelmente, cause impactos socioambientais devido a 
forma de vida das pessoas que residem naquele local, visto que são caracterizados como 
povos tradicionais. 
 
13.2. ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA 
 As áreas da mina e do beneficiamento provocarão impactos indiretos a 
população, mas permanece com a lógica do capital. As comunidades que moram nas 
áreas de influência indireta permanecerão em suas moradias, ou seja, não serão 
remanejadas. A empresa se propõe através do Plano de Controle Ambiental (PCA) 
realizar a ampliação de unidades de saúde, programas de educação ambiental, 
construção de mais escolas e fortalecimento da agricultura familiar. 
22 
 
Quanto a bacia de rejeitos, será alocada em uma área próximo a mina, portanto 
não afetará as comunidades locais. Isso ocorrerá, somente, se houver grandes distúrbios 
ambientais. 
14. ATIVIDADES CONTEMPLANDAS NO PRAD 
 
14.1. ANÁLISE DA SITUAÇÃO PÓS-LAVRA 
Durante a implantação do empreendimento será prevista a desativação das 
atividades minerais e reabilitação dos terrenos, visando a recuperação das áreas 
degradadas. 
 Depois de encerrados os trabalhos de lavra, deverão ser avaliadas as condições 
da área, em que, serão analisadas as mudanças na cobertura vegetal (recuo da flora), 
afastamento da fauna da região, alterações significativas na topografia da região, 
formação de taludes acima de uma altura estável, alteração e/ou assoreamento das 
drenagens naturais, possíveis pontos de poluição pelos equipamentos utilizados na fase 
de extração e seu impacto no meio ambiente, situação das construções que possam estar 
localizadas na área. 
 
14.2. CORREÇÃO DE IRREGULARIDADES DO TERRENO (CORREÇÃO 
TOPOGRÁFICA) E REGULARIZAÇÃO DAS INCLINAÇÕES (TALUDES) 
Em áreas onde houver necessidade será realizada a recomposição topográfica, 
que servirá para suavizar as ondulações do terreno permitindo a construção de valetas 
de drenagem para canalizar as águas precipitadas na superfície, evitando-se assim o 
contato prolongado da água com o solo, diminuindo a possibilidade de desencadear 
processos erosivos. 
Com o auxílio dos tratores de esteiras, as áreas com grandes irregularidades das 
áreas lavradas deverão ser suavizadas. Caso, ao final das atividades, seja observado 
taludes com grandes inclinações e/ou alturas, haverá deslocamentos de material com 
utilização dos tratores para a diminuição de inclinações e/ou alturas. 
 
14.3. CORREÇÃO DAS DRENAGENS NATURAIS 
As drenagens da região podem sofrer algumas modificações de curso e/ou 
assoreamento de determinados cursos. A princípio, a regularização dos terrenos deve 
23 
 
restaurar as drenagens locais. No entanto, ainda havendo necessidade, pequenas valetas 
poderão ser providenciadas para regularização de drenagens. As drenagens de áreas 
vizinhas deverão servir de guia para essas atividades. 
14.4. DESCOMPACTAÇÃO DO SOLO 
Existindo a necessidade em recuperar vias de acesso, ou em outras áreas em que 
houver essa necessidade, a descompactação será feita mecanicamente por intermédio de 
uma operação denominada de subsolagem. O equipamento para a subsolagem será um 
“ripper” acoplado a trator de esteira, patrol ou pá-carregadeira. Este equipamento fará 
uma gradagem com aprofundamento total do “ripper”, chegando a soltar o solo até 60 
cm de profundidade. 
 
 
 
 
 
24 
 
15. PROCEDIMENTO PARA RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS MINERADAS A CÉU ABERTO 
 
Tabela 2: Medidas a serem adotadas. 
Medidas Natureza Fator ambiental a qual se destina 
Prazo de permanência de sua 
aplicação 
Remoção e confinamento de 
rejeitos 
Corretiva Meio Físico, Biótico e Antrópico Curto Prazo 
Neutralização e aterramento 
das cavas 
Corretiva Meio Físico, Biótico e Antrópico Curto Prazo 
Neutralização dos estéreis e 
reconstrução do solo 
Corretiva Meio Físico e Biótico Longo Prazo 
Reintrodução da vegetação Corretiva Meio Biótico Longo Prazo 
Monitoramento das águas Preventiva Meio Físico, Biótico e Antrópico Longo Prazo 
 
 
 
 
25 
 
16. ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS 
Serão implantados vários experimentos, principalmente os de forma tradicional, 
para criar um modelo para recuperar essas áreas mineradas. Será implantado um 
modelo baseado no método de nucleação, para iniciar a recuperação das áreas 
mineradas. Segundo Reis et al. (1999; 2003), a restauração através desse modelo é 
baseada em estudos que mostra que a vegetação remanescente, em uma área degradada, 
atua como núcleo de expansão da vegetação, por atrair animais que participam da 
dispersão de sementes. 
16.1. ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS A RECUPERAR 
Após a extração do minério será dado início a recuperação de áreas próximas as 
minas, porém as áreas de minas começarão a serem recuperadas posteriormente. 
Será realizado o isolamento da área através de cercas de arame liso e, em seguida 
com cercas vivas, para impedir o trânsito de animais domésticos na área. As áreas de 
florestas remanescentes das proximidades serão protegidas, também, através de cercas 
e serão feitos aceiros para prevenir contra focos de incêndio, que possam surgir, 
conservando a remanescente florestal. Os aceiros passarão por manutenções sempre 
que necessário. 
 
16.2. RETIRADA E RASPAGEM DOS REJEITOS 
Sugere-se a retirada e raspagem dos rejeitos expostos na superfície do terreno e 
posterior formatação das pilhas de estéril. Este material deverá ser retirado e 
transportado para a pilha de rejeitos da unidade de beneficiamento da empresa. 
16.3. CONSTRUÇÃO DO NOVO SOLO 
Para a atividade de mineração é realizada a supressão da vegetação, logo após é 
removida a camada orgânica, a qual varia de 0,15 – 0,40 cm, porém a camada mais fértil 
fica em torno de 0,10 cm, então remove-se uma camada de até 0, 15 cm, para aproveitar 
o potencial do solo (banco de sementes), a qual é alocada em outras áreas. Esse materialé transportado e estocado em uma área que já foi minerada. 
O processo de mineração é realizado por tratores D-11, retirando a primeira 
camada de argila, até chegar à camada de bauxita, e vai levando para uma área que já foi 
26 
 
minerada. Todo o material que é gerado durante a supressão vegetal é levado para a 
área a ser recuperada e colocado em montes de forma que fique aglomerado (não deve 
ser espalhado), para favorecer a retenção e infiltração de águas da chuva. 
O decapeamento do topsoil (camada superficial + galharia) possui uma relação 
direta com o processo de revegetação ao término da lavra, visto que o topsoil removido 
possui elevados teores de matéria orgânica, riquíssima micro e meso fauna e banco de 
sementes. Esta camada exerce a função de retenção de grande parte das águas das 
chuvas, evitando que ocorra o escorrimento superficial. O aproveitamento dos resíduos 
florestais (galharia) permite que os nutrientes do solo armazenados pela floresta 
amazônica durante milhares de anos sejam disponibilizados para a formação do novo 
ecossistema após o processo de mineração. 
 
16.4. PROCESSO DE RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO 
As espécies arbóreas pioneiras são consideradas como as mais aptas na 
revegetação de áreas degradadas, devido principalmente a característica de crescimento 
rápido (devido a tolerância ao sol). Alguns autores, as recomendam devido a tolerância a 
solos de baixa fertilidade e alta saturação de alumínio. 
Estas espécies serão implantadas primeiro, visando favorecer o estabelecimento 
e desenvolvimento das espécies secundárias e de clímax, que serão implantadas 
posteriormente, visto que as espécies secundárias e clímax serão implantadas apenas 
quando as espécies pioneiras já estiverem estabelecidas em campo para que possam 
fornecer sombra às demais espécies. Devemos salientar, ainda, que deverão ser 
implantadas espécies que sejam atrativas à fauna, visto que favorecem a recuperação 
ambiental sem fomentar a visita e permanência desta no local, atuando como agentes 
dispersores. 
Após o procedimento de raspagem dos rejeitos, será realizada a reintrodução do 
topsoil (que foi retirado da área próxima área a ser explorada), o qual será alocado 
formando pequenos montes, visando a retenção de água (Figura 7). Será realizado 
semeadura de gramíneas como amendoim forrageiro e o plantio de grama nativa em 
mudas, visando afixação do solo construído. 
 
 
27 
 
 
 
Além da introdução da camada de topsoil e espécies rasteiras, será realizado, 
também, o plantio composto de espécies arbóreas nativas pioneiras, frutíferas e 
leguminosas em forma de ilhas de diversidade (figura 8), denominado técnica de 
nucleação através do plantio de mudas (MARTINS, 2013). 
 
 
 
P 
N
P 
P P 
P 
N
P 
N
P 
 
 
 
2 m 
2 m 
2 m 2 m 
P 
P 
Figura 7: Amostragem de formação de pequenos montes à formação do novo solo. 
 
Figura 8 - Metodologia de plantio em núcleos de diversidade. 
 
 
28 
 
Estes núcleos de diversidade serão caracterizados por nove mudas de espécies 
arbóreas, distantes entre si 2 metros, sendo distribuídas em duas linhas de espécies 
pioneiras e entre essas duas, será inserida uma linha de espécies não pioneiras, assim 
como o indicado por Martins (2013). 
Para atender ao critério de abundância/raridade das espécies, será utilizado a 
proporção de mudas de espécies pioneiras de diferentes grupos ecológicos, sendo 60 % 
de mudas pioneiras e 40 % de espécies não pioneiras. Dentre as espécies pioneiras serão 
70 % de mudas de espécies comuns (abundantes) e 30 % de raras (de baixa densidade). 
Dessa forma, as espécies pioneiras além de fornecerem sombreamento às mudas de 
espécies tardias, promoverão a cobertura do solo nos primeiros anos após o plantio. 
A distância entre cada núcleo de diversidade não deverá ser superior a 20 
metros, adequando-se à topografia local para implantação. As disposições dos núcleos a 
de diversidade devem atender a metodologia descrita, para a melhor recomposição da 
vegetação nestas áreas e para incentivar o retorno da fauna (Figura 9). 
 
 
Martins (2013) recomenda a utilização de espécies atrativas à fauna como 
crindiúva (Trema micrantha), guaçatonga (Casearia sylvestris), embaúbas (Cecropia 
spp.), tapiá (Alchornea glandulosa), figueira (Ficus spp.), pindaíba (Xylopia sericea) 
dentre outras. No entanto, as espécies com seus respectivos nomes cientifico e famílias 
botânica estão descritos no apêndice I. 
 
Figura 9 - Metodologia da distribuição dos núcleos de diversidade. 
 
 
29 
 
16.5. POLEIROS ARTIFICIAIS E NATURAIS 
 Serão instalados poleiros artificiais na área, para que a os pássaros possam 
pousar, enquanto as espécies florestais ainda não possuem porte suficiente para abrigá-
los. Algumas espécies pioneiras que serão implantadas na área serão introduzidas a 
partir da transposição do banco de plântulas, pois o banco de sementes retirado antes da 
exploração será alocado em canteiros em áreas próximas para que possam se 
desenvolver e quando for o momento da recuperação da área da mina, as espécies já 
possuam um porte adequado, contando que algumas espécies frutificam a partir de 2 
anos de idade. 
 Martins (2013) ratifica que para a instalação de poleiros artificiais pode-se 
utilizar caules de árvores mortas ou recém derrubadas, de reflorestamentos comerciais 
ou de áreas cujo licenciamento ambiental para atividades antrópicas permitiu que a 
vegetação fosse suprimida. A presença de galhos nessas árvores favorece sua atuação 
como poleiros para aves. 
 
16.6. PRODUÇÃO DE MUDAS 
A produção de mudas para esse projeto será através de sementes coletadas na 
fase de supressão da vegetação e áreas de vegetação remanescentes vizinhas, por meio 
de equipes de resgate de flora, e serão armazenadas em banco de germoplasma. 
Serão construídos viveiros temporários com cobertura de sombrite de 50%, 
protegendo as mudas tolerantes a sombra da insolação (MARTINS, 2009), nas 
proximidades da área de plantio, facilitando assim o transporte das mudas. Para que 
tanto as espécies tolerantes como as não tolerantes ao sol, apresentem uma boa taxa de 
germinação. 
As mudas serão cultivadas de 3 a 4 meses no viveiro, em sacos de polietileno de 2 
kg (LACERDA E FIGUEIREDO, 2009), com dimensões de 15 x 25 cm. Este método é 
largamente utilizado em viveiros florestais, pois permite uma menor mão-de-obra, 
reduz as perdas por doenças, o prazo de produção, as mudas se desenvolvem melhor e 
seu sistema radicular cresce com mais conformidade, sem enovelamento e no momento 
do plantio as mudas são mais facilmente depositadas nas covas. 
 
30 
 
16.7. COVEAMENTO 
 Deve-se realizar a marcação das covas nas linhas de plantio, para posteriormente, 
abertura das covas. Serão abertas covas com dimensões de 30 x 30 x 30 cm. A abertura 
das covas serão realizadas com uso de perfuradora mecanizada acoplada a um trator, 
para agilizar o plantio. 
 
16.8. COMBATE AS FORMIGAS CORTADEIRAS 
 O combate químico às formigas é de fundamental importância para o sucesso das 
espécies implantadas na área. Na fase de implantação, esta atividade se dá tanto antes 
quanto durante a fase de preparo do terreno, ocasião em que é mais fácil localizar os 
formigueiros (provavelmente, em áreas vizinhas). Geralmente, se utilizam basicamente 
de iscas formicidas, em vista de sua baixa toxicidade e eficácia no controle (SILVA, 
2012). 
 Para Martins (2013), as formigas cortadeiras (saúvas e quenquéns) podem 
provocar danos consideráveis nas mudas e até altas taxas de mortalidade, inviabilizando 
o projeto de restauração florestal. Assim, o combate às formigasdeve ser realizado antes 
do plantio, na área a ser recuperada, e numa faixa d 100 m adjacente a esta. O 
monitoramento mensal da área pode indicar a necessidade de se repetir o combate às 
formigas. Este autor, os principais métodos de combate às formigas são: 
 Pó Seco: consiste na aplicação direta com bomba insufladora do pó formicida no 
formigueiro, matando as formigas pelo contato com o produto; Um produto 
recomendado é a Deltrametrina (Deltamethrin), na proporção de 10 g por m² de 
terra solta; 
 Isca granulada: é o método mais empregado por ser mais seguro na aplicação e 
menos tóxico ao ambiente. Deve-se optar, por iscas granuladas acondicionadas 
em pequenas embalagens (10 g cada) que evitam exposição do produto. As 
formigas transportam a isca para o interior do formigueiro. Os produtos mais 
recomendados são Fipronil e Sulfluramida, ambos na quantidade de 10 g por m² 
de terra solta. 
A aplicação deve ser realizada na em épocas seca para não danificar o produto 
utilizado, bem como, a lavagem e carreamento do mesmo para cursos d’água. 
 
31 
 
16.9. COROAMENTO 
 Será realizado o coroamento nas espécies implantadas na área, bem como, em 
espécies da regeneração natural. Pois, sabe-se que para o sucesso de um projeto de 
recuperação de uma área depende da aplicação das técnicas aplicas. Este será realizado 
com enxadas. 
 
16.10. CONSTRUÇÃO DE QUEBRA VENTOS 
 Segundo Mota (1976), o vento influencia no desenvolvimento dos vegetais 
basicamente em três aspectos: transpiração, absorção de CO2 e efeitos mecânicos em 
folhas, galhos e caules. Portanto, é de extrema importância a implantação de quebra 
ventos nas bordas da área a ser restaurada. Como serão construídos viveiros para a 
produção de mudas, serão cultivadas algumas espécies de crescimento rápido para que 
sejam plantadas nas bordas da área a ser recuperada. 
 
17. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO 
Para realizar o monitoramento da área a ser recuperada, serão selecionados 10% 
dos módulos para avaliação dos indicadores ambientais e instaladas parcelas de 10 x 
10m. Efetuado através de constatações visuais in loco, fotografias e, quando julgar ser 
necessário, por intermédio de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento. 
Os indicadores serão baseados em parâmetros que forneçam informações 
suficientes que permitam aferir o grau e a efetividade da recuperação da área e 
contemplem a recuperação das funções e formas ecossistêmicas. Detectando os sucessos 
ou insucessos das estratégias utilizadas, bem como, os fatos que conduziram aos 
resultados obtidos. 
Os aspectos a serem monitorados serão: 
- Desenvolvimento do plantio: Realizar a avaliação dos aspectos visuais, 
densidade de plantas, diâmetro, altura média e número de espécies arbóreas; 
- Sobrevivência do plantio oriundo de mudas: Caso seja detectada a 
mortalidade das mudas, fazer a reposição das mudas, dentro do menor período possível 
e atentar para a época mais adequada para o plantio; 
32 
 
- Aumento da diversidade genética regional: Verificar se o plantio de mudas 
nativas proporcionou o aumento da diversidade de espécies e formas de vida, tais como, 
ervas, arbustos, árvores, lianas, etc.; 
- Presença de animais polinizadores e dispersores: Conferir se a revegetação 
da área propiciou refúgio da fauna, através de indicadores como, pegadas, fezes, trilhas, 
tocas, etc.; 
- Percentagem de cobertura do solo pelas espécies de interesse: Verificando 
periodicamente o progresso das mudas implantadas na cobertura do solo; 
- Poleiros secos: Verificar se os poleiros propiciaram boas condições de pouso 
para a avifauna; 
- Transposição do solo: Avaliar se de fato houve o resgate do banco de sementes 
local e da biodiversidade do solo; 
- Transposição de galharias: Identificar se houve o aumento da diversidade 
local de espécies e incremento do material orgânico no solo; e 
- Contenção ou persistência de processos erosivos: Verificando a estabilidade 
de inclinações e taludes, bem como, o assoreamento da drenagem. De modo a evitar que 
os processos erosivos cheguem a um estado avançado de degradação, dificultando a 
recuperação da área. 
As informações coletadas na fase de avaliação e monitoramento serão apresentadas em 
relatórios semestrais, que conterão registros fotográficos da área proposta para recuperação, 
antes e ao longo da execução do projeto. Estando em conformidade com o Art. 14 da 
Instrução Normativa Nº 04, de 13 de abril de 2011, do IBAMA, que trata do 
monitoramento e avaliação do PRAD, em que, o interessado apresentará, no mínimo 
semestralmente, ao longo da execução do PRAD, Relatórios de Monitoramento. 
Sendo que, os dados constantes dos Relatórios de Monitoramento do PRAD 
servirão de base para a elaboração do Relatório de Avaliação, ao final do projeto. 
 
18. RESULTADOS ESPERADOS 
 
 Espera-se que as áreas tenham um bom estado de regeneração, com boas 
respostas para todas as técnicas implantadas e que apresentem resultados 
superiores ao esperado nesse plano; 
 Espera-se que as áreas de bordas se desenvolvam mais que as outras áreas; 
33 
 
 Espera-se que a espécies implantadas atraiam a fauna de áreas vizinhas, para que 
possam corrobora com a recuperação da área; 
 Espera-se que aos dois anos após a implantação do PRAD as espécies de 
crescimento rápido atinjam até 5 metros de altura; que os vegetais funcionais 
atinjam até 10 metros de altura com 3 a 5 anos de idade; e com 15 anos após a 
implantação do PRAD a área já possua vegetais compatíveis com o interesse da 
comunidade e conservação do platô. 
19. CRONOGRAMA 
Cronograma Físico (Implantação/Manutenção/Monitoramento/Avaliação) 
Ano/ Trimestre 
Atividades 
1º ano 2º ano 3º ano 
 
Levantamento da área X 
Isolamento da área X 
Retirada e raspagem dos 
rejeitos 
X X 
Formatação do terreno X 
Descompactação do solo e 
Construção de novo solo 
 X 
Plantio de gramíneas X 
Produção de mudas X 
Abertura de covas X 
Plantio de mudas X 
Coroamento das plantas X X 
Adubação X 
Controle de formigas X X 
Abertura dos aceiros X 
Manutenção dos aceiros X X 
Avaliação X X X 
Monitoramento X X X 
 
34 
 
20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABAL – Anuário Estatístico, 2009. Associação Brasileira de Alumínio-ABAL, São Paulo. 
2009. 
BARROS, C. J. Juruti: Um pacto possível?. 2012. Disponível em: 
http://www.apublica.org/2012/12/juruti-um-pacto-possivel/. Acessado em: Novembro 
de 2013. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília-DF, 05 de 
outubro de 1988. 
BRASIL. Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990. Regulamenta a Lei n. 6.902, de 
27 de abril de 1981, e a Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, 
respectivamente, sobre a criação de Estações Ecológicas e áreas de Proteção Ambiental e 
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências. 
BRASIL. Decreto no 97.632, de 10 de abril de 1989. Dispõe sobre a regulamentação do 
Artigo 2º, inciso VIII, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1987, e dá outras providências. 
D.O.U. de 12 de abril de 1989. 
BRASIL. Instrução Normativa nº 04 de 13 de abril de 2011. Estabelece 
procedimentos para elaboração de Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) 
ou Área Alterada. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA). D.O.U. 14 de abril de 2011. 
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do 
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,e dá outras 
providências.D.O.U.de02 de setembro de 1981. 
BRUM, I. A. S de. Recuperação de áreas degradadas pela mineração. Monografia. 
Curso de Especialização em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais na Indústria. 
2000. Disponível em: http://intranet/monografias/mineracao/completa.htm. Acessado 
em: Setembro de 2013. D.O.U. Executivo, de 07 de junho de 1990. 
CNEC Engenharia S.A. Relatório de Impacto Ambiental – RIMA do Projeto Juruti. 2002. 
Extração da bauxita para produção do alumínio primário. Disponível em: 
http://www.museudainsustentabilidade.blogspot.com.br/2010/10/extracao-da-
bauxita-para-producao-do.html. 2010. Acessado em: Novembro de 2013. 
GUIMARÃES, J. C. C.; CHAGAS, J. M.; CAMPOS, C. C. F.; ALECRIM, E. F.; MACHADO, F. S. 
Avaliação dos Aspectos e Impactos Ambientais decorrentes da mineração de 
Bauxita no Sul de Minas Gerais. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, 
Goiânia, v.8, n.15; p. 2012. 
LACERDA, Dinnie Michelle Assunção; FIGUEIREDO, Paulo Sérgio. Restauração de matas 
ciliares do rio Mearim no município de Barra do Corda-MA: seleção de espécies e 
comparação de metodologias de reflorestamento. Acta Amazônica, vol. 39(2), 2009. p. 
295-304. 
MARTINS, Sebastião Venâncio. Recuperação de áreas degradadas: ações em áreas de 
preservação permanente, voçorocas, taludes rodoviários e de mineração. Viçosa, 
MG: Aprenda Fácil, 2009. 270p. 
35 
 
MARTIS, S. F. Recuperação de áreas degradadas: como recuperar áreas de 
preservação permanente, voçorocas, taludes rodoviários e áreas de mineração. 3 
ed. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 2013. 264p. 
MÁRTIRES, R. A. C. Alumínio. 2009. Disponível em: 
http://simineral.org.br/arquivos/Economia_Mineral_Do_Brasil_2009_-_Aluminio_-
_DNPM.pdf. Acessado em: Novembro de 2013. 
MOTA, F. S. Meteorologia Agrícola. 2 ed. São Paulo: Nobel, 1976. 
PARÁ. Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças/Gerência de 
Base de Dados Estatístico do Estado. Estatística Municipal. Juruti. 2011. Disponível em: 
http://iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/georeferenciamento/juruti.pdf. Acessado em: 
Outubro de 2013. 
REIS, A.; BECHARA, F. C.; ESPÍNDOLA, M. B.; VIEIRA, N. K.; SOUZA, L. L. Restauração de 
áreas degradadas: a nucleação como base para incrementar os processos 
sucessionais. Natureza e Conservação, 2003. 
REIS, A.; ZAMBONIM, R. M.; NAKAZONO, E. M. Recuperação de áreas degradadas 
utilizando a sucessão e as interações planta-animal. São Paulo: Conselho Nacional da 
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, 1999. 
SALVADOR, A. R. F.; MIRANDA, J. S. Recuperação de áreas degradadas. IETEC, 2007. 
SILVA, E. Plantios florestais no Brasil: critérios para avaliação e gestão ambiental. 
Viçosa, MG: Ed. UFV, 2012. 
VELLOSO, L. P. L. Empreendimentos Econômicos e Política Ambiental na Amazônia: 
Um Estudo sobre os Programas Ambientais e a Educação Ambiental no Contexto 
da Mineração Alcoa no Município De Juruti no Estado do Pará. Belém: UFPA. 
Dissertação de Mestrado, 2010. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
APÊNDICE I 
Lista das espécies a serem utilizadas na revegetação da área de mineração do Projeto Juruti. 
Nome Popular Nome Científico Família Sucessão ecológica 
Cajuí Anacardium giganteum W.Hancock ex. Engl. Anacardiaceae Secundária tardia 
Cajú Anacardium parvifolium Ducke Anacardiaceae Secundária 
Muiracatiara Astronium lecointei Ducke Anacardiaceae Secundária tardia 
Cajá Spondias mombin L. Anacardiaceae Pioneira 
Araticum Annona coriaceaMart. Annonaceae Secundária 
Biribá Rollinia mucosa (Jacq.) Baill. Annonaceae Secundária 
Araracanga Aspidosperma spp. Apocynaceae Secundária 
Morototó Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. Araliaceae Pioneira 
Macaúba Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Arecaceae Pioneira 
Tucum Astrocaryum aculeatum G. Mey. Arecaceae Pioneira 
Pupunha BactrisgasipaesKunthvar.gasipaes Arecaceae Secundária 
Marajá Bactris marajá Mart. Arecaceae Secundária 
Açaí Euterpe oleracea Mart. Arecaceae Secundária inicial 
 Buriti Mauritia flexuosa L. Arecaceae Secundária inicial 
Bacaba Oenocarpus bacaba Mart. Arecaceae Pioneira 
Pachiúba Socratea exorrhiza (Mart.) H. Wendl. Arecaceae Secundária inicial 
Ipê roxo Handroanthus impetiginosus Mattos Bignoniaceae Secundária tardia 
Ipê amarelo Handroanthus serratifolius (A. H. Gentry) S. Grose Bignoniaceae Secundária tardia 
Parapará Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don Bignoniaceae Pioneira 
Ipê Branco Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Bignoniaceae Secundária 
Urucu bravo Bixa arbórea Huber Bixaceae Pioneira 
Urucu Bixa orellana L. Bixaceae Pioneira 
Sumaúma brava Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Bombacaceae Secundária 
Mamuí Jacaratia Spinoza (Aubl.) A.DC. Caricaceae Pioneira 
Piquiá Caryocar villosum (Aubl.) Pers. Caryocaraceae Secundária tardia 
Mirindiba Buchenavia grandis Ducke Combretaceae Secundária tardia 
Tanibuca Terminalia lucida Hoffmanns. ex Mart. Combretaceae Secundária inicial 
Para tudo Connarus suberosus Planch. Connaraceae Secundária 
37 
 
Seringueira Hevea brasiliensis (Willd. ex A.Juss.) Müll. Arg. Euphorbiaceae Secundária tardia 
Jaguarana Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico Fabaceae Pioneira 
Melancieira Alexa grandiflora Ducke Fabaceae Secundária tardia 
Amarelão Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr. Fabaceae Secundária inicial 
Capuerana Batesia floribunda Benth. Fabaceae Secundária tardia 
Pata de vaca Bauhinia acreana Harms Fabaceae Secundária 
Mororó Bauhinia longicuspis Benth. Fabaceae Secundária 
Sucupira Bowdichia spp. Fabaceae Secundária 
Jucá (Pau ferro) Caesalpinia férrea Mart. Ex Tul. Fabaceae Secundária 
Macharimbé Cenostigma tocantinum Ducke Fabaceae Secundária 
Coração de Negro Chamae cristabahiae Lindl. Fabaceae Secundária 
Jutaí pororoca Dialium guianensis (Aubl.) Sandwith Fabaceae Secundária tardia 
Angelim vermelho Dinizia excelsa Ducke Fabaceae Clímax 
Cumaru Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Fabaceae Secundária tardia 
Tamboril Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Fabaceae Pioneira 
Orelha de macaco Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth. Fabaceae Secundária tardia 
Jatobá Hymenaea courbarilL. Fabaceae Clímax 
 Ingá comprido Inga edulis Mart. Fabaceae Secundária tardia 
Inga mirim Inga marginata Willd. Fabaceae Secundária tardia 
Ingá chata Inga spp. Fabaceae Secundária 
 Ingá chinelo Inga spp. Fabaceae Secundária 
 Ingá peludo Inga thibautiana DC. Fabaceae Pioneira 
Arapari Macrolobium acaciifolium (Benth.) Benth. Fabaceae Secundária 
Ipê da várzea Macrolobium bifolium (Aubl.) Pers. Fabaceae Secundária inicial 
Tento olho de cabra Ormosia arborea (Vell.) Harms Fabaceae Clímax 
Conta de caboclo Ormosia flava (Ducke) Rudd Fabaceae Secundária inicial 
Tento nativo Ormosia paraensis Ducke Fabaceae Secundária tardia 
Tento preto Ormosia spp. Fabaceae Secundária 
Faveiro Parkia multijuga Benth. Fabaceae Secundária tardia 
Visgueiro Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. Fabaceae Secundária tardia 
Espinho preto Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth. Fabaceae Pioneira 
38 
 
Gema de ovo Poecilanthe effusa (Huber) Ducke Fabaceae Secundária 
Mututi da terra firme Pterocarpus rohrii Vahl. Fabaceae Secundária tardia 
Paricá Schizolobium amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby Fabaceae Pioneira 
Favinha Senna multijuga (Rich.) H. S. Irwin & Barneby Fabaceae Pioneira 
Fava de paca Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth. Fabaceae Pioneira 
Arruda vermelha Swartziadi pétala Willd. ex Vogel Fabaceae Secundária 
Ovo de bode Swartzia flaemimgii Raddi Fabaceae Clímax 
Gombeira Swatisia panacoco (Aubl.) R.S.Cowan Fabaceae Secundária 
Acapú Vouacapoua americana Aubl. Fabaceae Secundária tardia 
Uchí Endopleura uchi (Huber) Cuatrec. Humiriaceae Clímax 
Uchirana Sacoglottis guianensis Benth. HumiriaceaeSecundária tardia 
Caripé Licania octandra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) Kuntze Lauraceae Secundária inicial 
Itaúba Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez. Lauraceae Secundária tardia 
Louro Ocotea amazônica (Meisn.) Mez. Lauraceae Secundária 
Castanha do Brasil Bertholletia excelsa Bonpl. Lecythidaceae Secundária 
Estopeira Cariniana spp. Lecythidaceae Secundária 
Tauari Couratari guianensis Aubl. Lecythidaceae Secundária tardia 
Tauari Couratari guianensis Aubl. Lecythidaceae Secundária tardia 
Matamata Eschweileracoriacea(DC.) S.A.Mori Lecythidaceae Secundária tardia 
Matámatá jiboia Eschweilera spp. Lecythidaceae Secundária 
Geniparana Gustavia augusta L. Lecythidaceae Secundária inicial 
Geniparana da várzea Gustaviahexa petala (Aubl.) Sm. Lecythidaceae Secundária 
Jarana miúda Lecythis chartacea O. Berg Lecythidaceae Climax 
Jarana Lecythis lurida(Miers) S. A. Mori Lecythidaceae Secundária tardia 
Sapucaia Lecythis pisonis Cambess. Lecythidaceae Secundária tardia 
Murici Byrsonima chrysophylla Kunth. Malpighiaceae Pioneira 
Cabeça de macaco Apeiba glabra Aubl. Malvaceae Secundária inicial 
Pente de macaco Apeiba tibourbou Aubl. Malvaceae Secundária 
Sumaúma Ceiba pentandra(L.) Gaertn. Malvaceae Secundária tardia 
Embiruçu Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns Malvaceae Secundária 
Inajarana Guararibea guianensis Aubl. Malvaceae Secundária 
39 
 
Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. Malvaceae Pioneira 
Bucheira Matisia cordata Kunth. Malvaceae Climax 
Munguba Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Secundária inicial 
Cupurana Patinoa paraensis (Huber) Cuatrec. Malvaceae Secundária tardia 
Axixá Sterculia pruriens (Aubl.) K. Schum. Malvaceae Secundária inicial 
Cupuaçu Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum. Malvaceae Secundária inicial 
Cupuí Theobroma obovatum Klotzsch ex Bernoulli Malvaceae Secundária 
Cacau do mato Theobroma speciosum Willd. ex Spreng. Malvaceae Secundária inicial 
Araçá de anta Bellucia grossularioides (L.) Triana Melastomataceae Secundária inicial 
Araçada mato Bellucia spp. Melastomataceae Secundária 
Tinteiro Miconia affinis DC. Melastomataceae Secundária inicial 
Andiroba Carapa guianensis Aubl. Meliaceae Secundária inicial 
Andirobinha Carapa procera DC. Meliaceae Secundária 
Cedro Cedrela odorata L. Meliaceae Climax 
Andirobarana Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Secundária tardia 
Fruta pão Artocarpus spp. Moraceae Secundária 
Tatajuba Bagassa guianensis Aubl. Moraceae Secundária inicial 
Inharé Brosimum gaudichaudii Trécul Moraceae Secundária 
Muiratinga Brosimum guianense (Aubl.) Huber Moraceae Secundária inicial 
Amapá Brosimum spp. Moraceae Secundária 
Gurariuba Clarisia racemosa Ruiz & Pav. Moraceae Climax 
 Gameleira Ficus spp. Moraceae Secundária 
 Gameleira Ficus spp. Moraceae Secundária 
Ucuubarana Iryan theraulei Warb. Myristicaceae Secundária tardia 
Ucuúba Virola micheli Heckel Myristicaceae Secundária tardia 
Ucuúba da várzea Virola surinamensis (Rol. ex Rottb.) Warb. Myristicaceae Secundária tardia 
Comida de jabuti Eugenia spp. Myrtaceae Secundária 
Camu-camu Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh Myrtaceae Secundária 
Araçá Psidium acutangulum Mart. ex DC. Myrtaceae Secundária 
Marfim Agonandra brasiliensis Miers ex Benth. & Hook. Opiliaceae Pioneira 
Carambola Averrhoa spp. Oxalidaceae Secundária 
40 
 
Pajaú Coccoloba spp. Polygonaceae Secundária 
Pau formiga Triplarisweigeltiana(Rchb.) Kuntze Polygonaceae Secundária 
Genipapo Genipa americana L. Rubiaceae Pioneira 
Maria Preta Palicoureasp. Rubiaceae Secundária 
Tamanqueira Zanthoxylum spp. Rutaceae Secundária 
Pitomba Talisia longifolia (Benth.) Radlk. Sapindaceae Pioneira 
Goiabão Chrysophyllum auratum Miq. Sapotaceae Secundária 
Melãozinho do brejo Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichlerex Miq.) Engl. Sapotaceae Secundária Inicial 
Goiabão do mato Diploon cuspidatum (Hoehne) Cronquist Sapotaceae Secundária 
Maçaranduba Manilkara huberi (Ducke) A. Chev. Sapotaceae Secundária tardia 
Abiu doce Pouteria caimito (Ruiz &Pav.) Radlk. Sapotaceae Secundária tardia 
Guajará Pouteria eugenifolia (Pierre) Baehni Sapotaceae Secundária tardia 
Taturubá Pouteria macrophylla (Lam.) Eyma Sapotaceae Secundária 
Bapeba Pouteria venosa (Mart.) Baehni Sapotaceae Secundária tardia 
Pau para todos Simaba cedron Planch. Simaroubaceae Secundária inicial 
Embaubão Cecropia distachya Huber Urticaceae Pioneira 
Embaúba branca Cecropia membranácea Trécul Urticaceae Pioneira 
Embaúba Cecropia spp. Urticaceae Pioneira 
Embaúba vermelha Pouroma guianensis Aubl. Urticaceae Pioneira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
ANEXO I – Imagem aérea da área de mineração da Alcoa/Projeto Juruti. 
 
42 
 
ANEXO II - Localização da área de mineração. 
 
Fonte: CNEC, 2002. 
43 
 
ANEXO II – Localização da mina, ferrovia e porto. 
 
 Fonte: CNEC, 2002.

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