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Livro A Ferro e Fogo - Resenha

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – DCB
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Resumo do livro A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira
Ana Karolina Fernandes Silva
Dra. Gabriela Paise
CRATO-CE
2016
O livro “A Ferro e Fogo: a história e a devastação da mata atlântica brasileira”, trata sobre as relações entre o homem e um dos ecossistemas mais importantes do mundo: a Mata Atlântica brasileira, analisando as diversas etapas e resultados da intervenção humana sobre esse ecossistema singular, desde os primeiros registros do ingresso humano até os tempos atuais.
O historiador estadunidense Warren Dean falecido em 1994, num acidente automobilístico no Chile, não teve a chance de participar da repercussão que A ferro e fogo causou na comunidade acadêmica. Bem conhecido entre os historiadores brasileiros desde os anos 1960 e 1970, por livros como A Industrialização de São Paulo (1967) e Rio Claro: um sistema brasileiro de plantation (1976), A Ferro e Fogo, ultrapassou o livro Brazil and the struggle for rubber, referente a história ambiental. Dean esclarece em A Ferro e Fogo como foco principal a interferência do homem na Mata Atlântica, a começar pela sua descoberta pelos portugueses, os períodos colonial, imperial e republicano até o início dos anos 1990. A formação e surgimento da Mata Atlântica ocorreu após a separação de uma imensa massa continental, Pangeia. A evolução da vegetação local e sua relação com os animais nativos favoreceram o surgimento de diversas espécies endêmicas. 
Os primeiros homens eram caçadores-coletores, vivendo da coleta de frutos selvagens e da caça de espécies locais, que devido ao recuo das geleiras, estavam desaparecendo dos campos e cerrados. De acordo com Dean, o primeiro grupo de humanos que surgiram na Mata Atlântica deu-se há aproximadamente 13 mil anos, não havendo, portanto, evidências arqueológicas que comprovem uma data mais precisa. Alguns métodos de caça utilizavam o fogo para tocar animais maiores, considera-se que essas práticas já causavam algum dano à floresta próxima aos locais de caça onde habitavam. Com a adesão da agricultura, a interação entre homem e floresta tornou-se mais intensa e danosa. Esse método deve ter gerado danos a áreas importantes da floresta, após a queimada nas temporadas de plantio, o solo era abandonado e os caçadores-coletores migravam para outro local sem imaginar o que esperava pela Mata Atlântica com a chegada dos próximos invasores.
A singularidade e relevância do assunto, fizeram do livro uma referência teórico-metodológica. Além de ser um modelo para um vasto grupo de pesquisadores que se interessam pelas relações que humanos e floresta desenvolveram ao longo dos anos afora.

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