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Aula 14 Movimentos e Secreções Gastrointestinais e sua Regulação

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Sistema Digestivo e Metabólico
Movimentos e Secreções Gastrointestinais e sua Regulação
Prof. Daniel Delani
Função: 
Prover nutrientes para o corpo 
Funções gerais do tubo gastrointestinal 
Produção e mistura do conteúdo gastrointestinal;
Secreção de sucos digestivos;
Digestão do alimento;
Absorção do alimento.
Anatomia fisiológica do Sistema Digestivo
Vander, Sherman & Luciano, 1997
Digestive System (Vander, Sherman & Luciano, Human Physiology, Cap. 17, 2002, McGraw Hill 
Motilidade, digestão, secreção, absorção e excreção.
As grandes funções do Sistema digestivo
Mecanismo Básico da Digestão
Plexo submucoso
Controla a secreção da maior parte das glândula 
Sistema Nervoso intrínseco do Intestino
Mucosa
Mucosa muscular
Camada muscular circular
Camada muscular Longitudinal
Plexo mioentérico
Sensorial (aferente) Impulso Neural para o cérebro 
Controla os movimentos do tubo gastrointestinal 
	Existem dois propósitos importantes dos movimentos gastrointestinais: 
Manter o deslocamento do alimento ao longo da víscera com velocidade compatível com sua digestão e absorção e;
Manter o alimento misturado com as secreções gastrointestinais, de modo com que todas as partes do alimento sejam digeridas e os produtos finais dessa digestão fiquem continuamente em contato com a parede intestinal, para que ocorra a absorção máxima. 
	Para isso, dois tipos de movimento ocorrem no trato gastrointestinal: 
Movimentos propulsivos e;
Movimentos de mistura
Movimentos Gastrointestinais
Esôfago
Estomago 
Intestino Delgado 
Cólon do
Intestino Delgado 
Movimentos Gastrointestinais
Movimentos de Mistura
Movimentos Peristálticos fracos e 
Movimentos segmentares 
Movimentos peristálticos
Causado por impulsos nervosos que passam no plexo mioentérico;
Lei do Intestino:
A constrição superior empurra o conteúdo visceral para diante que tem sua passagem facilitada pela dilatação inferior, como resultado o conteúdo intestinal progride na direção anal. 
Movimentos Propulsivos 
	A língua move-se para cima, até entrar em contato com o palato duro e, em seguida, desloca-se para trás, forçando o alimento que esta na boca em direção a faringe. A medida que o alimento passa pelas fauces, receptores sensoriais situados nessa região transmitem sinas para o tronco cerebral, a fim de provocar o reflexo da deglutição. 
Centro Deglutição
Quando a pessoa não esta deglutindo, o esfíncter esofágico está contraído, a epiglote levantada e a glote aberta, permitindo a passagem de ar para a traqueia e os pulmões; 
O reflexo da deglutição é ativado quando o bolo alimentar alcança a faringe. Inicia-se com o isolamento da nasofaringe com a faringe; 
esfíncter esofágico relaxa permitindo a passagem do bolo alimentar para o esôfago 
Depois que o alimento entra no esôfago a laringe se move reabrindo os canais respiratórios 
A contração muscular peristáltica move o bolo alimentar para baixo em direção ao estômago 
É então fechado o orifício de passagem para a traqueia e a laringe é puxada para a frente o que abre a parte superior do esôfago
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MECANISMO DA DEGLUTIÇÃO
Função Constritora Esofagiana Inferior
	Quando o alimento deglutido passa ao longo do esôfago, uma “onda de frente” de relaxamento é transmitida para o plexo neural mioentérico ao longo da parede esofagiana, até o Constritor esofagiano inferior, fazendo-o relaxar. Isso permite a passagem do alimento para o estômago.
ACALASIA 
Funções Motoras do Estômago
Armazenamento de grandes quantidades de alimento, imediatamente após uma refeição; 
Mistura desse alimento com secreções gástricas e; 
Esvaziamento desse alimento para o intestino delgado 
FUNDO
CORPO
ANTRO
Direção do Alimento
	O esvaziamento do estômago e regulado principalmente pela intensidade das fortes ondas peristálticas. Entre os diferentes fatores que determinam essas ondas, destacam-se: 
 
Grau de Fluidez do quimo; 
Quantidade de quimo que já existe no intestino delgado; 
 - Reflexo enterogástrico
Presença de ácidos e de irritantes no intestino delgado; 
Presença de gorduras no intestino delgado. 
 - Hormônios secretina e colecictocinina (inibem o peristaltismo gástrico e a intensidade 
 de seu esvaziamento).
Funções Motoras do Estômago
Propulsão do quimo pelo piloro e esvaziamento do estômago 
Movimentos do Intestino Delgado
Movimentos Propulsivos 
Movimentos de Mistura 
	(Movimentos Segmentares) 
	Esvaziamento do conteúdo intestinal na válvula Ileocecal 
Pressão e irritação química inibem a peristalse do ílio e excitam o esfíncter
A fluidez do conteúdo favorece o esvaziamento 
Esfíncter ileocecal
Válvula
Pressão e irritação química relaxam o esfíncter e excitam a peristalse 
Regularmente espaçados
Isolado
Irregularmente espaçados
Fracos, regularmente espaçados
DEFECAÇÃO
As fezes se movem e distendem o reto, estimulando receptores que transmitem o sinal ao longo da via aferente para os neurônios da medula espinhal 
A reflexo espinhal iniciado pelo nervo motor parassimpático (eferente) estimula a contração do reto e do cólon, e o relaxamento do esfíncter interno anal 
Quando é conveniente defecar, o nervo motor voluntário envia um sinal permitindo o relaxamento do esfíncter anal externo para passagem das fezes.
	Quando o movimento de massa consegue deslocar o conteúdo cólico para o reto ocorre o reflexo de defecação. Esse reflexo promove o esvaziamento do reto e das partes inferiores do cólon. 
Tipos Especiais de Movimentos Gastrointestinais 
Antiperistaltismo e Vômito;
Reflexo Gastrocólico e Duodenocólico; 
	- Desejo natural de defecar após a refeição; 
	- O enchimento do estomago ou do duodeno provoca no cólon movimentos de massa e o reflexo da defecação.
Reflexo Peritoneal; 
	- é causado pela irritação do peritônio;
	- Inibem a atividade gastrointestinal e interrompem ou lentificam a atividade gastrointestinal
Reflexos Mucosos; 
	- Proteção (Diarreia e/ou Vômito)
Secreções Gastrointestinais 
As glândulas estão presentes ao longo de todo o tubo digestivo, secretam substâncias químicas que são misturadas ao alimento para digeri-lo. 
São de dois tipos: 
Muco – Proteção
Possui mucopreínas que são resistentes a praticamente todas as secreções digestivas;
Lubrifica a passagem do alimento ao longo da mucosa; 
Protege a mucosa de lesões ocasionadas pelo conteúdo digestivo;
É anfotérico – Neutraliza tanto os ácidos quanto as bases. 
Enzimas e substâncias afins – Digestão 
Responsáveis pela digestão das grandes moléculas de alimento em substâncias simples. 
Secreção Salivar
Parótida
Submandibular
Sublingual
A saliva é secretada pelas glândulas parótida, submandibular e Sublingual. 
É formada por: 
	50% Muco – Lubrificação da deglutição;
	50% Ptialina – iniciar o processo de digestão das substâncias amiláceas (derivados do amido).
Secreção Salivar
	Regulação da secreção salivar – É promovido pelos núcleos salivatórios superior e inferior. 
É regulado por: 
Impulsos gustativos e; 
Impulsos sensoriais tácteis com origem na boca. 
Fases da Secreção Salivar 
Fase psíquica;
	Faz com que a boca fique pronta para 
	receber o alimento 
Fase gustativa;
	Fornece a saliva que é mistura ao 
	alimento junto a mastigação.
Fase gastrointestinal. 
	Prolonga a secreção de saliva até depois do alimento estar armazenado no estômago. 
	Acontece quando foi ingerido um alimento irritativo. 
Secreção Salivar
Função da saliva e da mastigação
Quebra do alimento em partículas menores
Formaçãodo bolo para a deglutição
Início da digestão doamido
Facilitação do sabor
Produção do estímulo intraluminal para o estômago
Regulação da ingestão de alimento e do comportamento de ingestão
Limpeza da boca e ação antibacterianaseletiva
Neutralização dos conteúdos gástricosdo refluxo
Crescimento da mucosae proteção do restante do trato GI
Secreções Esofagianas
O esôfago só secreta muco. 
	Normalmente, o alimento
passa ao longo do esôfago, da boca para o estômago em cerca de 7 segundos. Esse alimento ainda não sofreu o efeito dos movimentos de mistura do tubo digestivo, e, portanto, está em seu estado mais abrasivo. 
	Felizmente o esôfago é dotado de abundante glândulas mucosas que secretam muco, o que protege a sua mucosa de escoriação pelo alimento 
Secreções Gástricas
Superfície interior do estômago 
A superfície interior da parede do estômago é altamente dobrada e dotada glândulas gástricas
Glândulas gástricas: São formadas a partir de três tipos diferentes de células que secretam diferentes componentes do suco gástrico. 
Células mucosas – secretam muco, lubrificam e protegem as células do estômago
Células Pépticas – que secretam a enzima digestiva pepsinogênio
Células Oxínticas – que secretam o ácido clorídrico. 
Pepsinogênio e HCL são secretados dentro do lúmem do estômago 
HCL converte pepsinogênio em pepsina 
Pepsina então ativa mais pepsinogênios iniciando uma reação em cadeia. Pepsina começa a digestão química das proteínas 
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Células Pépticas e/ou 
Células Oxínticas e/ou 
Fases da secreção gástrica e sua regulação
Fase cefálica via vagal 
O parassimpático excita a produção de pepsina e de ácido
Fase gástrica
Estímulos secretores mioentéricos locais;
Reflexos vagais;
Estimulação de gastrina
Fase intestinal 
Mecanismos nervosos; 
Mecanismos hormonais. 
Secreção Pancreática
Suco Pancreático 
Amilase – digestão de carboidratos; 
Tripsina e quimotripsina – digestão de proteínas;
Lipase pancreática – digestão de lipídeos; 
Bicarbonato de sódio – Neutraliza a acidez do quimo que sai do estômago
		Bicarbonato de sódio + ácido clorídrico = H2O + CO2 + Cloreto de sódio
O pâncreas é o órgão responsável pela produção do suco pancreático
Por dia são lançados cerca de 1.200ml de secreção na parte superior do intestino, logo abaixo do piloro
Regulação da Secreção Pancreática
Ácido do estômago libera secretina da parede do duodeno; gorduras e outros alimentos causam a liberação de colecictocinina 
Secretina colecictocinina são absorvidas pela corrente sanguínea
A secretina causa abundante produção de suco pancreático e bicarbonato; a colecictocinina provoca a secreção de enzimas 
A estimulação vagal libera enzimas dentro dos ácinos 
Secreção Hepática
A BILE é formada por: 
Sais biliares – única substância importante para as funções digestivas do TG
		 Emulsiona gorduras, facilitando a ação das lipases.
Colesterol ; 
Bilirrubina (produto final do metabolismo de destruição dos glóbulos vermelhos)
O fígado secreta a Bile, armazenada na vesícula biliar. 
Por dia são lançados em média cerca de 800ml de bile. 
Bile armazenada e concentrada até doze vezes na vesícula biliar
A secretina via corrente sanguínea estimula fracamente o fígado
A colecistocinina via corrente sanguínea causa: 
Contração da vesícula biliar 
Relaxamento do esfíncter de Oddi
O estímulo vagal causa contração lenta da vesícula biliar
Regulação da Secreção da Bile 
Secreção do Intestino Delgado
O suco intestinal é formada por: 
Sucrase, Maltase e Lactase – desdobra dissacarídeos em monossacarídeos 
					Final da digestão dos carboidratos.
Peptidases – ultima etapa da digestão de proteínas; 
Lipases – desdobramento das gorduras 
O suco intestinal é formado pelas células epiteliais que revestem a parede do intestino delgado; 
Ocorre ou no interior dessas células no na superfície; 
Muitas células são descamadas para o lúmen intestinal, onde se rompem, liberando pequenas quantidades de enzimas que atuam diretamente sobre o alimento no quimo. 
A quantidade total de secreção do intestino delgado é da ordem de 2.000ml por dia. 
Secreção do Intestino Delgado
Secreção do Intestino Delgado
Secreção de água e de eletrólitos pelas glândulas do intestino delgado
Glândulas tubulares rasas chamadas de Criptas de Lieberkuhn ao longo do intestino delgado;
Contém diversos tipos de células – Função desconhecida; 
Secretam um “puro” líquido extracelular;
	(uma solução aquosa muito fluida de eletrólitos extracelulares usuais que ao chegar no lúmen intestinal dissolve muitos dos produtos finais da digestão atuando como veículo para o seu transporte até as vilosidades e daí, através da membrana, para o sangue e para a linfa. 
Secreção de muco no intestino delgado 
O muco produzido pelo intestino delgado é liberado pelas glândulas de Brunner na porção inicial do órgão;
Função: Proteger essa parte do tubo digestivo da potente ação digestiva da pepsina e do ácido clorídrico no quimo recém chegado do estômago.
Secreções no Intestino Grosso
	O intestino grosso, assim como o esôfago só secreta muco. 
Toda a sua mucosa é revestida com células mucosas que suprem a lubrificação para a passagem das fezes desde a válvula ileocecal até o anus, ao mesmo tempo que protege o intestino da digestão por enzimas oriundas do intestino delgado;
Na diarreia grave, o fluxo muito rápido das enzimas digestivas para o cólon distal causa uma irritação intensa que pode evoluir para um colite ulcerativa (ulcerações) e levar o paciente a óbito.

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