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Gênero Strongylus spp

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Gênero Strongylus spp.
O gênero Strongylus é pertencente à classe Nematoda, a Superfamília Strongyloidea, a família Strondylidae e subfamília Strongylinae.
Morfologia:
Possuem corpos largos e robustos e a cavidade bucal da maioria é grande e circundada por uma capsula bucal, podendo ser rígida, articulada ou fina e flexível, são chamadas de coronas lamelares. Podem ou não apresentar dentes, quando apresentam, os dentes são finos e longos e ficam na base da cavidade bucal. Orifício oral circundado por 3 ou 6 lábios. 
O macho possui bolsa copuladora bem desenvolvida, com dois espículos bem desenvolvidos que são finos e longos, e entre eles, há o gubernáculo que tem forma de martelo. Na fêmea, a vulva é encontrada no terço posterior, próximo ao ânus (possui forma arredondada) e o útero é prodélfico.
Parasitos do trato digestivo de equinos e asininos. 
Sua coloração é acinzentada, porém fica avermelhada devido serem hematófagos.
S. equinus: Espécie relativamente grande comparada as duas outras espécies seguintes. Seu orifício oral é circundado por diversos anéis quitinosos, e em sua base encontram-se pequenos dentes em forma de cone.
S. edentatus: Sua cabeça é mais larga e bem distinta do corpo por um afunilamento. Capsula bucal em forma de taça e não apresenta dentes na base de sua cavidade bucal.
S. vulgaris: É a menor das espécies e possui corpo retilíneo e rígido e apresenta em sua base da cavidade bucal dois dentes grandes com ápices arredondados. Suas larvas L3 são muito resistentes ao frio e dessecação e podem sobreviver no pasto através do inverno no norte ou na palha seca estocada por muitos meses.
Ciclo Biológico:
O parasito é monóxeno e hematófago.
Os parasitos adultos vivem no ceco e cólon dos equinos/asininos. As fêmeas fazem ovipostura e seus ovos são liberados nas fezes, e, de acordo com o meio ambiente, eclode a larva L1. A L1 perde sua cutícula, se transformando L2, que também adquire uma nova cutícula, virando L3, que é a forma infectante encapsulada. E tem característica de ser um geohelminto.
A larva L3 é ingerida pelo indivíduo no pasto e vão para o intestino delgado onde perdem sua cutícula externa. Após isso, migram ao ceco e ao cólon.
Os adultos de S. equinus permanecem preferencialmente na mucosa do ceco e raramente no cólon. Com cerca de 11 dias após a infecção, vira larva de quarto estágio recém transformadas deixam os nódulos intestinais e, atravessam o espaço peritoneal e penetram o fígado, e em seguida penetram no pâncreas, onde completam seu desenvolvimento até o quinto estágio. As larvas podem estar presentes no pulmão, parênquima e tecido conjuntivo.
A espécie S. edentatus em seu estádio adulto tem localização no ceco e cólon e quando larva pode migrar do ceco/cólon para o fígado e ligamento hepático através das veias porta. Podem mudar para larvas de quarto estágio em cerca de duas semanas e essas vagam nos tecidos hepáticos. Pode levar de 6 a 11 meses.
Os adultos de S. vulgaris se localizam no intestino grosso principalmente no ceco. As larvas L4 migram na circulação arterial, até a artéria mesentérica cranial, gânglios linfáticos e nódulos da submucosa do intestino. É a espécie mais patogênica. Relacionada com a cólica equina devido a trombos nas artérias intestinais. E a patogenia depende da quantidade de parasito, idade do animal e de seu estado nutricional e fisiológico, sendo os mais velhos, mais resistentes.

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