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Filos de importância Veterinária ● Plathyhelminthes: - Conhecidos como “vermes chatos”, caracterizam-se por apresentar corpo achatado dorsoventralmente, ausência de exo e endoesqueleto e aparelho digestório ausente ou incompleto. - Alternam o desenvolvimento entre dois ou mais hospedeiros; - A maioria das espécies é hermafrodita (monóicos); - As classes de importância médica são: • Trematoda (Digenea); vermes com aspecto de “folha”; • Cestoda; vermes com aspecto de fita; ● Nemathelminthes - Também conhecidos como vermes redondos, caracterizam-se por apresentar corpo cilíndrico, pela ausência de exo e endoesqueleto e aparelho digestivo completo. - Podem alternar ciclos de vida livre e parasitária ou desenvolverem ciclo exclusivamente parasitário; podem ser mono ou heteroxênicos com indivíduos com sexo separado (dióicos). ↪ Características - São vermes cilíndricos → lombrigas - Possuem dois modos de vida: vida livre e parasitária - Podem ser microscópios ou medir metros de comprimento. - São dioicos - os sexos se encontram separados em indivíduos diferentes. - Frequentemente mostram dimorfismo sexual (machos menores do que as fêmeas) - Machos • Podem ter uma bolsa copuladora (abraçam a fêmea durante a cópula). • Presença de espículos quitinizados (manter a vulva aberta) - Fêmeas com ovário, útero, vagina e vulva (apêndice vulvar). ↪ Tipos de fêmeas Fêmeas ovíparas: postura de ovos sem segmentação Fêmeas ovovivíparas: – postura de ovos já com embrião ou larva no seu interior (C) Fêmeas vivíparas: postura de larvas Toxocara e ancylostoma - ovípara Strongyloides - ovovivíparas ↪ Sequência de desenvolvimento L5 pode ser considerado de adulto jovem. ↪ Sistema digestivo e excretor - Excretor: glândulas unicelulares pares e poro excretor ventral. - Digestivo: completo (cavidade oral, esôfago, intestino e ânus). - Boca pode apresentar lábios que podem estar fundidos em pares, podem apresentar dentes ou lâminas. - O intestino é tubular, formado por uma única camada de células ou por um sincício. - O intestino termina no ânus nas fêmeas e na cloaca nos machos ● Tipos de esôfago - Rabditiforme: com expansões anterior e posterior (típico de Strongyloides). - Filariforme: simples (típico de estrongilídeos). - Bulbo e bulbo duplo: há uma constrição na sua parte média (típico de oxiurídeos). - Mioglandular: esôfago muscularglandular (típico de filarídeos e espirurídeos). - Tricuroide: capilar, muito fino (típico de trichurídeo). ↪ Revestimento - A epiderme é formada por uma massa celular multinucleada. - Produz uma cutícula acelular, lisa, resistente e oferece proteção e possui diversos formatos. - A cutícula sofre mudas para o organismo crescer – 4 mudas até a maturação sexual. ↪ Outros sistemas - Não possuem sistema circulatório - O líquido da cavidade possui oxi-hemoglobina - Distribuição de nutrientes e do oxigênio ocorre através das contrações da musculatura de revestimento. ↪ Classificação dos nematoda - Oxyurida - Enoplida - Ascaridida - Spirurida - Rhabditida - Strongylida ↪ Oxyurida equi - H: equinos e asininos - Localização: ceco, cólon e reto. - esôfago com bulbo duplo Fêmeas - As fêmeas adultas são grandes, de coloração brancoacinzentada, opacas com cauda longa e afunilada e podem chegar a 10 a 15 cm de comprimento. - As fêmeas possuem vulva na parte anterior Machos - Os machos adultos, em geral, tem menos de 1,5 cm de comprimento. - Os machos possuem um par de asas caudais e uma única espícula em formato de alfinete. ● Ciclo - Vermes adultos na luz do ceco e cólon. - Fêmeas fecundadas migram para o reto, projetam sua extremidade anterior para fora do esfíncter anal, depositam seus ovos que ficam aglutinados por uma substância gelatinosa. - No ambiente ocorre o desenvolvimento larvário dentro do ovos até L3 (em 4 a 5 dias) Ovo contendo a L3 é a fase contaminante!. Do momento em que é expelido até chegar nessa fase leva 4-5d com condições climáticas boas. - Infecção dos equinos: ingestão de água e alimentos contaminados acidentalmente pelo ovo contendo L3. - Por acidente pode ser que a fêmea caia do hospedeiro quando estiver lá na região do ânus colocando seus ovos e acabar ocorrendo uma defecação. Mas num cenário ideal a fêmea não quer sair do hospedeiro, ela coloca os ovos e volta pra dentro do reto. - Após a ingestão dos ovos → eclosão do ovo no intestino delgado - larvas penetram nas criptas intestinais do ceco e do cólon onde mudam para L4. Se alimentam da mucosa. O efeito patogênico mais importante é a irritação perineal e o prurido anal causado pelas fêmeas adultas durante a oviposição e as massas adesivas de ovos. - Inapetência, PRURIDO ANAL, queda de pelos em região perianal - Irritabilidade (mordem a cauda), lesão em cauda - Carga parasitária pequenas – não manifestam sinais ● Em humanos, tem-se o ENTEROBIUS que é muito parecido com o oxyuris de equinos. ↪ Trichuris - Parasitos de intestino grosso de mamíferos e são facilmente reconhecidos pela porção anterior do corpo muito fina e longa. - Conhecidos como vermes chicote. - Caracterizam-se por apresentar o corpo dividido em duas regiões; uma anterior, mais fina e comprida; outra posterior, mais grossa e curta. - Extremidade anterior filamentar longa (comprimento quase que o dobro da parte posterior). - Esôfago capilar - Tricuroide envolto por uma única camada de células à esticossoma - A cauda do macho é firmemente espiralada e possui uma única espícula, em uma bainha protrusível. - Fêmeas: 3 a 7 cm extremidade posterior simples - Machos: 2 a 4 cm Cauda enovelada 1 espículo envolvido por uma bainha - ovos bioperculados, muito resistentes ao ambiente - localização: int grosso, particularmente o ceco. - Hospedeiros: T. vulpis em cães, T. discolor em bovinos, T. campanula em gatos, T. suis em suínos e T. trichiura em homens e macaco Ovo contendo a larva L1 é a fase infectante. ➤O estágio infectante é o ovo com a L1, o qual se desenvolve 1 a 2 meses depois de excretado nas fezes, dependendo da temperatura. Em condições ideias os ovos larvados podem sobreviver e permanecer viáveis por vários anos. ➤Após a ingestão, os tampões dos polos dos ovos são digeridos e as larvas L1 são liberadas e penetram nas glândulas da mucosa do íleo, ceco e colón. ➤Subsequentemente todas as quatro mudas acontecem nestas glândulas. ➤Os adultos emergem para repousar na superfície da mucosa, com sua extremidade anterior incrustada na mucosa . ➤Apesar da grande eliminação diária de ovos, somente infecções muito elevadas produzem sinais clínicos que afetam principalmente animais jovens. ➤Um intenso parasitismo, leva a lesão da mucosa cecal, provocando enterite no hospedeiro e diarreia com sangue. ➤A lesão abre um porta de entrada para infecções secundárias. ➤A maioria das infecções é assintomática, mas há relatos de prolapso de reto em humanos e cães muito parasitados. ↪ Capillaria - Há muitas espécies de Capillaria. São listadas, a seguir, as mais frequentes, seus hospedeiros e sua localização: Capillaria plica: cães, gatos e raposas; rim e bexiga; C. feliscati: gatos; rim e bexiga; C. bovis: bovinos; intestino delgado;C. hepatica: cães, gatos, humanos e roedores; fígado; C. annulata : galinhas e perus; esôfago e inglúvio (papo);C. caudinflata: galinhas e perus; intestino delgado; C. obsignata: galinhas, perus e pombos; intestino delgado; C. aerophila: cães, gatos; traqueia, brônquios e vias nasais. - Os vermes pertencentes a este gênero são muito finos, esbranquiçados e filamentares. - A extremidade anterior é mais afilada (difícil visualização). - De 1 a 5 cm de comprimento. - Possuem esôfago (Esôfago capilar – Tricuroide – esticossomo) estreito que ocupa cerca de um terço até metade do comprimento do corpo. - Tem boca simples, não há cápsula bucal proemimente. - Os machos apresentam espículas únicas longas, finas e incolores. - As fêmeas produzem ovos com tampões bipolares. - ovo embriona no ambiente. ● Ciclo de vida: geralmente sinais leves associados à localização.● Superinfecções podem ser fatais. ↪ Dioctophyma renale - Hospedeiros definitivos: carnívoros (cão, principalmente). - Hospedeiros intermediários: 1. anelídeos, 2. rãs ou peixes. - Localização: - Adultos: rim e cavidade abdominal, mas pode ser encontrado na pleura, peritônio, próstata, tecido subcutâneo. - L2 : tecidos do anelídeo. - L3 e L4: Cistos no fígado de peixes ou rãs - não acometem os dois rins pois o objetivo do parasita não é matar o hospedeiro. - único tratamento: cirurgia - Boca simples / 6 papilas - Machos apresentam 1 espículo com bolsa copuladora em formato de sino. - Ovos bioperculados de casca grossa e enrugada. ● Ciclo Ovos eliminados na urina → anelídeo (serve mais como hospedeiro paratêmico do que intermediário) aquático ingere o ovo → forma larvária → peixes e rãs ingerem anelídeo aquático (pode ser que o cão ingira direto esses anelídeos sem precisar do peixe no meio desse ciclo, mas é incomum → cão se alimenta desses animais → ingere larvas → larvas liberadas penetrando via corrente sanguínea até a pelve renal → dentro dos rins se reproduzem → eliminam ovos que saem pela urina Características gerais - grandes - 3 lábios - adultos parasitam int. delgado - apresentam motilidade contínua contra a corrente peristáltica - alimentam-se de microrganismos e materiais existente na luz do órgão ● Ovos - ovo com casca espessa (resistente por vários anos no ambiente) - há formação de L1 e L2 no meio externo, para continuar viável, quando atinge o estágio infectante reduz seu metabolismo. - não se encontra larvas no ambiente. - após a infecção ocorrer digestão da camada externa do ovo. - migração das larvas pelos tecidos do hosp até atingir maturidade (não consegue se desenvolver na luz intestinal, necessita migrar para tecidos). ● Gêneros: ascaris (A. Suum e A. Lumbricoides) , parascaris (P. equorum), toxocara (T. canis, T. catis e T. vitulorum), toxocaris (T .leonina), ascaridia (A. galli) e heterakis (H. galinarum) ↪ Ascaris Suum - é o maior nematódeo parasita de suínos do int. delgado - No adulto se localiza no int delgado - Larva: migração fígado, pulmão e intestino - grandes - trilabiados - Fêmea: cauda romba, orifício genital localizado no terço anterior do corpo - Macho: com espículos - ovos com casca espessa, com 3 camadas, sendo a mais externa albuminosa com aparência irregular. ● Ciclo de vida - Eliminação de ovos para o ambiente (A). - Desenvolvimento de L3 dentro do ovo (B a C). - Minhocas e besouros (hospedeiros paratênicos) podem ingerir os ovos embrionados (D) (L3 eclode e permanece no tecido do hospedeiro paratênico). - Infecção pela ingestão de ovos ou hospedeiros paratênicos (E). - Eclosão dos ovos no estômago e intestino delgado. - L3 penetra parece de ceco ou cólon e migra através do sistema porta (F) para o fígado (G). - L3 migra do fígado para pulmões via sistema venoso, coração direito e artérias pulmonares. - Nos pulmões (H) rompem os alvéolos pulmonares e migram para faringe (I) onde são engolidas. - No intestino delgado (F) sofrem 2 mudas, originando adultos jovens. ● A via de transmissão mais importante é a ingestão de ovos infectantes aderidos nas mamas das porcas. ● Problema de saúde pública. - Dejetos de suínos usados em adubação de hortas. - Zoonose ● Patogenia dos adultos: obstrução intestinal e ruptura intestinal. ● Patogenia da migração da larva: insuficiência hepática, fibrose difusa, pneumonia. ● Dificilmente encontrado. Porém suínos criados soltos (produção extensina/orgânica) com outros animais podem ter a presença desse parasita. ↪ Parascaris Equorum - Hospedeiro: equinos e asininos - Acomete preferencialmente potros, pois animais com mais de 1 ano criam resistência à infecção. - Localização dos adultos: int. delgado. - Localização das larvas: migração fígado, pulmão e intestino. - Trilabiado com interlábios e fendas profundas. - Ovos esféricos com casca rugosa - Grandes ● Ciclo de vida - Infecção através da ingestão de ovos contendo L 2 (a) . - Eclosão no intestino e migração através da parede intestinal (b) para o fígado (c) pelo sistema porta hepático . - Migração para os pulmões (d) através das artérias cardíacas e pulmonares . - L 3 rompe os capilares alveolares e migram para a traqueia e faringe . - Após a tosse e deglutição as larvas sofrem mudas no intestino (e) . - PPP: 2 meses e meio ● Período pré patente: desde a ingestão dos ovos até eliminação. ● As vezes tem-se sinais respiratórios devido a migração porém ainda não tem exames de fezes positivo. ↪ Ascaridia Galli - Hosp: galináceos - Localização dos adultos: int. delgado - Localização das larvas: NÃO VAI PARA OS ÓRGÃOS, fica na parede intestinal. - Comum em galinhas soltas/caipiras. - Tamanho médio - Trilabiado - Machos: 2 espículos do mesmo tamanho e cauda termina de forma abrupta com ventosa pré anal. - Ovos com casca espessa. - Grave em animais até 3 meses - Obstrução do int e morte da ave. ● Ciclo de vida - direto - não apresenta migração visceral - penetram na parede - Ovos no ambiente podem ser ingeridos por minhocas (hospedeiro paratênico). ↪ Heterakis Galinarum - Hospedeiros: aves domésticas e silvestre - Localização: cecos - Tamanho menor que o ascaridia - Fêmea com extremidade posterior bem afiada - Machos apresentam espículos de tamanhos diferentes com ventosa pré cloacal. - Ovos com casca espessa e ELÍPTICOS. ● Ciclo de vida - Vermes adultos nos cecos. - Fêmea: postura de ovos que são eliminados com as fezes. - No ambiente → L1 e L2. Ovo com L2 pode ser ingerido pela ave ou por minhoca (hospedeiro paratênico) → eclosão da L2 (as larvas podem permanecer viáveis nestes hospedeiros por pelo menos 1 ano). - Ave ingere ovo ou a minhoca contendo L2 → liberação da L2 na moela ou duodeno → ceco → muda parasitária → adulto. - Algumas larvas penetram superficialmente na mucosa, ficam por 2 a 5 dias antes de se transformarem em adultos ↪ Toxocara Canis - Hospedeiro: cães - Localização dos adultos: int delgado - Localização da larva: fígado, pulmão e intestino. - Zoonose: larva migrans visceral no homem - Tamanho médio - Boca trilabiada - Adultos com asas cervicais longas e estreitas - Macho tem projeção digitiforme na cauda - Ovos com casca espessa e irregular de coloração castanho escura ↪ Toxocara cati - Hospedeiro: gato - Localização dos adultos: int. delgado - Localização das larvas: migração somática (fígado, coração, traquéia,..) - Tamanho médio (um pouco menor que o canis) - Adultos com asas cervicais largas e curtas (ponta de flecha). - Boca trilabiada - Macho com processo digitiformes no posterior - Ovos com casca espessa e de coloração castanho ↪ Toxocara Leonina - Toxascaris leonina é mais importante em animais adultos. - Verme adulto muito semelhante ao Toxocara canis. - Especificidade de hospedeiros baixa – infecta muitas espécies de canídeos e felídeos domésticos e silvestres. - Geralmente associados ao Toxocara spp. - Tamanho médio (F: 2 a 15cm e M: 2 a 7cm) - Boca trilabiada - Asas cervicais estreitas - Ovos com casca espessa e mais claros que os outros toxocara ↪ Toxocara Vitulorum (neoascaris vitulorum) - Hospedeiros: bovinos e bubalinos - Localização dos adultos: int delgado - Localização de larvas: migração somática - Grandes (F: 22 a 32cm e M: 15 a 25cm) - Cabeça mais estreita - Boca trilabiada - Ovos com casca espessa ● Ciclo de vida (canis, cati e vitolorum) Cão/gato/bovino infectado com sua espécie de toxocara → adultos se reproduzem no intestino delgado → eliminação dos ovos com mórula central nas fezes → embrionamento da larva no interior → infectante → ingerido pelo cão/gato/bovino ou por um hosp paratênico → casca degradada → larva liberada → migração tecidual (ciclo de loss) → circulação porta → fígado → coração → pulmão → glote → ID → forma adulta. No ciclo de Loss, o toxocara canis pode ir para o bebê via transplacentária. No filhote não tem migração tecidual. - Formas de transmissão do T. Canis: Ingestão de ovolarvado, Hospedeiro paratênico, Via transmamária e Via transplacentária. Em cães e bovinos tem-se transmissão transmamária comprovada por 4 semanas e em felinos durante toda a lactação. Nos adultos boa parte das larvas vão para diferentes partes do corpo ficar em hipobiose (hibernar). No toxocara canis, essa larva dormente pode ser reativada e migrar via placenta pro feto em diversas gestações. Criança ingere o ovo larvado em areias de praças,.. após romper a casca, como não é o hospedeiro favorito, ela migra e fica perdida em vários lugares do corpo desse humano. - Jovens são mais prevalentes que adultos - Ovos altamente resistentes Importância das fontes de infecção: - Fêmea no peri-parto (apenas no T. canis - infecta várias ninhadas) - Hospedeiro paratênico - Colostro - Transmamária – via mais importante - Hospedeiros definitivos: carnívoros - Hospedeiros intermediários: animais silvestres (principalmente roedores) - Localização: no hospedeiro definitivo encontram-se no intestino delgado e em abscessos subcutâneos na região do pescoço. Todos os estágios do parasito podem ser encontrados no local das lesões. - Nos HI as larvas ficam nos tecidos - Trilabiado - Machos 1,7 - 2cm e Fêmeas com 1,9 - 2,2cm. - Ovos arredondados e de casca grossa (semelhante aos ovos de toxocara) ● Ciclo de vida - No ambiente ocorre desenvolvimento de L1, L2 e L3 dentro do ovo. Acredita-se que o ser humano seja infectado ao ingerir carne crua ou mal passada de animais silvestres que contenham as L3 encapsuladas. - Os animais infectam-se ao ingerirem os ovos larvados com as L3 ou ao se alimentarem de animais silvestres que tenham as L3 encapsuladas no tecido - Algumas L3 migram ate a região orofaríngea para completarem seu ciclo, formando fistulas orais, visíveis ao abrir a boca. Os ovos podem ser eliminados com a secreção contida nas lesões e também junto com as fezes. - Estas, ao serem ingeridas, seguem para o intestino delgado, onde passam a L4 e L5 e adultos machos ou fêmeas que copulam e eliminam ovos para o ambiente. - Ciclo indireto - Machos com extremidade posterior geralmente enrolada em espiral - Espículos desiguais em comprimento e forma. - Ovos são larvados no momento da postura. ↪ Dirofilaria - HD: cães, gatos e homens (ZOONOSE) - HI: mosquitos culicidae (culex, anopheles e aedes) - Localização: ventrículo direito e a. pulmonar - Grandes e finos (F: 25 a 30cm e M: 10 a 15cm) - Machos com extremidade posterior espiralada com espículos de tamanhos diferentes. - Fêmeas larvíparas: microfilárias. Elas depositam larvas ao invés de ovos. Essas microfilárias são eliminadas na circulação ● Ciclo de vida Cão parasitado → machos e fêmeas se reproduzem → microfilárias na circulação (periferia) → permanecem lá por um tempo → culicidae se alimenta desse sangue periférico → no intestino do culicidae a L1 da microfilárias se transforma pra L2 e L3 (infectante) → L3 vai para as peças bucais do mosquito → inocula no HD ao picar → L3 inoculada → corrente sanguínea → a. pulmonar e VD → L4 → adulto → reprodução ● Patogenia: A patogenia ocorre em altas infecções → obstrução do ventrículo direito e da artéria pulmonar levando a trombos sanguíneos nos vasos que gera a falta de oxigenação nos órgãos vitais. Pode atingir ainda o pulmão causando deficiência respiratória e até pneumonia. Ocorre perda gradativa de condição e intolerância a exercícios e o animal apresenta uma tosse crônica branda no final da doença. ● Sinais clínicos - dependem do número de parasitos - até 25: raramente tem sinais - 50: sinais moderados (intolerância a exercícios, prostração e fadiga) - 100 ou mais: dispneia, tosse, emagrecimento, murmúrios sistólicos (sopros), hemorragias multifocais, hemoglobinúria e icterícia. Nem toda microfilária é de dirofilaria. ● Dipetalonema: HD são os cães e os HI pulgas e carrapatos. Adultos se localizam no tecido subcutâneo e perirrenal e na cavidade peritoneal de cães. As microfilárias se localizam na circulação. Pouco patogênico. ● Setaria: HD são os equinos e bovinos e o HI é o mosquito. Localizam-se na cavidade peritoneal dos hospedeiros. As microfilárias na circulação periférica são ingeridas pelo mosquito. Evoluem até a L3 e são inoculadas em outro hospedeiro. São pouco patogênicas, mas aparecem frequentemente no esfregaço sanguíneo desses animais. ↪ Spirocerca - HD: cães e gatos - HI: coleópteros - Localização: adultos em lesões granulomatosas na porção torácica do esôfago e do estômago e as larvas na aorta. - Corpo enrolado e vermelho (M: 3cm e F: 8cm) - Abertura oral hexagonal e rodeadas por papilas - Cauda do macho espiral, asas caudas e espículos de tamanhos diferentes - Fêmea com cauda romba e vulva na região esfofágica. - Ovos bem pequenos ● Ciclo de vida Vermes adultos na parede do estômago/esfôfago → formam nódulos → reprodução → eliminam ovos através de fístulas → seguem o caminho digestivo sendo eliminados nas fezes → ovos ingeridos por bezouros coprófagos → larvas se desenvolvem no HI → L1 vai para L2 e L3 → L3 fica incistada esperando a ingestão por HD ou paratênicos → ingestão do HI/paratênico → corrente sanguínea → artérias de grande calibre → formam nódulos → L4 → submucosa do esôfago e estômago → L5 ● Importância na Medicina Veterinária - Os nódulos podem obstruir o esôfago e estômago dos cães e podem causar disfagia. - As larvas podem causar ruptura da aorta em razão da fragilidade da parede da artéria - Os nódulos podem sofrer calcificação ↪ Physaloptera (praeputialis) - HD: cães e gatos - HI: baratas e coleópteros - Localização: estômago - Adultos são robustos e se assemelham a ascarídeos - F: 2 a 6cm e M: 1 a 4cm - Cutícula se estende posteriormente como uma bainha, além da extrmidade do corpo - Boca é circundada por um colar cuticular co pseudolábios ● Ciclo de vida ● Importância na Med Vet - São hematófagos, trocam de lugar com frequência e causam erosão da mucosa no ponto de fixação, levanto a gastrite e enterite. - Diferenciar dos ovos de Spirocerca. ↪ Drashia (megastoma) - HD: equinos - HI: moscas (domestica e stomoxys) - Localização: estômago - Macho: 0,7 a 1cm e Fêmea 1 a 1,5cm - Ligeira constrição logo após região bucal - Cápsula bucal em formato de funil - Machos com cauda espiralada e espículos de tamanhos diferentes - Ovos larvados com casca fina ↪ Habronema (muscae e majus) - HD: equinos - HI: moscas (domestica e stomoxys) - Localização: estômago - Habronemose Gástrica - Habronemose Cutânea - Habronemose Conjuntival - Pequenos (F: 1,3 a 2,2cm e M: 0,8 a 1,4cm) - Boca com 2 lábios laterais e cada lábio é trilobulado - Cápsula cilíndrica com espesso revestimento cuticular - Macho com asa caudal e torção espiral. Espículos desiguais. ● Ciclo de vida O drashia ou habronema estão no estômago do equino → lesões granulomatosas → reprodução → ovos são depositados nas fezes → nas fezes ocorre o ciclo da família muscidae → a larva L1 ou l2 da mosca ingere a larva ou os ovos larvados → ocorre desenvolvimento larvário da mosca → dentro desse desenvolvimento da mosca, ocorre desenvolvimento da larva do drashia/habronema até L3 (infectante) → mosca deposita as L3 próximo boca/patas do equino → equino ingere L3 → estômago → L4 → L5 Quando as moscas, ao invés de depositarem próximo a boca do equino, depositam no olho ou lesão tecidual do equino e essas larvas causam lesão granulomatosa. Essas larvas não penetram na corrente sanguínea migrando até o estômago para fazer conclusão do ciclo, porém causam essas lesões na pele. ● Habronemose cutânea - Cernelha, olhos, pênis, entre as patas, boca, etc. - Aspecto granulomatoso, com exsudato. - Podem ocorrer invasões bacterianas ou fúngicas secundárias. - Lesões cutâneas iniciam com pequenas pápulas recoberto por crostas de desenvolvimento rápido, - Lesões podem regredir no inverno (atividade larval) e recidivar no verão. - Se tem equinos com habronemose cutânea, tem algum equino com habronemose gástrica por perto. ● Epidemiologia: prevalênciadepende dos hospedeiros intermediários (regiões tropicais climas quentes e úmidos). Ocorre em animais de todas as idades. - Apresentam gerações de vida livre e de vida parasitária. - Os parasitos fêmeas são partenogenéticas - desenvolvimento de novos seres a partir de óvulos não fecundados. ↪ Strongyloides - Localização: Parasitos fêmeas vivem embebidos na mucosa do intestino delgado. Não há parasitos machos. - Principalmente em animais jovens (mamíferos e jovens) - S. westeri - equinos; S. ransoni - suínos; S. papillosus - ruminantes; S. stercoralis - homem, cão e gato - Geração de vida livre: macho e fêmea - Geração de vida parasitária: fêmeas partenogenéticas (embriões se desenvolvem a partir dos óvulos sem fertilização) - Somente as fêmeas partenogenéticas são parasitas. - Ovos são de casca fina e larvados - São vermes incolores, delgados. - Geralmente com menos de 10 mm - O esôfago dos adultos de vida livre e das larvas de primeiro estágio (L1) são rabditiformes e podem ocupar até um terço do comprimento do corpo. - Capsula bucal pequena e sem dentes - O útero filamentar é entrelaçado com o intestino propiciando aparência de filamentos espiralados torcidos. - Machos apresentam espículos. - Larvas L3 infectantes não tem dupla membrana, o que as tornam frágeis no meio ambiente, esôfago filariforme e ocupa um terço do tamanho do corpo. - Fêmeas e machos de vida livre medem em torno de 1mm de comprimento e tem esôfago rabditiforme. - Os parasitos fêmeas partenogenéticos são muito pequenos, tem em torno de 2 a 3 mm de comprimento. Apresentam esôfago filariforme, que ocupa pelo menos um quarto do corpo e boca trilabiada. ● Ciclo de vida - Eliminação de larvas no Strongyloides stercoralis. Eliminação do ovos larvados nos demais. ● Ciclo vida livre 1 - Larvas/ovos rabditoides no intestino são excretadas nas fezes do humano. Ciclo indireto - desenvolvimento de machos e femeas de vida livre, se reproduzem e a femea faz a postura de ovos, onde nasce uma larva rabiditiforme, que se desenvolve até uma larva filariforme (infectante) pode ser ingerida pelo humano ou penetra na pele. 2 - Desenvolvimento de vermes adultos de vida livre 3 -Ovos são produzidos pelas fêmeas fertilizadas 4 - Larvas rabditoides eclodem dos ovos embrionados 5 - Maturação até larva filarioide (L3) 6 - Larva filarioide penetra na pele humana Ciclo direto -Desenvolvimento direto de larvas filariformes sem virar adulto e se reproduzir primeiro. 7 - Larva penetra na pele do humano e migra até o int. delgado, se torna adulta partenogenética 8 - Pegam corrente sanguínea, vão para pulmão, coração e depois são deglutidas indo para o intestino. 9 - Deposição de ovos na mucosa intestinal com larvas rabditoides que eclodem e migram para o lúmen intestinal e saem nas fezes. 10 - Autoinfecção: larvas rabditoides se tornam filarioides no int. grosso, penetram na mucosa (ou r. perianal) e migram para outros orgãos. ● Ciclo PARASITÁRIO (homogônico) Somente as fêmeas partenogenéticas parasitam o intestino delgado. Estas fazem postura de ovos, que saem ao meio exterior com as fezes. Esses ovos, em condições favoráveis, embrionam, desenvolvendo L1, L2 e L3 parasitas. O hospedeiro se contamina por meio da penetração de larvas L3 na pele. Essas migram, pelas arteríolas para o coração, pulmão. Nos bronquíolos a L3 para para L4 e segue para os brônquios, traqueia, laringe, onde são deglutidas. No tubo digestivo tornam-se adultos, que se fixam no intestino e passam a ser chamados de fêmeas partenogenéticas. Outro meio de infecção é a ingestão em que a L3 penetra no tubo digestivo e passa para a circulação, repetindo o ciclo pulmonar. Também pode ocorrer a transmissão da mãe para os filhotes pelo leite. No S. stercoralis, pode ainda, ocorrer autoinfecção. ● Ciclo VIDA LIVRE (heterogônico): Indireto ou Direto Em condições ambientais ideais, dos ovos postos pela fêmea partenogenética, eclodem as L1, passam a L2, L3, L4 e adultos de vida livre., todos com esôfago rabditiforme (com bulbos). Os machos e fêmeas de vida livre, após copularem, podem desenvolverL3 infectantes ou de vida livre. ● Importância na Med Vet - Atingem principalmente animais jovens e podem afetar fêmeas em lactação. A penetração das larvas na pele causa irritação, inflamação local e dermatite localizada. - Infecções são moderadas ou assintomáticas; - Enfermidade clínica: neonatos e lactentes submetidos a infecção maciça. ● Larva - Penetração da larva: irritação, inflamação local e dermatite localizada (pode ser purulenta). - Migração das larvas: passagem pelo pulmão pode causar processos inflamatórios (pneumonia) congestão e hemorragias. Podem atingir a circulação geral e outros órgãos como: rins, coração, cérebro. - Sinais clínicos:: lesões cutâneas variáveis, desde eritema a dermatite pruriginosa, migração que causa taquipnéia, tosse e expectoração brônquica. ● Adultos - Congestão da mucosa: inflamação e espessamento. - Infecções maciças: destruição de grandes áreas de mucosa à erosão, hemorragia e necrose. (Não é comum) - Aumento do peristaltismo que causa diarreia, má absorção alimentar, retardo no crescimento e em alguns casos morte súbita. - Sinais clínicos: diarreia (mucoide, as vezes sanguinolenta), vômitos, dor abdominal, anemia discreta, emagrecimento ● Ainda com relação a essa Ordem, existe um outro parasito que merece ser citado: Rhabditis! ● Ele é considerado um parasito de vida livre (principalmente de ambiente úmidos e com matéria em decomposição), mas que ocasionalmente podem realizar parasitismo. Os hospedeiros podem ser cães, ruminantes e humanos. ● Algumas espécies de Rhabditis podem ocasionar otite em bovinos principalmente da raça Gir, em regiões quentes e úmidas. Os animais parasitados apresentam otoreia purulenta, com odor fétido. Alguns animais apresentam a cabeça pendente para um dos lados e desconforto. ● Super família Trichostrongyloidea ● Super família Metastrongyloidea ● Super família Ancylotomatoidea ● Super família Strongyloidea - Família Estrôngilos (Strongylus, Triodontophorus, Cyathostomum, Oesophagostomum) ➡ intestino grosso - Família Syngamus ➡ respiratório - Família Stephanurus ➡ renal - Ovos elípticos e morulados de casca fina ↪ Superfamília Strongyloidea ➡ Família Estrôngilos - Hospedeiros: equinos e asininos - Localização – intestino grosso - Grandes: strongylus (tem migração extra intestinal) e triodotophorus - Pequenos: cyatostomum Grandes estrôngilos - Cápsula bucal mais funda do que larga - Coroa radiada externa com os elementos (filamentos) finos. - O macho possui dois espículos simples, delgados e de pontas retas e gubernáculo presente. - A fêmea tem cauda romba e vulva no quarto posterior do corpo. - O macho possui dois espículos simples, delgados e de pontas retas e gubernáculo presente. - A fêmea tem cauda romba e vulva no quarto posterior do corpo. - Hospedeiro: equinos e asininos - Localização: Ceco e cólon - Generos: s.vulgaris, s.edentatus, s.equinos - Adultos são hematofagos - Vermelho escuro - Hemorragia e cólica - Capsula bucal bem desenvolvida: se fixam na mucosa intestinal ➡ hematofagia ● Gênero Strongylus Edentatus: migração no fígado e peritônio - Extremidade anterior mais larga que o resto do corpo - Cavidade bucal mais larga na margem anterior - Sem dentes - L3 penetram mucosa intestinal - Sistema porta ➡ fígado ➡ muda L4 - Migração no fígado ➡ peritônio ➡ muda L5 ➡ intestino grosso ● Pode causar peritonite - PPP 10-12 meses ● Gênero S. Equinus: migração no pâncreas - Grande dente dorsal de ponta bífida e dois pequenos dentes ventrais - Nódulos na parede intestinal (muda L4) - Migração - peritônio ➡ fígado e pâncreas (muda L5) - Migração de retorno ao intestino – cavidade peritoneal - PPP: 8-9 meses ● Gênero S. Vulgaris - Cápsula bucal ovalada com 2 dentes dorsais de bordas arredondadas. - Migração - trombos no sistema arterial do intestino - Larvas: lesões arteriais devido à migração ● ingestão de grande quantidade de L3: arterite, trombosee embolia - infarto e necrose de áreas no intestino > síndrome cólica - Adultos: lesões associadas aos nódulos hematófagos ● hemorragias e úlceras ● anemia Ciclo dos Strongylus (grandes estrôngilos) - Direto - Monoxeno - Fase pré parasitaria: L1 até L3 no ambiente. - L3 infectante No S. Vulgaris ocorre migração nas artérias mesentérica ● Gênero Triodontophuros - Hospedeiro: equinos - Localização: cólon e ceco - Grande estrôngilo sem migração extraintestinal - As mudas ocorrem na parede intestinal > nódulos - 1-2,5 cm avermelhados e robustos - A boca é circundada por duas coroas radiadas (externa e interna). - A cápsula bucal é quadrangular ou mais larga do que funda; a cavidade bucal possui, em sua base, três pares de dentes. - Os espículos do macho terminam em pequenos ganchos, o gubernáculo é presente. - A fêmea tem cauda fina e vulva próxima à extremidade posterior do corpo. - Causam lesões maiores que os strongylus Pequenos estrôngilos - A boca circundada por duas coroas radiadas; cápsula bucal em forma retangular,. - O macho tem gubernáculo, espículos finos e delgados. - A fêmea possui vulva na extremidade posterior e cauda em geral cômicos ● Gênero Cyatostomum - 1,5 cm - Hospedeiro: equinos - Localização: Ceco e cólon Ciclo - L3 penetra nas glândulas do intestino grosso (ceco e colon) - Migram dentro da mucosa e são encapsuladas por tecido de inflamação ➡ nódulos (L4) ➡ hipobiose Epidemiologia •As éguas são as principais fontes de infecção para os animais jovens (excretam grande quantidade de ovos). • Animais muitos jovens são mais susceptiveis. •Pequenos estrongilos - resistência múl:pla aos antihelmín:cos. •Alta lotação animal favorece a infecção. Coprocultura: observa -se a eclosão das larvas e é usada para identificação. ● Gênero Oesophagostomum - Parasita ceco e cólon de ruminantes e suínos - Nódulos no intestino - Cápsula bucal pequena. - Vesícula cefálica – ao redor da capsula bucal - Vesícula cervical – logo em seguida a vesícula cefálica - O macho tem espículos delgados e subiguais e gubernáculo presente. - A fêmea tem cauda cônica e vulva próxima ao ânus. As larvas ficam encapsuladas pela reação inflamatória exacerbada do hospedeiro formando os nódulos que podem se romper > peritonite. O. Columbianum (ovinos) e O. Radiatum (bovinos): mais patogênicos, em animais jovens causa anorexia, diarréia, perda de peso e melena (fezes com sangue). O. Dentatum (suínos): pouco patogênico e compromete a parede intestinal (prejudica produção de embutidos). ➡ Família Syngamus - A fêmea, grande e avermelhada, e o macho é pequeno. - Se apresentam permanentemente em cópula, em formato de “Y” . - São os únicos parasitas encontrados na traqueia de aves domésticas. Ciclo - A infecção pode se instalar por meio de uma das três vias: a primeira, pela ingestão de L3 no ovo, a segunda pela ingestão de L3 liberada e a terceira pela ingestão de um hospedeiro de transporte (ou hospedeiro paratênico) contendo L3. O hospedeiro paratênico mais comum é a minhoca comum, mas diversos outros invertebrados, como lesma, caramujo, besouros e algumas moscas, podem atuar como hospedeiros de transporte. - Após a penetração no intestino do hospedeiro final, L3 alcança os pulmões, via fígado, provavelmente através do sangue. As duas mudas parasitárias ocorrem nos pulmões. A cópula ocorre na traqueia ou nos brônquios. - Os ovos são deglutidos e excretados nas fezes. - L3 se desenvolve no interior do ovo. Sinais - Formação de mucosidade que pode causar obstrução e asfixia. - Formação de nódulos/abcessos. - Aves jovens infecção é mais grave. - Dispnéia, intranquilidade, tosse, bico aberto e pescoço espichado. As aves tentam expulsar os parasitos sacudindo muito a cabeça. - Morte por sufocação - asfixia causada pela obstrução do muco ➡ Família Stephanurus - Grandes vermes encontrados nos rins e nos tecidos perirrenais de suínos. - Verme robusto de coloração acinzentada. Ciclo - Há três modos de infecção: pela ingestão de L3 livre, pela ingestão de - minhocas carreadoras de L3 e pela via percutânea. - Após a penetração no corpo, ocorre uma muda imediata e a L4 se desloca pela corrente sanguínea, até o fígado. No fígado ocorre a muda final e os adultos jovens se movimentam pelo parênquima hepático durante aproximadamente 3 meses. - Após. migram pela cavidade peritoneal, até a região perirrenal. Neste local são circundados por um cisto formado pela reação do hospedeiro e completam seu crescimento. O cisto se comunica diretamente com o ureter ou, se mais distante, por um delgado canal de conexão, possibilitando que os ovos dos vermes sejam excretados na urina. PPP: 6 a 20 meses . Patogenia - Os principais efeitos patogênicos são causados pelas L4, que provocam grandes lesões no ,gado. Em infecções maciças, podem ocorrer cirrose grave, trombose em vasos hepáBcos, ascite e, mais raramente, insuficiência hepáBca e óbito. - Normalmente, os efeitos são detectados somente no exame pós-morte (frigoríficos). É de grande importância econômica em virtude da condenação do ,gado. - Em geral, as formas adultas não são patogênicas e ficam encapsuladas em cistos com pus esverdeado na região perirrenal. Raramente, os ureteres são comprimidos e estenosados. - Geralmente, os animais apresentam dificuldade em ganhar peso ou, em infecções mais graves, ocorre emagrecimento. ↪ Super família Metastrongyloidea - Metastrongylus, Dioctyocaulus eAelurostrongylus ➡ Família Metastrongylus - Verme pulmonar de suínos - Vermes delgados brancos, com até 6,0 cm de comprimento. - Há seis pequenas papilas ao redor da abertura bucal. - A bolsa do macho é relativamente pequena e os raios dorsais são reduzidos. - As espículas são filiformes e têm, aproximadamente, 4 mm de comprimento. - A vulva da fêmea situa-se próximo ao ânus e estas duas estruturas são recobertas nas tumefações cuticulares (processo digitiforme). Ciclo - Fêmeas fazem postura no pulmão, via secreção respiratória migram pela traqueia e são deglutidos e eliminados nas fezes. Ovos eclodem quase que imediatamente e o hospedeiro intermediário ingere L1. - Na minhoca, o desenvolvimento até L3. - Mais prevalente em suínos com 4 a 7 meses de idade. Em javalis, a taxa de prevalência pode ser alta. - O suíno é infectado pela ingestão de minhoca e a L3, liberada durante a digestão, deslocase até aos linfonodos mesentéricos e sofre muda. Em seguida, L4 alcança os pulmões pela via linfático-sanguínea; a muda final ocorre após a chegada do parasita nas vias respiratórias. Patogenia - Os vermes adultos são vistos no lúmen de pequenos brônquios e bronquíolos; provocam bronquite e bronquiolite catarral crônicas. - Em muitos casos de metastrongilose nota-se infecção estafilocócica purulenta nos pulmões. Sinais Clínicos - A maior parte das infecções são discretas e assintomáticas, especificamente em suínos mais velhos. No entanto, nas infecções mais graves, em animais jovens, a tosse pode ser marcante e acompanhada de dispneia e secreção nasal. - Infecção bacteriana secundária pode agravar os sintomas, ocasionando inapetência e perda de peso. ➡ Família Dictyocaulus - Pneumonia verminótica - Bronquite parasitária - Sua localização na traqueia e nos brônquios e seu tamanho têm valor diagnóstico. - Os adultos são vermes delgados, filamentares e de cor branca/cinza-clara. - 8,0 a 10 cm de comprimento. - A cápsula bucal é pequena. - Esôfago filariforme - Bolsa copuladora pequena. Espículas, marrons, são pequenas e com frequência têm aparência ligeiramente granular Ciclo Patogenia • Irritação das vias aéreas • Produção de exsudato rico com obstrução de brônquios e bronquíolos • Edema pulmonar, enfisema pulmonar, atelectasia (colapso pulmonar) • Aspiração dos ovos para os alvéolos e reação inflamatória • Pneumonia • Pode levar à morte em infecções maciças de animais jovens A dictiocaulose é caracterizada por bronquite e pneumonia e, tipicamente, afeta bovinos jovens durante sua primeira estação de pastejo em pastos permanentesou semipermanentes. A patogênese pode ser dividida em: ● Fase pré-patente: Essa fase começa com o surgimento das larvas dentro dos alvéolos, onde elas causam alveolite. Isso é seguido por bronquiolite e bronquite. ● Fase patente: Essa fase é associada a duas lesões principais: a primeira é uma bronquite parasitária caracterizada pela presença de vermes adultos no muco espumoso e branco, no lúmen dos brônquios; e a segunda é a presença de áreas vermelho-escuras colapsadas ao redor dos brônquios infectados que tratase de pneumonia parasitária causada pela aspiração de ovos e de L1 para os alvéolos ● Fase pós-patente: Embora os sinais clínicos estejam diminuindo, os brônquios ainda estão inflamados e lesões residuais, tais como fibrose bronquial e peribronquial podem persistir por muitas semanas ou meses. Sinais clínicos: Tosse, corrimento nasal, dispnéia, emagrecimento e morte por anoxia anorexia. ➡ Família Aelurostrongylus - Parasita de pulmões de gatos. - Os vermes tem cerca de 1,0 cm de comprimento. - Agregação de vermes, ovos e larvas por todo o tecido pulmonar. O gato geralmente se infecta após ingestão destes hospedeiros paratênicos e, menos frequentemente, pela ingestão de hospedeiro intermediário. . A L3 liberada no trato digestório se desloca até os pulmões, pela via linfática ou sanguínea. Após a muda final, os adultos se instalam nos ductos alveolares e nos bronquíolos terminais. - Morfologia da larva para diagnóstico coproparasitológico: A L1 possui uma espinha subterminal com formato de S na cauda. Patogenia - O verme geralmente tem uma baixa patogenicidade e as infecções, em sua maioria, são descobertas apenas acidentalmente ao exame pós-morte. - A maior parte dos gatos é assintomática, mas tosse e anorexia podem estar associados com infecções moderadas. - Infecções mais graves são manifestadas por tosse, dispneia, que pode terminar fatalmente, principalmente em gatos jovens. - Assintomáticos ou efeitos clínicos leves – gato em repouso. Pode haver tosse e espirros, com dispneia - gato em exercício ou manipulação. ↪ Superfamília Trichostrongyloidea - Nematódeos delgados e pequenos. - Ciclo direto (monoxeno)- infecção por L3 - Localização – Sistema digestório (trato gastrointestinal) - Ovos: Elípticos, são emitidos pelas fezes, contendo uma mórula, parede fina e lisa - Cápsula bucal vestigial e poucos apêndices cuticulares. - Macho com bolsa copuladora bem desenvolvida e dois espículos curtos e grossos. - Gêneros importantes: Ostertagia, Haemonchus, Trichostrongylus, Nematodirus, Hyostrongylus e Cooperia Ciclo Hipobiose - O que é? • Parada do desenvolvimento das L4, com redução acentuada do metabolismo larval (“hibernação larval”): • Ocorre uma menor formação de vermes adultos e aumenta do PPP. • O metabolismo baixo proporciona uma maior resistência aos anti-helmínticos. • Uma grande quantidade de larvas no mesmo estágio de desenvolvimento –o retorno do desenvolvimento causa surtos. • Aumenta a chance de sobrevivência dos parasitos. - Por que isso ocorre? • Clima: Outono/inverno muito frios; Verões muito secos e quentes • Imunidade: aumento da resistência aos vermes • Superpopulação: evita que um número de parasitos muito elevado aumente a competição por sobrevivência entre as larvas ➡ Gênero Trichostrongylus - Hospedeiros: ruminantes, equinos, aves, suínos, coelhos e homem - Localização: estômago/abomaso e intestino delgado - PPP: 1-2 semanas - T. axei – ruminantes (abomaso), equinos e suínos - T. colubriformis – ruminantes (intestino) - T. tenuis – aves (ID) - Pequenos (os menores da família): fêmeas com 4 a 8 mm; machos com 3 a 6 mm. l - Delgados e de coloração acastanhada; dificilmente visíveis a olho nu. - Ovos elípticos de parede fina e lisa. - Extremidade anterior afilada, sem cápsula bucal. - Poro excretor situado em uma fenda visível na extremidade anterior. - Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e dois espículos curtos e grossos. - Fêmea com cauda curta - L3 penetra nas glândulas epiteliais do abomaso – nódulos. - Hemorragias quando rompem os nódulos. - Enterite e perda de vilosidades. - Os animais apresentam hemorragia, edema, enterite grave. Rápida perda de peso e diarreia de coloração escura. ➡ Gênero Ostertagia (Teladorsagia) - Hospedeiros: ruminantes - Localização: Abomaso - O. ostertagi – bovinos - O. circumcicta – peq. ruminantes - Gastrite parasitária - penetram nas glândulas gástricas. - Climas temperados/subtropicais, Invernos chuvosos - Os adultos são delgados, de tamanho muito pequeno (fêmea com 8 a 9 mm e macho com 6 a 8 mm de comprimento) e coloração marrom-avermelhada. - Ovos elípticos de parede fina e lisa. - Extremidade anterior romba, com estrias transversais - Pequena cavidade bucal. - Papilas cervicais presentes - Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida, com espículos de comprimento variável, mas geralmente longos e delgados. - Extremidade posterior bifurcada, com ramificações. - Fêmeas com vulva situada a 1,5 mm da extremidade posterior, com apêndice vulvar. - L3 à L4 nas glândulas gástricas Patogenia • Em infecções graves - Diminuição da produção de HCl e consequente aumento do pH abomasal. • Alteração no metabolismo do pepsinogênio - Perda de proteínas séricas à hipoalbuminemia Desequilíbrio do microbioma intestinal • Tipo I: Bezerros no início do pastejo / verão • Tipo II: Animais de 1 ano de idade / Invernoprimavera • Desenvolvimento das larvas em hipobiose Sinais clínicos - Perda de peso - Diarreia profusa verde clara - Pelagem opaca (sem brilho) - Tipo II: edema submandibular - Acentuada hipoalbuminemia ➡ Gênero Haemonchus - Hospedeiros: ruminantes - Localização: abomaso - H. contortus - H. placei - Os adultos são facilmente identificáveis em virtude de sua localização específica na porção glandular do abomaso e de seu tamanho (fêmeas com 2 a 3 cm). - Intestino entrelaçado com ovários. - Ovos elípticos de parede fina e lisa. - Extremidade anterior afilada e cápsula bucal pequena. - Em ambos os sexos há duas papilas cervicais proeminentes. - Machos com bolsa copuladora com raio dorsal em posição assimétrica e em forma de forquilha (Y). - Espículos com ganchos e presença de gubernáculo. - As fêmeas apresentam um apêndice linguiforme (grande e proeminente) na região vulvar, que pode ainda ser pequeno, em forma de botão. ➡ Gênero Cooperia - Hospedeiros: ruminantes - Cooperia oncophora – bovinos - Cooperia punctata – bovinos - Cooperia curticei – ovinos - Localização – intestino delgado - Muito prevalente - Pouco patogênica - Tamanho muito pequeno (fêmeas com 6 a 8 mm; machos com 5,5 a 9 mm de comprimento). - Ovos elípticos de parede fina e lisa. - Vesícula cefálica pequena e presença de estrias transversais na região do esôfago - Extremidade anterior afilada - Dilatações cuticulares cefálicas - Fêmeas com longa cauda, que termina afiladamente. - Apêndice vulvar aparente. - Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e espículos com dentes na asa caudal. - Ausência de gubernáculo - Algumas espécies penetram na mucosa intestinal - Ruptura e úlceras - Mais patogênica em animais jovens (imunidade) - Perda de apetite e baixo ganho de peso - Pode levar a diarreia e perda de peso intensa ➡ Gênero Nematodirus - Hospedeiro: ruminantes - Ovinos (cordeiros) - Localização: intestino delgado - Provocam atrofia nas vilosidades intestinais (não penetram na mucosa). - Ocasionando diarreia e desidratação (borregos com sede). - Vermes delgados com aproximadamente 2 cm. - Vesícula cefálica pequena e diferenciada - Espículos longos e finos, de extremidades fundidas - As fêmeas têm cauda truncada, com pequeno espinho - Ovos grandes, ovoides e incolores. ➡ Gênero Hyostrongylus - Hospedeiro: suínos - Fêmeas jovens - Localização: estômago - Gastrite crônica - Pouco patogênico - Infecções leves - Baixa conversão alimentar - Vermes avermelhados delgados muito pequenos (fêmeas com 6 a 10 mm e machos com 5 a 7 mm) - Corpo com estrias verticais e longitudinais. -A vesícula cefálica é pequena. - Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida, com espículos iguais e curtos. - A vulva das fêmeas tem abertura no terço posterior do corpo. Patogenia - Parasito responsável por causar gastrite crônica em suínos. - As L3 penetram nas glândulas gástricas, formando nódulos. - Em infecções macicas (semelhante a Ostertagia) ocorre a elevação do PH com aumento da produção de muco. - Há ulceração e hemorragia dos nódulos. - Normalmente as infecções são leves – ocorrendo aumento da conversão alimentar. - Assintomática. ↪ Superfamília Ancylostomatoidea • Vermes pequenos (até 3 cm); • Cápsula bucal ampla; • Presença de dentes ou lâminas no orifício oral; • Ausência de coroa radiata; • Bolsa copuladora bem desenvolvida; • Parasitos hematófagos do intestino delgado (duodeno e jejuno). ➡ Gênero Ancylostoma - Local: intestino delgado - HD: cães, gatos - Menor que 3 cm - Cor avermelhada - Cápsula bucal grande com dentes marginais. ● Ancylostoma caninum - Esôfago claviforme e bem musculoso. - Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida com espículos longos e do mesmo tamanho. - Ovos com formato elíptico e de casca fina Patogenia • Alta prevalência, principalmente filhotes; • Hematófagos vorazes: causam anemia - Anemia: espoliação sanguínea + hemorragias (troca contínua do local - Desnutrição e retardo do crescimento: dilaceração da mucosa + atrofia das microvilosidades; Um grande grupo de ancilostomídeos infecta animais e pode penetrar na pela humana, causando larva migrans cutanêa, mas não se desenvolvem • Ancylostoma caninum • Ancylostoma braziliense ➡ Gênero Bunostomum • adultos com 1-2 cm comprimento; • cápsula bucal ampla; • cápsula bucal com um par de lâminas semilunaris; • 1-2 pares de lancetas no fundo da cápsula bucal; • HD: ruminantes •Localização: adultos no intestino delgado (principalmente duodeno); •Hematófagos vorazes: causam anemia; • prevalente em verões úmidos e em solos arenosos; • Contribui para o quadro espoliativo das verminoses intestinais
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