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Teorias de Restauro

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1 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
Disciplina: PROJETO DE RESTAURAÇÃO 
Prof a . Filomena Longo 
 
O que é teoria? 
Teoria estrutura o que pensar, estrutura o conceito no monumento da intervenção. 
Foge do voluntarismo pernóstico (Odete Dourado). 
 
Qual a função do arquiteto restaurador? 
O arquiteto restaurador é incumbido da manutenção do passado através da 
restauração do patrimônio histórico. (Odete Dourado). 
 
Qual o conceito de restauração no século XIX? - França 
O monumento deveria ser preservado na sua integridade permanente. 
 
EUGÊNIO MANUEEL VIOLLET LE-DUC – França 
 
RESTAURO ESTILÍSTICO - Tem como base na restauração a linha de 
pensamento a reconstituição formal 
 
RESTAURO ESTILÍSTICO 
 Visa construir o monumento na sua forma primitiva; 
 Descobrindo as leis que motivaram a origem do monumento, o restaurador 
pode descobrir o que falta. 
 AUTENTICIDADE DO MONUMENTO É FORMA E PRODUÇÃO 
 Não privilegia a matéria como expressão, como imagem, privilegia sim a 
grande estrutura; 
 Le-Duc tinha o modelo dos estilos como base. 
 Restaura Notre-Dame (Paris). 
 
RECONSTITUIÇÃO FORMAL 
Linha de pensamento que tem como influência o Restauro Estilístico sendo o seu 
grande expoente Viollet Le-Duc (século XIX). 
 
Qual o principal objetivo que norteia a linha de pensamento da reconstituição 
formal? 
 Recomposição do monumento, tendo a unidade estilística como diretriz. 
 O monumento é avaliado principalmente pelo seu vocabulário formal 
(predomínio do estilo) 
 
RESTAURO ESTILÍSTICO / RECONSTITUIÇÃO FORMAL 
 
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS 
 
 Busca unidade estilística do edifício. 
 Monumento avaliado principalmente pelo vocabulário formal. 
 “Depuração” do monumento através da remoção dos acréscimos, busca do 
estilo “puro”. 
2 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 Restauração tem caráter reconstrutivo. 
 
RESTAURO ESTILÍSTICO – Aspecto da Técnica 
 
 Usa os sistemas construtivos tradicionais do monumento, manter as 
características estruturais originais, não somente em sua aparência externa, 
mas em seu modo de funcionar 
 Quando o uso do material e dos sistemas construtivos tradicionais revela-se 
econômica e tecnicamente contra-indicada é pratica ocultar os materiais 
novos introduzidos. 
 
RESTAURO ESTILÍSTICO – Aspecto da Utilização 
 
 Há preocupação em manter a integridade do monumento. 
 O novo uso não deve macular a arquitetura original (uso condigno ao 
monumento). 
 A alternativa de novos usos (reciclagem) para os monumentos é restrito, em 
função de um uso condigno, tendo que ser levada em conta à original 
destinação 
 
PRINCIPAIS CRÍTICAS AO RESTAURO ESTILÍSTICO/RECONSTITUIÇÃO 
FORMAL 
 
 Valorização excessiva da INSTÂNCIA ESTÉTICA em detrimento da 
INSTÂNCIA HISTÓRICA 
 Desaparecimento das marcas que exemplificam a história do monumento 
em nome do restabelecimento das suas características estilísticas 
 
INGLATERRA 
(Primeiro país a se industrializar em larga escala) 
 
 Inglaterra – Século XIX – Surgiu um movimento antagônico que visava a 
preservação da matéria original do monumento e que levava em conta as 
modificações e ampliações posteriores, considerando-as como históricas e 
dignas de ser preservadas. 
 Respeito absoluto pela edificação, pelo Estado em que se encontra na época 
 
Qual a postura dos arquitetos na Inglaterra em relação aos prédios históricos? 
 
 Havia respeito absoluto pela edificação e praticamente uma repulsa por 
qualquer tipo de intervenção. 
 A POSTURA ERA DE RENÚNCIA EM RELAÇÃO À OBRA, SENDO QUE 
A CONTEMPLAÇÃO A ÚNICA ATITUDE A TOMAR. 
 
JOHN RUSKIN 
Foi um dos principais teóricos dessa tendência conhecida na 
Itália - RESTAURO ROMÂNTICO 
 
 
3 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 
RESTAURO ROMÂNTICO - SÉCULO XIX - Grande influência INGLATERRA 
 
John Ruskin 
 Nasceu em 1819, crítico de arte. 
 Estudioso da arquitetura medieval. 
 Admirador do gótico como Viollet – Le Duc. 
John Ruskin amava o gótico pelo seu poder de sugestão, à nervura, superfície, 
altura, detalhe. 
Viollet – Le Duc no gótico se interessava pelo seu funcionamento e estrutura. 
 
Qual a base da teoria de John Ruskin? 
 
Posição ideológica era contra a produção industrial, a arte tem que ser feita pelo 
homem. 
 
LE-DUC – AUTENTICIDADE É FORMA E PROPORÇÃO. 
RUSKIN – AUTENTICIDADE DA MATÉRIA É QUE TRÁS AS MARCAS DO 
TEMPO e com o passar do tempo é que se acrescenta a ESTETICIDADE. 
 
JOHN RUSKIN 
 
 O restauro é a pior destruição que o edifício pode sofrer, acompanhada 
da falsa descrição da coisa que perdemos. 
 O intuito era deixar o monumento tal como se apresentava com antipatia, 
total a qualquer tipo de ação cirúrgica à qual os arquitetos restauradores 
estão sujeitos. 
 
Como considerava as intervenções? 
Considerava as intervenções “puramente” uma falsidade. 
 
Restauro Romântico 
John Ruskin (Inglaterra) - Século XIX - Arte tem que ter emoção, vale pelo seu 
poder de sugestão (ruínas) 
 
 Restauro Estilístico - Viollet Le-Duc (França) - Século XIX - Não tem emoção, é 
objetivo, claro, racional (pos 
 
ITÁLIA - Final do século XIX – 
(Conservação mais amadurecida) 
 
RESTAURO HISTÓRICO - Luca Beltrami 
 O monumento é considerado como um documento. As intervenções nele feitas 
são baseadas em dados de arquivos, livros, gravuras. Assim como na análise da 
própria construção. 
 
 As recriações do restauro estilístico (Le-Duc), deveriam ser substituídas pelas 
intervenções fundamentadas em provas fornecidas pela pesquisa histórica e pelo 
próprio objeto em estudo, alta dose de subjetividade. 
4 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 
RESTAURO MODERNO - Camillo Boito 
 
 Procurava conservar todas as adições e modificações realizadas no decorrer do 
tempo e conservando inclusive as marcas da próprio passagem no tempo. 
 
CAMILLO BOITO 
 
 Tenta fazer uma fusão entre as duas concepções antagonistas Le-Duc 
(positivista, objetivo) e Ruskin. (romântico e sugestivo) 
 É quase impossível - Não se consegue atender a tríade da FORMA X 
PROPORÇÃO X MATÉRIA 
 
1. Deveriam ser preservadas as adições (obras de conservação) e as 
modificações feitas no decorrer do tempo, inclusive, as marcas da própria 
passagem do tempo. 
2. Nas obras de reforço, é importante que a pátina permaneça, ela mostra o 
tempo. 
3. Respeitar todos os acréscimos que tenham valor de arte, mesmo que não 
mostre a unidade do monumento. 
4. As adições (acréscimos) e renovações deveriam ser evitadas mas, caso 
necessárias, somente poderiam ser feitas baseadas em documentos seguros e 
fidedignos. 
5. As intervenções deveriam ter características que as distinguissem da obra 
original, através do emprego de materiais diversos e sem alterar o 
equilíbrio da composição do edifício. 
6. Adotar nos acréscimos, linhas limpas, ficando evidente a parte antiga 
(morta) e a nova (viva). 
7. Cuidar do ambiente com o mesmo cuidado que se tem com o monumento. 
8. Os trabalhos executados durante a operação de restauro deveriam ainda 
ser documentados e ter marcas que o identificassem. 
 
“... Mas, uma coisa é conservar, outra é restaurar, ou melhor, muitas vezes uma coisa é 
o contrário da outra; e meu discurso se endereça não aos conservadores, homens 
necessários e beneméritos, mas sim aos restauradores, homens quase sempre supérfluos 
e perigosos” 
(Camilo Boito) 
 
 1883 – Boito participou do IV Congresso de Engenheirose arquitetos italianos 
de 1883, realizado em Roma. 
 O documento resultante do Congresso tem como base os preceitos de Boito e é 
considerada a PRIMEIRA CARTA DE RESTAURAÇÃO DO PAÍS. 
 
 
5 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARCO DE TITO = Foi construído em 81 D.C. – Após a morte de Tito, para celebrar 
seus jeitos militares 
 
 
ÁUSTRIA 
 
Século XIX (meados/final) 
 
 
CAMILLO SITTE 
 
 Possuía um senso agudo das transformações que se processavam na época, em 
grande parte da industrialização 
 Contra a excessiva rigidez e simetria dos projetos urbanísticos 
contemporâneos 
 Criticava o isolamento dos monumentos defendia conjuntos urbanos antigos. 
 Defendia a preservação dos tecidos urbanos tradicionais, preocupou-se com 
a estética das cidades, defendendo o urbanismo como arte, e com a preservação 
de edificações históricas. 
 
 
ALOIS RIEGL 
(Tenta compor uma teoria para elaborar uma legislação) 
 
 Um analista objetivo, que procurava examinar as várias facetas que a questão da 
conservação comportava e a pertinência de seus argumentos. 
 Para examinar as várias formas, os vários pontos de vista que se podem ter em 
relação aos monumentos. 
 Esquematizou os monumentos em valores de rememoração e de 
contemporaneidade. 
 
 
 
6 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
A – Valores de Rememoração / Valores enquanto memória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. - VALOR DE 
ANTIGUIDADE / 
VALOR DO ANTIGO 
 
 A eficácia estética do 
monumento reside nos 
traços de decomposição 
da obra acabada pelas 
forças mecânicas e 
químicas da natureza, 
não tem interesse na 
conservação do monumento em seu estado original. 
 Valor fundamentado na degradação 
 O monumento emana sentimento, emoção mesmo com pouca informação do 
material, das formas do que foi. 
 Marca o transcorrer do tempo, não está ligado ao intelecto. 
 
 
“... Uma só coisa deve ser evitada a todo custo do ponto de vista do valor de 
antiguidade: a intervenção arbitrária da mão do homem no estado do monumento. Não 
se deve nem acrescentar, nem eliminar, nem substituir aquilo que se alterou no decorrer 
dos anos sob ação das forças naturais assim como não se deve suprimir os acréscimos 
que alteram a forma original.” ALOIS RIEGL 
 
2. - VALOR HISTÓRICO 
 
 O valor histórico é tanto mais alto no monumento, quanto mais transparece o 
estado original. 
 Não se trata de conservar o tempo - Se conserva o monumento mais original 
tendo que ficar fixo no decorrer do tempo. 
 Ele é documento, valor de informação, valor científico 
 Deter toda degradação a partir da intervenção no monumento. 
 
3. -VALOR DE REMEMORAÇÃO INTENCIONAL 
 
Valor
es 
de 
Anti
guid
ade 
Valor 
Históri
co 
Valor 
de 
Reme
moraç
ão 
Intenci
onal 
7 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 Reivindica para o monumento a imortalidade, o eterno presente, a 
perenidade do estado original. A ação dos agentes naturais, que se opõe a 
realização dessa exigência, deve assim ser combatida com energia, e seus efeitos 
contrariados sem cessar. 
 Permite a intervenção mesmo que a degradação não seja natural, leve em conta 
as degradações anteriores. 
 
 
QUANTO MAIOR O VALOR DO ANTIGO, MENOR O VALOR HISTÓRICO E 
VICE-VERSA. 
 
B – VALORES DE CONTEMPORANEIDADE / CULTO AOS MONUMENTOS 
 
1. VALOR DE USO/ INSTRUMENTAL 
 
 A existência do edifício - O edifício tem que continuar existindo para que se 
impeça a sua degradação. 
 Para você respeitar o antigo é necessário você usar o moderno (pessoas, 
etc.) ou o próprio uso moderno, para mostrar o quanto ele é antigo 
 Conflito entre o valor do antigo e o valor de uso 
 
2. VALOR ARTÍSTICO 
 
 Valor de Novidade – tudo que é novo tem que ter valor de novidade, tem que 
estar íntegro (concluído) sua forma e cor. 
 
 O valor de novidade é o maior inimigo do valor antigo 
 
3. VALOR ARTÍSTICO RELATIVO 
 
 O Valor Artístico é sempre relativo por que a arte não é absoluta, não é valor 
enquanto memória. 
 
RESTAURAÇÃO – SÉC. XX 
 
I – CARTA DE RESTAURO DE ATENAS 
 
2 – Restauro Científico - GUSTAVO GIOVANNONI (Itália) 
 
3 – CARTA DE VENEZA 
 
4 – Restauro Crítico – CESARE BRANDI 
 
 
GUSTAVO GIOVANNONI (Itália) - INÍCIO DA DÉCADA DE 30 
RESTAURO CIENTÍFICO 
 
 
8 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 Reelaborou a teoria de Camillo Boito 
 Conferiu grande importância aos valores históricos e documentais do um 
monumento. 
 VALORES HISTÓRICOS - mais relevantes do que os elementos formais 
 
 
 
RESTAURO CIENTÍFICO = tem sua origem na teoria de Gustavo Giovannoni, que 
adota a postura de que o valor Histórico do monumento tem mais importância e 
relevância do que os elementos formais. 
 
GUSTAVO GIOVANNONI - CARTA Del Restauro Italiano -1932 
 
Teoria bastante difundida na Itália no período entre guerras 
 
 Propõe dar máxima importância às obras de Manutenção e de Consolidação para 
salvar o monumento; 
 Limita o caso de reconstrução: Reconstruir somente aqueles elementos nos quais 
seja demonstrada a legitimidade e a utilidade, mas do que com a unidade 
arquitetônica. Elementos Acrescentados, documentação apontando data; 
 Complemento de antigas linhas, materiais diversos dos primitivos e modelos de 
invólucro e ornamentos esquemáticos de modo a obter efeito sintético, sem 
provocar engano da imitação. 
Ex: Restauro do Arco de Tito executado por Giuseppe Valadier entre 1819 
e 1821 (séc. XIX) 
 Construções novas: é necessário que a obra se mostre totalmente moderna 
contenha expressões simples, na construção utilizar elementos neutros, que não 
acrescentam formas estilísticas nem em harmonia nem em contraste. 
 
CLASSIFICAVA OS MONUMENTOS 
 
A. Segundo a sua origem, estado de conservação. 
 
B. Segundo a importância e o caráter dos monumentos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS MONUMENTOS SEGUNDO A SUA ORIGEM, 
ESTADO DE CONSERVAÇÃO. 
 
 Monumentos Mortos = aqueles de uma civilização distante da moderna. 
Ex:Monumentos da Antiguidade Clássica para os quais normalmente se exclui 
uma reutilização. 
 Monumentos Vivos = aqueles de um passado mais próximo com um uso que 
ainda subsiste. 
 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A IMPORTÂNCIA E O CARÁTER DOS 
MONUMENTOS. 
 
 Monumentos Maiores = grande significado histórico 
9 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 Monumentos Menores = meramente ambientais. 
 
C) Classificação das Intervenções. 
 
 Restauro de Consolidação = Restabelece: A estabilidade das construções 
fatigadas, ruinosas, falhas, podendo utilizar todos os meios da técnica e 
especialmente as moderníssimas de estruturas de ferro ou concreto armado. 
 Restauro de Recomposição (anastilose) = quando os elementos, 
ordinariamente de pedra talhada ou ferro, retornam à própria posição com o 
acréscimo apenas de partes faltantes secundárias. 
 Restauro de Libertação = Quando se retiram massas amorfas que, no exterior 
ou no interior, encerram o próprio monumento e este retoma o seu aspecto 
artístico simples ou múltiplo. 
 Restauro de Complemento e de Renovação: Os acréscimos tendem a 
reintegrar a obra ou a utilizá-la com elementos novos. 
 
GUSTAVO GIVANNONI - Projetos de Restauração fossem, em estudos rigorosos, 
classificando metodicamente os casos possíveis, mas dando maior atenção ao valor 
documental e histórico do monumento do que ao valor artísticoe estético. 
 
RESTAURAÇÃO SEGUNDO PÓS-GUERRA 
 
A Segunda Guerra Mundial é o período que se seguiu a ela 
 Mudaram os debates 
 Atuação no campo do patrimônio histórico 
 
DEVASTAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO - Foi causada pelo conflito da 
Guerra 
 
O que fez ocasionar profunda mudança na forma de se atuar no campo do 
Patrimônio Histórico? 
 
 Grandes transformações geradas pelas tentativas de reconstrução e 
modernização das cidades. 
 A especulação imobiliária e a renovação muitas vezes brutal, de vários centros 
urbanos. 
O que ocasionou na Itália as destruições causadas pela guerra? 
 
 Ocasionou o questionamento do método do restauro científico e das teorias 
ponderadas e equilibradas. 
 
Qual o estado que se apresentavam os monumentos na Itália? 
 Milhares de monumentos e centenas de centros históricos destruídos. 
 
Qual o procedimento adotado na Itália? 
 
 Monumentos nos quais os danos eram limitados: 
Foram feitas recomposições e reconstituições. 
 
10 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
 Danos de maior envergadura. 
Reconstrução com formas simplificadas, ou, na presença de documentos elucidativos, à 
reconstrução como era. 
 
 Destruição em larga escala. 
Tentou-se a anastilose 
 
 Destruição total 
Não se fazia qualquer tipo de intervenção. 
 
O que os levou a utilizar a reconstrução em larga escala? 
 O sentimento de perda gerado pela destruição de numerosas obras de arte. 
 
O que aconteceu com o método que vinha se desenvolvendo do “restauro 
científico”? 
 
 Foram expostas suas limitações e inviabilidade, dada a magnitude da destruição. 
 Restauro científico (ou filosófico): tinha uma preocupação excessiva, com os 
aspectos históricos e o valor documental do monumento sendo posta em xeque a 
recuperação do monumento, passando-se a dar maior importância ao caráter 
ARTÍSTICO e ESTÉTICO da obra à sua mensagem formal. 
 
Como as intervenções restaurativas passaram a ser analisadas? 
Cada caso deveria ser analisado de forma crítica, constituindo uma realidade em si, 
não podendo ser enquadrado em modelos. 
 
CESARE BRANDI – Teórico da preservação italiana 
Os textos que elaborava, teve grande influência na elaboração da CARTA DEL 
RESTAURO 1972. 
 
O que abordava CESARE BRANDI nos seus textos? 
 
Fazia a distinção entre restauração de produtos industrializados, voltada para, 
recuperar a sua funcionalidade e a aquela de restauração de obras de arte, que leva em 
consideração seus estéticos e históricos. 
 
DISCUSSÃO SOBRE A DEFINIÇÃO DE RESTAURO 
 
RESTAURO - INTERVENÇÕES para dar novamente eficiência a qualquer produto da 
atividade humana (pré-conceito). 
 
A que produto da atividade humana o conceito de restauração se aplica? 
 
Produtos da Atividade Humana - Restauro relativo a objetos industriais 
 Restauro relativo às obras de arte 
 
Restauro relativo a objetos industriais - A intervenção deve ter como objetivo 
restituir a funcionalidade do produto. 
 
11 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
Restauro relativo às obras de arte - A intervenção deveria restabelecer a obra de arte 
como obra de arte. 
 
 
Qual o conceito de obra de arte para CESARE BRANDI? 
 
A obra de arte só poderia ser considerada como tal pelo reconhecimento que dela se 
fizesse, ou seja, o objeto precisa ser reconhecido como obra de arte, em um 
determinado lugar, momento e cultura por alguém. 
 
CESARE BRANDI afirmou que é a obra de arte que condiciona a restauração e 
não a restauração que condiciona a obra de arte. 
 
CESARE BRANDI especificou as duas “instâncias” que a obra de arte possui: 
 
Instância Estética – ligada a artisticidade. 
Instância Histórica – relacionada a uma produção humana que se, encontra em um 
dado tempo e lugar. 
 
DEFINIÇÃO DE RESTAURO - CESARE BRANDI 
 
“O restauro constitui o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na 
sua consistência física e na sua dupla polaridade estética e histórica, com vistas à sua 
transmissão ao futuro”. 
 
PRIMEIRO AXIOMA (conseqüência de uma verdade já estabelecida) – CESARE 
BRANDI. 
 
“RESTAURA-SE SOMENTE A MATÉRIA DA OBRA DE ARTE” 
Matéria e Imagem é extensão uma da outra. A Imagem tem como suporte a consistência 
material da obra. 
 
O que é matéria da obra? 
 
1. A matéria é o meio de manifestação da imagem e não o fim. 
2. A matéria é um suporte da imagem, sem o suporte desaparece a obra de arte. 
3. A imagem vai além da matéria. 
 
 
 
 
 
 
 
BRANDI - A INSTÂNCIA 
ESTÉTICA que detém a 
primazia, pois a 
singularidade de 
uma obra de arte em relação a 
MATÉRI
A 
Dupla 
função. 
Estrutura 
Aspecto 
12 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
outros produtos da atividade humana não depende da sua materialidade, mas de seu 
caráter artístico. 
 
Por que a instância estética tem predominância sobre a instância histórica? 
 
Por que o monumento é uma obra de arte, devido a esta especificidade ele é visto como 
objeto único. 
Em caso de conflito entre as duas funções da matéria. Qual a que deve 
permanecer? 
• O ASPECTO deve permanecer sobre a ESTRUTURA. ASPECTO - IMAGEM 
• A Estrutura pode ser Modificada (reforçada) desde que não altere o aspecto. 
 
Matéria quanto aspecto vai dar a especialidade peculiar da obra, aquela matéria é 
matéria quanto aspecto. 
 
Ex: Uma pintura sobre madeira 
 Madeira – é a matéria enquanto estrutura. 
 Pintura – é a matéria enquanto aspecto. 
 
Ex: Ladrilho que reveste a parede 
 Madeira enquanto estrutura – alvenaria. 
 Matéria enquanto aspecto – ladrilho que reveste a alvenaria 
 
SEGUNDO AXIOMA (conseqüência de uma verdade já estabelecida) – CESARE 
BRANDI 
“O restauro deve visar ao RESTABELECIMENTO DA UNIDADE POTENCIAL 
DA OBRA DE ARTE, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou 
um falto histórico, e sem cancelar qualquer traço da passagem da obra de arte no 
tempo”. 
O que é Unidade Potencial? 
 É a unidade do inteiro. 
 A obra de arte possui UNIDADE DO INTEIRO, ou seja, existe uma espécie de 
atração quando uma obra é constituída por partes, com aquela que existe uma 
espécie de atração de uma parte com a outra que faz dela uma coisa só. 
 A unidade da obra de arte goza da unidade do inteiro, portanto todas as partes 
estão imbricadas, é como o homem, ele goza da unidade do inteiro. 
 
Se é perdido um pedaço da obra de arte. Ela está mutilada? 
 
 O que está mutilado é sua potencialidade a sua unidade do inteiro permanece. 
O restauro será recuperar a unidade potencial perdida na sua plenitude. 
 A potencialidade será exigível na proporção direta dos requisitos formais ainda 
existentes nos fragmentos. 
Na obra mutilada, ainda existe potencialmente essa unidade? ONDE? 
1. Nela própria, nos fragmentos. O restauro é recuperar essa unidade potencial na 
sua plenitude. 
2. Obras em que grande parte foi perdida, a unidade potencial fica 
comprometida, não existe mais matéria como aspecto e sim só como estrutura ( 
13 
 
Projeto de Restauro 
Profª Filomena Mata Longo 
 
 
RUÍNA NÃO SE RESTAURA- DEIXA DE EXISTIR A MATÉRIA 
ENQUANTO ASPECTO ) 
 
CONCLUSÃO – AÇÃO DO RESTAURO 
1. Não se restaura por analogia. A obra de arte é única 
2. O restauro está destinado a desenvolver a unidade potencial. Deve desenvolver 
sugestões implícitas, ditas nos próprios fragmentos, tal intervenção integrativa 
cai naturalmente sobre a instância estética e histórica, deverão determinar parao 
restaurador até a que momento da obra de arte deve restabelecer evitando nesse 
processo, tanto a ofensa estética quanto a ofensa histórica.

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