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1ª verif. Dto Civ II

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DTO CIVIL II
Bibliografia: Maria Helena Diniz - Teoria das Obrigações Volume 2 
O direito das obrigações consiste num complexo de normas que regem relações jurídicas de ordem patrimonial e tem por objeto prestações de um sujeito em proveito de outro. Visa regular aqueles vínculos jurídicos em que o poder de exigir uma prestação conferida a alguém corresponde a um dever de prestar imposto a outrem. Enfere-se, portanto que esse ramo do direito civil trata dos vínculos entre credor e devedor, excluindo de sua órbita relações de uma pessoa para com a coisa. Utilizam-se os termos Direito pessoal e direito relacional para designar o direito obrigacional.
É de grande importância atualmente o direito das obrigações nos dias atuais face a freqüência das relações jurídicas obrigacionais assumidas pelo homem moderno que vive em sociedade de consumo, onde bens e produtos da tecnologia moderna lhe são apresentados, o que o leva a adquirir.
Outro grande fator a determinar a importância da direito obrigacional na atualidade é a retirada da justiça das mãos do particular e deixando a mesma somente a cargo do Estado e do Poder Judiciário. Assim o devedor não sofre mais fisicamente as conseqüências do inadimplemento de uma obrigação assumida. Se não pagar, a prestação será onerado de seu patrimônio, o juiz determinará a venda dos bens disponíveis e o produto entregue ao credor na medida de seu crédito.
Natureza dos direitos creditórios
Os direitos patrimoniais consistem no conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa natural ou jurídica, suscetíveis de estimação pecuniária e que se dividem em direitos pessoais e reais. Disto ais estabeleceram traços distintivos entre direitos obrigacionais e direitos reais.
1º em relação ao sujeito de direito: no direito pessoal (obrigacional) há dualidade de sujeitos, o ativo que é o credor e o passivo que é o devedor.
A presença de credor e devedor é indispensável a existência da relação obrigacional. No entanto no direito real há um só sujeito que se relaciona com a coisa.
2º quanto a ação: os direitos obrigacionais atribuem ao titular uma ação pessoal que se dirige apenas contra o individuo que figura como devedor; já nos direitos reais no caso de sua violação é conferido ao titular uma ação real contra quem indistintamente detiver a coisa.
3º relativamente ao objeto: o objeto do direito pessoal é sempre uma prestação do devedor em quanto que o objeto do direito real pode ser coisa corpórea ou incorpórea.
4º em relação ao limite: o direito obrigacional é ilimitado, sensível a autonomia da vontade, já o direito real não pode ser objeto de livre convenção, pois está limitado e regulado expressamente por norma jurídica “numerus clausus” (cláusula fechada).
5º quanto ao modo de gozar os direitos: o direito obrigacional exige sempre um intermediário que é aquele que está obrigado a prestação. Ex: comodatário para utilizar uma coisa emprestada que o proprietário lhe entregue a coisa.
O direito real ao contrário supõem o exercício direto pelo titular sobre a coisa. Ex: dono de um carro pode usar o mesmo quando quiser.
6º em relação a extinção: os direitos creditórios extinguem-se pela inércia do sujeito e os direitos conservam-se até que constitua situação contrária em proveito de outro titular.
7º quanto à seqüela: o direito real segue seu objeto onde quer que se encontre, devido à sua eficácia absoluta. O direito de seqüela é a prerrogativa concedida ao titular do direito real de pôr em movimento o exercício de seu direito sobre a coisa a ele vinculada, contra todo aquele que a possua injustamente, ou seja, seu detentor. O mesmo não se pode dizer do direito pessoal onde a eficácia relativa das obrigações, que consiste no poder de exigir certa prestação que deve ser realizada por determinada pessoa, não vinculando terceiros.
8º em relação ao abandono: o abandono é característico do direito real, podendo seu titular abandonar a coisa nos casos em que não queira arcar com o ônus. Tal não pode ocorrer quanto ao direito de crédito.
9º quanto à usucapião: pode-se afirmar que é modo aquisitivo de direito real e não de direito pessoal. 
10º em relação a posse: sabemos que só o direito real lhe é suscetível, por ser a posse a exteriorização de domínio. 
11º quanto ao direito de preferência: é próprio do direito real, visto que, como ensina Antunes Vareja, consiste no poder atribuído ao titular de afastar direitos incompatíveis com o seu.
São sinônimos de direito obrigacional: 
Direito creditório, direito relacional ou direito pessoal.
Figuras Híbridas
Existem relações jurídicas que se estabelecem, mas não são propriamente real ou obrigacional, mas sim uma mescla de ambos. Dentre essas categorias existe a obrigação “propter rem” que surgem agregados a um direito real. Ex: dono de apartamento detém o direito real sobre o mesmo mas ao adquiri-lo ao mesmo tempo assume uma obrigação própria da coisa, ou seja, seguir as regras do condomínio, usar o imóvel com certas restrições, obrigatoriedade da cor das fachadas e etc. Três são seus caracteres:
1º vinculação a um direito real;
2º possibilidade de exoneração do devedor pelo abandono do direito real;
3º transmissibilidade por meio de negócio jurídico, quando a obrigação recairá sobre o adquirente.
Do exposto poder-se-á dizer que obrigação propter rem é a que recai sobre uma pessoa por força de um determinado direito real, permitindo sua liberação pelo abandono do bem.
Natureza jurídica
A obrigação propter rem encontra-se na zona fronteiriça entre os direitos reais e os pessoais, visto que por um lado vincula o titular de um direito real e por outro tem caracteres próprios do direito de crédito, consistindo num liame entre sujeito ativo e passivo, que deverá realizar uma prestação positiva ou negativa.
Não é ela nem uma obligatio, nem um jus in re. É uma figura transacional entre o direito real e o pessoal, constituindo num artifício técnico que qualifica uma categoria jurídica que tenha atributos tanto de um como de outro. Configura um direito misto, de fisionomia autônoma, constituindo um “tertim genus” por revelar a existência de direitos que não são puramente reais nem essencialmente obrigacionais.
Alfredo Buzaid, assegura acertadamente que a obrigação propter rem constitui um direito misto, por ser uma relação jurídica na qual a obrigação de fazer está acompanhada de um direito real, fundindo-se os dois numa unidade que eleva a uma categoria autônoma. Realmente, não é ela um direito real, pois este se desnatura pela obrigação de “facere” que o acompanha, pois o seu objeto não é uma coisa, mas a prestação do devedor. 
A obrigação propter rem é uma figura autônoma, situada entre o direito real e o pessoal, já que contém uma relação jurídico real em que se insere o poder de reclamar certa prestação positiva ou negativa do devedor. É uma obrigação acessória do devedor, por vincular-se a um direito real objetivando uma prestação devida ao seu titular. Daí seu caráter híbrido, pois tem por objeto, como as relações obrigacionais, uma prestação específica, e está incorporada a um direito real, do qual advém. Só poderá ser devedor dessa obrigação quem se encontrar, em certas circunstâncias em relação de domínio ou posse sobre alguma coisa.
Ônus reais
Os ônus reais são obrigações que limitam a fruição e a disposição e a disposição da propriedade. Representam direitos sobre coisa alheia e prevalecem erga omnes. São direitos onerados cuja utilidade consistiria em gerar créditos pessoais em favor do titular. São, portanto, obrigações de realizar, periódica ou reiteradamente uma prestação, que recai sobre o titular de certo bem, logo ficam vinculados à coisa que servirá de garantia ao seu cumprimento.
Elementos constitutivos da relação obrigacional
1º Pessoal ou objetivo: pois requer um duplo sujeito – o ativo e o passivo (embora um deles possa ser determinado apenas posteriormente), não sendo indispensável apermanência dos sujeitos originários na relação obrigacional, pois é permitido a mudança subjetiva, por transmissão da obrigação ou por sucessão, salvo hipótese de obrigação personalíssima sem que isso desnature o vínculo obrigacional.
Duas partes determinadas ou determináveis, um sujeito ativo – credor e um sujeito passivo – devedor. Importante a presença dos 2 sujeitos na relação obrigacional.
2º Vínculo jurídico: sujeita o devedor à realização de um ato positivo ou negativo no interesse do credor. É jurídico pois é acompanhado de sanção. Possui 3 teorias: teoria monista: obrigação de uma só relação jurídica vinculando credor e devedor, cujo objeto é a prestação. teoria dualista: a relação obrigacional contém 2 vínculos: um atinente ao dever do sujeito passivo de satisfazer a prestação em benefício do credor (debitum) e outro relativo a autorização dada pela lei ao credor que por não satisfeito, de acionar o devedor, alcançando o seu patrimônio (obligatio). Essa teoria valoriza o obligatio esquecendo que o adimplemento da obrigação é regra e seu descumprimento é exceção. teoria eclética: os 2 elementos debitum e obligatio são essenciais.
3º Material-prestação: ato humano positivo ou negativo, dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Para que a prestação seja cumprida pelo devedor é preciso que ela seja: lícita: conforme o direito, a moral, os bons costumes e à ordem pública, sob pena de nulidade da relação obrigacional (art. 104 e 166 II CC); possível: física e juridicamente, ou seja, não deve contrariar as leis da natureza e não ser proibida por lei; patrimonial: suscetível de apreciação econômica. 
Obrigação de Dar
Consiste na entrega de alguma coisa, ou seja, na tradição de alguma coisa para o devedor. A prestação, na obrigação de dar, é essencial á constituição ou transferência do direito real sobre a coisa.
Quanto ao objeto das obrigações se classificam em: dar coisa certa ou incerta e restituir coisa geralmente certa, fazer ou não fazer.
a) Obrigação de dar coisa certa: são aquelas cuja a prestação é representada por 1 objeto.
a-1) obrigação de dar coisa certa propriamente dita: são aquelas obrigações, nas quais o objeto é bem delineado, bem caracterizado, sabendo o devedor o que entregar e o credor o que receberá, nestas obrigações o devedor não poderá entregar coisa diversa ainda que mais valiosa.
a-2) obrigação de restituir: geralmente contratada em torno de uma coisa certa que será devolvida pelo devedor à seu legitimo dono, o credor. Nestas obrigações o credor transfere a posse por determinado tempo de coisa que lhe pertence para um devedor que irá restituí-lo futuramente.
b) obrigação de dar coisa incerta: são obrigações, cuja a prestação é representada por coisa indicada pelo gênero e quantidade. São princípios de coisa incerta o que estabelece que o gênero não perece (genus num perit) ou seja, jamais o devedor poderá alegar a perda do gênero (coisa, objeto). Exceção: quando o gênero está delimitado em determinado espaço poderá ocorrer a perda. O devedor indenizará se tiver culpa, mas a obrigação vai se resolver se não tiver culpa – é regra da culpa.
O segundo principio é o da equinimidade – que apregoa que o devedor não precisa entregar o melhor do gênero, mas não poderá entregar o pior, a qualidade deverá ser pela média.
b-1) obrigação de fazer: são os que apresentam como prestação(objeto) uma ato do devedor a ser realizado para satisfazer a prestação do credor.
As obrigações de fazer se classificam em fungíveis: são aquelas que a prestação pode ser cumprida por terceiro, à mando do devedor e infungíveis: somente ele poderá executá-la.
c) obrigação de não fazer: são obrigações nas quais o devedor se compromete a não realizar algo que poderia fazer, não fosse a obrigação assumida. O descumprimento ocorre quando o devedor realiza o que se comprometera a não fazer. Será considerado com culpa, se dependeu somente de sua vontade o inadimplemento e sem culpa, se realizou o ato obrigado por lei, coração irresistível ou em estado de necessidade.
d) obrigação líquida: são aquelas já definidas quantitativamente no momento da celebração da obrigação. O simples cálculo aritmético para estabelecer a prestação não retira a liquidez da obrigação. Ex: o devedor terá que pagar 3 salários mínimos para o credor.
e) obrigação ilíquida: dependem de prévia apuração para conhecermos a prestação a ser cumprida pelo devedor ao credor. Ex: o devedor foi condenado a indenizar o credor pelos prejuízos materiais sofridos, despesas hospitalares, custos com transporte, honorários e lucros cessantes pelo tempo que o credor ficou sem trabalhar.
Quanto ao modo de execução
Cumulativa: são obrigações cuja a prestação é representada por diversos objetos, atos ou omissões que o devedor deverá dar ou realizar ao mesmo tempo na totalidade ao credor. Se contrapões das obrigações simples, posta que estas possui um único objeto, um único ato ou uma única omissão, enquanto aquelas são complexas ou plurímas.
b) alternativas: são obrigações complexas que apresentam pluralidade de coisas, atos ou omissões, mas diferem das cumulativas porque o devedor cumprirá a obrigação cumprindo somente a entrega de uma coisa, à realização de 1 ato, ou omitindo-se de algo em favor do credor.
c) facultativas: é uma obrigação que possui uma prestação principal e outra considerada acessória da qual o devedor poderá utilizar-se para quitar a obrigação. No entanto o credor só poderá exigir a prestação principal.
OBS: as obrigações alternativas, cumulativas e facultativas são classificadas como complexas em relação ao objeto.
Quanto ao tempo de adimplemento
a) Instantâneas: também chamadas momentâneas, são aquelas que se resolvem em 1 único ato. Ex: compra à vista.
b) Periódicas ou de trato sucessivo: são aquelas cujo adimplemento ocorre em mais de 1 momento. Ex: compra à prazo, arrendamento com o pagamento em safras.
Se ocorrer de uma obrigação alternativa também possuir adimplemento periódico o devedor terá a possibilidade de entregar coisa diferente a cada período.
Quanto ao seu vínculo:
a) obrigação moral: mero dever de consciência, cumprida apenas por questões de princípios, juridicamente é uma mera liberalidade. Não há como constranger o “devedor no caso de inadimplemento. Amparada pelo direito que após cumprida a liberalidade torna-se irrevogável – solutio retentio – de modo que aquele que “cumpriu” não pode reclamar restituição, alegando que não estava obrigado ao seu adimplemento.
b) obrigação civil ou empresarial: na 1ª há 1 vínculo jurídico que sujeita o devedor à realização de uma prestação positiva ou negativa no interesse do credor estabelecendo 1 liame jurídico entre os 2. A 2ª diz respeito à atividade do empresário abrangendo não só atas de comércio, mas também as atividades industriais e de crédito.
c) obrigação natural: tem-se o “vinculum solius arquitatis”, sem obligatio, ou seja, há o credor, o devedor e o objeto, mas não há ação, não tem credor como compelir o devedor ao pagamento da prestação.
Diferentemente da obrigação moral quando cumprida considera-se uma liberalidade, na obrigação natural considera-se o cumprimento da obrigação como pagamento válido, podendo ser retida pelo credor e não repetida pelo devedor.
Assim a obrigação natural é aquela em que o credor não pode exigir do devedor uma certa prestação, embora, em caso de seu adimplemento voluntário ou espontâneo, possa retê-la a título de pagamento e não se liberalidade.
Possui por caracteres:
1º não se trata de obrigação moral;
2º acarreta inexigibilidade da prestação, daí ser também designada como obrigação juridicamente inexigível;
3º cumprida espontaneamente por pessoa capaz, ter-se-á a validade do pagamento;
4º irretratabilidade de seu pagamento;
5º seus efeitos de previsão normativa.
Efeitos:
1º ausência do direito de ação do credor para exigir seu adimplemento;
2º denegação do repetitio indebiti ao devedor que realizou;
3ºnão é suscetível de novação e composição;
4º não comporta fiança;
5º não se aplica o regime de vícios redibitórios.
No nosso CC não menciona o obrigação natural resvalando-a quando trata da:
- irrepetibilidade da prestação paga – art. 882 e 883 CC
- da dívida de jogo e aposta – art. 814 e 815 CC
- mútuo feito à menor sem autorização – art. 588 e 589 CC
Quanto aos elementos acidentais
a) obrigações puras: são aquelas que não possuem elementos acidentais, sendo compostas somente de elementos essenciais.
b) obrigações condicionais: apresentam uma condição que é elemento futuro e incerto que não depende das partes para ocorrer. Ex: se chover amanha o devedor cumprirá a obrigação.
c) obrigações modais: são as que apresentam encargo para o devedor cumprir, ou seja, um evento futuro e certo que só depende do credor para acontecer. Ex: o devedor entregará a prestação se o credor construir uma creche.
d) obrigações a termo: eficácia em momento futuro. São obrigações que existem desde o 1º momento no mundo jurídico, mas cuja eficácia fica condicionada a 1 momento futuro, certo e determinada por data calendário ou não.
Quanto à pluralidade de sujeitos
a) obrigação única: quando existe somente 1 indivíduo devedor e somente 1 credor.
b) obrigação múltipla ou complexa: quando á pluralidade de indivíduos no pólo positivo ou ativo ou em ambos.
No estudo das obrigações complexas necessariamente necessitaremos verificar se a prestação é divisível ou indivisível. Se o objeto (prestação) por divisível cada credor pagará uma parte ideal ou cada credor receberá uma parte ideal. Ex: 2 irmãos assumiram a obrigação de entregar 10 sacos de arroz para o engenho, o devedor “A” entregará 5 sacos e o “B” os 5 sacos restantes. Mas se a parte credora for representada por 5 credores cada 1 receberá 2 sacos. 
No entanto se a prestação for indivisível qualquer detentor será obrigado a pagar o total e qualquer credor terá o direito de exigir toda a prestação. Isto se verifica porque o direito não se presta a divisão.
Divisível e indivisível pode gerar obrigações conjuntas.
c) obrigações solidárias: são obrigações complexas em que as partes contrataram a solidariedade. A solidariedade não s e presume e obrigatoriamente deverá constar no contrato ou estar prevista em lei. Ao contrário das obrigações conjuntas as solidárias obrigam a qualquer 1 dos devedores prestar a obrigação e dão direito a qualquer credor de exigir o cumprimento. Embora exista diversos indivíduos cada devedor responde pelo todo como se fosse 1 único devedor e cada devedor pode exigir o pagamento como se fosse 1 único credor.
As obrigações solidárias ainda podem ser:
- ativa: possui diversos credores;
- passiva: possui diversos devedores;
- mista ou recíprocas: possui diversos credores e devedores.
Quanto ao conteúdo
a) obrigação de meio: é aquela em que o devedor se obriga tão somente a usar de prudência e diligência normais na prestação de certos serviços para atingir sem, contudo se vincular a obtê-lo. Ex: 1 advogado contratado para defender alguém, não se obriga a atingir 1 resultado satisfatório, ou seja, a absolvição do cliente. No entanto se a condenação por decorrência de falta de diligência do advogado, como por exemplo, não arrolar testemunhas ou perder prazos poderá ser responsabilizado civilmente.
b) obrigação de resultado: é aquela em que o credor tem o direito de exigir do devedor a produção de 1 resultado, sem o que se terá o inadimplemento. Ex: o advogado contratado para redigir 1 contrato de aluguel descumpriu a obrigação se redige outro tipo de contrato. Outro exemplo típico é a do cirurgião plástico que se compromete a atingir resultado pré-determinado.
c) obrigação de garantia: é a que tem por conteúdo a eliminação de 1 risco que pesa sobre o credor. Constituem exemplos desta obrigação do segurador e o fiador, a da contratante relativamente a vícios redibitários (aqueles que aparentemente não detectamos). Essas obrigações de garantia são consideradas acessórias ou secundárias em relação a uma obrigação principal.
Obrigações reciprocamente consideradas
1ª obrigações principais: são aquelas que existem por si só, sem qualquer sujeição a outras relações jurídicas.
2ª obrigações acessórias: são aquelas cuja existência supõe a existência de uma principal. Ex: juros, fiança, cláusula pena,, etc.
Efeitos jurídicos
1º a extinção da obrigação principal implica a extinção a obrigação acessória;
2º se a principal for ineficaz ou passível de nulidade, está garantia extinguirá;
3º a prescrição da principal afeta a acessória;
4º a obrigação acessória assumida por co-devedor não prejudica os demais se não houver o seu consentimento;
5º a cessão de dar inclui os acessórios;
6º a obrigação de crédito abrange os acessórios;
7º quando cessa a confusão, forma indireta de extinção da obrigação é restabelecida a obrigação anterior com os seus acessórios;
8º a novação que é forma indireta de extinção de obrigação extingue a acessória e as garantias de débito;
9º a obrigação principal garantida por hipoteca faz com que esta alcance os juros.
Introdução ao Estudo dos Efeitos das Relações Obrigacionais
a) efeitos decorrentes da obrigação: extinção da obrigação, liberando o devedor – conseqüências do inadimplemento da obrigação.
Os efeitos das obrigações ante o vínculo obrigatório que essas relações, uma vez que o credor tem o direito de exigir a prestação e devedor tem o direito de cumpri-lá – abrangem as questões:
1ª dos modos extintivos das obrigações, isto é, dos atos que exoneram o devedor da relação creditória, libertando-o do poder jurídico do credor, de maneira que desapareça o direito deste contra aquele;
2º das conseqüências do inadimplemento das obrigações, ou seja, dos meios pelos quais o credor poderá obter o que lhe é devido, compelindo o devedor a liberar-se da obrigação por ele contraída.
Pessoas sujeitas a esses efeitos
- sujeito ativo e passivo, se a obrigação for personalíssima 
- sujeito ativo e passivo e seus sucessores, por ato causa mortis ou inter vivos, se não se tratar de obrigação personalíssima 
O vínculo obrigacional autoriza o credor a exigir do devedor o cumprimento da prestação. E se a obrigação não for personalíssima, alcançará não só as partes, como também os herdeiros ou sucessores, quer por ato causa mortis quer por ato inter vivos. Ex: cessão de créditos (art. 286 a 298 CC e RT 478, 141, 466, 151).
Transmissão de Obrigações
Existem 2 tipos de transmissão de obrigações, ou seja, alteração subjetiva:
1º transmissão inter vivos: ocorre quando o devedor com consentimento do credor, transfere sua obrigação para outro devedor – assunção de dívidas ou o credor transfere seus créditos para outro credor.
2º transmissão causa mortis: ocorre quando uma das partes da relação obrigacional (credor ou devedor) falece deixando patrimônio. No caso da norte do devedor seus sucessores serão obrigados pelo débito até as forças da herança, ou seja, até o valor monte-mor, e se a morte for do credor seus sucessores tomarão seu lugar e poderão cobrar o crédito que após será inventariado.
Este tipo de transação prevê a alteração subjetiva de uma das partes, mas existe ainda uma terceira forma chamada de cessão de contrato, quando ocorre alteração de ambos os pólos a cessão será de crédito e de débito.
Modalidades de cessão
A cessão de créditos é negócio jurídico bilateral que pode ser gratuito ou oneroso.
São exemplos de cessão legal, a cessão de acessórios, prevista no art. 287 CC, em conseqüência de cessão da dívida principal, a sub-rogação legal conforme art. 456 CC, quando o sub-rogado adquire do credor a de cessão do depositário ao depositante conforme art. 636 CC.
São exemplos de cessão judicial a de adjudicação do juízo divisório que é oriundo de partilha de créditos atribuídos aos herdeiros do credor; sentença condenatória supre a declaração de cessão porparte de quem era a fazê-lo.
Existem ainda cessões “pro soluto” e “pro solvendo”. A cessão pró soluto ocorre quando há quitação plena do débito do solvendo para com o cessionário. Na cessão pró solvendo a extinção não se extingue de imediato existindo 1 momento futuro em que tal ocorrerá.

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