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Resenha – Teoria da Norma Jurídica – Norberto Bobbio PPGDC/UFF – Teoria Geral do Direito Kell Ribeiro Feli! de "ou#a Ca$ítulo % – & Direito como re'ra de conduta () Um mundo de normas* estudo do direito sob o $onto de +ista normati+o, ou se-a, a e!$eri.ncia -urídica como uma e!$eri.ncia normati+a, de modo ue se entende o direito como um con-unto de normas ou re'ras de conduta) Nesse as$ecto, cum$re ressaltar ue a +ida se desen+ol+e em um mundo de normas e o direito constitui0se a $arte mais not1+el da e!$eri.ncia normati+a humana) Tais normas $ermitem a 2orma34o de sociedades est1+eis ue denominamos de 5ci+ili#a34o6) 7) 8ariedade e multi$licidade das normas* e!iste uma +ariedade m9lti$la de normas e, no estudo, dedica0se :s normas -urídicas) &utras e!istentes s4o as normas reli'iosas, morais, sociais, costumeiras, etc) ;as todas t.m em comum um elemento característico ue consiste, como +eremos melhor em se'uida, em ser $ro$osi3<es ue t.m a 2inalidade de in2luenciar o com$ortamento dos indi+íduos e dos 'ru$os, de diri'ir as a3<es dos indi+íduos e dos 'ru$os rumo a certos ob-eti+os ao in+=s de rumo a outros) >) & direito = institui34o? Como dito inicialmente, $ara o autor, o elemento característico da e!$eri.ncia -urídica= o 2en@meno da normali#a34o, ou se-a, o direito = entendido como um con-unto de re'ras de conduta) No entanto, e!istem outras +ertentes) A teoria do direito como institui34o e a teoria do direito como rela34o) Resenha Teoria da Norma Juridica Norberto Bobbio DOWNLOAD +ertentes) A teoria do direito como institui34o e a teoria do direito como rela34o) A teoria do direito como institui34o 2oi desen+ol+ida $or "anti Romano, no li+ro &rdinamento Giuridico, no ual sustenta a insu2ici.ncia e os euí+ocos da teoria normati+a) Para ele, o conceito de direito de+e $ossuir os se'uintes elementos* a sociedade, como base de 2ato sobre a ual o direito 'anha e!ist.ncia a ordem, como 2im a ue tende o direito e a or'ani#a34o, como meio $ara reali#ar a ordem) Pode0se di#er, assim, ue $ara Romano e!iste direito uando h1 uma or'ani#a34o de uma sociedade ordenada ou uma ordem social or'ani#ada) Tal sociedade ordenada e or'ani#ada = a institui34o) Fen@meno da or'ani#a34o como crit=rio 2undamental $ara distin'uir uma sociedade -urídica de uma sociedade n4o -urídica) E) & $luralismo -urídico* a 2orma34o do stado ;oderno se caracteri#a $ela mono$oli#a34o da $rodu34o -urídica e do $oder coati+o $elo stado Nacional 2iloso2ia do direito de He'elI) Autonomia $ri+ada como um ordenamento -urídico distinto do ordenamento estatal $luralidade de ordenamentos -urídicosI) A teoria do direito como institui34o +ai contra a teoria estatalista do direito) ) &bser+a3<es críticas* como ideolo'ia, uma teoria tende a a2irmar certos +alores ideais e a $romo+er certas a3<es) Como doutrina cientí2ica, sua meta n4o = outra sen4o com$reender certa realidade e dar0lhe uma e!$lica34o) A teoria da institui34o = $or ns e!aminada como teoria cientí2ica, se o direito = a$enas auele $rodu#ido $elo stado ou tamb=m auele $rodu#ido $or 'ru$os sociais di+ersos do stado) Luem a2irma ue direito = a$enas o direito estatal, usa a $ala+ra MdireitoM em sentido restrito) Luem Resenha Teoria da Norma Juridica Norberto Bobbio DOWNLOAD direito = a$enas o direito estatal, usa a $ala+ra MdireitoM em sentido restrito) Luem sustenta, se'uindo os institucionalistas, ue direito = tamb=m auele de uma associa34o de delinentes, usa o termo MdireitoM em sentido mais am$lo) Por=m, n4o h1 uma de2ini34o +erdadeira e uma 2alsa, mas somente, se tanto, uma de2ini34o mais o$ortuna e uma menos o$ortuna) Para o autor, $arece mais o$ortuna a de2ini34o am$la, isto =, auela $ro$osta $elos institucionalistas) No entanto, no ue concerne ao +alor cientí2ico da teoria da institui34o, $ara substitui34o da teoria normati+a, 2a# al'umas críticas* iI a teoria da institui34o, acreditando combater a teoria normati+a ao demolir a teoria estatalista do direito, a$onta $ara um al+o 2also, isto $orue, a teoria normati+a n4o coincide absolutamente em linha de $rincí$io com a teoria estatalista iiI a m1!ima de Romano se'undo a ual o direito = or'ani#a34o antes de norma = contest1+el, $osto ue a or'ani#a34o = 'arantida $or re'ras de conduta) Pode ha+er normati#a34o sem or'ani#a34o, mas n4o $ode ha+er or'ani#a34o sem normati#a34o) O) & direito = rela34o intersub-eti+a? &riunda da +ertente iluminista de Kant, $ara o ual rela34o -urídica = auela a rela34o de um su-eito ue tem direitos e de+eres com outro ue tem direitos e de+eres o homemI) No caso, o direito = entendido como o 5con-unto das condi3<es $or meio das uais o arbítrio de um $ode acordar0se com o arbítrio de um outro se'undo uma lei uni+ersal da liberdade6) ) !ame de uma teoria* mais recente teoria do direito como rela34o -urídica elaborada $or Alessandro e+i P1dua, ue entende a rela34o -urídica como auela entre dois su-eitos dos uais um = titular de uma obri'a34o e o outro de um direito) Tal ideia de intersub-eti+idade ser+e $ara distin'uir o direito da moral ue = sub-eti+aI e da economia ue relaciona o homem com as coisasI) Q) &bser+a3<es críticas* em ess.ncia, o direito n4o $assa do re2le!o sub-eti+o de uma norma $ermissi+a, o de+er n4o = sen4o o re2le!o sub-eti+o de uma norma im$erati+a $ositi+a ou ne'ati+aI) Assim, a teoria da rela34o -urídica tamb=m acabaria $or desembocar, assim como a teoria da institui34o, na teoria normati+a) Ca$ítulo %% – Justi3a, +alidade e e2ic1cia Resenha Teoria da Norma Juridica Norberto Bobbio DOWNLOAD ) As normas -urídicas $odem ser submetidas a tr.s +alora3<es distintas, inde$endentes entre si) Assim, $ode0se uestionar se a norma -urídica* (I = -usta ou in-usta 7I = +1lida ou in+1lida >I = e2ica# ou ine2ica#) Trata0se de tr.s $roblemas distintos* da -usti3a, da +alidade e da e2ic1cia, res$ecti+amente) No ue di# res$eito ao $roblema da -usti3a, im$orta +eri2icar a corres$ond.ncia ou n4o da norma aos +alores 9ltimos e 2inais ue ins$iram determinado ordenamento -urídico) %m$ortante destacar ue, neste $lano, n4o h1 ualuer tentati+a de a+aliar a e!ist.ncia de um +alor comum em ualuer tem$o ou es$a3o) J1 no ue toca ao $roblema da +alidade, cum$re in+esti'ar se a norma e!iste enuanto re'ra -urídica $roblema da e!ist.nciaI) Por 2im, no ue toca : e2ic1cia, o $roblema encontrado = se a norma = se'uida ou n4o $elos seus destinat1rios e, caso +iolada, se $ode ser im$osta atra+=s de meios coerciti+os $or auele ue a e+ocou) (S) &s tr.s crit=rios s4o inde$endentes Uma norma $ode ser -usta sem ser +1lida) 81lida sem ser -usta +1lida sem ser e2ica# e2ica# sem ser +1lida -usta sem ser e2ica# e2ica# sem ser -usta) (() Possí+eis con2us<es entre os tr.s crit=rios & $roblema da -usti3a di# res$eito :s in+esti'a3<es reali#adas $ara +eri2icar uais os +alores su$remos ou uais os 2ins sociais aos uais o direito se $ro$<e) & $roblema da +alidade, $or sua +e#, di# res$eito :s in+esti'a3<es ue $retendem de terminar em ue consiste o direito enuanto re'ra obri'atria e coati+a, uais as características $eculiares de um ordenamento $ro$riamente -urídico e como ele se distin'ue de outros ordenamentos normati+os, como a moral) & $roblema da e2ic1cia, $or sua +e#, di# Resenha Teoria da Norma Juridica Norberto Bobbio DOWNLOAD ordenamentos normati+os, como a moral) & $roblema da e2ic1cia, $or sua +e#, di# res$eito : a$lica34o das normas -urídicas, ou se-a, ao com$ortamento dos homens ue +i+em em sociedade) No entanto, os tr.s $ontos s4o as$ectos de um $roblema s, ue di# res$eito : or'ani#a34o da +ida do homem em sociedade) (7) & direito natural A corrente do direito natural ad+=m da con2us4o entre +alidade e -usti3a, de modo ue, $ara tal corrente de $ensamento, uma lei, $ara ser lei, de+e estar de acordo com a -usti3a) No entanto, a -usti3an4o = uma +erdade e+idente) Assim, redu#ir a +alidade : -usti3a tra#, como conseu.ncia, a destrui34o de um dos +alores 2undamentais sobre o ual se a$oia o direito $ositi+o entendido como direito +1lidoI, o +alor da certe#a) (>) & $ositi+ismo -urídico A teoria o$osta ao do direito natural ou teoria -usnaturalistaI, = a teoria ue redu# -usti3a : +alidade) "e, $ara a teoria -usnaturalista, s tem +alor de comando o ue = -usto, $ara a teoria $ositi+ista, s = -usto o ue tem +alor de comando) Para um -usnaturalista, uma norma n4o = +1lida se n4o = -usta $ara a teoria o$osta, uma norma = -usta somente se 2or +1lida) Para uns, a -usti3a = a con2irma34o da +alidade, $ara outros, a +alidade = a con2irma34o da -usti3a) (E) & realismo -urídico &s tericos do realismo -urídico buscam constitui34o da e!$eri.ncia -urídica na realidade social) Assim, o direito se 2orma e trans2orma nas a3<es dos homens ue Resenha Teoria da Norma Juridica Norberto Bobbio DOWNLOAD
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