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Conjuntivo histológia

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HISTOLOGIA
Tecido conjuntivo
PROF. DR. FRANCINALDO S. SILVA
BIÓLOGO/CCAA/UFMA
Francinaldo S. Silva (CCAA/UFMA)
Francinaldo S. Silva (CCAA/UFMA)
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 Todos os tecidos são constituídos por células e matriz extracelular;
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Caracterização do tecido conjuntivo – morfologicamente caracteriza-se por apresenta várias formas celulares separadas por abundante material intercelular; estabelece continuidade com os tecidos epitelial, muscular e nervoso (e com o próprio conjuntivo), mantendo a integração do organismo;
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 Origem – origina-se do mesoderma, de onde se desenvolvem as células mesenquimais (com núcleo ovóide e cromatina fina) que migram pelo corpo originando os tecidos conjuntivos e suas células;
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 Funções do tecido conjuntivo – a) sustentação estrutural (cápsula e estroma estrutural dos órgãos); b) meio de trocas (troca de nutrientes entre o sangue e as células do organismo); c) defesa e proteção (células fagocitárias, produtoras de anticorpos e produtoras de substâncias farmacológicas).
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CÁPSULA
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CÁPSULA
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 Principais elementos do tecido conjuntivo – formado por células que são os componentes mais importantes encontrados no tecido conjuntivo (fibroblastos, macrófagos, plasmócitos, etc.) e pela matriz extracelular, composta pela substância intercelular amorfa e pelas fibras do conjuntivo (colágenas, reticulares e elásticas); 
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Matriz do tecido conjuntivo propriamente dito – constituída de uma substância amorfa hidratada (resiste à força de compressão), semelhante ao gel, com fibras embebidas em seu meio (resiste à força de tensão);
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 Componentes da substância amorfa – glicosaminoglicanas, proteoglicanas e glicoproteínas de adesão;
 Glicosaminoglicanas (GAGs) – polissacarídeos longos, não flexíveis, não ramificados e constituídos de unidade repetidas de dissacarídeos (amina + ácido urônico); aminas geralmente sulfatadas e com grupos carboxila: atração de cátions, como o Na+;
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 Proteoglicanas – GAGs sulfatadas ligadas a proteínas; estruturas grandes; núcleo protéico formado no RER e os grupos de glicosaminoglicanas e sua sulfatação no Golgi;
Agrecana: proteoglicana ligada ao ácido hialurônico resultando em um composto de grande volume e massa (estado de gel da matriz);
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 Glicoproteínas de adesão – moléculas de grande extensão que mantém unidos os componentes dos tecidos: fibronectina (liga-se ao colágeno tipo IV), laminina (IV), condronectina (tipo II), osteonectina (tipo I); tenascina (tecido embrionário);
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 Fibras do tecido conjuntivo – proporcionam força de tensão e elasticidade; principais são as do colágeno, reticulares e as elásticas;
 Fibras colágenas – fibra flexível com extrema força de tensão; não mais de 10 µm; aparecem como feixes de fibras longas e rosadas quando coradas pela H&E; possuem, ao ME, espaçamentos regulares de 67nm;
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 Estrutura – as fibras são formadas por grupos paralelos de fibrilas finas; cada fibrila é composta de subunidades menores: as moléculas de tropocolágeno (10 a 300 nm de diâmetro); tais moléculas são formadas por três cadeias polipeptídicas enroladas sobre si mesmas (tríplice hélice de cadeias );
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 Síntese de colágeno – inicia-se no RER como pré-pró-colágeno; (a) remoção das cadeias sinalizadoras; (b) hidroxilação de resíduos de lisina e prolina; (c) glicosilação das hidroxilisinas selecionadas; (d) formação da tríplice hélice do pró-colágeno; (e) secreção do pró-colágeno pela região trans do Golgi; (f) clivagem do pró-colágeno formando as moléculas de tropocolágeno; (g) agregação espontânea em fibrilas colágenas;
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 Tipos de colágeno – cada tipo diferencia-se pela seqüência de aminoácidos da cadeia ; cada cadeia é codificada a partir de um RNAm diferente; os tipos de colágeno localizam-se em diferentes regiões do corpo;
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 Fibras reticulares – tipo de colágeno (III) que sofre grande glicosilação, resultando em fibras finas (0,5 a 2,0 nm de diâmetro); não são visíveis à coloração pela H&E; conhecidas por fibras argirófilas; arcabouço dos órgãos hemopoéticos e forma redes envolvendo muitas células (musculares e epiteliais);
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 Fibras elásticas – confere elasticidade ao tecido conjuntivo; geralmente são longas, delgadas e podem se ramificar no conjuntivo; formadas por fibroblastos, condrócitos e células musculares lisas; a proteína formadora é a elastina, rica em glicina e prolina e dois aminoácidos raros: desmosina e isodesmosina responsáveis pelo poder de elasticidade da fibra; interiormente são formadas por elastina e circundadas por microfibrilas;
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 Componentes celulares – células residentes: população estável e de vida longa (fibroblastos e mastócitos); transitórias: livres ou migrantes – tem origem na medula óssea e circulam na corrente sanguínea;
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 Fibroblastos – as mais abundantes; formadas por células mesenquimais não diferenciadas; sintetizam a matriz extracelular; fibroblastos ativos: alongados, com núcleo ovóide, e citoplasma pálido (H&E); nucléolo bem evidente; íntima associação com fibras colágenas; fibroblastos inativos: menores, mais ovóides, com citoplasma acidófilo e núcleo menor e alongado bem corado;
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 Miofibroblastos – fibroblastos modificados; assemelham às células musculares lisas; abundante na cicatrização de feridas e ligamento periodontal; possuem feixes de filamentos de actina e corpos densos; 
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 Mastócitos – maior célula do conjuntivo (20 a 30 µm), ovóide, com núcleo esférico e central; numerosos grânulos citoplasmáticos; distribuem-se, geralmente, no tecido conjuntivo ao longo dos vasos sanguíneos; ativação e desgranulação de mastócitos – substâncias vasoativas;
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 Macrófagos – células fagocíticas (10 a 30µm) que atuam na remoção de restos celulares e na defesa do organismo; membrana com projeções; núcleo com forma de rim e geralmente sem nucléolo; sistema fagocítico mononuclear: diferentes células espalhadas pelo organismo com forma e função semelhantes;
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 Células transitórias – plasmócitos (20 µm): células grande e ovóide com núcleo excêntrico; encontrados em maior número em áreas de inflamação crônica e com presença de corpos estranhos; diferenciam-se de linfócitos B; leucócitos: circulam na corrente sanguínea e, por diapedese, entram no tecido conjuntivo (neutrófilos, eosinófilos, linfócitos); 
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 TC Embrionário – compreende os tecidos mesenquimal e mucoso; o mesenquimal é encontrado somente no embrião e é formado por células mesenquimais, substância amorfa e fibras reticulares esparsas; o mucoso: formado por conjuntivo frouxo e matriz em forma de gel, constituída por ácido hialurônico, colágeno I e III e fibroblastos; presente no cordão umbilical (geleia de Wharton);
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 TC propriamente dito – frouxo ou areolar: apresenta abundante substância intercelular; presença das células do conjuntivo, vasos e fibras nervosas pequenas; preenche os espaços abaixo de muito órgãos (pele, vasos) e forma a lâmina própria (membrana mucosa);
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 TC denso – possui menos células e mais fibras em relação ao frouxo; resistente ao estresse; modelado: feixes de fibras arranjados organizados e paralelos; pode ser colágeno (feixes colágenos grosseiros - tendões) ou elástico (fibras elásticas grosseiras e ramificadas – vasos de grande calibre); não modelado: fibras colágenas arranjadas de modo aleatório (derme da pele, cápsula do baço, bainha dos nervos, etc);
 Tecido reticular – formado por células reticulares (fibroblastos especializados) em íntima associação com fibras reticulares; encontra-se nos órgãos hemopoéticos;
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