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Um pouco de Tipos Psicologicos Fabricio Moraes

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Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
www.psicologiaanalitica.com 
 
Um pouco de Tipos Psicológicos 
(Este texto foi publicado originalmente em 4 partes, nos dias 17, 28 
de setembro e 04 e 27 de outubro de 2010) 
Pensando a Teoria dos tipos 
A teoria dos Tipos psicológicos ocupa um lugar especial na teoria junguiana. A 
partir dela podemos vislumbrar aspectos importantes concernentes tanto a 
epistemologia junguiana quanto a clinica junguiana. 
De imediato devemos ressaltar que a teoria dos tipos não tem como objetivo 
“classificar” as pessoas. Muito pelo contrario, ela é um instrumento para 
compreendermos como os indivíduos se relacionam conscientemente com a 
realidade. Em entrevista a Dr. Evans, Jung diz 
Todo o meu plano tipológico consiste, meramente, numa 
espécie de orientação. Existe um fator, a introversão; existe 
outro fator, a extroversão. A classificação de indivíduos 
nada significa. Trata-se apenas de um instrumento, ou 
aquilo a que chamo ”psicologia” prática, usada para 
explicar, por exemplo, o marido a uma esposa ou vice 
versa. (EVANS, Entrevistas com Jung e as Reações de 
Ernest Jones, p. 92) 
A teoria dos “Tipos Psicológicos” foi publicada em 1921, no livro homônimo, e 
desde então lançou conceitos(que se tornaram simplesmente termos) comuns 
a toda população como “introversão” e “extroversão”. Antes de falarmos acerca 
da descrição dos tipos, é importante considerar um ponto central, que antecede 
a aplicação prática. 
Devemos considerar que a teoria dos tipos psicológicos nos propõe questões 
acerca da possibilidade do conhecimento. Isto é, podemos dizer as questões 
que fundamentam a caracterização dos tipos são: 
a) É possível conhecer um objeto ou a coisa em si? 
b) Como se daria o processo de conhecimento? 
Através da Teoria dos “Tipos Psicológicos” Jung responde ou indica que não é 
possível conhecermos as coisas em si mesmas, nós conhecemos apenas 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
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aquilo que se manifesta a nossa percepção – ou o que apreendemos do objeto 
por nossa percepção. Dessa forma, o processo de conhecer é limitado por 
nossos sentidos, ao espaço e tempo. O processo de conhecimento seria 
filtrado por algumas categorias subjetivas, essas categorias seriam as atitudes 
e funções psicológicas 
Nosso modo de ser condiciona nosso modo de ver. Outras 
pessoas tendo outra psicologia vêem e exprimem outras 
coisas e de outro modo. Isto o demonstrou logo um dos 
primeiros discípulos de Freud: Alfred Adler. Ele 
apresentava o mesmo material empírico de um ponto de 
vista bem diferente, e sua maneira de ver é, no mínimo, tão 
convincente quanto a de Freud, porque também Adler 
representa um tipo de psicologia que encontramos com 
freqüência. Sei que os seguidores de ambas as escolas me 
consideram, sem mais, no caminho errado, mas a história e 
os pensadores imparciais me darão razão. Não posso 
deixar de criticar as duas escolas por interpretarem as 
pessoas demasiadamente pelo lado patológico e por seus 
defeitos. Exemplo convincente disso é a impossibilidade de 
Freud de entender a vivência religiosa. (JUNG, Freud e a 
Psicanálise, p.324-5 ) 
A divergência entre Adler e Freud é um exemplo interessante citado por Jung, 
pois, um mesmo caso clinico era analisado por duas óticas bem distintas – e 
ambos indicavam caminhos coerentes para se compreender o caso. Deste 
modo, Jung compreendia que a percepção de Freud e de Adler eram 
verdadeiras, pois, eles partiam de ângulos distintos, do mesmo modo que ele 
próprio, Jung, partia de um ângulo distinto dos demais. Isso não implica em 
erro ou acerto, isso quer dizer apenas apenas que cada teoria (seja de Jung, 
Freud ou Adler) compreendia um aspecto parcial da experiência ou do 
fenômeno psíquico. Do mesmo modo, quando trabalhamos na clinica devemos 
considerar o que o nosso cliente nos diz como fruto de sua forma de perceber a 
realidade, isto é, sua realidade. Devemos compreender seu modo de se 
relacionar com o mundo, para assim intervir de forma clara e eficaz. 
A teoria dos tipos se apresenta como um instrumento para compreender a 
dinâmica da consciência (isto é, do Ego) em relação ao mundo dos objetos. De 
certa forma, podemos dizer, que a a tipologia psicológica de um individuo é a 
forma principal de adaptação que ele utiliza. 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
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Quando nos referimos a um tipo psicológico nos deparamos com duas 
categorias a atitude da libido e a função psicológica. 
Atitude da Libido : Extroversão e Introversão 
Entende-se por “atitude da libido” o movimento da libido ou da energia psíquica 
em relação ao objeto. 
Dessa forma, a extroversão significa que a tendência primária da libido é se 
voltar ou direcionar ao objeto, o individuo conscientemente “se lança” em busca 
de conhecer, compreender ou assimilar o objeto, se sente naturalmente 
“atraída” pelo objeto . Por outro lado, a atitude compensatória do inconsciente é 
retirar a libido do objeto. Conforme, o quadro abaixo 
 
Pessoas do tipo extrovertido são pessoas que naturalmente tendem a ocupar 
os espaços, são expansivas, se sentem instigadas a interagir com o meio, 
possuindo uma facilidade um pouco maior para se adaptar a situações 
externas. 
Por outro lado, a introversão significa que a tendência primaria da libido é de 
regredir frente ao objeto, isto é, ao retornar ao sujeito. É como se o objeto fosse 
algo ameaçador e o individuo tenta se esquivar, o objeto é algo com o qual se 
deve ter cautela. As impressões apreendidas do objeto são mais marcantes 
que o objeto em si. 
 
 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
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Devemos compreender que não existe uma atitude “pura”, isto é, ninguém é 
introvertido ou extrovertido o tempo todo. São tendências naturais, ou seja, 
quando falamos que um individuo é extrovertido, isso significa que a maior 
parte do tempo sua atitude natural é assim, em outros momentos ele pode se 
portar de forma introvertida – nessas horas as pessoas podem pensar que o 
extrovertido está tristeou deprimido, mas, ele está apenas “quieto” (isto é, num 
momento de introversão). 
Do mesmo modo, uma pessoa introvertida em determinadas situações pode 
parecer ansiosa, “quieta demais”, se sentir desconfortável (mesmo em 
situações corriqueiras como supermercado cheio), em outras, com amigos (por 
exemplo), pode ser falante e expansiva. 
O ideal é compreendermos qual nossa atitude natural para não sermos 
“dominados” por ela, de modo, a perdermos oportunidades. É importante 
equilibrarmos as atitudes para termos uma melhor adaptação a realidade. Pois, 
não há tipo melhor ou pior que o outro. Temos provérbios e ditos populares que 
nos alertam para os perigos da radicalização das atitudes: 
“Quem não chora, não mama” 
Ou 
“A curiosidade matou o gato” 
Na clínica, é importante o psicoterapeuta perceber a atitude natural do cliente 
para acolhe-lo da forma que permita que ele se sinta o mais confortável 
possível. Por exemplo, um terapeuta introvertido pode parecer “frio”, “distante” 
ou “indiferente” a um cliente extrovertido. 
 
As funções Psiquicas 
 
Como dissemos no post anterior acerca dos Tipos Psicológicos, a tipologia 
psicológica proposta por Jung se caracteriza pelo movimento da libido, que 
pode ser introvertido ou extrovertido, e pelas funções psicológicas que 
descreveremos nesse post. 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
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Jung compreendia como função psicológica uma “certa forma psíquica de 
atividade que, em principio, permanece idêntica sob condições diversas” 
(JUNG, 1991, p.412) Assim, uma função psicológica é um dinamismo comum a 
todos os indivíduos, que caracteriza o funcionamento da consciência, ou seja, a 
forma como o individuo se relacionaria ou apreenderia o meio externo. 
Em seu trabalho, Jung, identificou 4 funções psicológicas, as quais designou 
como pensamento, sentimento, sensação(que também encontraremos como 
percepção) e intuição. Devemos tomar cuidado com os termos utilizados por 
Jung. A denominação dada a função, significa uma forma de possibilitar a 
melhor compreensão dessa dinâmica, ou seja, p. ex, quando falarmos de 
“função pensamento” não estamos definindo ou conceituando o “pensar”, mas, 
dizendo que essa dinâmica psíquica está mais associada aos processos 
reflexivos/cognitivos relacionados ao pensamento ou pensar – o individuo se 
orienta na relação com o meio sobretudo através das categorias cognitivas. 
Desse modo, quando vemos “função pensamento” devemos compreender que 
o pensamento adjetiva essa função, não a conceitua. É a principal 
característica e, assim, não devemos confundir “função pensamento” com “ato 
de pensar” ou com o “pensamento em si”, do mesmo modo que não devemos 
confundir “função sentimento” com “ato de sentir” ou com um “sentimento em 
si” como alegria. 
As quatro funções são divididas em duas categorias: racionais e irracionais. 
As funções racionais seriam as funções relacionadas aos processos de 
conhecimento, julgamento, avaliação, interpretação e atribuição de valor a 
realidade. Nesta categoria estariam as funções pensamento e sentimento. 
A função pensamento se caracteriza pela interpretação da realidade, isto é, seu 
direcionamento está em identificar, analisar, categorizar e definir a 
realidade/objeto. Esta função tem como principio a distinção racional e logica 
dos fenômenos. 
Por outro lado, a função sentimento se caracteriza pela avaliação ou valoração 
da realidade, isto é, esta função tem como principio avaliar os elementos de 
valor, importância e significado do objeto. O afeto produzido na relação do 
sujeito com o objeto, “torna-se, então, efetivamente, não a expressão de algo, 
de uma atividade interna a um sujeito, mas uma episteme, um modo legítimo 
para o conhecimento.” (DAMIÃO, 2003, p. 90) 
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Essas funções são racionais por partirem do mesmo principio de 
conhecimento. Mas, seu foco, é bem distinto, fazendo que essas funções 
sejam opostas. 
(…) O que pode acontecer com aquelas funções que ela 
não utiliza diariamente de modo consciente e, portanto, não 
desenvolve pelo exercício? Permanecem em situação mais 
ou menos primitivo-infantil, apenas meio-consciente ou 
totalmente inconscientes. E constituem, assim, para cada 
tipo, uma inferioridade característica que é a parte 
integrante de seu caráter geral. Ênfase unilateral no 
pensamento vem sempre acompanhada de inferioridade do 
sentimento; sensação diferenciada perturba a faculdade 
intuitiva e vice-versa. 
Se uma função é diferenciada ou não, é fácil de perceber 
por sua força, estabilidade, consistência, confiabilidade e 
ajustamento. Mas sua inferioridade nem sempre é tão fácil 
de reconhecer e descrever. Um critério bastante seguro é 
sua falta de autonomia e, portanto, sua dependência das 
pessoas e das circunstâncias, sua caprichosa 
suscetibilidade, sua falta de confiabilidade no uso, sua 
sugestionabilidade e seu caráter nebuloso. Na função 
inferior, estamos sempre por baixo; não podemos 
comanda-la, mas somos inclusive suas vitimas (JUNG, 
1991,p. 497) 
As funções irracionais serias as funções estariam relacionadas com a 
apreensão da realidade, onde foco não é a interpretação, mas, sim o contexto 
ou situação objetiva. Estando nessa categoria a sensação e a intuição. 
A Sensação se caracteriza pelo reconhecimento da realidade, esta função 
localiza o individuo de forma precisa na realidade, através de uma 
consideração precisa do que se apresenta a percepção. 
Por outro lado, a intuição é designado por jung, como uma percepção por via 
inconsciente. O prof. Dr. Maddi Damião Jr, nos dá uma metáfora bem 
interessante para pensarmos a compreensão da intuição 
Poderíamos utilizar de uma metáfora – digo metáfora, pois 
não pretendo aqui fazer nenhuma comparação entre 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
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teorias psicológicas – para a Gestalt Theorie: toda forma é 
apreendida sempre a partir de um conjunto de relações e 
estas se organizam segundo um princípio nomeado 
“relação figura-fundo”, ou seja, quando apreendemos ou 
percebemos um determinado aspecto da realidade, 
apreendemos um conjunto de relações significativas, 
escapando, assim, uma série de outras possíveis. O todo 
deste conjunto de relações seria aquilo que permite que 
uma determinada configuração de forma se dê, se 
constitua; aquilo que não percebemos é o que sustenta a 
figura, ou seja, na figura, o que vigora com maior 
intensidade, como uma formaorganizada, somente tem 
sua possibilidade de configuração porque existe um fundo, 
que o mantém, um conjunto de relações que possuem, 
para o observador, ou para com a relação do olhar que 
constitui o campo intencional, uma baixa valência, pouca 
pregnância. A intuição, ao nos utilizarmos desta metáfora, 
seria a capacidade de percepção do fundo, em sua 
totalidade. (DAMIÃO, 2003, p. 91-2 ) 
Assim, a intuição indica tendências para o futuro, a partir de insights derivados 
da compreensão da totalidade. 
As funções racionais são opostas entre si, assim como as funções irracionais 
são opostas entre si. Se tomarmos por exemplo, uma pessoa que desenvolveu 
a função pensamento prioritariamente, as funções irracionais seriam funções 
auxiliares, e a função sentimento, conforme o esquema. 
 
 
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Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
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É importante compreendermos que as funções racionais e irracionais se 
complementam. Assim, quando uma função racional (pensamento ou 
sentimento) se diferencia, como função principal, está é auxiliada por uma 
função secundaria ou terciaria (de acordo com o grau de desenvolvimento) que 
sera sensação ou intuição. Por mais que tenhamos uma função principal, ao 
longo da vida temos que desenvolver as outras funções para termos uma 
relação mais equilibrada com a realidade. 
Assim, quando nos referimos a um tipo psicológico, três elementos são 
necessários para compreendermos um tipo psicológico : 
Atitude da libido : Se é introvertido ou extrovertido. 
Função Psicológica Principal: o modo preferencial como se relaciona com a 
realidade 
Função Psicológica Secundaria: que complementa a função principal. 
Assim teríamos como as 16 as possibilidades possibilidades de combinação 
da tipologia psicológica.: 
Tipo introvertido pensamento – intuição 
Tipo Introvertido pensamento – sensação 
Tipo Introvertido sentimento – intuição 
Tipo Introvertido sentimento – sensação 
Tipo Introvertido sensação – pensamento 
Tipo Introvertido sensação – sentimento 
Tipo Introvertido intuição – pensamento 
Tipo Introvertido intuição – Sentimento 
Tipo Extrovertido pensamento – intuição 
Tipo Extrovertido pensamento – sensação 
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Tipo Extrovertido sentimento – intuição 
Tipo Extrovertido sentimento – sensação 
Tipo Extrovertido sensação – pensamento 
Tipo Extrovertido sensação – sentimento 
Tipo Extrovertido intuição – pensamento 
Tipo Extrovertido intuição – Sentimento 
Nos próximos posts, discutiremos os tipos básicos (atitude e função principal). 
 
Apresentarei algumas características gerais dos tipos, mas, em hipótese 
alguma devemos compreender essas características como rótulos, são apenas 
elementos comuns a esses indivíduos. Vamos começar pelos quatro tipos 
extrovertidos. 
Tipos Extrovertidos 
Os tipos extrovertidos se caracterizam por uma peculiar relação com o mundo 
externo. São como que atraídos pelos objetos, sua energia flui para o objeto. 
Tipo pensamento extrovertido 
O tipo pensamento extrovertido ou pensativo extrovertido tem como 
característica fundamental a necessidade de identificar, classificar e ordenar a 
realidade que o cerca, busca fatos. Tomam como referência os padrões 
coletivos de racionalidade e lógica.O pensamento abstrato, subjetivo não são 
atraentes a esses indivíduos, uma vez que não lógicos, se tornam entediantes, 
para eles. Sobre esse tipo, von Franz nos diz que esses tipos 
Limpam toda a poeira das velhas bibliotecas e acabam 
com os fatores que inibem a ciência e que são causados 
pela desordem, pela preguiça ou pela falta de clareza na 
linguagem. O tipo pensativo extrovertido estabelece a 
ordem tomando uma posição definida e dizendo: "Quando 
digo isto quero dizer isto". Eles põem ordem clara nas 
situações exteriores. Num encontro de negócios, o 
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indivíduo dirá que o certo é ater-se aos fatos básicos e 
depois decidir como proceder. Um advogado que precisa 
ouvir todos os relatórios caóticos das partes é capaz de 
ver, com sua função superior pensamento, quais são os 
conflitos reais e quais as falsas alegações, conseguindo 
então uma solução satisfatória para todos. A ênfase será 
sempre colocada no objeto e não na idéia. (FRANZ, 2002, 
p. 61) 
O tipo pensamento extrovertido tendem a ser muito exatos, precisos, racionais. 
Por estarem muito relacionados com os fatos e ordenação dos mesmos eles 
tendem a parecer autoritários, secos e pedantes. Sua enfâse na racionalidade 
e no mundo exterior faz com que tenham dificuldades por serem mal 
compreendidos nos relacionamentos pessoais. 
Eu me recordo de um colega de faculdade, que tinha uma característica 
fortemente marcada pelo pensamento extrovertido, toda apresentação de 
trabalhos, ele atravessava a fala dos demais dizendo “O que fulano quer dizer 
é….” isso era constante, era algo que incomodava a todos, para mim, como 
introvertido que sou, deixava ele falar, já que ele tinha essa necessidade. Até 
que um dia, outro de nossos colegas, este com um tipo mais prático, que 
acredito ser sensação introvertido, virou para ele antes do trabalho e disse “se 
você interromper dizendo ‘o que ele quer dizer é…’ eu juro pra você que eu te 
encho de porrada lá mesmo, por que ‘não quero dizer’ e ‘estou dizendo’”. Isso 
foi suficiente para esse amigo pensamento extrovertido entender que seu 
habito era incomodo, por mais que suas intenções fossem as melhores 
possíveis. 
O tipo pensamento extrovertido tem uma certa dificuldade tanto para identificar 
quanto para lidar com os afetos, que não conseguem muitas vezes expressar, 
parecendo assim que são frios e indiferentes. O fundamental é 
compreendermos que apesar de parecerem frios, distantes, o sentimento 
ocupa um lugar especial que os mobiliza de forma que eles não se dão conta. 
Mas, falaremos disso em outro momento quando falarmos acerca da função 
inferior. 
Tipo sentimento extrovertido 
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O tipo sentimento extrovertido é orientado pela avaliação do valor, mérito, 
importância dos objetos/pessoas. Isso propicia que ele atribua um sentido ou 
laço afetivo muito claro com a realidade. Segundo von Franz 
O tipo sentimental extrovertido caracteriza-se pelo fato de 
que a sua principal adaptação é conduzida por uma 
adequada avaliação dos objetos exteriores e por uma 
relação apropriada com eles. Por essa razão, esse tipo fará 
amizades muito facilmente, terá poucas ilusões sobre as 
pessoas, mas será capaz de avaliar os seus lados positivos 
e negativos de maneira adequada. São pessoas bem 
ajustadas, muito razoáveis, que se envolvem amavelmente 
com o mundo, conseguem o que querem muito facilmente 
e também conseguem, de alguma forma, levar todos a lhes 
darem o que elas querem. Elas suavizam o ambiente tão 
maravilhosamente que a vida transcorre com muita 
facilidade. Esse tipo é muito freqüentemente encontrado 
entre mulheres que de maneira geral têm uma vida familiar 
muito feliz, entre muitos amigos. Contudo, se de alguma 
forma estão dissociados neuroticamente, eles agem de 
maneira um tanto teatral, um tanto mecânica e calculista. 
Se se vai a um almoço festivo com um tipo sentimental 
extrovertido, ele dirá coisas como: "Que lindo dia está 
hoje"; "Estou feliz por vê-lo de novo": "Não o via há muito". 
E ele realmente quer dizer isso! Com essa atitude o 
ambiente fica cheio de calor e a festa vai em frente. As 
pessoas se sentem felizes e entusiasmadas.(FRANZ, 2002, 
p. 69) 
Os tipos sentimento extrovertido são muito gentis e afetuosos e fazem questão 
de expressar o valor, reconhecimento ou afeto que tem pelas pessoas, o que 
faz que se preocupem muito com os relacionamentos e circunstâncias sociais. 
Geralmente, os tipos introvertidos ficam meio sem saber como lidar com essa 
expressão afetuosa. Muitas vezes, o tipo sentimento extrovertido é taxado 
como “histérico” ou “histérica” pelo seu modo de agir, o que é um erro enorme, 
nem todo tipo sentimento é histérico (categoria patológica). Pois, o 
reconhecimento afetivo expressado pelo tipo sentimento é uma demonstração 
de algo constatado, não uma tentativa de sedução. 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
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A capacidade do tipo sentimento em avaliar as pessoas, faz com que, muitas 
vezes, sejam bem claros em suas relações: quando gostam de alguém são 
como mães protegendo seus filhotes; quando são indiferentes, o são de forma 
pura e objetiva; quando odeiam alguém, declaram guerra por muitas 
“gerações”. 
Tipo sensação extrovertida 
O tipo sensação se caracteriza por uma relação objetiva e prática com o meio 
circundante. Sua função principal está relacionada com o reconhecimento do 
espaço imediatamente colocado ao individuo, assim, possuem uma percepção 
espacial/situacional peculiar. A relação com afetiva ou interpretativa com o 
meio é segundaria. Esse contato diferenciado com o meio, faz com que ele 
tenha não só um senso “quase fotográfico” mas, uma habilidade pratica muito 
diferenciada. Pessoas com a tipologia sensação tem capacidade de resolução 
de problemas práticos e objetivos muito diferenciada, isto pois, ele não se 
perde em abstrações, divagações teóricas, é bom ou não fazer, o que importa 
realmente para ele é identificar : qual é o problema e qual é sua solução. 
Segundo von Franz, 
tipo perceptivo extrovertido é representado por alguém cujo 
dom e função especializada é sentir e relacionar-se com os 
objetos externos de uma forma concreta e prática. Esses 
indivíduos observam todas as coisas, cheiram tudo e, ao 
entrarem num ambiente, percebem quase que 
imediatamente quantas pessoas estão presentes. Além 
disso, eles notam se a sra. fulano de tal estava lá e o que 
estava vestindo. (…) O tipo perceptivo extrovertido é um 
mestre em perceber detalhes(FRANZ, 2002, p. 39) 
Esse tipo se entedia facilmente com assuntos relacionados a abstratos, 
contudo, sua percepção diferenciada lhe permite um senso estético muito 
particular. 
A praticidade e objetividade do tipo sensação faz com que ele pareça não se 
importar com os outros. Mas, não devemos nos ater as aparências. Pois, os 
suas ações e como ele as executa demonstram a consideração e o afeto que 
muitas vezes não percebemos de imediato. 
Tipo intuição extrovertida 
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Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
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O tipo intuição extrovertido possui uma observação muito peculiar, cujo foco 
não está na realidade objetiva, mas, na possibilidade inerente a realidade que 
se apresenta. O tipo intuitivo está sempre aberto para as possibilidades futuras, 
para as tendências. Isso não quer dizer que ele “adivinhe” as coisas, mas, que 
ele está atendo para a configuração da realidade – não seus detalhes; assim, 
ele tem como um “flash” ou um “insight” das possibilidades objetivas. 
Para funcionar, a intuição precisa olhar as coisas de longe 
ou de modo vago, a fim de captar um certo pressentimento 
vindo do inconsciente, semicerrar os olhos e não olhar os 
fatos muito de perto. Se se olhar com muita precisão para 
as coisas, o foco serão os fatos e o pressentimento não 
surgirá. É por isso que os intuitivos tendem a ser 
imprecisos e vagos. A desvantagem de ter a intuição como 
função principal é que o tipo intuitivo semeia, mas 
raramente colhe. Assim, por exemplo, se alguém inicia um 
negócio, surgem geralmente dificuldades iniciais, as coisas 
não funcionam bem imediatamente, é preciso esperar um 
certo tempo para que se torne lucrativo. (FRANZ, 2002, 51-
2) 
Por estarem mais relacionados com as possibilidades futuras, sua capacidade 
de se relacionar com o mundo objetivo tende a gerar situações de 
constrangimento ou parecer que ele é uma pessoa muito desatenta ou 
desleixada. Tenho um bom amigo com essas características intuitivas bem 
acentuadas, ele era capaz de ir para a universidade de carro e simplesmente 
voltar de ônibus para casa (e somente se recordar que foi de carro, perto de 
casa) – fato que se repetiu algumas vezes; situações que acabam se tornando 
folclóricas. A relação com o espaço é algo bem interessante do tipo intuitivo, eu 
tive o prazer de ter aula com uma professora intuição extrovertida, era como se 
ela captasse os anseios da turma, fazendo da aula um show, por outro lado, 
quando ela passava, era como se um furacão passasse, pois, ela derrubava 
tudo, esbarrava em tudo, teve uma cena engraçada, pois o data show não 
funcionava, depois de algum tempo tentando resolver a situação, eu notei o 
problema – a tomada não estava ligada. Um detalhe objetivo e pratico, mas, 
para o intuitivo não é muito atrativo. 
Poderíamos dizer, que enquanto o tipo sensação desloca-se no espaço 
objetivo, o tipo intuitivo extrovertido desloca-se no tempo. São criativos, 
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visionários, mas, não se atém ao aspecto prático da realidade, muitas vezes 
não se dão conta do próprio corpo. 
 
Tipos introvertidos 
Os tipos introvertidos se caracterizam por evitar meio externo, isto é, a energia 
recua diante dos objetos, como se, o individuo se sentisse ameaçado pelo 
meio. De forma geral, a impressão ou representação que têm dos objetos lhes 
são mais importantes do que os objetos em si. Falar dos tipos introvertidos é 
mais complicado, pois, no geral, eles se voltam para seu mundo interior se 
expondo pouco, leva mais tempo para identificar a função de um tipo 
introvertido 
Tipo pensamento introvertido 
O tipo pensamento introvertido se caracteriza por valorizar sobre tudo as 
ideias. Os fatos são sempre menos importantes que as ideias, estão sempre 
buscando os conceitos e os fundamentos das ideias. Marie-Louise que também 
pertencia a essa categoria, nos descreve bem esse tipo, 
Pertence ao tipo pensativo introvertido alguém que diria 
que não se parte dos fatos, mas, primeiramente, se 
esclarecem as ideias. O seu desejo de ordenar a vida se 
exterioriza pela ideia de que, se alguém começar errado, 
jamais chegará a lugar algum. Primeiro é necessário 
conhecer as ideias a serem seguidas e de onde elas vêm; 
é preciso eliminar a estupidez, cavando nas profundidades 
do pensamento. Toda a filosofia está preocupada com os 
processos lógicos da mente humana, com a construção de 
idéias. Esse é o domínio em que o pensamento introvertido 
mais atua. Na ciência, são essas pessoas que 
permanentemente estão tentando evitar que os seus 
colegas se percam em experimentos e que, de vez em 
quando, tentam voltar aos conceitos básicos e perguntam o 
que de fato estamos fazendo mentalmente. (Franz, 2002,p) 
O tipo pensamento visa a logica das ideias e dos conceitos. Muitas vezes, no 
meio de uma discussão é o que se volta para os “princípios fundamentais”, 
questiona se os dois estão “falando do mesmo assunto”, dá muito valor as 
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palavras, não pela forma estética, mas, pela idéia que elas 
representam. Geralmente produzem “teorias” sobre tudo, muitas vezes 
ignorando os fatos concretos. 
Tipo sentimento introvertido 
O tipo sentimento introvertido caracteriza-se por seu julgamento diferenciado 
de pessoas e valores. Contudo, não há uma expressão formal desses 
julgamentos. Seu caráter introvertido faz parecer ser apáticas, um pouco 
mornas, distantes. Em suas relações, as pessoas não conseguem perceber o 
quanto significam para pessoas dessa tipologia. Essas pessoas são percebidas 
como corretas, éticas, bem quistas, fiéis, mas, muitas vezes deslocam-se pela 
vida sem deixar grandes impressões. Quando se permitem se destacar na vida, 
elas são pessoas admiradas, respeitadas pela forma quase que impecável de 
de lidar com outros, mas, são sempre vistas como enigmáticas. 
Sobre esse tipo, von Franz nos fala, 
É um tipo muito difícil de ser entendido. Jung, nos 
Psychological Types, afirma que a expressão "as águas 
paradas correm no fundo" se aplica a esse tipo. Pessoas 
desse tipo têm uma escala altamente diferenciada de 
valores, mas não os expressam exteriormente; são 
afetadas por eles no íntimo. É freqüente achar-se o tipo 
sentimental introvertido nos bastidores de acontecimentos 
importantes e valiosos, como se o seu sentimento 
introvertido lhes tivesse dito "o importante está aqui". Com 
uma espécie de lealdade silenciosa e sem nenhuma 
explicação, eles surgem em lugares onde valiosos e 
importantes fatos interiores, constelações arquetípicas, são 
encontrados. Exercem também uma secreta influência 
positiva à sua volta, estabelecendo padrões. Os outros os 
observam e, embora não digam nada porque são muito 
introvertidos para se expressarem muito, eles estabelecem 
padrões. Assim, por exemplo, o tipo sentimental introvertido 
muito freqüentemente forma a base ética de um grupo: 
Sem irritar os outros com a pregação de preceitos morais 
ou éticos, ele próprio tem padrões éticos tão corretos que 
emanam secretamente uma influência positiva sobre 
aqueles que estão à sua volta; as pessoas têm de se 
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comportar corretamente porque o tipo sentimental 
introvertido possui a espécie correta de padrão de valores, 
o que, sugestivamente, sempre força as pessoas a serem 
decentes se eles estão presentes. O seu sentimento 
introvertido diferenciado sente interiormente qual o fator de 
real importância. (FRANZ, 2002, p.75-6) 
Tipo sensação introvertida 
 
O tipo sensação introvertido se caracteriza por uma relação diferenciada com o 
meio, ele e impactado pelo meio. É como se o meio o invadisse os sons, 
odores, cores, formas. Mas, esse tipo fica como que impassível, não 
transborda ou expressa claramente essa relação com o meio. Esse tipo, é tão 
enigmático e quase insondável quanto o sentimento introvertido. Sobre esse 
tipo, von Franz nos diz 
Há muitos anos, no Psychological Club, tivemos uma 
reunião na qual os membros, em lugar de apenas citarem o 
livro de Jung sobre os tipos, foram instados a descreverem 
os seus tipos com as suas próprias palavras. Eles deviam 
descrever a sua experiência da própria função superior. 
Nunca esquecerei o depoimento dado pela Sra. Jung. 
Somente após tê-la ouvido é que senti haver entendido o 
tipo perceptivo introvertido. Fazendo a descrição de si 
mesma, ela disse que o tipo perceptivo introvertido era 
como uma chapa fotográfica, altamente sensível. Esse tipo, 
quando alguém entra numa sala, percebe o modo como a 
pessoa entra, o cabelo, a expressão do rosto, as roupas e 
a maneira de caminhar. Tudo isso dá uma impressão muito 
precisa do tipo perceptivo introvertido; cada detalhe é 
absorvido. A impressão vem do objeto para o sujeito; é 
como se uma pedra caísse em águas profundas — a 
impressão cai mais fundo, mais fundo, e afunda. Por fora, 
esse tipo mostra-se totalmente estúpido. Ele apenas se 
senta e olha, e não se sabe o que está 
acontecendo dentro dele. Fica parecido com um pedaço de 
madeira, sem nenhuma reação — a não ser que reaja 
através de uma das funções auxiliares: pensamento ou 
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sentimento. Porém, interiormente, a impressão está sendo 
absorvida. 
O tipo perceptivo introvertido, portanto, dá a impressão de 
ser muito lento, o que não é verdade. O que acontece é 
que a reação interna, que é rápida, caminha por baixo, e a 
reação externa se exterioriza de maneira atrasada. Assim é 
o jeito dessas pessoas; se lhes contamos uma piada pela 
manhã, provavelmente só irão rir à meia noite. Esse tipo 
muitas vezes é mal interpretado e mal entendido pelos 
outros, porque não se compreende o que acontece com 
ele. Se conseguir expressar as suas impressões 
fotográficas artisticamente, eles poderão reproduzi-las 
através de pinturas ou por escrito. Tenho uma forte 
suspeita de que Thomas Mann era um tipo perceptivo 
introvertido. Ele descreve todos os detalhes de uma cena e 
nas suas descrições expressa plenamente a atmosfera de 
um ambiente ou de uma personalidade. Essa é uma 
espécie de sensibilidade que absorve os menores matizes 
e os mais íntimos detalhes. (Franz, 2002, p.46-7) 
Para mim falar do tipo sensação introvertido me remete a várias lembranças, 
pois, minha esposa é sensação introvertido. E assim, eu pude aprender melhor 
essas peculiaridades. Eu me recordo de dois momentos onde o traço sensação 
se colocou muito presente. Num desses momentos foi quando fizemos 
especialização juntos, em algumas aulas foi no intervalo quando ela me falava 
de como estava irritada com as murmurinhos de conversas paralelas que a 
atrapalhavam prestar atenção (isto porque, sua atenção é guiada pela função 
principal, que prioritariamente mapeia o meio, como um radar)– depois, que ela 
me chamou atenção para isso, que no retorno do intervalo, eu percebi que 
realmente havia alguns alunos que não paravam de falar no fundo. Eu não 
havia percebido nada. Isso porque sou tipo pensamento com função auxiliar 
intuição. Com os anos de convívio, eu me apercebi do quanto minha percepção 
com o meio era(ou é) deficiente. 
Outra cena que me deixou me chamou a atenção para essas características do 
tipo sensação, foi durante uma aula de terapia de casal, onde fomos 
convidados a um exercício onde um deveria “imitar” o outro, em suas ações, 
falas, trejeitos etc… quando ela começou a me imitar, foi absurdamente 
estranho, foi como me olhar no espelho. Ninguém conseguia segurar a 
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gargalhada, pois, ela reproduziu com exatidão meu jeito de sentar, falar, vícios 
de linguagem, enfim, era meu espelho. Não tivemos muito tempo para preparar 
nada, era improviso, mas, ela me reproduzia em detalhes que nem eu mesmo 
percebia. Nem preciso dizer o fiasco que foi a imitação, eu reles e tipo 
pensamento – intuição introvertido, me vi incapaz desse tipo de reprodução da 
realidade. 
Tipo intuição introvertida 
 
A função intuição introvertida possui como característica uma capacidade de 
apreensão da realidade intimamente relacionada com tendências futuras. Sua 
característica introvertida faz com que sua intuição se volte para um campo 
subjetivo que muitas vezes identificamos como “espiritual”. São pessoas que 
passam pela vida sem se apegar ao concreto, percebendo a tendências como 
“vontade divina”. O tipo intuitivo é encontrado frequentemente em pessoas que 
vivem de modo excêntrico, que aderem a uma realidade simbólica que se 
distancia da realidade prática e concreta dos fatos. Os “sinais” são mais 
importantes que os fatos. Seu caráter introvertido, faz com que não tenhamos 
clareza dos significados atribuídos inconscientemente aos fenômenos, fatos e 
pessoas. 
Segundo von Franz, 
O tipo intuitivo introvertido tem a mesma capacidade do 
intuitivo extrovertido no sentido de pressentir o futuro, 
fazendo as conjeturas ou as premonições certas sobre as 
possibilidades futuras, ainda não vistas, de uma situação. 
Contudo, a sua intuição é voltada para dentro e ele é 
primariamente o tipo do profeta religioso, o tipo do vidente. 
Num nível primitivo, ele é o xamã que sabe o que os 
deuses, os espectros e os espíritos ancestrais estão 
planejando e que transmite as suas mensagens à tribo. Na 
linguagem psicológica, poderíamos dizer que ele conhece 
os lentos processos que ocorrem no inconsciente coletivo, 
as mudanças arquetípicas, e que os comunica à 
sociedade.(…)(FRANZ, 2002, 54-55) 
O intuitivo introvertido freqüentemente é tão inconsciente 
no que diz respeito a fatos externos que os seus relatos 
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têm de ser tratados com o maior cuidado. Assim, embora 
não minta conscientemente, ele pode contar as mais 
espantosas mentiras simplesmente porque não percebe o 
que está bem à sua frente. Muitas vezes desconfio dos 
relatos sobre fantasmas, por exemplo, ou parapsicológicos, 
por essa razão. Os intuitivos introvertidos se interessam 
muito por esses campos, mas por causa da sua fraqueza 
em observar os fatos e da sua falta de concentração nas 
situações externas podem contar os maiores disparates e 
jurar que são verdadeiros. Eles passam por um número 
absolutamente espantoso de fatos externos e não os 
assimilam.(Ibid, p.56-7) 
O tipo intuição introvertido são pessoas tem um contato com o mundo dos 
arquétipos (muitas vezes, expressos na religiosidade), isso possibilita que eles 
tenham abertura ao mistério da vida, sendo promotores de reavivamentos 
espirituais em suas comunidades. 
Neste post apresentamos de forma breve uma compreensão básica dos tipos 
psicológicos, devemos considerar falamos sobretudo da função principal, 
quando lidamos na realidade associar elementos da função principal e da 
função segundaria para percebermos é a tendência geral de relação desse 
individuo. 
outubro 27, 2010 4:09 pm por Fabricio | Editar 
Ao longo desses posts acerca dos tipos psicológicos discutimos acerca do 
papel da tipologia junguiana para um perspectiva epistemológica; acerca das 
atitudes (introversão e extroversão) e das funções psicológicas (pensamento, 
sensação, sentimento e intuição). Nesse post, nosso foco será função inferior. 
Jung chamou de “função inferior” a função psíquica menos desenvolvida, isto é, 
a que ao longo do desenvolvimento foi menos utilizada, por ser oposta a função 
principal. Devido a isto, a função inferior ocupa um espaço menor na 
consciência, na maioria das vezes, a atitude e funcionamento do Ego ignora a 
função inferior, deixando-a num estado quase bruto ou primitivo, ficando assim 
muito mais próxima do inconsciente. 
“Nossa esfera consciente é como uma sala com quatro 
portas, e a quarta porta será aquela através da qual 
entrarão a sombra, o animus, a anima e a personificação 
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do Si-mesmo. Não entrarão com tanta freqüência pelas 
outras portas, o que é, de certa maneira, evidente, porque 
a função inferior está tão próxima do inconsciente, e 
permanece tão selvagem e inferior, que ela é naturalmente 
o ponto fraco da consciência através do qual as figuras do 
inconsciente podem forçar a penetração. Na consciência 
ela é vivenciada como um ponto fraco, como aquela coisa 
desagradável que nunca nos deixa em paz, mas que 
sempre causa problemas, porque todas as vezes que 
sentimos que adquirimos certo equilíbrio ou ponto de vista 
interior, alguma coisa dentro ou fora de nós acontece, que 
nos desequilibra novamente, e isso sempre se á através da 
quarta porta, a que não conseguimos fechar. Podemos 
manter fechadas as três portas do aposento interno, mas, 
na quarta porta a chave não funciona, e ali, quando menos 
esperamos, o inesperado mais uma vez se 
manifesta. Graças a Deus, podemos dizer, caso contrário 
todo o processo da vida se petrificaria e estagnaria em um 
tipo errado de consciência. Ela é a ferida da 
personalidade consciente que nunca fecha, mas através 
dela o inconsciente pode entrar, expandir a consciência e 
produzir nova experiência”. (FRANZ,1999, 136-7) 
Desse modo, devemos compreender que a função inferior é considerada 
um risco para o individuo na medida em que não a controlamos, já que em 
grande parte estamos inconscientes dela. Por outro lado, é justamente o nosso 
ponto fraco que se torna nossa possibilidade de desenvolvimento, pois, ao 
lidarmos com a função inferior, estamos nos abrindo movimento do 
inconsciente em nós mesmos. 
Von Franz nos chama atenção para o fato que é através da quarta função ou 
função inferior, que o inconsciente penetra no mundo da consciência. Isso 
significa uma tendência das figurações do inconsciente(sombra, self, anima e 
animus) se associar a função inferior, assumindo assim o aspecto desta ultima. 
Isso se torna claro quando o inconsciente se projeta, seja pela sombra ou pela 
anima/us, pois, no caso da sombra a pessoa sobre a qual se recai a projeção, 
será julgada não só pelos atributos da sombra(lembrando que a tendência 
natural é que a sombra se projete em pessoas do mesmo sexo), mas, pelo 
preconceito consciente. Por ex., um tipo pensamento introvertido, terá uma 
forte tendência a julgar uma pessoa sentimento extrovertido como uma pessoa 
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superficial, desprovido raciocínio, imatura, dado a “ataques emotivos”, ou cheio 
de “estrelismos”, isso devido a incapacidade de compreender o funcionamento 
do tipo oposto, por outro lado, quando falamos da anima ou 
do animusassociada a função inferior, podemos compreender alguns casais 
“incomuns” que se foram aparentemente opostos, mas, que se completam. 
É importante a gente entender, que nesses casos, apesar desses 
relacionamentos permitir um relacionamento com a anima/função inferior, eles 
são “desejáveis”, pois, se pautam numa inconsciência, na projeção do 
inconsciente. Mais cedo ou mais tarde esta projeção deve ser assimilada, ou 
seja, deve ser incorporada, pois é necessária ao desenvolvimento do Si-
mesmo. Quando ela está projetada, o individuo muitas vezes não se confronta 
com esses aspectos em si mesmos, se tornando de certo modo dependente 
dessa outra pessoa. 
Compreender a dinâmica da função inferior não significa “controla-la” mas, sim 
respeita-la. Isto é, quando compreendermos nossa função inferior e a dos 
outros poderemos ser mais tolerantes com os outros e ficarmos atentos as 
nossas projeções. Nos possibilita o exercício de humildade de reconhecermos 
que em nós há aspectos que não somos hábeis e que nos incomodamos com 
pessoas que têm desenvolvida a nossa função inferior, justamente, por ser 
nosso calcanhar de Aquiles. 
Assim, devemos fazer uma breve descrição da função inferior: 
Função inferior dos tipos Racionais 
Pensamento Extrovertido Inferior (do tipo sentimento introvertido). A função 
pensamento se caracteriza por avaliar e identificar os objetos e situações. O 
pensamento extrovertido inferior do tipo sentimento introvertido, tende a ligado 
com a variedade dos fatos que acontecem no mundo exterior. Apesar do tipo 
sentimento introvertido ser “silencioso”, “quieto” ou “na dele” tende a apresentar 
uma série de interesses diversificados. Pelo pensamento não ser bem 
desenvolvido, a tendência é ter uma certa dificuldade a lidar com essa 
variedade de opções, isto é, tendo uma certa dificuldade para estabelecer 
prioridades, por outro lado, o pensamento extrovertido, pode se caracterizar ao 
que von Franz chamava de “monomania”, isto é, eles apresentem ou possuem 
poucas idéias básicas (como premissas) e com as quais são capazes de 
produzir um grande volume de material. 
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Pensamento Introvertido Inferior (do tipo sentimento extrovertido) – O 
pensamento introvertido inferior se manifesta muitas vezes através de 
pensamentos que invadem a consciência do tipo sentimento extrovertido. 
Esses pensamentos tendem a ser negativos/depreciativos geralmente 
relacionados a si mesmos, achando-se incapazes, errados, incompetentes. 
Muitas vezes, esse tipo tende a evitar ficar sozinho, para não ser tomado ou 
invadido pelos pensamentos inferiores. 
Sentimento Introvertido Inferior (do tipo pensamento extrovertido) – O tipo 
sentimento introvertido possui uma manifestação muito discreta, no geral, 
aparece como uma fidelidade (quase devocional), apesar desse tipo não 
expressar seus sentimentos, quando ele avalia algo como justo ou bom, essa 
avaliação o guia de modo quase infantil. Na maioria das vezes, o individuo não 
se dá conta. Quando ama, esse individuo ama de forma profunda e 
verdadeira, mas, o mais provável é que a pessoa amada perceba esse amor, 
pois, esse amor não encontra vias de expressão. 
Sentimento extrovertido Inferior (do tipo pensamento introvertido) - “O 
sentimento extrovertido, sua função compensatória, atormentará os casos 
extremos desse tipo [pensamento introvertido] com reações emocionais 
bizarras e inadequadas, e com avaliações errôneas e ingênuas em relação as 
pessoas. Podem ser egoístas sentimentais que ignoram de modo desumano os 
sentimentos daqueles próximos a eles, em nome do amor pela humanidade ou 
a serviço de uma grande idéia” (WHITMONT, 1995, p.135) 
O tipo pensamento introvertido é tomado por ondas de emoções que o levam a 
reações inadequadas ou excessivas ou infantis. Por ser extrovertida, sempre 
será direcionada a uma situação ou objeto externo, geralmente tem 
dificuldades para avalia-los. 
Função inferior dos tipos irracionais 
Intuição Introvertida Inferior (dotipo sensação extrovertido) – “esse tipo está 
cheio de intuições negativas sobre si próprio e normalmente projeta sobre os 
outros. Ele vivencia então as intuições projetadas sob a forma de vagos 
ciúmes, ansiedades e medos, superstições e pressentimentos. (WHITMONT, 
1995, p. 135) 
Assim, a intuição introvertida inferior se caracteriza por intuições negativas e 
muitas vezes equivocadas. Por outro lado, quando se manifesta de uma forma 
produtiva, podemos notar nesses indivíduos sensação extrovertidos, no geral 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
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tão pragmáticos, um interesse incomum por assuntos como o sobrenatural, 
histórias de fantasmas, ficção e seitas esotéricas. Quando guiados pela função 
inferior, são convincentes acerca desses assuntos. Quando retornam, a função 
principal, eles riem e fazem como se não fosse importante, se atendo a 
realidade objetiva. No geral, o mundo arquetípico penetra em sua realidade 
através dessas crenças religiosas, esotéricas ou superstições, as quais ele não 
pode ignorar. 
Intuição extrovertida inferior (do tipo sensação introvertido) – A intuição 
extrovertida inferior do tipo sensação está direcionada para a relação objetiva 
com o mundo exterior. Isso significa, que os acontecimentos relacionados ao 
mundo exterior dispararão essa intuição. Por ser inferior, essa intuição tende a 
ser negativa e, quando o individuo é muito inconsciente desse caráter, pode se 
tornar pessimista em relação a realidade exterior. Criando muitas vezes 
expectativas que fogem um pouco a realidade. 
Sensação Introvertida Inferior (do tipo Intuição Extrovertido) – a sensação 
introvertida inferior do tipo intuição extrovertida, se caracteriza por uma 
dificuldade na auto-percepção. Isto é, não conseguem perceber as sensações 
do próprio corpo, como se estivessem desconectados. A tendência é não se 
atentar para os cuidados básicos do corpo ou em perceber seus limites 
corporais, seja com alimentação, cansaço. A sensação inferior implica uma 
dificuldade de perceber e se relacionar tanto com os movimentos do 
inconsciente quanto com a relação com o corpo. 
Sensação extrovertida Inferior ( do tipo Intuição introvertido) - A sensação 
inferior se caracteriza por uma relação inadequada com o campo relacional 
próximo, imediato, podendo ser interior ou exterior. No caso da sensação 
extrovertida, há uma tendência há um contato inadequado com a realidade o 
individuo não percebe o que está próximo, derrubando as coisas, no geral, o 
individuo é visto como distraído, desatento, pois sua relação objetiva é pouco 
desenvolvida. 
Algumas Considerações Finais 
É importante termos atenção para alguns aspectos básicos que podem 
comprometer a aplicação dos tipos psicológicos na pratica do dia a dia : 
1-Não existe “tipo puro”, por isso, quando descrevemos a tipologia nos 
referimos a uma tendência prioritária. Mesmo um individuo muito “unilateral”, 
possui uma função auxiliar que complementa sua atitude. Ou seja, é tão 
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Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
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importante saber qual é a função secundária quanto a função principal. Pois, 
são dois aspectos complementares : como o individuo avalia ou julga a 
realidade (função racional) e como ele percebe a realidade(função irracional). 
2 – Quando a função terciaria é pouco desenvolvida ela pode possuir as 
mesmas características da função inferior. Assim, não podemos ter uma visão 
rígida acerca da tipologia, não é uma classificação, mas, uma compreensão 
dinâmica do funcionamento da consciência. 
3 – A tipologia pode “mudar” na medida em que o individuo se empenhe em 
desenvolver da função secundária e terciária. O individuo poderá ter uma 
capacidade mais ampliada de lidar com a realidade. 
4 – A função inferior está sempre fora do domínio do Ego e da consciência. O 
que podemos fazer é justamente dar espaço para experimentarmos o 
inconsciente através da função inferior (para não sermos tomados de assalto 
por ela), por exemplo, um tipo pensamento pode dar espaço a função inferior 
através de filmes (comédias românticas, dramas),ou um tipo intuição através 
de trabalhos manuais (como argila), a tipo sensação se permitir o contato com 
o sagrado das religiões, são possibilidades de dar espaço a função inferior, 
pois, no geral, a tendência é a negação dessa função. 
5 – Percebemos a função principal de uma pessoa é importante para não 
atacarmos a sua função inferior. Pois, é o ponto fraco de uma pessoa, onde ele 
se defenderá com unhas e dentes. A forma mais prática (e mais adequada) 
quando percebemos uma excessiva unilateralidade da função principal é usar 
as funções auxiliares(secundárias ou terciarias), pois, no geral, possibilitam um 
reavaliação de uma dada situação sem que o individuo se sinta tão inseguro. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 
FRANZ, Marie-Louise von, Psicoterapia. .São Paulo: Paulus, 1999. 
WHITMONT, Edward C. A busca do símbolo. Cultrix; São Paulo, 1995 
SILVEIRA, Nise. Jung Vida e Obra. 19.ed., São Paulo: Editora Paz e Terra 
S.A., 2003. 
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SHARP, D. Léxico junguiano. São Paulo: Cultrix, 1997. 
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Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
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EVANS,R.Entrevistas com Jung e as Reações de Ernest Jones.Rio de 
janeiro:eldorado,1973. 
JUNG, C.G. Tipos Psicológicos. Petrópolis: Vozes, 1991. 
FRANZ, Marie-Louise von, A Função Inferior, in FRANZ, Marie-Louise von et 
HILLMAN, James. A Tipologia de Jung . 3ª ed.São Paulo: Cultrix, 2002. 
DAMIÃO, Maddi, Jr. A Psicologia da Matemática e a Matemática da 
Psicologia. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade Federal do Rio de 
Janeiro, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 
2003.

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