Buscar

Jung, junguianos e a homossexualidade. by Robert Hopcke

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

s 
ea 
1 
é'«'à, FCM 
~ .. ;" 
51 H17j 
.. 
ED TORA'SICllIANO 
I' .. hlie.r"" (CIP) 
Hopcke, Robert H. 
,_ . .",_ .•... __ e a homoS5<:XUalid3.de I Robert H. Hopcke ; -
- São Paulo: Siciliano, 1993. 
ISBN 85-267-0599·7 
1. Homossexualidade -
Jung, Carl Guscav, 1875-1961 L 
pS1C010~;1COS 2. Psicanálise 3. 
93-2832 COO-306.766 
índices para catálogo sistemático: 
L Homossocualid3.de : Sociologia 306.766 
~·~ol : +C15Je 
Título original: Jung, and homasexualitJ 
© 1989 by Roberr H, Hopcke 
Publicado sob acordo com Shambhala 
Publications, Inc., P.O. Box 308, Boston, MA. 02117 
Direitos exclusivos para o Brasil cedidos à 
Siciliano de Jornais e Revistas Leda. 
Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3305 
CEP 05145-200 - São Paulo - Brasil 
Coord. editorial: Ana Emília de Oliveira 
Revisão: Kden G. Amaro, Roger Trimer e J. de Mello 
Capa: de a pmir de escultura de 
Antoine Castor e PoUux 
.)lCIUafiO, 1993 
1994 
1 Para com amor 
e para gays e lésbicas em toda 
o que é essa escuridão? 
esse negrume, esse lITlpe:nt:U<llvt:1 
ser 
que desconhece limites? 
que se estica sem membros 
atrás do meu amor? 
JA.'ITNE CA,,,<&,,< 
"A necessidade de ver" 
Allons! A estrada está diante de nós .. , 
Você virá comigo? 
Será que ficaremos um com o outro """--I~"U' vivermos? 
W AiT WHITiIIA.'í 
"A da estrada aberta" 
9 
1. Por ea 
2. ea 
3. e teorias a 
4. Os e a homosse:\'Ualidade, 77 
5. 
6. 
7. 
8. O 
9. trás a 
1 
que Jung, junguianos e a 
homossexualidade? 
da concepção e 
série e não estamos 
deste enuncia de modo sucinto o objetivo deste tra-
balho: examinar o que Jung e os autores junguianos a 
da As razões exame são, nu-
merosas. Sendo julgo antes de mais nada, 
os impulsos subjacentes à elaboração deste 
Como é de entre esses muitos impulsos 
1-/'-""'''''-''''' Por talvez seja melhor logo no 
teve origem, em grande parte, em meu desejo de 
própria homossexualidade. Embora mi-
.... ,~, .. ~v, religião, arte e beleza. Foi assim 
que o encontro com Jung e seus adeptos, pessoalmente ou por meio 
de seus trabalhos, exerceu uma indelével em vida 
pr<)IlSSIOnal Mas o teriam essas pessoas, Jung e junguia-
o autor, o termo gay refere-se tanto ao homem 
da 
que me 
Como suas 
à mulher homossexual 
uu.,auuau .... na uma certa de sua inte-
lectuaL É também o ponto de partida para um exame mais extenso de 
uma forma de amor universalmente presente entre homem e 
disso, estamos num momento 
e, embora possa ser 
.... U.'UJlV" 20 anos 
da ho-
recapitular aqui a 
gay, 
nessa 
a sociedade em 
nom()SS,eXlJall0aloe urna uma doença ou 
um ato ilegal, a de um terço dos homens ameri-
nomC)SS<;!XllalS na idade adulta foi um cho-
nunca se 
pôs em 
de era como uma aberração na 
qual era viciada uma pequena percentagem de pervertidos solitários e 
desajustados. o fato de que todos os estudos subseqüen-
tes realizados por Kinsey confirmaram e deram continuidade a essa 
descoberta tomou o relatório de um marco histórico o atual 
pensamento a da homosserualidade. 
A chamada escala talvez o símbolo da 
ção operada por suas pesquisas. Os participantes desse estudo com-
portamental atribuem-se uma nota que vai de zero a seis numa escala 
de orientação sexual que parte dos. heterossexuais exclusivos (zero) 
até os homossexuais exclusivos com os (três) no 
meio. A de que a serual é na realidade uma gama 
comportamentos e identidades e não uma condição, de que a homos-
sexualidade é uma das muitas variações normais do comportamento 
sexual humano comprovada pelos estudos realizados por 
Kinsey que, além disso, mostraram também sua utilidade teórica na 
compreensão desse comportamento. É evidente que, se mais de um 
terço da população adulta americana teve algum tipo de 
comportamentohomossex"Ual, não se justifica que isso seja tido como 
anormal, tanto do ponto de vista semai como do estatístico ou 
lógico. 
com relação à homossexualidade corres,pondiam à a 
a formular por S1 mesmoS o ",u.,u>_'_ 
viam começado, consolidou como seu 
do movimento de gay 
insíght 
a 
17 
18 19 
rll1rpr'''ln a uma compreensão mais 
ocupa a homossexualidade 
na de cada um. Se nosso exame tiver o 
significado da homosse:\Llalidade no da realidade e 
algo significarivo e 
mar de de Eros, o causador e 
a Psiqué possa ter cega a 
n-:emo, vamos o destino e tentar um 
desse deus em todas as suas encarnações. 
Com essa finalidade, a do será dedicada a usar a 
grande das teorias a respeito 
60 anos para examinar a gay masculina america-
na contemporânea de uma não muiro comum, mas bas-
tante a arquetípica. mesma forma que o pensamento 
psicológico dominado por muito tempo por Freud e B. 
F. Skinner, a homossexualidade tem sido 
20 
.tI os temas 
mento humano tão e 
e o homoerotismo? 
um homem ao outro, uma mulher a 
encontram sua melhor pvnl""<:~:~() 
dos desejos homoeróticos e das relações 
pei;SO;:1S homossexuais das l1e'terIDs~;eXllalS 
clínico ou simbólico? 
temas arql.letípicos comuns que reforçassem a encar-
de Eros na ou, em expressão 
envolvimento erótico com outra ou mulher, do 
mesmo sexo ou do sexo oposto? 
de temas ar-
"'""''-'",, o 
mas que é a 
I-N'''''-''V,5'~ junguiana: um sentido de au-
UU'IJL<UU,-u,,- importante nesta era cm 
a mOlte c a redenção de 
21 
1~,-ual1V. Nesse momento, nosso a 
gay masculina americana contemporânea, procuramos discer-
nir temas arquetípicos presentes nessas vidas, tamo num plano 
como pessoaL O objetivo é mostrar o interesse da teoria 
ca da orientação sugerida ames não se aos 
ser de 
22 
2 
ea 
) 
'lT"\'N'><:r>n'r'l é ler Jung, o escreveu e deixou 
no,m()ss:exualla:aa<:::, o que desenvolveu 1J1t;UcUUCi 
No 
Jung, vem-me à mente o termo 
um determinado assunto ao invés 
de ir dircto ao ponto de forma lógica e 
os textos deJung sabe, porém, 
rurez::a 
Coa:'J iremos demonstrar mais 
a observatr o "''''U'-.lVll<UU 
a falta de importância 
diSE:lnaa:memo de Freud. Muito 
Irio se considerava, ao 
rn'TEr<...- uma nota introdutória 
Jung 
siruo meu trabalho a partir Eugen Bleuler e Pier-
que foram meus professores. assumi a 
de Freud, já uma amplamente 
6. devido a minhas experiências com 2 realizadas inde-
de Freud, e à teoria baseada nessas ex-
foi por uma 
pr::nclpIO à teoria e durou até o mamento em 
em princípio sua teoria sexual conuleu m{~[oao, 
24 
é estabelecido 
somente o é para sempre toda e qualquer 
Mas isso já não tem nada a ver com os de narureza 
'-"_."un." e sim com um desejo pessoal de 
No sua carreira, várias 
10InO'SS(;X\l~UlmiOe em seus reve pa-
e da questão mais 
lugar que ocupa a com todas 
na esfera maior que é a personalidade do indivíduo. 
pequena que Jung parece ter 
nfTl"C'''F''n ,,,,<\ ... ,,, .. ,,_ em sua obra é um fato tamo quan-
Positivo porque nossa revisão ~"JU"''''' 
o esforço de um especialista. De fato, como veremos, 
eSSa brevidade revela uma de pensamento se poderia 
considerar em se tratando de Jung. Mas também 
deveremos abrir mão da quantidade - tão valorizada no 
Ocidente - em favor de uma apreciação mais qualitativa do que Jung 
teve a dizer a respeito da homosseÀ'l.1alidade. Este é um às 
vezes capcioso. Como sempre, é preciso lembrar Jung ~unca foi 
nem pretendeu ser um teórico da homosseJ-."Ualidade, E 
estar atento de um lado, a 
e, de 
rr..~"-.r.,~",,n'''' ho-
mossexua! e um '-~'<"'I_"_u,~ nunca seremos ca-
27 
plano. 
vv''',,''.'-' - de fauna 
homossc;\'Ual renha com toral o inc:ol1lscíente .'1.<",,"",,_ 
do o campo do consciente para o componente heterossexual-, o co-
nhecíltnento ripru'ít'irn moderno nos a inferir que efeitos 
res surgiriam da esfera do inconsciente. Esses efeitos teriam de ser 
encarados como à do componente heterossexual, 
ou seja, oposição às mulheres. Mas em nosso caso não há 
evidência disso.7 
seÀ"ual, ou . é 
U.'!:é';>~.!:!~.':"' .. ~l,!~}.~"".'.'",tb~!, . .',';~!.~!-"!!;'<"" ""'''' óoque O ultrapassado conceito 
uma adequada 
de cenário. Para isso, precisamos uma hipótese já que só 
se pode pensar nessas permutações de sexoenquanto processos dinâ-
micos ou energéticos, Sem uma alteração nas relações dinâmicas, não 
posso conceber como um modo de ser poderia desaparecer dessa ma-
neira. A teolia de Freud levou em conta essa necessidade. Seu conceito 
de componentes eventualmente substituído por um conceito 
de energia, O rermo escolhido para isso foi libido.s 
Jung concorda aqui que a libido é uma concepção útil do 
componentes fixos e o comportamento se-
o componente homossexual, "sem deixar 
, Jung o componente l1o:mCi$$(!}; 
nereros~)e:x:uals surge 
uma es-
esta não é a verda-
28 
deira razão. A verdadeira razão é o estado infantil do caráter do ho-
desse artigo, 
psican::!lírico e, de 
edição, Em suas '''''J,.n'M'' 
''-IJ''_''''''',ll'' uma tentativa "o dever de 
uma baseada num conhecimento adequado dos 
tos, Parece-me que a psicanálise carece dessa avaliação intema",lO As-
a. respeito bomossc:\."1Jalidade 
homosse-
e Fordham, editores 
"um ponto crítico na 
que acabara de 
a do inconsciente 1J""~,,,_'a. 
consciente 
vessar 11m rio muito largo. Nc70 
afra vessá-Io. 
mentos para a 
um 
rr,'I_/rlP o pé e 
É uma 
muilOS anos, A 
",""p<"",., e é tão nCIYOSa 
em comum, A 
Corno a 
seus s~l1ti-
se a atmosfera 1J"-'-Ui>1'" 
03,Cl(!me é um rapaz de pouco mais de vinte anos, ainda 
com a de um garoto. Há até um toque de 
sua aparência e no modo de se revelando uma c:uu ... ,'I.-'" 
Ele é com interesses intelectuais e estéticos 
muito pronunciados. Seu esteticismo é muiro evideme: tornamo-nos 
conscientes de seu bom gosto e de sua apre-
todas as de arte. Seus sentimentos são uc,u'-auu.">. 
da 
esse que ele 
tenha vindo me procurar por causa de sua Na noi-
te anterior a sua ele teve o "Estou numa 
lImito espaçosa e cheia uma misteriosa luz crepuscular. Al-
guém me diz que é a catedral de No centro, há um poço 
do e escuro dentro qual descer".J7 
A descrição 
uma 
mãe do maS 
a 
não há nenhum 
para mais 
mãos da mãe. 
vesse se um as 1n-
s do garoto. O para a 
numerosos precedentes históricos. Na Grécia 
como também em certas a nClm~:Js~;e::<:ua 
da de era essa luz, a 
de uma má com-
de uma 
U","',_'- ter uma visão nr,,,,r,u,;] 
Apesar a linguagem 
enquanto 
"má compreensão" de uma nE:ce~SS]laa:ae muito 
não qualquer cond1en:lçao mais séria. A .",,""'-.-
Juog ver esse num contexto mais amplo do 
o moralismo pós-viroriaoo do início do XX também 
urna surpreendente para a época. 
O impommre é a de Jung de encontrar o 
do dessa homossexualidade adolescenre. Embora Jung certamente 
que a descoberta do significado a 
cura e, portanto, poderia resolver a 
parte do que um 
que inclepende de seu 
busca de um significado individual na 
se relaC:tOfl3 
rer. Nesse caso, a 
do mesmo sexo, tOJne~cendo 
ao 
tc. Dessa 
rcgistrada da U;:'ILUJ,Vlê:IL1 
interior. Dessa .u.n ...... 
10t;se:XUI:lll:Cl.0C; 530 exemplos "uma aa3pltacao 
uma falta de capacidade de se FPI::ritl-
hOJl1o:5se:!ru;3t1id:ide é 
c::f""rplfV"'l;s"I: ma-
ruo-iint1eg][3.cla - sua anima. 
tanto a 
como a \..h~L .. a.u het(~rckSS4~l3J Sio dos mesITJ:OS mecmis-
mos psicológicos: a e a projeção. Na a 
persona é projetada da identificação da 
AUdiJ'Lldl.R •• a por causa da 
persona. O que Jung nesses casos, 
nem a homosse.\.1Jalidade nem a hetcroS5e.\.·ualidadc em 
inconsciente dos projetados - o 
-, dai a nan:uez:l muitas vezes mal-orientada da ooildio';se-
homossex1Jal ou r.e!ert:!S5i:::xtlat 
Em ,"', .. ,,"' ......... pn.ocQJ!o uni-
A 
36 
amor, esse curto artigo sua discussão mais extensa a H""'\.A •• HV 
Como o tema é o amor, Jung co-
enumerar as o termo tcm usado, 
a 
a homossexualidade masculina 
grega.24 
PV1,"""t.,,,,,,,,,,,C sexuais antes casamento. Durante a UUIJ'-!ua.-
as eX1peliel1Cl;as homossexuais e essas são 
se admite em As o .... ,.,,,,,.,"'r,,,,,,,, nete'ro:;sexums 
e nem sempre de uma 
mais extensa e mais 
e a as conse-
para o desenvolvimento da 
umcultoes-
no homem. Ele se torna 
cioso de valores estéticos etc. - numa 
é a seu 
com ""~P1n,,,, LH''-'J''''.;:) entre 
Estes são a de que Jung não faz qualquer conde-
nação taxativa ou unilateral do fenômeno. Ao contrário, reconhece 
com variedade de relacionamentos pelo 
por a 
de uma relação entre um 
vem, uma relação que pode, na sua ser 
e lealdade" Apesar disso, essas condições nem são surlCl.entes 
o "desenvolvimento da personalidade" à ameaça da iU~::::111.11l-
cação da anima e o resultante "comporramento efeminado 
ao [do homem]". A mesma é feira sobre as 
quando Jung comenta 
aos homens reforçam "seus 
"seu encanto 
Apesar dessa 
serva r a 
é condenada por O que ele 
mosse:\"ua! com base em seu efeito ou prejudicial para o caráter 
pessoa, procurando ver se sua expressão ou impede a integra-
Nesse método de avaliação moral a que ho-
mosse)oJalidade e caráter podem ser separados um do outro. Não 
dúvida que Jung não susrema a uma personalidade ho-
mossexual universalmente presente em 
ção pelo mesmo sexo. Em sua o 
homossexuais quer a priori 
pessoa, já que, em suas 
não de 
nos distanciarmos um pouco 
um PflDoess;o 
40 
homosse:\llal a ser um 
e a personalidade do 
do que se pode 
nO,n1()SS;eXUalKlaae. Quanto "mais" 
va-
como a e a na um homem 
rn",,.,t,,,." homossexual pode chegar a ser um educador 
por causa de sua . Jung o que dizer com 
mais ou menos homosse)n.IaL 
Uma das possibilidades é que esteja se 
relações A 
nações homossexuais pode 
sim manter a lealdade e a 
Jung o grau de 
observável do homem com sua anima. Um 
ll!IUL'lUC inconsciente e, por conseguinte, 
e "efusivo ll , com a 
na opinião de)ung. No entanto, um homem ape-
identificado com sua anima e, portanto, menos 
provavelmente uma relação boa 
com seu lado feminino e se daria nas águas traiçoeiras dos 
relacionamentos entre homens. A primeira explicaçào é mais prová-
vel do a segunda, uma vez que a identificaçào com a anima e a 
homossexualidade não são de forma e Jung não 
gresso 
como 
e 
se interessam menos 
como as discussões 
de amor verdadeiro. É por isso sofre 
como muitas outras 
é inundada com o 
1.:1111<1.:11,'1.:1 hon10~;Se).:uals mostram claramente 
Ã'Uais servem 
do pelos pais. 
Esse caso contrasra interessante com a IJU':>:>JiU1HU<I"-"C; 
de uma relação 
No 
em as a 
qual, neste é secundária em relação à dinâmiG\ emocional 
subjacente dentro da Tratar a criança por causa de sua 
"''-'.''U,Ul'-','''-''-' parrindo, por do 
de sentimentos nào resolvidos ou 
o 
",-,_,,,,,,,,,U o do tratamento 
de Lourdes. Apesar 
do caso pela 
sua sem qualquer modificação, 
muitas vezes de forma Deve-se, portanto, supor que com 
mais exposta em "O problema amoroso de um estu-
via alguns casos homosseJl.'Ualidade de acordo com os 
antigos conceitos de imaturidade psicológica e materna 
não Diante do trabalho que ele se dá para o caráter 
algo e muito volrado para a estética do rapaz, é de sur-
preender que Jung tenha reinterpretado esse caso com mais 
fundidade, usando o de alma-imagem, ou da 
'-'''L''''-LL' os traços de personalidade sua 
em suas bem como seus sonhos. 
E não ter feito isso pode ser pelo fato de o caso é citado 
não no contexto uma discussão a respeito sexualidade ou da 
uv",,,,\::.'\UHAl'Ua.'~l~. mas uma ilustração, para um grupo de eOUGl-
dores, do método junguiano de interpretação dos sonhos. 
No entanto, dá mostras de de mesmo nessa época, 
ainda em mente sua teoria homossexualidade enquanto re-
sultado de uma ligação com a pessoaL No mesmo ano, 1925, ele 
cita o seguinte exemplo em as a psychological relationship" 
CItO casamento como urna psicológica"): 
44 
se mantém inconscieme 
",,,,,,,,,'v.,,,,, .... do casamento 
aponta o 
se vêem num papel novo, 
mulher tem resulrados Ela 
uma boa companheira para um homem sem ter qualquer 
acesso aos sentimentos dele. A razão disso é que o animus dela (ou 
seja, seu racionalismo masculino, que com certeza não é a verdadeira 
pode ter barrado seus próprios sentimentos. pode 
até se tornar frígida, como defesa comra o masculino de sexuali-
dade que correspondeao tipo meme Ou, se a rea-
auroclefensiva não ela pode desenvolver, no 
sexualidade própria mulher, uma forma 
agressiva e urgente, mais caractenstica do homem. Essa 
um fenômeno voltado para um que é ã viva 
força até o homem que desaparece terceira possibilida-
de, favorecida sobretudo nos anglo-sa,'<:ões, é a homossexualidade 
opcional no papel "1<1;)"'-'''H'U.--
A homosseJl.'Ualidade é mais um vez com a posse do 
embora claro que essa posse pode assumir várias 
concretas e derivar mais de fatores sócio-econômicos do que 
mais atento notará como Jung identifica o 
mulheres e o coni os homens. Na que on::CE!de 
trecho citado logo várias coisas diferentes. Ora 
que "vemos no processo com o padrão 
e que 
45 
As pessoas mais 
romode 
O mais ;~,,~~,,~~.,,"~ 
tas vezes assume uma outra 
é caracterizada 
rhpO"r'llm à metade da vida 
roral da anima sem seqüe-
h~,~,,~ é ser homem. O jovem 
aninzade 
U\.J'l1\..II,'\..l'\,) humana", Jung forma no trecho acima 
que nem a identificação com a anima como estrita-
é a ligação entre a 
do Hermafrodito ou "Homem Original", um 
psicológica - o Self. Se a homossexualidade 
"0";""0"'''''') a uma se::\.'Ualidade ligada à 
do Self, não pode ser Essa 11"',,"lL.11~" 
postulada por Jung torna sua visão homosse:\'Ualidade mais e não 
!1<l,HV'U1t,a e a união dos contrários simbolizada 
por ele é lima boa imagem para se ter em mente a essa O 
texto em que Jung menciona a homosse:\1.1alidade, eÃ."traído de sua confe-
rência de 1938 inrirulada Psychological Aspects rhe Mother Archerype 
""'-Vn,'h"-'-''' do Arquétipo Matemo), revista em 1954, mostra 
como ele lima avaliação tanto como negativa homosse-
Ã'Ualidade. Ao como um dos efeitos do complexo ma-
terno (junto com o donjuanismo e 'impotência ocasiona!'), Jung a 
a homosse:x'Ualidade à anima: "Em complexo materno mas-
culino, junto com o arquétipo da tem também um papel signifi-
cativo a imagem do correlato se2mal do homem, a po-
seu pensamento torna-se muito mais nuançado: 
Uma vez que o matemo' é um conceito da 
patologia, sempre é associado à idéia de dano e Mas se retirar-
mos esse conceito desse seu COnteÃ.LO mais resrriro para dar-lhe uma co-
mais veremos que tem vários efeitos 
um homem com um complexo matemo 
mente diferenciado em vez - ou da 
natureza é sugerido em seu O bcmql (ete.) Isso lhe 
a que muiras vezes esta!:X:!e<:e 
surpreendeme ternura entre os homens e pode até 
{re os dois sexos do da impossibilidade. Esse de homem pode 
ser dotado bom e senso estético. ( ... ) Pode ser !:::},llaUl\,l,UI<lll.:t-
mente bem dotado como por causa de sua intuição e tato quase 
É que uma sensibilidade a História, que 
seja conservador no sentido do reono e que do 
oa:ssa,dO. Muitas vezes, é dotado de um rico sentimento de retí~()si<ja(1e 
48 
pai.! a realidade - e de uma re-
Dado o contexto dessas é questionável se 
descrevendo os possíveis efeitos do matemo ou 
"V'~ld'" ligados aos homossexuais masculinos: 111'-Hil,,,-
quação inata a do setor serviços (como o ensino), e ape-
go ao passado. Com relação a esses a do 
de liberação gay com causas progressistas e politicamente 
mum nos círculos 
celibato ou os pomposos um papel 
to instinto religioso parece ter precedentes .r~,",.·",r." 
adiante neste livro. 
dos ho-
os homens 
estrelas 
e Gloria 
Essas imagens estereotipadas dos ser consideradas 
por Jung como ao que ele complexo materno na 
base da homosse~l:ualidade, embora o trecho acima bem 
claro que positiva ou até elogiosa sobre esses 
geral. A razão 
em que a noção de 
49 
o do mundo que ele, como cada 
encontrar o tempo todo, nunca é exatamente o uma vez que 
nâo cai em seu colo, nào vai encontrá-lo na metade do mas 
permanece tem de ser e se submete apenas à 
É um mundo que do nomE~n1, 
seu 
cer com suas 
f"'0.n"",,,,otn de uma 
"'''U.1UC<U'- externa 
e encara a 
serltlClO de obter 
53 
ressante nos atermos a 
Por 
tanto, na carta 
Um caso de neurose obsessiva me abandonou no clímax eb resistência 
Isso me a minha e 
o rumo das resistências. Parece que a 
ebs 
tremenda vantagem 
to razoável permanecer no 
a se casar. Ela também seria muito 
o mundo como fazem os cachorrinhos. 
Isso 
55 
56 
sentir em 
de mãe. 
às ou a a 
l\Iais 
rel:aca.o à mãe. É, correto dizer 
indiretamente como de 
Por causa de sua lidistância em 
'-1"1'''1'''''' às , o filho na mãe está sob o 
do auto-erotismo e de uma auto-esrÍma A carac-
rerística dos adolescentes em ao sexo feminino é Si111-
um mecanismo de defesa contra a mãe dominadora e não 
como 
uma menção feita à 
grega, bem como uma alusão 
Platão numa carta a Hugo em 
das de à homosse)"llalidade em 
muitas mesmas 
\..UL"la.UV, é claro - propostas 
Destaca-se entre essas 
57 
58 
já encontramos. 
A 
branca não estaria 
seria uma 
do 
mais racional a 
sua 
para se tornarem conscientes de sua 
não seria uma 
mais indistintos ficam os sexos. O 
da homossex-ualidade na ;:,v,-,,-,ua,,-',- moderna é enorme. É em 
fenômeno nrtwv", 
3 
As e a 
homossexualidade 
perto os textos 
como no capítulo 
Por um lado, que de qualquer modo nunca 
um modo geral, nào chega a ser um teórico 
POltamo, ao seus nào temos a 
examinar uma teoria a esse respeito, mas 
maneira Jung um teJ1ium non datllr- uma 
próprio gostava de - entre as teorias comportamen-
da no conteÀ'to da "confusão 
momento histórico. Dessa 
do 
de inicio uma 
nào 
rextos 
mais dUC;UUdU,"l 
u"" H.te! teoria PSICC)!o~!C'a, 
mesm3 nào se pode 
ses estatutos são 
61 
soas 
A terceira opinião de 
OU aUUllüU.l" 
as crenças re-
neutralidade crescente 
pode-se até argumentar que tentar fazer qualquer a res-
ou negativa homossexualidade de um in-
em terreno perigoso. 
Ui.:>lUl .... .,.'-' feita por Jung entre a orientação sexuaL 
oerSC)n<ül(laCle é uma me-
uma vez, essa dLlllUlll-C 
sentido de tornar a OSlccílo12ia 
quanto o que exigiu 
cas infundadas e uma dl<:;U\..i;1U 
e com certeza a ma is 
é 
muito 
ele 
a.u'-,,,,,-,,- como intrinsecamente está 
que o é o a ser 
tratamento. Isso talvez já não se deva à crença de 
terossexualidade teria uma biológica, como se .... "'...,,,.,,,-> 
em relação a 
a 
vimento torna manter qualquer 
trínseca da heterosse::\llalidade como superior à nOffi()Ss:exuauoao 
'-.>",,<UJ<vv da homosseÃ'Ualidade lista de distúrbios mentais - inclu-
sive a homosscÃllalidade e egodisrõnica - da APA reforça 
essa revisão do pensamento psicológico a respeito 
dade normal ou 
A atitude de Jung 
68 
ou no 
muito menos severos em seu julgamento dependência, ver a bo-
um problema com o 
Fica 
essa 
consciência matriarcaL 
70 71 
72 
cOII/llnctio. 
74 
Os 
ea 
i".'-"'""'''-''' têm a sobre 
77 
rem 
Mas examinemos 
é 
78 79 
A bomossexualidade e o arquétipo 
geração 
80 81 
82 
A 
representa 
imatura, Essa nora 
escreve 
em 17Je 
As características da sombra 
maioria 
cita a estatística que 
i .... 'l •. t'"LU.:> Unidos tiveram em 
a de 
algumas das teorias e atitudes 
como a função 
a homosseÀ\.laliclade teria na viela 
85 
que 
Unidade que dá um sentimento de seguranp e 
coragem necessária para abordar o Oluro 
daI para os 
outros tipos de '.d",'-"~''-',VJ 
muitas vezes a sentimentos de 
uma vez que são condenados com 
e morais. 10 
87 
não é de 
estima, 
88 
se 
não se 
n",..,.,~,,..,,, com um ua,J.:><>'-"J 
A vida de casado nesses casos um 
Seria ainda menos ,.,,,,,,,,,,,,,,,,, 
60 
seu tratamento: 
uma ou 
apresenta com 
romper o desastroso padrão de en-
leva muitas ve-
Não tomei "'-'"",, .. , uç,,,,,-,-v - embora com o coração 
ao Refleti que ele 
rr,"r->rlr. e aceito por mim como era e que 
eu não deveria .nfArt.:>r. 
tar essa ~~'''~''':<'' 
que entrasse em cantata com os 
ser tomado como a 
de e!a 
89 
90 
o tempo rodo com '-H.!11"'" 
ao mesmo tempo, 
ma, em termos puramente 
sádicos para seus melhores Ele então 
ria lLH:l com sua Isso foi no começo de 
nocícias. 
"As coisas estão inelo maravilhosamente bem. Esrou muito e 
trabalharcomo atualmeme. Mas 
t::lmbém se 
um 
muito em comum vista artístico. Com 
conciliar os dois de minha viela. Amo-o 
mas isso é secundário. O é nosso comaro es-
um 
91 
mesmo sexo, numa de 
comum tamo entre rapazes como entre 
o amor instimivo 
ceder seu a 
não continua observando de 
dos - como na de 
uso a 
:>llUct'>rVÇ.:), Não fosse pela Sll11stra 
talvez não seria necessário fazer essa (lis-
a de 
escreve: 
o noivo o casamento com o limão da noiva 
se a menina tiver mas não ainda núbiL Um irmão mais 
se tomar o amante do e voltará para sua comuni-
til lO! !lU" ela estiver pronta para o casamento. Dessa não 
são só as irmãs que são como esposas, mas isso 
o casamento. rn,·.,h,,,,~, com os innãos. 
Sendo csce o caso, toda a ;:'U\.:leua'ue, 
como uma "mãe masculina", 
Deve-se ter em mente, portanto, o que se a respeito 
'-V'"'r'U',",>«V ,,>,"'-".1U'U na entre esses cu-
do casamento um o de in-
cesto do outro, antes da união esse desejo é realizado em sua 
surgem dentro dessas condições que, 
'';''''''-'>',,-,,,,,,,",V do termo, 
não o são mais 
evidências externas 
a 
encomramos nesse paremesco 
do que há muito se 
sexual é um substituto para o 
soais e estes em "mãe masculina" 
vamente dominadora constelada no sistema de .... ",.""",,,, Essa a ver o homoerorismo ou a 
dessas relações como 
incestuoso do do 
não como uma 
neSle caso entre o nr .. 111"'rl"_'l 
to ele sua 
a so-
que ele está 
nvorr",.,,-,pcor é a anima 
o homem 
À'-'_f."v''' __ ' errô-
Este é um fenômeno que não se limita à 
, mas que emre vas como entre '-''-'''''''.''''~ 
moerorismo comt~m 
XX. 
soci~~d"ldé:S nativas e só mais 
et~;raiSS(:::\"1JaL Encarar a é, no entanto, 
100 101 
102 103 
o 
bem no momento em 
do 
104 
cosrunu se senrir muito 
muitas vezes 
de 
ter 
1m-
105 
108 
mais ou menos imensa" 
Von Franz cíta a teoria 
U<\LU1<tI de annconrt"lnr::] 
ZJ. 
mento e 
aeternusou 
os 
110 
acima de as outras 
sc:-."U:lis. No entanto, é 
112 
5 
contemporâneas da 
homossexualidade sob uma 
1 
ll8 
Só de enfrentar os de 
inconsciente que simbolizam SL::l 
a seu consciente é que Maurice torna-se finalmente capaz 
de se rranSf0n11ar num individuo 
um tipo de, momento eremo aceira sua ho-
momem:1neamente seu verdadeiro 
brotam corpo e o 'ee' que ele fora treinado a 
"'Pty'''''''''' por . Ele que não é "nem CO!PO 
do romance com 
creve: 
Num contraste com essa e 
mente K. Marriott 
erra seu tanto no respeito às considera-
ções psicológicas de Centola como à intenção de Forster. Saltando 
sua objeção à de Centola da como um fL-xo, 
Marriott se 
Da mesma forma que a a homosse-
não poderia ser? Nos dez anos, desenvolvi 
com três homens comprovada mente homosse-
mmbum deles buscou causa de sua e t no 
enranto, eles mudaram 
119 
120 
a homossexualidade é quase um caso clássico de 
que o homossexual é uma ameaça à 
da enquanro 
ea 
fenômeno aberrante andam 
da 
pon::lnro, na cultura 
consciente ocidemal para c,H""!,,,,,, 
o racionalismo 
mítica da realidade e não 
e não:.l homossexuali-
uma 
são menos estridentes em sua crítica a maneira como a psicologia 
trata da mas nem por isso são menos diretos 
122 
Seria o caso acrescentar a essa r'""cr~·,r" 
mosse:::-.'Uats imaturos a crescer e se 
a raz:lo 
124 
e nos amores 
como Von Franz: 
Essa via do 
por seu 
Buscamos essa 
dos Uffi:1 
e seu anseio de ser curado 
a nós como a sombra que 
vidas. Buscamos na união 
dos e1l.l:remos. Nosso 
extremidades 
de tão idêntic:1 
de nossa luz. 
Outra metade 
mitos do Eros da homosse-
prover 
de Pan, o 
mesma homossexualidade com a 
de ..... ",,.,-y,pc 
nào é a ali ima na 
o ser do mesmo sexo, 
assim como a ollimalonimusé 
ue sexos como na 
um autor 
em seu artigo 
a ani-
apesar disso, não é a som-
sumeriano - o Enuma Elish 
ea 
pode ocorrer da busca IICl" lH " 
pIo é uma pode estar ou 
nào, Isto é, o tema do incluir uma tendência para a homos-
mas ele nào é necessariamente um do homos-
127 
do amor entre 
éo 
como o terreno 
o 
de 
escreve: 
comportamento 
no 
131 
"~"V'~~ com o falo e não na 
devem ser que se trata de uma 
como um homem lida com sua é onde a U;.tl,Ul'Jld.J'a. 
fazer do 
tanta certeza, apesar de 
de que só com uma mulher havia 
ras experienclas se:XLlais realmente 
S30 comumente associ~ldos 
e 'hererossexualidade' não se susten-
,e,,''-l,,';) como essas vividas por de 
os seres humanos são - ou se libert:1r -
soas com 
momentoH•43 
O terceiro caso 
134 
sexo e aumenta o do amor 
com base nas uÇ'"Ço",,~"a"",'-., e ae~;eIC)S 
,~r~r"'" se essa 
não refletiria uma fobia na culmra em 
e 110S olhos umas das outras 
irá então a alma 
ICe>LJlLJ.. exceto no contexto dos 
A casa 
6 
a 
e 
141 
140 
na orienta-
seria 
ver o todo em vez das 
142 
não se ela é constante ou 
como em outras 
que estão 
peito 
An- tames 
'-'!-''-'v'VJ contra-sex'uais 
144 
para se ter em mente, dadas as pressões muiras vezes exrre-
os 
histórias 
147 
148 
outra, na medi-
150 
A 
Fomos 
roupas e 
de sapatos no 
Francisco] e 
de 
do 
o casamento e arrumou 
usarmos na ocasião. Vou até uma enorme 
Earrh Access na da de 
sapatos de saltos azul-turquesa recobertos 
calçam muito bem. Fico imaginando se há um vesti-
para combinar com as lantejoulas. 
duas 
com 
uma feminilidade interior ver-
servir como base, que 
vu,~~,~~ com ele, uma 
e não meramente atribuída a 
Ulanov os companheiros Dorothy na estrada como 
ção e a 
dessas 
do chamado animus a ser 
tem do Self. Esses fragmentos 
do animus- na forma do Espantalho, do 
- carecem de r<ÍJ,~pr",,, 
gem e a - qualidades 
triarcais ocidentais com o homem hererosse:\"Ual -, é uma 
tanto as os 
155 
1 
158 
cOntra os 
autêntica 
dos 
e assim 
entre os 
muito pro-
'0 
'-Vj,jH~'j'-"V '0 
Estou romando o entre a multidão em enorme 
numa cidade medie\"al que tem um:1 imensa na 
. e:1 multidão. Um 1110n-
de convidados de um C:1samento, entre os 
usando um vestido muito 
- um vestido de casamento 
ela passa por mim. 
Sreve está dando aula numa e 
eu estou entre os alunos, Há para serem traduzidas para o ale-
a menor idéia de como fazer isso. A classe transfor-
pc,,,,,,,,~,,,, de santuário ou 
tentando embora os em 
Esta é a piscina de Pocahontas. Al-
guns mas eu me viro muito 
Estou a "=,~Y;r·r. 
realizar o ritual de para 
No começo, as instru-
do com óleo de 
~Hnha tia está descrevendo a comunidade onde seu filho vive em San-
ta Barbara. As mulheres desse 
têm um caráter sexual. À 
de uma mulher muito 
màes tenham um orgasmo. 
de cantata um clarão de 
rtenoem a uma seita rituais 
elas encostam seus narizes no retrato 
elas ou suas 
isso (no ponto 
e então eu tento a mesma coisa. 
ainda é 
7 
do 
" ' arquetlplCO na 
a esse são poucos os uv","' ..... , 
dos, os travestis ou maníacos por computador 
.n,,""'-""'" homossexual Hl<'0'-'Ulll 
os garotos e os mentores como 
pode ser encontrado em outras culturas, como 
nas O medo aos 
que seriam e 
relacionado pelo menos em 
zes encarnada na Vl,'V.:;>,,-,,, 
estar 
Oerct:bE:r como essa é 
retratam de forma \-_"LJ"'.1CO 
170 
mas encontros eróticos com um "."", .. ",r,,., 
recruta do exército e sar-
e 
pessoa, as 
vez que o protagonista teve 
e percebeu que era gay. Ao 
iniciação, essas muitas vezes 
com 
'ínnão', ou 'duplo' como 
171 
mais extrema no 
urbana. As 
172 
escanda-
'1~'-""11l'-~;:J o travesti a esca-
da casa. Os tiras parecem 
com um que pare-
175 
cinco anos 
178 
amarrado ao 
bem abertas. Eh:: boras pretas e está em 
o É assim que o encontro, 
Estou numa cena de sexo que amarram 
sem comer dUf::lnte um dia 
revezam em me :";0 emamo. um 
- o mais velho e mais masculino e sensual dos três - se demora me 
'-\..I.tCI,...;!.V de nos até que eu, 
rece est::lr 
gozo. Fico 
está à venda no mercado e faz com 
o sexo e o homem pa-
que se re\Tela 
o 
rame até 72 horas mamemos de 
e ::la mesmo acho graça e ficoexcitado com essa hu-
e me pergunto por o efeito e o que 
vou rer de fazer para me esconder. 
Andre\v l~,n~."", heterossexual de escola 
em casa para me visitar minha mãe e meu 
se ele mim no e aos 
tre minhas pernas. Acaricio o 
milos. Ele tir~1 a camisa e me diz 
mas fica 
vai se deitando de COSr:1S en-
e o peito dele. sentindo seus ma-
está um ele 
para mim que ele quer sexo. 
nele. Aí é que 
nervoso: ele nunca fez sexo com outro homem antes. 
estamos senrados e me diz para 
Eu tento eXC1La-lO 
saírcomi-
xuais nesses e 
essa interpretação, com esses atos de "L'.lU\'.,-'V 
os homens 
No entanto, se reconhecermos que a nom()s~;eX:U<",lU<"U'­
humano e nào um 
nos 
180 181 
a 
182 
8 
ea 
UIUa tradicão 
" 
do berda-
um 
e n;1o são vistos como 
elos americanos nos na 
184 
viver nào uma 
se é que se pode 
- sào usados para determinar se o me-
nino é ser Às vezes e em algumas tribos, são 
usados certos testes ver se o menino prefere o papel 
ou o 'masculino'. Em qualquer caso, a berdache é vista 
nessas tribos como uma expressão do 
cedido 
morta. 
187 
era 
êX3tamente 
';} que como uma troca de 
!)onente como um com 
Sreyenson chama de "uma vontade 
bem como um 
resistência, Por essa 
e Srevenson 
em muitas ocasiões".12 
188 
se vestir como o sexo oposto - ou 
não t:10 e crua. com a ' 
cimento elas correntes 
]91 
J 
.vi, c,".,~" americano em no , 
reco com momes de roupas e oO'lecos 
com Ullla corei::! ::1l11arrada nos camos eI:JS 
sinto a 
193 
mens. 
194 
IÜO nem um 
CII><1\X'c'é> com meus e 
Eu ex-
soa atrás de mim. que presumo ser uma 
gumencamos que a dos 
considerada como inexisteme. Ela e eu 
J\.Iais reunião vou até 
mem louro muito 
bastame sensual. 
com o cabelo conado e uma blusa 
que idade renho. Eu 
ter que p3rece uns 
uma massagem em meu 
Ele reage de modo ímimo. roc3ndo-me. Isso acomece 
de um programa de TV chamado Brotbers que rem uma se-
bast:tnte Deixo dolorido com minha m3ssagem. 
UC:ll.1Lll. e eu esrou à altura da ele 
Ele a mão na minlu camisa e vai me acarician-
[\'esse momento. ele se (orna ao mesmo [el11-
que está no exércíw e sobre 
que está rendo para 
Estou 
compro suéter muÍ[o 
do 
umas compras: 
com listras em ::Il'co-íris 
combinar com minha s:lÍa. Estou muiro 
m:ls a GUl1a num 
Em uma, esr::unos o e eu. :\a 
:\0 isso acomece porque minha 
à vontade com o fmo de estanHOS 
9 
a 
co, ° xam;l e ° 
Stein. 
197 
em certos mamemos eu tenha uma 
ele 
200 
, 
202 
Princeton Uni-
ton 
1 
que 
Alfred 
\'\'. B. 
2. p. 
3. O leitor interessado nos det31hes desse fascin3nte 
4. 
5. Col!ecfed Works CBos-
2 
Jung e a 
L C\X' lO, p. n. 5. 
2. MDR. p. 150. 
C. G. Dr('olll notes 
\'\'iI!i:un "-!cGuire (Princeton: Princcron 
4. C. G, C. G. illten'Ü?Il~, mui el1cOl/lllers, cd. William 
,,-lcGuire e R. F. C. HuI! (Princeton: Princeron Press, 1977), 
5. C\V 18. p. 382. 
6. C\'\, 4, p, 109. 
!. C\V pp. 109-110. 
8. C\I;' 4. p. 110. 
9. CW.í, p. 110. 
10. C\X' -í, p. 86. 
11. CW ,p. ". 
12. C\'Ç7, p. 81. 
13. C\X' 7, p. 82. 
11. CW ,p. 83. 
15. C\'i7 7, p. 83. 
16. C\X' 7, pp. 86-87. 
17. C\X' ,pp. 102-103, 
18. CW 7, p. 106. 
19. CW 7, p. 106. 
20. CW, 106-107 
21. C\\;' ,pp. 107-108. 
22. "-lDR, p. 
23. CW 6, pp. ·i"71-4i2. 
2·i. CW 10, 99. 
25. CW' 1 p. 105. 
26. CW !o, p. 107. 
27. CW lO, 107 -108. 
28. 0'\: 1 p. 100. 
29. C\,' 10, p. 112. 
30. C\\:' , p. 127. 
31. C\'\" p.127. 
32. C\\: 17, p. 191 
33. C\V 10, p. 119. 
34 C\X' 10. pp. 117-118. 
35. CW 5. p. 388. 
cw 9, parte I, p. 7I. 
37. CW 9, parte I, p. 85. 
38. CW 9, parte I, pp. 
39. 
40. 0'V 9. parte I, p. 199. 
41. CW p.170. 
42. CW p. 2180. 
CW 9, parte p. te 
44. CW 9, parte II, p.li. 
CW 9, parte U, 
46. Freud/Jung, pp. 297-298. 
47. Lettcrs, voi. 1, p. 
48. CW 11, pp. 311-315. 
49. vaI. 2, p. 16. 
50. vai 2, pp. 
51. MDR, p. 239, 
52. pp. LII'-L,,.L 
a 
3 
1. Homose:'I:ua/ity and amerfcan hn'rhinj',.,,· 
Yark: Basic p. 11. 
2. Wardell E. Martin, Sexual bebauior ii! 
Ibe bUmall ma/e Alan P. BeU e Martin S. 
3. York: 
4. 
207 
M3rmor. 
Marmm, ed .. 
Basic Books, 
1. Erich ;.leumann. TlJe 
5. 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
13. 
14. 
15. 
16. 
17. 
18. 
19. 
20. 
21. 
22. 
23. 
24. 
25. 
26. 
?--I. 
28. 
29. 
208 
"Case", p. 51. 
"C::lse", p. 52. 
"Case", p. 52. 
"Case", pp. 52-53. 
"Homo-eroticism", p. 102. 
"Homo-eroticism", p. 103. 
"Homo-croticism", p. 105. 
"Homo-eroticism", p. 107. 
"Homo-eroticism", p. 108. 
"Homo-eroticism", p. 108. 
"Homo-eroticism", p. 110. 
"Homo-eroticism", 114. 
Prin-
York: Harcourt Brace 
l~'OIllI!Il (;.lo\,:! York: & Row, 
as a ttmctíon of lhe selP', 
30. 
31. 
canas nativas. 
32. Louise Caros 
33. 
34. 
35. 
a ,pc,,",,,,,.,, das tribos amer!-
'h,~,.",nn""',r function of the homosexual transference", 
de 1959: 17. 
of fetishísm a nd transvestitism", 
de 1957. 
37. Marie-Louíse von Franz, Pller aetenws Monica, CaliE.: 
1981). 
38. Von 
39. Von 
40. Von 
41. Von 
1. 
2. 
3. 
5 
ser 
and ho-
4. S. Bernstein, "The decline of masculine rites in om cul-
ture: lhe on masculine individuation", ln Belll'l):t and betwee1l.· 
patterns il/itiatiol1, ed. Louise Caros 
....rp·nr'pn Foster e Meredíth Linle (La III.: 
5. Melvin Kettner. "Some themes in male homc)sexu:alit 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
13. 
14. 
15. 
16. 
17. 
18. 
19. 
20. 
21. 
22, 
23. 
2-i. 
25. 
26. 
7'" -I. 
28. 
210 
s/anal (San Francisco: C G. 
distribuído confidencialmente). 
no 
and western culture", Harl..'est 24 (1978). 
,p.74. 
Tbe scapegaat lourard a 
Inner Books, 1986), 
social 
pie iII U'estem Europe from the 
celltUl)' (ChiGlgo: of 
lJ{>,m"n' and gay peo-
, p. 79, 
,pp. 79-8!. 
,p,97. 
J ~liçhae! S!eele e David ... ,C',~l·.~.·d 
of lbe cbristian era to lhe 14ib 
1980). 
ed. Hillman 
and the birth 
29. 
30. 
3L 
32. 
33. 
34. 
35. 
"Tale , p. 189. 
"The doub!e: an ,>rr'I'''''''''" 
ilOtioll (Dallas; 
and , Allima 7, 
Los 
37. Para uma discussão concisa e revisionária do conceito de mli-
mus e sua 
38. 
39. 
40. tou:ard a lU?!/..' 
:.í.Y Anchor Books, 1979), p. 289. 
41. Singer, p. 291. 
p.291, 
p,292. 
p. 
(:.íova York: The Paulist Press, 1980), pp, 
46. 
47 
48. 
1. Ann Belfore! L'lanov, 
6 
gays e o 
m.: V",~rhn"',<b3r" 
por Barbara Black 
211 
2. Carol Tavris e Carole 
3. 
6, 
7. 
8. 
9. 
27-41. 
10. CNO\'a York: New Americ~m Li-
11. , X Y: Uuublccla 1978). 
7 
na gay 
L David P. McWhirter e Andrew M. Mattison, Tbe male 
N. Prentice I 
8 
ea 
americana nativa rara os ""m •• n< 
1. 
2. WalterL iII amcricCllz 111-
dian culture(Boston: Beacon Press, 
3, p,4. 
4, Charles Callender e Lee M. 
statuses and hO'ID()S,::lI.'llaliin 
177; 
212 
mel! ln the 
213

Outros materiais