Buscar

0 Psicologia analítica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA ANALÍTICA:
- Teorias da personalidade de Reich, Jung e Freud
- Jung (Nise da Silveira)
Jung coloca que (personalidade = psique) o passado é importante mas sempre pensando no futuro.
- Voltamos para o passado para explicar o presente para entender de onde veio o trauma 
- nem sempre conseguimos rememorar o que aconteceu
Jung não fala de repetição e sempre busca projetar para o futuro
- Papel do inconsciente = as influências do inconsciente não são somente do inconsciente do indivíduo, mas também do inconsciente coletivo (civilização)
Questão de prova [até que ponto o inconsciente coletivo não funciona como um superego]
- a energia psíquica será sempre dedicada para um objeto/sensação/interpretação
Primeiro princípio – princípio dos opostos = toda a energia que eu coloco sobre uma situação vai faltar para outro
- é necessário o choque/impacto/atrito para que haja energia 
Segundo princípio – princípio da equivalência, toda a energia gasta em um objeto não é perdida
Terceiro Princípio - Principio da entropia – sempre a energia irá buscar um equilíbrio
porção consciente: ego e persona (quando consciente eu sei o que estou fazendo
Ego: centro da consciência 
- porção da consciência preocupada com a percepção, sensação, construção, organização das lembranças
- o ego nos proporciona a consciência de nós mesmos
Quem coloca peso moral é a persona e não o ego 
Ego = tomada de decisão 
Persona = como nos apresentamos ao mundo 
Persona e ego são um só
Individuação é geral 
Significado = ex.: carteira é uma carteira em qualquer língua, mudando somente o nome (a finalidade continua a mesma)
Significante = como o sujeito compreende o objeto
Psicanálise de Lacan dá o peso desde “onde” se fala e de que lugar o sujeito está falando (simbolicamente), e em que lugar o sujeito inconscientemente se coloca comumente
Corte lacaniano = corte para que o discurso do sujeito não fique vago, um “susto” para que o sujeito esteja consciente do que está falando 
O objeto da psicanalise é o objeto faltoso
OS SISTEMAS DA PSIQUE:
Na visão de Jung, a personalidade total, ou psique, é composta por vários sistemas diferentes que podem influenciar uns aos outros.
Os principais sistemas são: A CONSCIÊNCIA; O INCONSCIENTE PESSOAL e o INCONSCIENTE COLETIVO.
Sempre terá oposição entre o ego e a persona
A CONSCIENCIA:
Importante salientar: temos dois mecanismos na consciência!!
1º o Ego: é o centro da consciência, a parte da psique preocupada com a percepção, raciocínio, sensações e lembranças. É a consciência que nós mesmos e é responsável pela execução das atividades normais da vida quando estamos acordados; age de maneira seletiva, admite na consciência apenas parte dos estímulos aos quais somos expostos.
- o ego sofre quando tem varias coisas para fazer ao mesmo tempo
- a sociedade se torna ansiosa quando é colocada a necessidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo com resultados rápidos
É O ASPECTO CONSCIENTE DA PERSONALIDADE.
O segundo componente da consciência é a Persona. A mesma trataremos quando falarmos dos ARQUÉTIPOS!
INCONSCIENTE PESSOAL:
O inconsciente pessoal de Jung é semelhante ao conceito de pré-consciente de Freud. É um reservatório de material que já foi consciente, mas foi esquecido ou reprimido porque era insignificante ou perturbador.
Há um considerável tráfego de mão dupla entre o ego e o inconsciente pessoal. Todos os tipos de experiências estão armazenados no inconsciente pessoal. Este pode ser comparado a um arquivo. É preciso pouco esforço mental para tirar dele alguma coisa, examinar por um determinado tempo e coloca-lo de volta, onde ela ficará até a próxima vez que quisermos ou que nos lembrarmos dela.
- nada é perdido (entropia e energia psíquica)
COMPLEXOS:
À medida que vamos arquivando cada vez mais experiências no nosso inconsciente pessoal, começamos a agrupá-los no que Jung chamava de complexos.
Um complexo é um centro ou padrão de emoções, lembranças, percepções e desejos no inconsciente pessoal, organizado em torno de um tema comum. 
Por ex.: podemos dizer que uma pessoa tem um complexo de poder ou status, significando que está preocupada com esse tema a ponto de ele influenciar o seu comportamento. Ela pode tentar se tornar poderosa concorrendo a um cargo público ou pode se identificar com o poder dirigindo uma motocicleta em alta velocidade.
Direciona ideias e comportamentos de várias maneiras.
- você vivencia várias situações ao mesmo tempo
- o indivíduo norteia a vida com base nos seus complexos
Os complexos podem ser conscientes ou inconscientes. Aqueles que não estão sob o controle do consciente podem introduzir-se e interferir na consciência. A pessoa com um complexo geralmente não tem consciência dessa influência, embora outras possam observar facilmente os efeitos dele.
Jung achava que os complexos provinham não só da nossa infância e das nossas experiências como adultos, mas também das experiências dos nossos ancestrais, a ascendência da espécie contida no inconsciente coletivo.
- complexos = inconsciente pessoal
- arquétipos = inconsciente coletivo 
INCONSCIENTE COLETIVO:
Em contraste com o IP, que resulta de experiências individuais, o Inconsciente Coletivo possui suas raízes no passado ancestral de todas as espécies. Ele representa o conceito mais controverso e talvez mais inconfundível de Jung. Os conteúdos físicos do inconsciente coletivo são herdados e passados de uma geração para a próxima como um potencial psíquico.
As experiências de ancestrais distantes com conceitos universais como Deus, mãe, água, terra, herói e assim por diante, têm sido transmitidas pelas gerações, de forma que as pessoas em todos os tempos e lugares foram influenciadas pelas experiências primordiais de seus ancestrais primitivos. Desse modo, os conteúdos do inconsciente coletivo são mais ou menos os mesmos para as pessoas de todas as culturas.
- resulta de um passado ancestral
ARQUÉTIPOS:
As experiências antigas contidas no inconsciente coletivo manifestam-se por temas ou padrões recorrentes que Jung chamou de arquétipos.
Em algumas literaturas, teremos também como imagens primordiais. 
Existem muitas dessas imagens de experiências universais, tantas quanto experiências humanas que são comum a todos. Sendo repetidas na vida de várias gerações subsequentes, os arquétipos são gravados na nossa psique e expressos nos nossos sonhos e fantasias.
Os arquétipos são imagens antigas ou arcaicas que derivam do inconsciente coletivo. Assemelham-se aos complexos no sentido em que são conjuntos de imagens associadas e emocionalmente carregadas. Mas enquanto os complexos são componentes individualizados do inconsciente pessoal, os arquétipos são generalizados e derivam dos conteúdos do inconsciente coletivo.
Os arquétipos também se distinguem dos instintos. Jung definia um instinto como um impulso físico inconsciente para a ação, e via o arquétipo como o correspondente psíquico de um instinto.
IMPORTANTE: Freud olhava primeiro para o inconsciente, só recorrendo à herança filogenética quando as explicações individuais eram convincentes. Jung enfatizava o inconsciente coletivo como força autônoma e utilizava experiências pessoais para delinear a personalidade total.
PERSONA:
Vocês se lembram que, quando estávamos falando sobre a Consciência, em Jung, havíamos dito que tínhamos dois mecanismos. O primeiro era o EGO (já devidamente explicado). O Segundo é a PERSONA.
A palavra persona refere-se a uma máscara que o ator usa para representar vários papéis ou expressões para o público. Jung utilizou o termo basicamente com o mesmo significado.
O Arquétipo da persona é uma máscara, a face pública que usamos para nos apresentar como alguém diferente de quem realmente somos.
Jung achava que a persona é necessária porque somos forçados a representar vários papéis na vida para nos sairmos bem na escola e no trabalho e para nos darmos bem com uma infinidade de pessoas.
Embora a persona possa ser útil, ela pode também ser perniciosa se acreditarmos que reflete a nossa verdadeira natureza. Em vez de fazer meramente umpapel, podemos nos tornar aquele papel. Consequentemente, outros aspectos da nossa personalidade não conseguirão se desenvolver.
Jung descreve assim: o ego pode vir a se identificar com a persona, e não com a verdadeira natureza da pessoa. Se a pessoa representa um papel ou passa a acreditar nele, esta recorrendo à ilusão. No primeiro exemplo, a pessoa está engando os outros e no segundo, enganando a si mesma.
- a mascara existe para proteger o ego
MITOS E SONHOS:
- Natureza sexual como causa única dos conflitos psíquicos; 
- Freud não aceitava que Jung considerasse os fenômenos espirituais.
Pressupostos à partir da:
-Genética
- Física
- Etnologia
- Antropologia
- Mitologia
- Ciência ocultas (parapsicologia, alquimia, gnosticismo)
- Religião
- Psicanálise
- Pedagogia
Psicometria
Manifestação do inconsciente:
- artes
- sonhos 
- mitologia
Individuação = ter consciência de si mesmo, sendo mais importante para Jung o processo de se tornar consciente 
MITOLOGIA:
“São principalmente fenômenos psíquicos que revelam a própria natureza da psique. Resultam das projeções dos conteúdos do inconsciente para o consciente em forma de imagens e realizações no mundo exterior”
Condição ou recursos do Inconsciente Coletivo para organizar os conteúdos em formas de imagens e levá-los à nível consciente;
Condensam experiências vividas repetidamente durante milênios e são idênticos e encontrados nos lugares mais distantes e mais diversas (universal);
Encarna o ideal de todo ser humano: a conquista da própria individualidade;
Fator científico para provar a existência dos arquétipos. 
“Através do processo analítico, utilizando a mitologia com equipamento de trabalho, os processos inconscientes podem chegar a ser confrontados e o ego despojar-se da identificação com a imagem arquetípica do herói. Isso por sua vez, conduz ao deslocamento do centro da personalidade do ego para o self”
SONHOS:
Atividade vital na economia psíquica;
As imagens oníricas são personificações da personalidade do sonhador;
Exprime as coisas tal como elas são;
Fonte para descobrir os complexos mais conflituosos;
Índice de informação das etapas do caminho da individuação do sonhador;
Quando bem trabalhado levam ao autoconhecimento e orientação pessoal.
“Pelo sonho, ao contrário, penetramos no mais profundo, no mais verdadeiro, mais geral, mais duradouro do ser humano, que mergulha ainda no claro/escuro da noite original, onde formava um todo e onde o todo estava nele, no seio da natureza indiferenciada e impersonificada”
CONCEITOS:
Alma: Jung usa a palavra Alma em contraposição à Persona. A alma representa uma personalidade interior e profunda, enquanto a persona é uma personalidade exterior, superficial e manifesta.
Alquimia: É o interesse analítico da transformação, significa alterar ou transformar materiais básicos em alguma coisa mais valiosa, em espírito, ou seja, em libertar a alma.
Anima: O lado inconsciente feminino da personalidade do homem. É personificada em sonhos por imagens de mulheres que vão de prostituta e mulher fatal a guia espiritual (sabedoria). É o princípio do Eros; por isso, o desenvolvimento da anima no homem reflete-se no modo como ele se relaciona com as mulheres. A identificação com a anima pode parecer como melancolia, efeminação e excesso de sensibilidade.
Animus: O lado inconsciente masculino da personalidade de uma mulher. Ele personifica o princípio do Logos. A identificação com o Animus pode levar a mulher a tornar-se rígida, dogmática e argumentativa. De maneira mais positiva, ele é o homem interior que atua como uma ponte entre o Ego da mulher e seus próprios recursos criativos no inconsciente.
- pensamento, sentimento, intuição e sensação 
- pensamento e sentimento são formas de tomar decisão na vida
- sensação e intuição são formas de perceber a vida
Arquétipo: Um a priori sem conteúdo, isto é, uma forma que não recebeu conteúdo, e que está situada além do tempo espaço; como núcleo a partir do qual um mecanismo dinâmico de investimento de energia psíquica sob a forma de imagens. O Arquétipo, como um a priori, é herança da humanidade e, portanto, é coletivo. 
Complexo: Constitui-se de um aglomerado de imagens arquetípicas, relacionadas entre si, que não necessariamente possuem um núcleo comum (as tais imagens), mas que integram energeticamente entre si. A possibilidade de inúmeros arquétipos no inconsciente coletivo leva a possibilidade de inúmeros complexos, dependendo da dinâmica pessoal da psique de cada um; além disso, ocorre uma dinâmica de energia psíquica entre os complexos, que tende a aglutinar mais um complexo em torno de um núcleo arquetípico, formando um complexo maior. A esse maior se denomina Constelação de Complexos, e mesmo de Constelação Arquetípica.
Ego: Organização da mente consciente, que se compõe de percepções conscientes, de recordações, pensamentos e sentimentos cuja função básica é a de vigia da consciência.
Inconsciente: Temos que distinguir o inconsciente pessoal do inconsciente impessoal ou suprapessoal. Chamamos este último de inconsciente coletivo, porque é desligado do inconsciente pessoal e por ser totalmente universal; e também porque seus conteúdos podem ser encontrados em toda parte, o que obviamente não é o caso dos conteúdos pessoais. O inconsciente coletivo representa a parte objetiva do psiquismo; o inconsciente pessoal, a parte subjetiva. O inconsciente pessoal contém lembranças perdidas, reprimidas (propositadamente esquecidas), evocações dolorosas, percepções que, por assim dizer, não ultrapassariam o limiar da consciência (subliminais), isto é, percepções dos sentidos que ainda não amadureceram para a consciência. Corresponde à figura da sombra, que freqüentemente aparece nos sonhos.
Persona: A Persona é uma forma pela qual nos apresentamos ao mundo.
É o caráter que assumimos, através dela nos relacionamos com os outros. A persona inclui nossos papéis sociais, o tipo de roupa que escolhemos para usar e nosso estilo de expressão pessoal. O termo “persona” é derivado da palavra latina que equivale a máscara. A persona tem aspectos tanto positivos quanto negativos. Uma persona dominante pode abafar o indivíduo e aqueles que se identificam com sua persona tendem a se ver apenas nos termos superficiais de seus papéis sociais e de sua fachada.
Projeção: Para os junguianos a participação psicológica individual é inevitável em todos os atos cometidos pelo ser humano; em sua relação com o exterior, ele superpõe aspectos de sua relação com o mundo interior, e vice-versa. Essencialmente, e de modo geral, ao ato de superpor a um objeto uma imagem relacionada com a constituição pessoal, denomina-se projetar.
Psique: É a totalidade psíquica, na qual encontramos as sensações, os pensamentos, Sentimentos, a intuição, memória, componentes subjetivos das funções, afetos, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.
Self: Jung chamou o Self de arquétipo central, arquétipo da ordem e totalidade da Personalidade. Segundo Jung, consciente e inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade. O Self é um fator interno de orientação, muito diferente e até mesmo estranho ao ego e à consciência. O self não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente, é o centro desta totalidade, assim como o ego é o centro da consciência. 
Símbolos: Jung está interessado nos símbolos “naturais” que são produções espontâneas da psique individual, mais do que em imagens ou esquemas deliberadamente criados por artistas. Além dos símbolos encontrados em sonhos ou fantasias do indivíduo, há também símbolos coletivos importantes, que são geralmente imagens religiosas, tais como a cruz, a estrela de seis pontas de David e a roda da vida budista. Imagens, em termos junguianos, via de regra representam conceitos que nós não podemos definir com clareza ou compreender plenamente.
Sonhos: São pontes importantes entre processos conscientes e inconscientes.
Comparado à nossa vida onírica,o pensamento consciente contém menos emoções intensas e imagens simbólicas que ajudam a equilibrar as influências dispersadoras e imensamente variadas a que estamos expostos em nossa vida consciente, nosso pensamento. A função geral dos sonhos é a de tentar estabelecer a nossa balança psicológica pela produção de um material onírico que reconstitui, de maneira útil, o equilíbrio psíquico total.
Sombra: É o centro do inconsciente pessoal, o núcleo do material que foi reprimido da consciência. A sombra inclui aquelas tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis com a persona e contrárias aos padrões de ideais sociais. Quanto mais forte for a nossa persona, e quanto mais nos identificamos com ela, mais repudiaremos outras partes de nós mesmos. Em sonhos, a sombra freqüentemente aparece como um animal, um anão ou uma figura escura, primitiva, hostil ou repelente, porque os seus conteúdos foram violentamente retirados da consciência e aparecem como antagônicas à perspectiva consciente. Se o material da sombra for trazido à consciência, ela perde muito de sua natureza amedrontadora e escura. No momento em que achamos que a compreendemos, a sombra aparecerá de outra forma. Lidar com a sombra é um processo que dura por toda a vida; e que consiste em olhar e refletir honestamente sobre aquilo que vemos ali.
“Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.” 
Individuação: A essência da Individuação é a consecução de uma mescla pessoal entre o coletivo e o universal, por um lado, e, por outro, o único e individual. É um processo, não um estado; a não ser pela possibilidade de se considerar a morte como um objetivo final, a individuação jamais é completa, e permanece como um conceito ideal. A forma que o processo de individuação assume, seu estilo e regularidade, ou intermitência, depende do indivíduo. É um processo natural que ocorre em todos. A análise junguiana não produz o processo de individuação, mas com freqüência é capaz de ativa-lo, de torna-lo mais consciente e de acelerar-lhe a velocidade de ocorrência.
FUNÇÕES:
INTROVERSÃO X EXTROVERSÃO:
Grande parte da nossa percepção consciente e da reação ao ambiente é determinada por atitudes mentais opostas.
CONCEITOS PRINCIPAIS:
Cada indivíduo pode ser caracterizado como sendo primeiramente orientado para seu interior ou para o exterior, sendo que a energia dos introvertidos se dirige em direção a seu mundo interno, enquanto a energia do extrovertido é mais focalizada no mundo externo.
NINGUÉM é totalmente introvertido ou extrovertido.
Algumas vezes a introversão é mais apropriada, em outras ocasiões a extroversão é mais adequada, mas, as duas atitudes se excluem mutuamente, de forma que não se pode manter ambas ao mesmo tempo.
Também é necessário ressaltar que nenhuma das duas é melhor que a outra – o mundo precisa dos dois tipos de pessoas
FUNÇÕES:
Pensamento
Sentimento
Sensação
Intuição
Cada uma dessas funções pode ser experienciada tanto de maneira introvertida quanto extrovertida.
Pensamento e sentimento – racionais (julgamento)
Sensação e intuição – irracionais (de percepção)
PENSAMENTO – FOGO:
Jung via o pensamento e o sentimento como maneiras alternativas de elaborar julgamentos e tomar decisões.
O pensamento está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos.
As pessoas nas quais predomina a função do pensamento são chamadas de Reflexivas.
Esses tipos reflexivos são grandes planejadores e tendem a se agarrar a seus planos e teorias, ainda que sejam confrontados com contraditória evidência.
- também chamado de reflexão 
- relacionado com a verdade 
- justifica-se as coisas com teoria, este gera um dogma
SENTIMENTO – ÁGUA:
Tipos sentimentais são orientados para o aspecto emocional da experiência.
Eles preferem emoções fortes e intensas ainda que negativas, a experiências apáticas e mornas.
A consistência e princípios abstratos são altamente valorizados pela pessoa sentimental.
Para ela, tomar decisões deve ser de acordo com julgamentos de valores próprios, como por exemplo, valores do bom ou do mau, do certo ou do errado, agradável ou desagradável, ao invés de julgar em termos de lógica ou eficiência, como faz o reflexivo.
- ter a experiencia é melhor que não ter 
- gosta de algo mais abstrato
- argumentos mais emotivos 
SENSAÇÃO – TERRA:
Jung classifica a sensação e a intuição juntas, como as formas de apreender informações, diferentemente das formas de tomar decisões.
A sensação se refere a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos. A sensação reporta-se ao que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. É a experiência concreta e tem sempre prioridade sobre a discussão ou a análise da experiência.
Os tipos sensitivos tendem a responder à situação vivencial imediata, e lidam eficientemente com todos os tipos de crises e emergências.
Em geral eles estão sempre prontos para o momento atual, adaptam-se facilmente às emergências do cotidiano, trabalham melhor com instrumentos, aparelhos, veículos e utensílios do que qualquer um dos outros tipos.
- pessoas que gostam de coisas concretas
- necessidade de experienciar as coisas ex.: bebida, comida
- 
INTUIÇÃO – AR:
A Intuição é uma forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes.
As implicações da experiência (o que poderia acontecer, o que é possível) são mais importantes para os intuitivos do que a experiência real em si mesma.
Pessoas fortemente intuitivas dão significado às suas percepções com tamanha rapidez que, via de regra, não conseguem separar suas interpretações conscientes dos dados sensoriais brutos obtidos.
Os intuitivos processam informação muito depressa e relacionam, de forma automática, a experiência passada com as informações relevantes da experiência imediata.
- é abstrato
- vai mais para a metafisica, metalinguagem 
EXTROVERTIDO REFLEXIVO:
Relacionado com a racionalidade externa – coletiva.
Preocupam-se com a compreensão de fatos objetivos em termos de ideias comumente aceitas.
São pensadores pouco originais porque devem seguir padrões coletivos estabelecidos.
São os famosos pensadores objetivos, materialistas, convencionais e pouco inspirados.
Normalmente homens: autônomos exatos, precisos, secos e pedantes que tentam inserir tudo dentro de formulações intelectuais racionais.
Presumem que tudo pode ser executado da maneira como foi planejado.
Tem resposta para tudo.
- sempre pensa na coletividade 
- pega as verdades socialmente aceitas e toma por lei 
- radical, pedante, passa sermão
- se apega a ladainha e insiste 
- parece ter hiperfoco
EXTROVERTIDO SENTIMENTAL:
Excessivamente preocupado com relacionamentos e sentimentos externos e, portanto, por demais dependente da aprovação dos outros.
Não tem um conceito acerca de si próprio, exceto em termos da aprovação, do amor e da apreciação que os outros manifestam em relação a ele.
O pensamento “não tem fibra” porque está subordinado de forma até cruel àquilo que é correto e adequado.
Mais frequentemente nas mulheres.
É compassivo e faz amigos facilmente, além de tender a ser sociável e vivaz.
- pensa na coletividade
- pensa mais nos outros que si mesmo
- perverso, anaclítico
- preocupado com a validação dos outros
- não deseja desagradar os outros
EXTROVERTIDO INTUITIVO:
Encontra o sucesso nos negócios e na política devido à sua grande habilidade de explorar oportunidades.
Percebe através do inconsciente como se fosse através de da percepção extra-sensorial
Na sua forma extremada torna-se profundamente entediado e angustiado com qualquer coisa que seja antiga e familiar.
Está um passo à frente vivendo no amanhã.
São pessoas que começam de forma brilhante e raramente terminam.
Se descuidam da sua própria saúde – de seu próprio corpo.
Tomam decisões baseando-se mais em palpites do que na reflexão.
- tem olhar visionário
- abrem portas mas não sustentam
- enjoa com facilidade
- estáa frente de seu tempo
EXTROVERTIDO SENSITIVO:
Concentram-se no prazer, na felicidade e na busca de novas experiências. São extrovertidos
São os realistas completos que se preocupam apenas com objetos e fatos concretos.
Tendem a ser extremamente secos, objetivos e práticos – ou podem ser interessados ao extremo na estética e nos prazeres sensuais.
Sua sensualidade não precisa ser particularmente refinada: podem abordar uma situação com o intento de extrair satisfação através dos sentidos; isto é, as pessoas e as coisas são objetos a serem usados
Sentimentos e significações são ignorados.
Adaptam-se a tipos de pessoas diferentes e situações mutáveis.
- vê a realidade
- pessoa desapegada
- pessoa sensual 
- elege se quer contato 
- deseja experiencia 
- não entra na questão moral
- sustenta a porta que o EI abre
INTROVERTIDO REFLEXIVO:
São os teóricos e filósofos que direcionam seu pensamento para as conceituações e conexões internas.
Os fatos externos simplesmente exemplificam e corroboram suas especulações filosóficas.
São pensadores originais, mas podes ter sua “originalidade” tão extrema que os outros não são capazes de segui-los.
Odeiam ser importunados por fatos concretos, pois afinal, têm suas lindas teorias.
Em casos extremos tem reações emocionais bizarras e inadequadas e com avaliações errôneas e ingênuas em relação às pessoas.
Os outros as consideram teimosas, indiferentes, arrogantes e sem consideração.
- segue as próprias regras
INTROVERTIDO SENTIMENTAL:
“Águas calmas mas profundas são normalmente mulheres”.
Seu sentimento está contido dentro delas e tende a separá-las das outras pessoas (os outros podem considerar insensíveis).
Contudo, o sentimento contido é intenso a ponto de ser direcionado para uma pessoa ou objeto.
Como suas tensões são todas internas, podem parecer banais, infantis, melancólicas, frias e distantes.
São subjetivas. Mantêm os outros à distância porque aquilo que é evocado não é sem importância para elas.
Podem ter atos heróicos, dramáticos ou drásticos.
Tendem a reprimir sua intuição.
INTROVERTIDO INTUITIVO:
Concentra-se intensamente na intuição, são pessoas que têm pouco contato com a realidade, são visionárias e utopistas (pouco compreendidas pelos outros).
Vivenciam e percebem a vida em termos do inconsciente: o mundo dos arquétipos é uma realidade concreta.
Percebem idéias, imagens e possibilidades interiores, estão harmonizadas com a atmosfera psíquica.
Inclui o médium, o místico e o excêntrico.
Tendem a avaliar mal as circunstâncias concretas e a não notar as limitações externas.
São impacientes com aqueles de entendimento lento e se tornam desamparados e medrosos em face de circunstâncias externas.
- esquisito
- de difícil compreensão
- visionário do visionário
- tem visões (não religiosas)
- se preocupa mais com o mundo metafisico e das ideias do que o físico concreto
- não sabe lidar com o perigo
- senso crítico mais para o lado abstrato
INTROVERTIDO SENSITIVO:
- pessoas mais frias
- precisam de sensação (mais particular)
INDIVIDUAÇÃO – FASES:
Em um nível geral, a individuação é entendida como processo pelo qual uma pessoa se torna um indivíduo integrado, tornando-se um e alcançando a capacidade de ser totalmente autônomo e independente. É um processo que requer o crescimento do sujeito e o desenvolvimento de diferentes habilidades psíquicas, aparecendo ao longo do desenvolvimento humano e duradouro na realidade, uma boa parte da vida 
Esse processo é especialmente relevante e visível durante a adolescência quando a individuação da pessoa a forma capaz de gerar sua própria identidade, diferenciando-se de seus pais e começando a se reconhecer como sua própria e única entidade. Para isso é necessário também que haja um pertencimento, um vínculo com a família e o ambiente cultural que permita ter um ponto de partida e um ambiente que facilita o processo. Todo ele gerara projetos futuros coerentes comigo mesmo, bem como a possibilidade de ligar o dissociar do mundo de uma forma saudável e sincera 
- em algumas situações da nossa vida, somos dependentes do outro 
- Jung fala de autonomia e dependência, no âmbito de realização de decisões 
- perguntamos coisas para os outros porque não bancamos nossas decisões 
- a individuação é a realização das limitações do individuo 
- coerência com si mesmo 
De acordo com o exposto, Jung elaborou uma das bases de sua psicologia analítica: o conceito de processo de individuação. Para o autor o termo individuação é concebido como um processo de diferenciação, constituição e particularização da essência, de tal forma que o sujeito possa descobrir quem ele é e lhe permite desenvolver a personalidade, também é identificado com a auto realização, sendo parte de um processo natural e instintivo em direção a própria maturação 
É importante ter em mente que o processo de individuação é eminentemente conflitante tanto na visão junguiana quanto em outros olhares, dado que envolve a integração de elementos opostos, no caso de Jung, ele propôs que estamos lidando com um processo no qual conflitos entre diferentes opostos aparecem na pessoa, ligada à oposição consciente-inconsciente e a individualidade-coletividade
A base de todo este processo é o ego, do qual estaremos avençando na compreensão dos aspectos até então negadas e pouco a pouco as aceitando e integrando-os. Os conteúdos a serem desenvolvidos e integrados vão se formar cada vez mais complexos e para avançar nesse processo é necessário poder identificar, vincular e integrar os opostos tem se identificar com eles, diferenciando-os de si 
Nesse sentido os aspectos pessoais individuais serão integrados em primeiro lugar, experiencias emocionais de trabalho reprimidas inicialmente antes da consideração de sua inadequação ou conflito ou a experiencia de traumas para posteriormente integrara também elementos do inconsciente coletivo, somando-se ao desenvolvimento a elaboração dos arquétipos culturalmente herdados. Da mesma forma eles também desenvolverão e integrarão os diferentes processos básicos moldam a personalidade 
É notável que exista também uma outra concepção de individuação mais voltada para a evolução biológica do sujeito, embora ao contrário de outras concepções o processo de individuação proposto por Jung não se limita a adolescência ou infância. De fato, cada uma das etapas que fazem parte dessa segunda interpretação de processo duraria de dez anos cada, não completando o processo de individuação consciente até a idade adulta 
Primeiro você passa por uma fase na qual o ego começa a nascer (antes não há consciência da individualidade), mais tarde, quando você atinge a puberdade, começa a haver um distanciamento do ambiente e e uma busca por identidade, adaptação ao seu papel e a integridade do eu, e, finalmente, uma quarta etapa em que a busca por um significado do eu é dada. Seria no último quando há uma maior possibilidade de que os processos necessários sejam dados para terminar a individuação 
1. Dispor de si mesmo e primeira abordagem ao inconsciente 
O início do processo de individuação ocorre quando a consciência começa a aparecer que a consciência em si não é a totalidade do ser. Começa a estar ciente da existência de impulsos, desejos e conteúdo psíquico não expresso nem diretamente observável. O sujeito percebe que há uma grande parte de si mesmo que foi ignorada por ele mesmo e tentara começar a se aproximar de seu entendimento, uma vez que chegou uma época em que seu desenvolvimento o fez enxergar essa necessidade 
2. Encontro com a sombra 
Nascida da consciência de que há algo mais no eu, a primeira coisa que é detectada é que não existe apenas uma parte consciente, mas também um inconsciente e um conjunto de aspectos que negamos quando os consideramos negativos (e que geralmente projetamos nos outros, como em outras palavras, começamos a ter consciência da existência da dualidade pessoal) da qual somos conscientes e que nos faz sentir seres individuais que estão relacionados ao mundo externo e da sombra (a parte oculta e inconsciente do mundo externo ápessoa)
Uma vez que você comece a ter consciência da existência da sombra você precisara começar a valorizá-la sem julgá-la nossos desejos e impulsos inconscientes. Eles tem um grande valor, apesar de fato de que alguns são socialmente mal visto. Não se trata de ceder aos impulsos (de fato a repressão é vista por Jung como algo que de alguma forma permite o nascimento da incidência) mas aceitar a sombra como parte de nossa natureza
3. Encontro com anima/animus
O terceiro grande passo do processo da individuação é dado em relação aos arquétipos sexuais. Ate agora, a criança tem integrado aspectos próprios, mas agora deve começar a integrar elementos arquétipos do património cultural, que fazem parte da sua personalidade e da comunidade e que haviam sido negados anteriormente pela pessoa especificamente resta etapa o sujeito começa a integrar a polaridade feminino/masculino 
Esse processo envolve a integração do próprio ser, além do arquétipo identificado com o sexo, a parte de eles serem tradicionalmente identificados com o sexo oposto, aparecendo um link com ela. Ou seja, o homem deve integrar o arquétipo da anima ou feminino (que corresponde a elementos como sensibilidade, afeto e expressão emocional) enquanto a mulher o faz com o animus ou arquétipo masculino, relacionado ao vigor e vitalidade. Força, razão e sabedoria. Trata-se de integrar o arquétipo sexual em sua totalidade, tanto quanto etos, fazendo-o medir e ser uma fonte de criatividade e inspiração 
4. A integração do arquétipo da luz
Uma vez feito isso, as áreas escuras e desconhecidas da nossa psique começam a se iluminar, algo que amplia nossa consciência de nós mesmos em grande medida e que pode gerar uma sensação de onipotência narcísica que nos faz acreditar superior
Mas o efeito da realidade que nos faz ver [...]
5. O fim do processo de individuação: coincidentia oppositorum 
Pouco a pouco, momentos aparecem quando o eu aparece, alguns momentos em que a compreensão de si mesmo começa a existir. O processo atinge sua culminação quando a coincidência ou integração aos opostos é alcançada supõe a aquisição dele, o fim do processo de individuação
Neste momento, o conjunto de elementos que compõe a mente já está integrado (o consciente e o inconsciente, o individual e o coletivo, a pessoa e a sombra) tendo alcançada uma psique totalmente integrada. Ele já é ele mesmo, consciente dos diferentes aspectos que fazem parte de seu ser e capaz de distinguir e separar do mundo. O sujeito é um ser completo, individualizado e pouco a pouco mais e mais autônomo (podendo inclusive tomar seu próprio sistema ético)

Outros materiais