Buscar

Trabalho de Processo Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
FADIMA – FACULDADE DE DIREITO DE MACEIÓ
	
HENDRICK ENRIQUE DE FARIAS ALEXANDRE
MAYARA MIRELLA DA SILVA
MARIA EDUARDA SANTOS FRANÇA DA SILVA
NEUSVANIA GOMES DOS SANTOS
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS FUNDADO EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL
MACEIÓ, AL
OUTUBRO/ 2016
Conceito de Alimentos
Existe convergência de conceitos, porém todos eles sinalizam quase sempre a mesma definição, um completa o outro então: Alimentos são prestações que objetivam atender as necessidades vitais e sociais básicas (como por exemplo, saúde, educação, gêneros alimentícios, vestuário e habitação.) sejam elas presentes ou futuras, independentemente de sexo ou idade, daqueles que não podem provê-las em seu significado vulgar, “é tudo aquilo que é necessário a conservação do ser humano com vida”, e em seu significado amplo, é a contribuição periódica exigi-la de outrem, como necessário a sua manutenção 
Distinção entre alimentos provisórios e definitivos
Alimentos provisórios e provisionais são fixados em antecipação de tutela e visam a manutenção do alimento durante o curso do processo, alimento provisório quando há uma prova pré-constituída da obrigação de alimentar (certidão de nascimento, certidão de casamento, etc.) por sua vez, são chamados de alimentos provisionais quando não existe ainda prova da obrigação alimentar. Ex: ação de investigação de paternidade.
Alimentos definitivos são aqueles fixados por sentença ou por acordo entre as partes, após a sua homologação, porém é importante esclarecer quedefinitivos não significa imutáveis, pois os alimentos poderão ser revisto para mais ou para menos, quando ocorre mudança fática na situação de quem recebe os alimentos ou de quem paga os mesmos. Assim os provisórios é uma antecipação de tutela no curso do processo, já os alimentos definitivos são fixados por uma sentença ou acordo entre as partes depois de sua homologação. 
Requisitos para execução da pensão alimentícia
Quando a pessoa que deve pagar pensão alimentícia não o faz, a forma de cobrar é através da ação de execução de alimentos.Para cobrança de parcelas vencidas até 3 meses, é possível pedir ao juiz a prisão do devedor, como forma de garantir que este pague o valor devido.Porém, para que se possa realizar esta cobrança, é necessário que sejam preenchidos alguns requisitos:
A pensão tem de ser judicial, ou seja, deve ser um valor que foi definido em um processo, decidido ou homologado por um Juiz de Direito.
Pensões ajustadas entre as partes de outros modos não podem ser cobradas desta forma. Se no seu caso nunca ficou definido no Juiz o valor da pensão, deve-se entrar primeiro com uma ação de alimentos.
É necessário ter uma cópia da sentença ou do acordo que fixou os alimentos.
Deve haver alguma prova da inadimplência.
Podem-se cobrar as três últimas parcelas. Parcelas com mais de 3 meses de atraso não ensejam prisão do devedor.
Fases Processuais em que a pensão pode ser fixada
Uma vez citado, em três dias o devedor deverá efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.O NCPC/2015 é bastante rígido na aceitação pelo juiz da escusa que importe no inadimplemento da prestação alimentícia. Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento, se o devedor não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz mandará protestar o título executivo extrajudicial. Assim o Tabelião tornará pública a inadimplência do devedor, resguardando o direito de crédito do credor.A petição inicial deverá indicar precisamente os nomes e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do credor e do devedor, a importância a ser descontada mensalmente, a conta na qual deve ser feito o depósito e, se for o caso, o tempo de sua duração. Evidentemente, o título executivo extrajudicial acostado deverá corroborar tais elementos (título de obrigação certa, líquida e exigível), sob pena de sua rejeição liminar. Vale recordar a súmula 309 do STJ, que prevê que “O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo”.
À regra geral supracitada acrescem-se procedimentos especiais, previstos pelo legislador devido à particularidade do conteúdo da prestação alimentar e todas as considerações já realizadas. O procedimento especial da execução de prestação alimentar está previsto nos artigos 528 a 533 do Código de Processo Civil.
Desconto em Folha: Consiste no desconto das prestações alimentares sobre a remuneração do devedor. É uma exceção à regra de impenhorabilidade de salários prevista no artigo 833, inciso IV e §2º do Código de Processo Civil. É medida de grande eficácia, dificultando o inadimplemento do cumprimento da prestação, uma vez que o desconto faz-se de forma direta sobre folha de pagamento. Importa destacar que nesta modalidade o pagamento da prestação, ainda que realizado desconto sobre a remuneração do devedor, é efetivado por terceiro judicialmente responsável por tal feito. Por esta característica a técnica em apreço mostra-se vantajosa para o Judiciário na medida em que é capaz de reduzir a busca por tutela jurisdicional para ações de cobrança de prestações alimentares inadimplidas.
Prisão civil: é uma técnica não de pagamento de prestação alimentar vencida, mas de coerção pessoal, pela restrição da liberdade individual, que tem por escopo coagir o devedor a efetuar o pagamento. A prisão civil por inadimplemento de prestação alimentar é uma exceção no ordenamento jurídico brasileiro, uma vez que a prisão por dívida civil é vedada. A exceção é vislumbrada, destaque-se, quando do inadimplemento por motivo voluntário e inescusável, isto é, quando mesmo possuindo condições o alimentante recusa-se a efetuar o pagamento dos alimentos. Provando o devedor que o não pagamento se deu por fatores alheios à sua vontade, a prisão fica afastada. A exceção justifica-se pelo conteúdo da prestação devida; ora, sendo os alimentos indispensáveis para a sobrevivência do alimentando é se buscar todos os meios possíveis e legítimos para garantir que a prestação devida seja cumprida.
Expropriação: Consiste na penhora e alienação de bens do alimentante para a arrecadação do valor devido a título de obrigação alimentar. Segue as regras previstas no Capítulo IV do Código de Processo Civil, sendo destacável que, de acordo com o parágrafo único do artigo 528, possibilita-se ao credor receber desde logo a prestação alimentar, independente de haver o alimentante oposto embargos contra a expropriação. Este levantamento prévio independe de caução ou qualquer outra garantia por parte do alimentando.
Meios executivos para satisfação da prestação alimentar (meios diretos e indiretos)
Na execução direta (por sub-rogação), temos três modalidades, por expropriação, cujo os bens do devedor se submetem a atos executivos; os bens do executados são expropriados e vendidos ou transferidos para a satisfação do crédito. A execução é forçada, ou seja, independe da vontade do devedor. Por desapossamento, onde, há a identificação, localização e retirada do bem da posse do executado com entrega ao exeqüente. Igualmente forçada.Por transformação, que visa mudar a realidade fática presente. A tutela jurisdicional visa, conforme a natureza obrigacional, coagir a parte em fazer ou não fazer algo para mudar a realidade.
Na execução indireta (por coerção), temos duas modalidades, por coerção patrimonial, que incide sobre a esfera patrimonial do executado, como as multas. Coerção pessoal, que incide sobre a esfera pessoal, ou seja, sobre a liberdade do executado. Trata-se de meio primitivo, mas que previsto na Constituição Federal, como forma de coagir o devedor a pagar o que deve. Ex. prisão civil do devedor de alimentos.
 	O Desconto em Folha de Pagamento, Com nítido caráter prioritário, emrazão da simplicidade e da eficiência no procedimento, a modalidade em comento é das mais utilizadas, precedendo, inclusive à expropriação e a coerção pessoal.
Previsto no artigo 734 do CPC e artigo 16 da Lei de Alimentos, o desconto ou consignação em folha de pagamento cuida-se de maneira fácil e rápida de cumprimento de decisões interlocutórias ou sentenças.
A Prisão Civil do devedor de alimentos no NCPC
A prisão civil não é propriamente meio de execução, mas meio coercitivo sobre o devedor, para forçá-lo ao adimplemento, porque, com a prisão em si mesma, não se obtém a satisfação do crédito alimentar. O que se busca é que, ante a ameaça de prisão, ou mesmo a sua concretização, o devedor pague a prestação alimentícia, como forma de evitar ou suspender o cumprimento da prisão. 
A Constituição Federal, em seu artigo 5º inciso LXVII, estabelece sobre a prisão civil do devedor de alimentos no caso de inadimplemento involuntário e imperdoável da verba alimentar. Apesar de estar constitucionalmente prevista, o que víamos na prática era que, muitos devedores de alimentos são presos e, mesmo assim, não efetuavam o pagamento da dívida. Nesses casos, por exemplo, a prisão civil acaba por ter um efeito contrário, uma vez que agravará a situação do credor e também do devedor. 
A prisão civil não tem caráter punitivo. Não é pena, apesar de no § 5º do art. 528 do NCPC constar essa expressão. Trata-se de forma de pressão psicológica sobre o ânimo do devedor, para obrigá-lo ao cumprimento da prestação. Outro aspecto que afasta o caráter punitivo da prisão civil é que, paga a prestação, fica vedada a prisão, se ainda não cumprida, ou é imediatamente suspensa, se já havia sido iniciado o cumprimento. 
Interessante destacar que não é o simples inadimplemento que autoriza a prisão. A norma constitucional expressa: “Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia.” Assim, se o devedor demonstrar que inadimpliu por fatores estranhos à sua vontade, está afastada a hipótese de prisão. 
As novas regras têm como fundamento inibir o débito de pensão alimentícia com imposições mais rígidas que requerem mais cuidado por aquele que muitas vezes não tem condições de adimplir com determinado valor.
Conclui-se dessa forma que a nova Legislação, preocupou-se em dar um tratamento mais eficaz e satisfatório a estas situações, que comumente são tratadas pelo Judiciário, como forma de garantir a subsistência digna dos alimentandos.
A disciplina dos alimentos indenizativos (decorrentes de ato ilícito)
Os alimentos derivados de ato ilícito, chamados de indenizativos, ou seja, os alimentos que não decorrem do direito de família (“alimentos legítimos”). Como exemplos, o valor devido a um filho pelo motorista que atropelou e matou seu pai ou o quantum devido por uma companhia aérea à esposa, pela queda de um avião que resultou no óbito do marido. Os alimentos buscam suprir as “necessidades daqueles que não podem supri-las por si sós”. Com base nessa premissa, tem-se a previsão do crédito alimentar na Constituição, em lei específica, no CPC/73 e, de forma ainda mais contundente, no NCPC, art. 533.
O Código de Processo vigente, a doutrina e a jurisprudência diferenciam as formas coercitivas de cobrança destes alimentos, apesar da função destes ser idêntica. No Código de Processo atual existe, inclusive, a disposição de ritos processuais diversos para a cobrança de alimentos, prevendo a prisão do devedor de prestações alimentícias apenas para os alimentos decorrentes de vínculos familiares.
A prisão em si não é a finalidade do instituto, mas, sim, o recebimento dos valores e a garantia da vida digna do alimentando. A prisão civil não é meio de execução, mas, sim, meio de coagir ao pagamento, logo, o cumprimento da prisão não importa na satisfação do crédito alimentar.
Com a entrada em vigor do novo Código de Processo Civil, a execução/cobrança de alimentos decorrentes de vínculo familiar ou decorrentes de decisão judicial em razão de ato ilícito correrá pelo mesmo rito e gozará das mesmas garantias de coerção para recebimento da dívida.
REFERÊNCIAS
Breves apontamentos acerca da execução de prestação alimentícia. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8932>. Acesso em: 20 out 2016.
Código de processo civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 20 out 2016. 
Execução de Alimentos - Cobrança de Pensão Alimentícia. Disponível em: <http://www.tmamadvogados.com.br/direito-de-familia/execucao-alimentos-cobranca-de-pensao.asp>. Acesso em: 20 out 2016
Quadro comparativo. Código de processo civil. Disponível em: <http://bd.tjmg.jus.br/jspui/bitstream/tjmg/6408/1/Quadro%20comparativo%20-%20CPC%20-%20Caputo,%20Paulo.pdf>. Acesso em: 20 out de 2016.
RAMOS, Alex de Oliveira. Súmula 309 do STJ e novo CPC: prisão civil por débito alimentar. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 20, n. 4389, 8 jul. 2015. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/40599>. Acesso em: 21 out. 2016. 
WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil, volume 3: Processo Cautelar e Procedimentos especiais / Luiz RodriguesWambier, Eduardo Talamini.—14.ed.—São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais, 2015.

Continue navegando