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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Curso de Direito 
 
 
 
 
PRISÃO CIVIL NO BRASIL ATUAL 
 
 
 
 
Bruno Bitencourt Zelanis Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre, 2022.1 
BRUNO BITENCOURT ZELANIS SILVA 
 
 
 
PRISÃO CIVIL NO BRASIL ATUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo Científico Jurídico apresentado à 
Universidade Estácio de Sá, Curso de 
Direito, como requisito parcial para 
conclusão da disciplina Trabalho de 
Conclusão de Curso. 
Orientadora: Profª Mônica Cavalieri 
Fetzner Areal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre, 2022.1 
PRISÃO CIVIL NO BRASIL ATUAL 
Bruno Bitencourt Zelanis Silva1 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como finalidade discutir os motivos e impactos que a 
aplicação da prisão civil causa no Brasil, sendo exclusivamente aplicada para os 
casos de inadimplemento da obrigação alimentar. É uma pesquisa bibliográfica, 
documental e exploratória onde tem como objetivo expor as divergências na doutrina 
sobre o assunto, devido ao seu caráter coercivo e mostrar o lado contra e o lado que 
é a favor dela. Através de um estudo de todos os materiais analisados durante à 
construção deste artigo, foi possível visualizar e compreender esses dois lados e 
chegar a uma conclusão a respeito da matéria tratada. 
 
Palavras-chave: Prisão civil; Inadimplemento da obrigação alimentar; Dívida 
alimentar; Coerção; Devedor. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução. 2. Desenvolvimento: 2.1. Prisão Civil; 2.2. Duas hipóteses, uma 
execução; 2.3. Na sociedade; 2.4 Pandemia; 2.5 Discussões 3. Conclusão. 
Referências.
 
1 Graduando do curso de Bacharel em Direito, da Instituição de Ensino Superior 
Universidade Estácio de Sá do Campus Centro RS - Rio Grande do Sul. E-mail: 
brunoestacio.direito@outlook.com. 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho trata sobre a prisão civil no ordenamento jurídico 
brasileiro, principalmente sua aplicação e impactos que causou durante a 
pandemia. Com base com artigo 5, inciso LXVII da Constituição Federal, ela é 
aplicada em duas exceções que permitem a prisão por dívidas no Brasil: o 
depositário infiel e o inadimplemento da obrigação alimentar. Porém, no decorrer 
do tempo, é visto que, por força da Convenção Americana dos Direitos Humanos 
e de medidas jurídicas adotadas pelo país após sua ratificação, ela apenas tem 
aplicação sobre o devedor inadimplente com a obrigação alimentar. 
 O grande problema que a utilização dessa medida causa na sociedade 
atual e gera discussões entre os doutrinadores é sobre o seu caráter coercivo, 
visto que ela se baseia em causar uma pressão psicológica para garantir a 
efetividade da aplicação. Outro problema é sobre essa efetividade, visto que a 
prisão em regime fechado cria divergências sobre os doutrinadores se realmente 
é o método correto de resolver a obrigação, sendo que alguns defendem que a 
coercividade é necessária para que o devedor se obrigue a pagar o que deve, 
enquanto outros defendem que isso não resolve a obrigação, pois a prisão civil 
do devedor não quita a obrigação e o dependente continua sem receber os 
alimentos necessários para sobreviver. 
 Este trabalho propõe estudar como a prisão civil está inserida no sistema 
judicial do Brasil, bem como mostrar os efeitos que ele causa na sociedade e 
como ela se deu durante a pandemia, considerando que como foi um evento 
negativo que pegou o mundo de surpresa, o Brasil teve que se desdobrar para 
tentar conter o avanço e funcionar nessa nova modalidade, precisando de uma 
resposta rápida para o problema em questão. A prisão civil sofreu alterações e 
o artigo se colocou a relatar o que mudou e se essas mudanças foram efetivas 
e quais são as repercussões que trouxe tanto na esfera jurídica quanto na social. 
 A importância que esse estudo teve foi para averiguar como a prisão civil 
é aplicada no Brasil, qual é a sua estrutura e como ela mudou frente a 
calamidade pública que foi instaurada. Também há uma exposição dos motivos 
pelos quais ela está presente no sistema jurídico brasileiro e os motivos pelos 
quais vários autores e doutrinadores discordam de sua aplicação e tentam dar 
4 
 
penas alternativas para sanar a questão. E, por último, como ela afeta a 
sociedade, sendo psicologicamente e em meio a pandemia. 
 A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica em sites, artigos e 
obras publicadas especializados sobre o tema, bem como utilização de autores 
de direito e citações de ministros e deputados do ordenamento jurídico. Ele se 
usou de uma pesquisa exploratória para a familiarização com o tema e 
determinar as hipóteses a respeito da prisão civil. Por fim, a pesquisa qualitativa 
serviu para fadar foco as questões sociais resultantes da prisão civil antes e 
durante a pandemia. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 PRISÃO CIVIL 
 
No Brasil, ninguém deve ser preso por dívidas. Ou seja, caso uma pessoa, 
por algum motivo, não for capaz de pagar suas contas, a prisão não deve ser o 
meio utilizado para resolver a situação. Porém, há situações em que é possível 
ser preso por causa das suas dívidas, o que é denominado de prisão civil. 
A prisão civil é considerada uma medida extrema decretada com o intuito 
de obrigar alguém, pelo uso da coerção, a cumprir sua obrigação. Ela contempla 
duas possibilidades para a sua aplicação: por inadimplemento da obrigação 
alimentar inescusável e voluntário e pelo depositário infiel, de acordo com o 
artigo 5, inciso LXVII, da Constituição Federal de 1988 (Brasil, 1988). 
 A prisão civil não possui caráter punitivo, ou seja, ela se difere da prisão 
penal e da administrativa, ela possui o caráter coercivo que visa obrigar ao 
devedor que cumpra sua obrigação alimentar. 
 A pensão alimentícia é destinada aos menores de 18 anos ou maiores 
absolutamente incapazes de praticar os atos da vida civil e comtempla todo o 
conjunto de fatores para suprir as necessidades básicas da sobrevivência 
daquele indivíduo, incluindo a educação, de acordo com o artigo 1.694 do Código 
Civil: 
 
 
5 
 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns 
aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo 
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às 
necessidades de sua educação. 
§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades 
do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
§ 2 o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, 
quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os 
pleiteia. 
 
 
 Normalmente, o responsável pelo dependente procura um advogado 
particular ou defensor público que irá ajuizar uma ação de alimentos para o 
Poder Judiciário. Quando deferido o pedido, o juiz fixará os alimentos provisórios 
com base no grau de parentesco. Depois, ele fixará os alimentos definitivos em 
uma sentença após verificar as condições de necessidade do filho ou filhos e a 
possibilidade do genitor. 
 Ocorre que há sempre a possibilidade de o genitor não efetuar o 
pagamento da pensão alimentícia. Nesse caso, o responsável pelo filho deve 
ajuizar com uma ação de alimentos em face do alimentante. Após essa ação, o 
devedor tem três formas de pagar sua dívida. 
A primeira possibilidade é o desconto da folha de pagamento de qualquer 
funcionário que atue por contrato CLT, com diz o artigo 529 do Código de 
Processo Civil: 
 
 
Art. 529. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou 
gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o 
exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da 
importância da prestação alimentícia. 
§ 1º Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao 
empregador, determinando, sob pena de crime de desobediência, o 
desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado, a 
contar do protocolodo ofício. 
§ 2º O ofício conterá o nome e o número de inscrição no Cadastro de 
Pessoas Físicas do exequente e do executado, a importância a ser 
descontada mensalmente, o tempo de sua duração e a conta na qual 
deve ser feito o depósito. 
6 
 
§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito 
objeto de execução pode ser descontado dos rendimentos ou rendas 
do executado, de forma parcelada, nos termos do caput deste artigo, 
contanto que, somado à parcela devida, não ultrapasse cinquenta por 
cento de seus ganhos líquidos. 
 
 
 A segunda possibilidade é a expropriação, ou seja, o devedor penhorar 
certos bens para quitar a dívida, como diz no artigo 829 do Código de Processo 
Civil: 
 
 
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 
(três) dias, contado da citação. 
§ 1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora 
e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo 
verificado o não pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se 
auto, com intimação do executado. 
§ 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo 
se outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante 
demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e 
não trará prejuízo ao exequente. 
 
 
 Quando todas as vias forem esgotadas ou ineficazes, a responsável 
poderá pedir a prisão civil do alimentante, que é a terceira possibilidade. As 
pessoas acreditam que prisão civil é o meio mais rápido e eficiente para dar um 
fim aos problemas. Ela é utilizada para aqueles casos em que o devedor tem as 
condições a pagar a dívida, mas não o faz, utilizando a coerção para incentivá-
lo a pagar a dívida alimentar. 
 De acordo com a súmula 309 do Superior Tribunal de Justiça “o débito 
alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três 
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no 
curso do processo.”. 
 Após pedir a aplicação da prisão civil, será observado duas situações, o 
juiz mandará executar o devedor para que em três dias apresente um motivo 
para não ter pagado ou não conseguir pagar, pagar o débito ou provar que pagou 
e, caso a justificativa não seja aprovada, ele determinará o tempo em que o 
devedor ficará preso. Dependendo da natureza dos alimentos e admitindo uma 
7 
 
interpretação integrativa da matéria, o devedor pode sofrer dois tipos de pena 
por dois artigos de lei. 
 Se os alimentos que o devedor deixar de providenciar são alimentos 
provisórios e definitivos, ele poderá sofrer uma prisão de um a três meses de 
prisão de acordo com o artigo 528, § 3 do Código de Processo Civil. 
Agora, se os alimentos que o alimentante deixar de providenciar são 
alimentos provisionais, ele responderá de acordo com o artigo 19 da Lei 
5.478/68: 
 
 
Art. 19. O juiz, para instrução da causa ou na execução da sentença 
ou do acordo, poderá tomar todas as providências necessárias para 
seu esclarecimento ou para o cumprimento do julgado ou do acordo, 
inclusive a decretação de prisão do devedor até 60 (sessenta) dias. 
 
§ 1º O cumprimento integral da pena de prisão não eximirá o devedor 
do pagamento das prestações alimentícias, vincendas ou vencidas e 
não pagas. 
 
 
 
 Ou seja, a prisão civil é um instrumento coercivo do ordenamento jurídico 
brasileiro cuja única hipótese de aplicação é o inadimplemento da obrigação 
alimentar e contempla várias outras formas para se pagar essa dívidas, com mas 
as pessoas parecem achar que ela é mais rápida e efetiva para resolver o 
problema, sendo para proteger e garantir a sobrevivência dos filhos menores de 
18 anos dependentes da pensão alimentícia ou daqueles que mesmo maiores 
de idade não conseguem ingressar e manter uma vida civil. 
 
2.2 DUAS HIPÓTESES, UMA EXECUÇÃO 
 
A Constituição Federal de 1988 diz no seu artigo 5, inciso LXVII “não 
haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;” 
(BRASIL, 1988). 
Em outras palavras, o ordenamento jurídico brasileiro apenas considera 
duas hipóteses para a aplicação da medida da prisão civil envolvendo dívidas. A 
primeira hipótese trata do inadimplemento da obrigação alimentar, que diz sobre 
8 
 
a pessoa que tem o dever de proporcionar uma pensão alimentícia ou qualquer 
outra modalidade alimentícia a um ou mais dependentes. 
A segunda hipótese determina sobre o depositário infiel, que diz sobre 
uma pessoa que assume a posse sobre algum bem que não lhe pertencia e não 
o devolve para o proprietário, seja por vontade própria ou por algum motivo ele 
desapareceu ou foi roubado. 
Antigamente, essas duas hipóteses eram aquelas em que prisão civil 
poderia ser executada dentro do sistema jurídico do país. 
Atualmente, o direito brasileiro compreende que a prisão civil só pode ser 
executada em situações envolvendo inadimplemento de obrigação alimentar e 
considerou a prisão do depositário infiel com ilegal, ainda que expressa na 
Constituição Federal. 
O motivo principal dessa mudança foi devido a influência da Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos, também conhecida como Pacto de San 
José da Costa Rica, onde o Brasil ratificou em 25 de setembro de 1992, mas 
apenas teve validade em 6 de novembro de 1992, com o Decreto 678, que diz 
no artigo 1: 
 
 
Art. 1° A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São 
José da Costa Rica), celebrada em São José da Costa Rica, em 22 de 
novembro de 1969, apensa por cópia ao presente Decreto, deverá ser 
cumprida tão inteiramente como nela se contém. 
 
 
Junto a esse acontecimento, também teve a criação da Emenda 
Constitucional nº 45/04, foi adicionado o terceiro parágrafo no artigo 5, no qual 
diz: 
 
 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
 
 
Esses acontecimentos deram a força necessária para que o artigo 7, item 
número 7 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos tivesse efeito, onde 
9 
 
diz “Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados 
de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de 
obrigação alimentar”. 
Junto a esses acontecimentos, o Supremo Tribunal Federal entendeu que 
o artigo tinha validade e criou a Súmula Vinculante nº 25 na qual afirma “É ilícita 
a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito”. 
Em suma, a única hipótese em que a prisão civil pode ser aplicada dentro 
do ordenamento jurídico é sobre o inadimplemento das obrigações alimentares, 
sendo uma exceção apontada pela própria Convenção Americana dos Direitos 
Humanos, que recai sobre a sociedade brasileira. 
 
2.3 NA SOCIEDADE 
 
A questão que torna a prisão civil tão problemática no ordenamento 
jurídico brasileiro é o fato de que ela é aplicada em casos envolvendo 
inadimplemento da obrigação alimentar, principalmente a respeito da pensão 
alimentícia, é que ela é bastante comum no país. E, com o passar do tempo, a 
tendência é continuar aumentando. 
No século 21, diferentemente dos séculos passados, não existe mais uma 
repressão tão forte a respeito das relações sexuais e do casamento como algo 
único e eterno, sem mencionar as péssimas condições de educação sexual e as 
influências de uma cultura que mistura conteúdo sexual explicito com músicas, 
arte, vídeos e até conversas informais sobre o assunto desde a infância; toda 
essa liberdade resulta em casais e relações que não costumam durar muito na 
maior parte das vezes e filhos são outro resultado igualmente. 
Porém, nem todos querer ou podem arcar com as custas ou 
responsabilidades de ter uma pessoa dependente deles, o que ocasiona o 
abandono ouseparação dos casais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística, há mais de 11 milhões de mães solteiras, muitas das 
quais nem sequer conseguem ter um pai que contribua financeiramente. Então, 
a prisão civil se faz bem presente na vida das pessoas, sendo que no Brasil há 
mais de 100 mil processos de cobrança de pensão alimentícia. 
Isso acabou criando duas situações na sociedade brasileira: aqueles que 
se recusam a pagar e aqueles que não conseguem pagar. 
10 
 
A prisão civil, mesmo sendo uma medida extrema de coerção estatal, não 
é tão efetiva assim, visto que ainda não consegue atingir uma margem elevada 
de pessoas. Ou seja, mesmo com a ameaça de prisão, muitos continuam 
negligenciando os dependentes. 
E ainda acabam dificultando suas vidas, sendo que precisam consultar 
um advogado de família para ver como se dará o processo e, caso o pai não 
pague o que deve, recorrer à justiça novamente para tentar resolver no primeiro 
mês de inadimplemento ou esperar mais para decretar alguma medida ou até 
mesmo a prisão civil, sendo um processo que consuma tempo e paciência do 
envolvidos. 
Com a chegada da pandemia, houve uma perda em massa de lucro de 
incontáveis empresas. Isso desencadeou uma redução no salário de inúmeros 
trabalhadores, sem mencionar a quantidade elevada de pessoas que perderam 
o emprego. 
Por conta disso, as ações de cobrança da obrigação alimentar tiveram um 
aumento súbito após decretarem calamidade pública. Muitos pais ou 
responsáveis que conseguiam pagar ficaram sem meios para dar 
prosseguimento ao pagamento. 
Também vale destacar que a prisão civil causa um efeito psicológico no 
devedor, considerando que a sua possível prisão induz uma pressão que visa o 
cumprimento de seu inadimplemento alimentar. Porém, como a pandemia 
prejudicou o emprego de vários pais, seja por redução salarial ou pela perda do 
emprego, a obrigação alimentar se torna uma tarefa extremamente difícil, se 
levar em conta o próprio sustento e o grande volume de desempregados 
procurando novos empregos e as baixas oportunidades, ainda menores após a 
própria pandemia. 
A prisão civil tem o caráter coercivo, pois visa o devedor cumprir sua 
obrigação, mas quando ele se torna incapaz de cumprir por parte ou até toda a 
obrigação, devido aos problemas enfrentados nesse período conturbado, essa 
medida acaba se tornando punitiva para o devedor, privando-o de sua liberdade 
e os dependentes continuam sem receber os alimentos. Ou seja, mesmo com a 
prisão civil efetuada, o problema ainda persiste sem uma solução viável. 
Outro problema que afeta a sociedade sobre a pandemia está sobre a sua 
disseminação. Devedores presos costumam ter suas penas pelo período de um 
11 
 
a três meses, de acordo com o artigo 528, § 3 do Código de Processo Civil que 
diz: 
 
 
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de 
prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o 
juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado 
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez 
ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. 
 
 
 
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não 
for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial 
na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) 
meses. 
 
 
E ainda assim os devedores podem voltar a serem presos caso não 
consigam resolver sua obrigação. Isso apenas aumenta o risco de contaminação 
pelo COVID-19 e, consequentemente, número de mortes também. 
Tanto que há projetos tramitando que visam conter esse problema ao 
tentar resolver a questão da prisão em regime fechado, como o Projeto de Lei 
2238/20, feita pelo deputado Alexandre Frota 2, que tramita na Câmara dos 
Deputados, onde ele propõe que a prisão civil seja substituída pela prisão 
domiciliar. Nas suas palavras: 
 
A doença causada pelo coronavírus pode ser 
assintomática em determinados indivíduos. A necessidade 
premente de não se executar a pena de prisão em regime 
fechado para os devedores de pensão alimentícia é a 
garantia de não contaminar a população já em 
cumprimento de prisão. 
 
 
Atualmente, o projeto aguarda a designação de relator na Comissão de 
Constituição e Justiça e de Cidadania. 
Ou seja, ainda que tenha como principal objetivo garantir o cumprimento 
da obrigação alimentícia e visa o bem dos dependentes, a prisão civil incide com 
 
2 FROTA apud Alexandre. Projeto prevê prisão domiciliar para devedor de 
alimentos durante pandemia: Câmara dos Deputados, 2021. 
 
12 
 
a coerção uma pressão psicológica sobre uma situação que, devido as 
consequências negativas da pandemia, não há uma solução viável, criando um 
ambiente onde sua função coerciva se torna punitiva e que não resolve o 
problema da falta de condições para quitar a dívida alimentícia. 
Em suma, a prisão civil não atinge a sociedade de forma correta, sendo 
um meio que causa medo e pressão no devedor e ineficaz quanto ao que tenta 
resolver, não dando uma resposta definitiva as dificuldades que os dependentes 
estão passando nesse momento. 
 
2.4 PANDEMIA 
 
A pandemia da COVID-19, que veio de uma epidemia na cidade de 
Wuhan, na China, causou um impacto imenso no mundo no início de 2020. No 
Brasil, como o número de pessoas que contraíram a doença e mortes 
decorrentes dela aumentaram a partir de março do mesmo ano, forçou o 
Judiciário a resolver esta difícil situação e tentar conter os estragos que vieram 
e viriam a ocorrer. 
Nesse sentido, o Congresso Nacional decretou uma nova lei de caráter 
transitório e emergencial para lidar e ditar as instruções de como determinadas 
ações e relações do direito privado deveram funcionar enquanto ela perdurar, a 
lei 14.010/20, como está escrito no seu artigo 1 “Esta Lei institui normas de 
caráter transitório e emergencial para a regulação de relações jurídicas de Direito 
Privado em virtude da pandemia do coronavírus (Covid-19).” (Brasil, 2020). 
Dentre todos os artigos descritos, a prisão civil é contemplada e sofreu 
modificações pelo artigo 15, da lei 14.010/2020, com diz: 
 
 
Art. 15. Até 30 de outubro de 2020, a prisão civil por dívida alimentícia, 
prevista no art. 528, § 3º e seguintes da Lei nº 13.105, de 16 de março 
de 2015 (Código de Processo Civil), deverá ser cumprida 
exclusivamente sob a modalidade domiciliar, sem prejuízo da 
exigibilidade das respectivas obrigações. 
 
 
Junto a essa lei, o Conselho Nacional de Justiça publicou a 
Recomendação Nº 62 de 17/03/2020 que diz “Recomenda aos tribunais e 
magistrados a adoção de medidas preventivas à propagação da infecção pelo 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art528%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art528%A73
13 
 
novo coronavírus – Covid-19 no âmbito dos sistemas de justiça penal e 
socioeducativo.”. 
Ou seja, a prisão civil, temporariamente, foi flexibilizada e não podia mais 
prender devedores de alimentos em regime fechado, mas sim em regime 
domiciliar. Isso foi um modo para evitar o contágio de mais pessoas pelo vírus. 
Isso teve validade até março de 2021, ainda que no artigo 15 mostre que deveria 
ter perdido sua validade no dia 30 de outubro de 2020. 
 De uma certa forma, houve uma medida alternativa a prisão por 
decorrência das dívidas, já que segundo dados do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística, por causa dos efeitos negativos da pandemia no Brasil, 
mais de 15,2 milhões de habitantes perderam seus empregos. Devido a isso, a 
pensão alimentícia de diversas famílias também sofreu, não apenas por 
negligência parental ou situações similares, mas por causa de pessoas que até 
conseguiam pagar, mas após essa calamidade não conseguem mais 
providenciar um sustento mínimo para seus filhos.No mês de dezembro de 2021, após uma estabilidade da pandemia, 
aumento do número de pessoas que tomaram vacinas, diminuição de mortes e 
novos casos envolvendo contaminação do vírus, a terceira turma do Superior 
Tribunal de Justiça começou a retomar a prisão civil em regime fechado. 
 O principal motivo foi pela proteção dos interesses das crianças e dos 
adolescentes pois de acordo com o ministro Moura Ribeiro “É importante retomar 
o uso da medida coativa da prisão civil, que se mostra, sem dúvida nenhuma, 
um instrumento eficaz para obrigar o devedor de alimentos a adimplir com as 
obrigações assumidas" 3. De acordo com o ministro, as medidas que a Justiça 
tomou durante a pandemia não se mostraram capazes de resolver a situação no 
decorrer de sua vigência. 
 Outra alteração realizada sobre a prisão civil foi feita pela 8ª Turma Cível 
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, onde deram 
provimento para que outras formas de cumprimento de sentença sem haver a 
necessidade da prisão civil, ficando a escolha do credor a forma com que deseja 
buscar o seu crédito por outros meios, como expropriação patrimonial, desconto 
na folha de pagamento e até se achar necessário utilizar a tornozeleira 
 
3 RIBEIRO apud Moura. STJ: Melhora da pandemia permite regime fechado 
por dívida alimentícia. 2021. 
14 
 
eletrônica. Também há a possibilidade de o credor pedir novamente a prisão 
quando terminar a excepcionalidade do período da pandemia. 
 Além disso, a ministra do Supremo Tribunal Federal Nancy Andrighi 4 
compreendeu que a flexibilização é necessária nesse período conturbado. A 
ministra também determinou a intimação do credor para indicar sua escolha da 
aplicação, podendo ser cumulativa e combinada, de quaisquer medidas 
previstas no artigo 139, inciso IV do Código do Processo Civil que diz: 
 
 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste 
Código, incumbindo-lhe: 
 
 
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais 
ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de 
ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação 
pecuniária; 
 
 
 
Ou seja, a prisão civil sofreu uma flexibilização com o objetivo de evitar o 
aumento no número de contaminações e mortes. De forma temporária, ela 
afastou a prisão em regime fechado na sua única possibilidade de aplicação para 
dar lugar a outras formas para cumprir a sentença e dar quitação de seu débito 
alimentar. 
 
2.5 DISCUSSÕES 
 
O ordenamento jurídico brasileiro ainda considera a prisão civil como uma 
obrigação passível de prisão, embora haja divergências dentro dele se esta 
medida é necessária ou eficaz no direito brasileiro. 
Aqueles que defendem sua substituição afirmam que a medida em si é 
ineficaz, visto que o resultado que decorre dela nem sempre é o esperado e 
acaba se contradizendo quanto ao que é em essência. Por exemplo, a prisão 
civil não possui caráter punitivo, mas sim coercivo ao obrigar o devedor cumprir 
sua obrigação de alimentos. 
 
4 ANDRIGHI apud Nancy. Habeas Corpus nº 645.640/SC. 3ª Turma do STJ. 
2021 
15 
 
Porém, principalmente durante essa época de calamidade pública e 
enfraquecimento da economia mundial e, sobretudo, a economia brasileira, 
muitas pessoas perderam seus empregos. Devido a isso, as pensões daqueles 
que tinham condições de pagar acabaram sendo afetadas e, aliado a isso, como 
inúmeras empresas tiveram seus lucros diminuídos por implementar várias 
regras de saúde e arcar com custas extras, o resultado foi que pessoas foram 
demitidas e, por causa de um já crescente volume de desempregados no Brasil, 
as ofertas de emprego se tornaram mais concorridas. 
Nesse cenário, um pai que não consegue arcar às custas da pensão pela 
demissão decorrente da pandemia terá muitas dificuldades para realizar um 
acordo com a família que precisa da pensão, sendo cada caso concreto bem 
diferente de cada um. E, no final, a prisão civil pode ser decretada depois de três 
prestações ajuizadas, de acordo com a súmula 309 do Superior Tribunal de 
Justiça. 
 Outro ponto a destacar são os custos altos que o estado precisa gastar 
para manter um preso no Brasil. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, em 
uma análise feita diz que, em média, um preso custa R$ 1,8 mil reais por mês no 
sistema carcerário brasileiro, levando em conta que a pena varia de um a três 
meses de prisão para o devedor de alimentos provisórios e definitivos ou até 
sessenta dias se for pelo artigo 19 da Lei 5.478/68 pelo devedor de alimentos 
provisionais, por interpretação integrativa. 
 Em suma, uma pessoa presa por dívida alimentar pode custar R$ 1,8 mil 
reais até R$ 5,4 mil reais por mês, sendo que após a pandemia a dívida pública 
brasileira teve um salto de 27,2% entre os anos de 2019 e 2021, totalizando 82% 
em proporção ao PIB. 
 E ainda tem a questão dos direitos, pois a própria essência da prisão civil 
está ligada ao fato da medida ser coerciva, ou seja, uma obrigação imposta e 
um medo que é criado ao devedor para que cumpra a sua obrigação. Em outras 
palavras, o ordenamento, indiretamente, cria uma pressão psicológica que serve 
para coagir e garantir sua eficácia, pois a necessidade que tantos legisladores 
defendem para que ela seja preservada decorre de que os filhos são 
completamente vulneráveis e por isso a coerção deve existir. 
16 
 
Segundo Waldyr Grisard Filho 5: 
 
 
Prisão civil quando admitida por lei, como é o caso da dívida de 
alimentos, não é pena, mas funciona como meio coercitivo para 
compelir o devedor ao adimplemento da prestação. Não significa 
punição, mas mecanismo de pressão psicológica do devedor, pois, 
uma vez paga a prestação, a prisão será levantada. 
 
 
 
Ainda que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, com ajuda 
da Emenda Constitucional nº 45/04 e a Súmula Vinculante nº 25, ilegalizou a 
prisão civil do depositário infiel, o inadimplemento da obrigação alimentar 
continuou. Muitos tentam modificar isso ao tentar encontrar soluções mais 
eficientes para a questão. 
Por exemplo, a relatora ministra Nancy Andrighi 6, através do HC nº 
645.640/SC, em uma situação parecida, optou por, mesmo que o artigo 15 da lei 
14.010/20 tenha perdido a validade, deixar o credor decidir se é mais vantajoso 
o devedor ficar em prisão domiciliar ou em regime fechado. 
Outras opções são o desconto na folha de pagamento, prisão domiciliar 
deixando o devedor sair apenas para trabalhar e coisas relacionadas a seu 
sustento, o desconto no seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, a penhora 
de seus bens entre outros. 
Entretanto, um dos motivos de defenderem a permanência da prisão civil 
é a própria pressão psicológica, visto que isso constitui um meio mais rígido e 
mais eficaz para garantir que a obrigação seja cumprida. 
 Outro dos motivos é que a preocupação maior para a certeza do 
cumprimento dessa obrigação é com a pessoa dependente da pensão 
alimentícia para sobreviver. 
Nas palavras de Carlos Roberto Gonçalves 7: 
 
 
5 FILHO apud Waldyr Grisard. O Futuro da Prisão Civil do Devedor de 
Alimentos: Caminhos e Alternativas. IBDFAM, 2009, p. 6. 
6 Ibid, HC nº 645.640/SC, 3ª Turma do STJ, 2021. 
7 GONÇALVES apud Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Ed. 9, 2012, p. 
498. 
17 
 
 
 
O vocábulo “alimentos” tem, todavia, conotação muito mais ampla do 
que na linguagem comum, não se limitando ao necessário para o 
sustento de uma pessoa. Nele se compreende não só a obrigação de 
prestá-los, como também o conteúdo da obrigação a ser prestada. A 
aludida expressão tem, no campo do direito, uma concepção técnica 
de larga abrangência, compreendendo não só o indispensável ao 
sustento, como também o necessário à manutenção da condiçãosocial 
e moral do alimentando. 
 
 
 
Em suma, as discussões sobre a permanência da prisão civil se 
concentram sobre sua aplicação de modo, mesmo indiretamente, coercivo e pelo 
fato de haver dúvidas sobre sua eficácia, se realmente consegue resolver os 
problemas de pensão alimentícia pela imposição de uma pressão psicológico ou 
é necessário alguma nova medida ou restrição para solucionar a questão. 
 
3. CONCLUSÃO 
 
 Em suma, o trabalho trouxe diversas informações a respeito da prisão 
civil. Como uma medida extrema, ela se usa da coerção para que busque a 
efetivação da obrigação, sendo exclusivamente utilizada para os casos que 
envolvem o devedor de alimentos. No século 21, ela é uma medida bastante 
utilizada, sendo pelo crescimento de casais separados e geração de filhos, bem 
como muitos acreditam ser uma medida mais rápido para se lidar com o caso. 
Com o surgimento do COVID-19 e a pandemia instaurada, a prisão civil 
sofreu mudanças em sua composição, passando para a prisão domiciliar, de 
modo a conter a contaminação. E com a perda massiva de empregos, ela acaba 
sendo mais procurada que antes, o que aquece as discussões a respeito de sua 
efetividade, se ela precisa do caráter coercivo e sem isso, a prisão civil é ineficaz 
ou se pode adotar medidas alternativas para ter uma solução mais real para os 
dependentes da pensão alimentícia. 
A relevância se deu pelo estado de calamidade pública instaurado no 
Brasil, visto que a perda massiva em massa apenas adicionou muitos pais que 
não conseguem prover para seus dependentes, resultando em mais espaços 
onde a prisão civil poderá ser aplicada. Entretanto, isso não se dá por negligência 
paterna, mas sim pela inaptidão de se conseguir prover sem um emprego 
18 
 
disponível pela alta demanda e pouca oferta e os dependentes serem os mais 
afetados por causa disso. 
Os resultados obtidos foram que a prisão civil, como um todo, tenta buscar 
uma solução certa para um problema real na sociedade, pois visa proteger os 
dependentes de pensão alimentícia, que podem ser menores de 18 anos ou 
incapazes de contemplar a vida pública de maneira efetiva. A problemática da 
questão é que ela não tende a ser muito prática em questão de resultados reais, 
já que a prisão do devedor não auxilia para dar alimentos aos dependentes, que 
são os mais vulneráveis e o centro da questão. Em síntese, a essência da prisão 
civil é boa, mas sua aplicação não consegue resolver o problema de modo geral. 
As soluções para resolver a questão seria a substituição da prisão civil do 
ordenamento jurídico e a adoção de medidas alternativas que visam alcançar 
resultados mais reais e práticos para a quitação da dívida. O desconto na folha 
de pagamento é uma boa opção, a penhora de certos bens e o desconto no 
FGTS também são ótimas formas de solução. 
Todavia, o caráter coercivo não deveria ser descartado, mas amenizado 
e transformado em outra coisa. A prisão domiciliar é uma ótima medida, sendo 
a saída de casa unicamente para trabalhar e alguma necessidade básica ou 
urgente. 
Outra opção é a adoção de uma espécie de trabalho comunitário ou 
desempenhar alguma tarefa no qual o lucro total é direcionado para a pensão 
alimentícia do dependente é uma boa solução, sendo criado e supervisionado 
pelo governo. 
O inadimplemento da obrigação alimentar é um assunto extremamente 
sério, pois os atingidos são filhos que precisam de um mínimo para sobreviver e 
estudar para terem um bom futuro, sendo prioridade existir uma medida forte, 
mas que cause resultados positivos e concretos na sociedade brasileira. 
 
 
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