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Introdução à Miologia

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MIOLOGIA | Anatomia I | Prof. Marcelo R. Tavares
Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV
DEFINIÇÕES: miologia é a ciência que estuda os músculos. Os músculos são um agrupamento de feixes de células musculares, os quais tem a capacidade aumentar e diminuir de tamanho, ou seja, relaxamento e contração muscular.
Músculos são agrupamentos de feixes de células musculares com capacidade de contrair e relaxar. Compõem 40% da massa corpórea. Todos são responsáveis por movimento, independente de sua classificação, ou até mesmo pela postura e posição, compondo a parte ativa do movimento, enquanto ossos e articulações são responsáveis pela parte passiva do movimento. Osteologia, artrologia e miologia compõem o aparelho locomotor.
GENERALIDADES: existem três tipos de músculos: cardíaco, liso e esquelético estriado. Os músculos esqueléticos possuem a unidade motora, composta por um neurônio motor, fibras musculares e junção mioneural. Ela funciona de modo que um único neurônio motor se liga a várias fibras musculares através de um espaço entre eles denominado junção mioneural (ou placa motora).
O conhecimento dessa unidade motora é importante porque, hoje em dia, é possível realizar contração muscular sem utilizar o sistema nervoso central. Por exemplo, um paraplégico não tem inervação do SNC. O neurônio não está ligado ao musculo, mas a placa motora está ali. Eletrodo por cima da musculatura, indo na junção mioneural, fazendo com que ocorra secreção de neurotransmissor para gerar um potencial de ação que repassa às demais fibras motoras, levando a uma contração muscular. Só que o eletrodo é muito lento na passagem. Pode ocorrer introdução de fios de ouro no musculo para realizar contração muscular nesses pacientes. Tudo isso parte a partir do conhecimento da unidade motora.
CARACTERÍSTICAS MUSCULARES: possuem grande capacidade de elasticidade, excitabilidade, contratilidade e capacidade de condução de estímulo (a partir do momento em que uma fibra muscular é estimulada, ela repassa o estimulo para outra, perpetuando o estimulo dado). 
CLASSIFICAÇÃO
 O músculo cardíaco é involuntário, estriado, inervado pelo SNA e comandado por impulsos elétricos gerados pelo próprio órgão. Células cardíacas compõem o miocárdio. Comandado por impulsos elétricos mandados pelo próprio órgão. Em uma lâmina histológica, tem forma de rede e com espaços brancos entre ele. Possui muita mitocôndria.
O músculo liso é involuntário, NÃO é estriado e inervado pelo SNA. Presente em órgãos ocos, (em forma de tubo, por exemplo) que produzem contrações rítmicas em formas de ondas peristálticas (“contrai e empurra”). Exemplo: esôfago, estômago, intestino, útero, uretra e ureteres, baço, glândulas salivares, glândulas lacrimais, parede dos vasos sanguíneos, base dos folículos pilosos.
O músculo estriado esquelético é voluntário, estriado e comandado pelo SNC – exceto diafragma e canal anal, que são parcialmente comandados pelo sistema nervoso autônomo e, por isso, também são involuntários. Ele é preso ao esqueleto ou em uma cartilagem, possuindo sempre uma fixação proximal e outra distal.
Suas fibras musculares são bastante lineares e estão envolvidas por uma membrana externa de tecido conjuntivo – o epimísio –, de onde partem septos muito finos que se dirigem para o interior do músculo, dividindo-o em feixes musculares (conjunto de fibras). Estes são envolvidos pelo perimísio e cada fibra, por sua vez, é envolta por sua lâmina basal e por fibras reticulares do endomísio. O tecido conjuntivo mantém as fibras unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada uma delas atue sobre o músculo inteiro, contribuindo para a contração deste. Este papel possui grande significado funcional porque na maioria das vezes as fibras não se estendem de uma extremidade do músculo até a outra e é ainda por intermédio deste tecido que a força de contração do músculo se transmite a outras estruturas como tendões, ligamentos e ossos.
A fáscia muscular separa um músculo ou grupamento de músculos de outros músculos vizinhos, assim como também os separam de osso, pele, gordura, vasos e etc. É uma lâmina espessa de tecido conjuntivo que envolve cada musculo (ou um grupamento). Tem como função possibilitar aos músculos a tração para a contração e permitem o fácil deslizamento dos músculos entre si. Em determinados pontos, elas se dividirão em septos intermusculares. Sua importância se dá porque se há um corte nas regiões, ela envolve parte dos músculos em compartimentos, impedindo que o sangue extravase para os outros compartimentos. Síndrome compartimental: ocorre em fraturas. Extravasamento para dois ou três compartimentos, levando à grande edema, que cede ate certo ponto, que é o limite da fáscia, ocorrendo necrose de tecido (hipóxia secundária).
Mecanismo de contração da fibra muscular esquelética: fibra muscular composta por várias miofribilas, local onde encontraremos a unidade funcional do músculo, que permite a contração muscular (sarcômero). Ela tem uma estrutura própria, composta por duas proteínas de alto peso molecular – miosina e actina (1500 filamentos de miosina e o dobro de actina em cada miofibrila). Essas proteínas são responsáveis pela contração muscular. Na contração das fibras musculares esqueléticas, ocorre o encurtamento dos sarcômeros: os filamentos de actina “deslizam” sobre os de miosina, graças a certos pontos de união que se formam entre esses dois filamentos, levando á formação da actomiosina. Para esse deslizamento acontecer, há a participação de grande quantidade de dois elementos importantes: íons Ca ++ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o papel de “quebrar” (hidrolisar) o ATP, liberando a energia necessária para a ocorrência de contração. Não existindo ATP, o complexo actinomiosina torna-se estável; isto explica a rigidez muscular muito intensa que ocorre após a morte (rigor mortis). Banda ou linha Z delimitam o sarcômero. 
COMPONENTES ANATÔMICOS DO MÚSCULO
A) Ventre muscular: porção média, parte contrátil. É a parte carnosa, avermelhada do músculo. Contém muito sangue.
B) Tendão: extremidades. Composto por tecido conjuntivo, fáscias, fibrilas, microfibrilas e colágeno. É a parte branca que o açougueiro retira (dura). Podem ser cilindroides (cilindros) ou aponeuroses (laminar). Exemplo: musculo latíssimo do dorso, até metade das costas, é o ventre muscular. Depois, é uma fáscia chamada aponeurose lombar ou fáscia tóraco-lombar. Nele, existe um tendão em forma de lâmina, onde o músculo se liga ao tendão e depois se liga ao osso, muito forte, que prefere romper o osso que arrebentar ligação com tendão (levando à uma fratura devido à tração excessiva do tendão).
ORIGEM E INSERÇÃO: o Sobotta traz como inserção distal e proximal, mas o professor prefere origem.
A) Origem: extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca. Normalmente, está próxima à linha mediana do corpo (eixo longitudinal) ou próxima à raiz do membro. 
B) Inserção: extremidade do músculo presa à peça óssea que se desloca. 
Exemplo: bíceps tem duas origens. Uma delas, a cabeça longa, está o tubérculo supraglenóide e a cabeça curta está no processo coracóide. A inserção é na tuberosidade do radio. A ação do bíceps é flexão de cotovelo.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS QUANTO À:
a) Disposição paralela das fibras: longos, largos, fusiformes e em leque. Exemplos: musculo esternocleidomastoide – musculo longo. Cleido significa lateral. Musculo glúteomaximo é o largo. O bíceps braquial parece uma cebola e tem forma de fuso - fusiforme. Musculo peitoral maior tem forma de leque – fibras divergentes.
b) Disposição obliqua das fibras: UNIPENADO tem fibras paralelas que se inserem obliquamente em um dos lados dos tendões (m. extensor dos dedos do pé) e bipenado quando o tendão está no meio, e de cada lado se insere um feixe de fibras paralelas entre si (m. retofemural).
c) Quanto à origem ou numero de cabeças: bíceps, tríceps e quadríceps. Ceps = cabeça. Na terceira figura do slide, a quarta cabeça fica porbaixo.
d) Quanto à inserção ou numero de caudas: bicaudados (m. esternocleidomastoideo) e policaudados (m. extensor dos dedos do pé).
e) De acordo com o ventre muscular: numero de tendões entre o ventre (ventre muscular – tendão – ventre muscular). Pode ser poligástrico (vários tendões no meio dos ventres. M. reto do abdômen) ou digástrico (m. digástrico, que faz parte da deglutição. Ele levanta o osso hióide).
f) Quanto à ação: flexor, extensor, abdutor, adutor, rotador, pronador e supinador.
g) Quanto à função em determinado movimento:
- AGONISTAS: realizam o movimento principal.
- ANTAGONISTAS: trabalham em sentido contrário. Regula potência e rapidez.
- SINERGISTAS: impedem que ações não desejadas sejam realizadas pelos agonistas, auxiliando na execução do movimento. Auxiliador do agonista.
Exemplo: no movimento de flexão de cotovelo, o bíceps é o agonista. Quem o ajuda no movimento é o braquial, atuando como sinergista. Quem se opõe ao movimento de flexão de cotovelo é o tríceps, portanto, é o antagonista, realizando a extensão. No movimento de extensão, o tríceps é o agonista, o ancônio é o sinergista e o bíceps é o antagonista. Chutar a bola: extensão quadríceps (agonista), o sinergista é o tensor da fáscia lada e o antagonista é o isquio-tibial.
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