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UNIVERSIDADE PAULISTA
(Curso de Direito)
Atividades práticas supervisionadas
Direito Empresarial Títulos de Crédito e
Responsabilidade Civil
Flavio de Araujo C493JJ-7
Ericles Silva Moura C57296-9
Janaina Conceição Mota da Silva C535CG-6
São Paulo
2016
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 2016
ATIVIDADE DO 4º SEMESTRE
 
Otávio Cesar comprou uma moto no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e parcelou em três vezes, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) cada parcela. Pagou com três cheques sendo um deles para desconto imediato e os dois para 30 e 60 dias depois do primeiro pagamento.
Vinte dias antes do vencimento da terceira parcela o cheque foi depositado. Como Otávio Cesar não tinha fundos na conta corrente o cheque voltou e foi imediatamente protestado pelo credor. Em seguida, o nome de Otávio Cesar foi cadastrado nos serviços de proteção ao crédito (SCPC e SERASA).
Ele recebeu a comunicações do protesto e da inserção de seu nome no cadastro de negativados mas nada pode fazer, porque ele não tinha dinheiro para pagar o cheque.
Otávio Cesar se dirigiu ao vendedor da moto para reclamar, mas ele disse que não podia fazer nada, porque havia passado o cheque para outra pessoa e havia sido ela a responsável pelo depósito em data diferente daqueles que eles haviam combinado.
Infelizmente, em razão de ter tido seu nome inscrito no cadastro de negativados Otávio Cesar perdeu um emprego para o qual ele estava fazendo processo de seleção. O RH da empresa alegou que não poderia contratá-lo como analista porque ele tinha o “nome sujo”.
Era uma excelente oportunidade de trabalho com salário de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais) plano de saúde, vale refeição, vale transporte e ajuda de custo para cursos profissionalizantes.
 Em função desse problema apresentado que o grupo deverá responder às seguintes perguntas:
Qual definição de cheque e qual a lei que regula esse título de crédito?
Segundo entendimento do Banco Central do Brasil, o cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito, da qual envolve três agentes, o emitente, que é o emissor ou sacador, agente que emite o cheque, o beneficiário, que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido e o sacado, que é o banco onde está depositado o dinheiro do emitente. É uma ordem de pagamento à vista, porque deve ser pago no momento de sua apresentação ao banco sacado, é também um título de crédito para o beneficiário que o recebe, porque pode ser protestado ou executado em juízo. Nele também carrega-se dois tipos de relação jurídica, uma entre o emitente e o banco (conta bancária), e outra entre o emitente e o beneficiário.
A lei que regula este título de crédito é lei 7.357 de 2 setembro 1985, dispõe sobre cheque e dá outras disposições.
Ainda no entendimento do professor Fabio Bellote Gomes, Manual de Direito Empresarial, Revista dos Tribunais RT, 5º edição, São Paulo, 2015 página 242, assim como suas explanações em sala de aula devidamente anotada, ensina: cheque é uma ordem direta e incondicional de pagamento, emitida por quem seja titular ou cootitular de conta corrente junto a instituição financeira (banco-sacado), qual pertence o cheque, afim de que este efetue o seu pagamento ao beneficiário (credor) nele identificado, a partir dos fundos disponíveis de propriedade do emitente ou disponibilizado a este pelo banco sacado.
Que fundamentos legais sustentam a utilização de “cheques pré-datados” no Brasil?
O cheque é revestido de rigor cambial, ou seja, tem as formalidades intrínsecas e extrínsecas entre as quais a de ser um título cambial com ordem direta e incondicional de pagamento à vista.
Porém na pratica é muito utilizada nos estabelecimentos comerciais de todo o país. Não existem fundamentos legais que sustentem a utilização dos “cheques pré-datados.
O cheque pré-datado é um mero acordo e não existe na lei do cheque 7.357/1985 nada que dê fundamento a tal pratica comercial sobre os cheques pré e pós datados.
É uma convenção cambial feita entre credor e devedor, comprador e fornecedor, é convencional, ou seja é convencionado entre as partes.
O pagamento ao comerciante mediante a emissão de cheque pré-datado normalmente é do ponto de vista jurídico um contrato verbal, em que o emitente adquire produtos ou serviços, paga o preço com um ou mais títulos (cheques) comprometendo-se o vendedor a apresenta-lo ao banco sacado nas datas acertada entre ele e o comprador.
O Código de Defesa do Consumidor que entrou em vigor 11/03/1991 em seu artigo 35, trata da proteção jurídica à operação com cheque pré-datado, prevendo que o fornecedor de produtos e serviços está obrigado a cumprir com o prazo previsto no documento sob pena de rescisão contratual e restituição da quantia paga sem prejuízo das perdas e danos.
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
Concordando com o entendimento legal o Superior Tribunal de Justiça STJ, editou a sumula 370 de 25/02/2009 firmando o posicionamento de que a apresentação antecipada de cheques pré-datados caracteriza a ocorrência de dano moral, passível, portanto de indenização. Ainda segundo o STJ, a recusa do pagamento de cheque por falta de fundos causa sérios constrangimentos ao emitente, o que resulta da experiência comum e independe de prova.
Sumula 370. Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
Mesmo não tendo seu nome inscrito nos cadastros de maus pagadores, como SCPC e SERASA, a simples comunicação da devolução do título por insuficiência de fundos, traz implícita a qualificação de que houve um dissabor ao correntista, o que por si só configura dano moral.
Professor Fabio Bellote Gomes, Manual de Direito Empresarial, Revista dos Tribunais RT, 5º edição, São Paulo, 2015 página 249 ensina: considerando que o cheque é uma ordem direta e incondicional de pagamento, o seu cumprimento pelo banco sacado não pode ser subordinado a nenhuma condição ou evento futuro. Cumpre nesse ponto observar que o popularmente conhecido cheque pré-datado nada mais é que uma mera convenção entre emitente e tomador, sendo aposta no cheque a data de emissão e a observação “bom para”, evidenciando a data em que o título deve ser apresentado para pagamento.
Apesar da Lei do Cheque não contemplar o cheque pré-datado, a jurisprudência atualmente tem amparado a sua existência, sendo considerado como mera promessa de pagamento, de modo que o emitente deverá apresentar saldo disponível em sua conta corrente apenas na data pactuada com o beneficiário para apresentação do título.
Por que os “cheques pré-datados” se tornaram tão usuais no Brasil?
Chega a ser desnecessário fazer prova de que o cheque entrou com força nas relações comerciais, estatisticamente podemos dizer que a cada 3 cheques 2 são pré-datados.
A sua realidade se faz presente naturalmente nas propagandas comerciais como um motor nos estímulos das vendas, e isso ocorreu devido as grandes facilidades que o cheque pré-datado proporciona a comerciantes e clientes, compradores e fornecedores, ainda que do ponto de vista informatizado ele esteja muito além, mas fisicamente amplamente utilizado.
Com o aumento das relações de consumo nos dias atuais, tornou-se um importante tema a ser tratado com relação aos instrumentos responsáveis pela circulação de valores, do crescimento dos meios de pagamento eletrônico, o cheque continua a ser largamente utilizado pela população em geral, além de ser uma das formas preferidas de recebimento devido a facilidade com que pode ser utilizado, ou seja, endossado, para pagamento de outrasdividas, ele circula facilmente, ele também proporciona aos consumidores a ampliação de seu credito de forma ágil e descomplicada, é uma forma rápida e segura de concessão de crédito e que não onera a empresa com taxas e tarifas como é o caso do cartão de crédito.
Não há burocracia, pois não assinam contratos, títulos, não há acréscimos de impostos, uma vez que não é matéria regulada pela legislação fiscal ou tributária (está caracterizado apenas quanto a forma de quitação do preço e não como meio de financiamento), sua operacionalidade é excelente, basta o vendedor apresenta-lo ao banco, nenhum outro tipo de financiamento conhecido, com exceção do cartão de crédito é tão prático e ágil, com uma diferença o cartão tem juros exorbitantes.
Qual o entendimento dos Tribunais de Justiça sobre a utilização de “cheques pré-datados”. Exemplifique com pelo menos três tribunais diferentes.
Buscando referências sobre os entendimentos de diversos Tribunais de Justiça do país sobre a questão do cheque pré-datado é notória a vinculação deles á sumula 370 do Superior Tribunal de Justiça.
O entendimento foi se tornando cada vez mais aceito até que a maioria dos juízes e tribunais passou a entender como possível a ocorrência de danos morais aquele que tivesse um cheque pré-datado de sua emissão depositado antes da data acordada, principalmente se mencionado cheque tivesse sido devolvido por ausência de fundos pela instituição financeira, mas este entendimento ainda não era unânime, existiam alguns magistrados e desembargadores que entendiam que a existência do pré-datado no cheque era nula, e portanto o depósito antecipado do cheque não seria capaz de causar qualquer forma de prejuízo, mesmo que o cheque fosse devolvido por ausência de fundos.
Esta questão foi definitivamente pacificada pelo Superior Tribunal de Justiça STJ, com a emissão da sumula 370, a qual determina que caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado, está sumula unificou o entendimento de que se um cheque for depositado antes da data existente no mesmo, ainda que por terceiro, causará danos, inclusive de natureza moral a seu emitente, e estes deverão ser indenizados caso eles busquem amparo no poder judiciário para solucionar o problema.
Foi feita uma pesquisa ampla em diferentes tribunais, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, em todos esses tribunais consultando casos específicos de cheques pré-datados, foi verificado uma uniformidade de decisões condizentes com a decisão do Superior Tribunal de Justiça na sumula 370, foram consultados vários processos e suas decisões e todas estão de acordo com a sumula 370.
Qual o entendimento do Superior Tribunal de Justiça sobre “cheques pré-datados”.
Apesar de não encontra-se expressamente disciplinado pela lei 7.357 de 2 setembro 1985, a prática da emissão do cheque pré-datado ou pós-datado tem recebido substancial amparo da jurisprudência, sendo que o Superior Tribunal de Justiça STJ em fevereiro de 2009, ao editar a sumula 370, consolidou seu entendimento no sentido de que “caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado”.
Se na hipótese de descumprimento por parte do credor do acordo celebrado, de acordo com aquela Corte Superior a mera apresentação antecipada do título, ainda que exista fundos para sua compensação causa um dissabor, a presunção da ocorrência do dano moral, o dano moral é presumido.
Mas na hipótese da apresentação antecipada causar um dano material, como a devolução por falta de fundos ou mesmo a compensação, sendo que aquele dinheiro era para compensar outro cheque, ou mesmo a perda de um negócio de financiamento de bens móveis e imóveis, caracteriza dano material que diferentemente do dano moral que é presumido, deve ser provado, deve-se provar sua efetiva ocorrência. Como ensina, Professor Fabio Bellote Gomes, Manual de Direito Empresarial, Revista dos Tribunais RT, 5º edição, São Paulo, 2015, páginas 250 e 251.
No caso especifico de Otávio Cesar cabe algum tipo de responsabilidade civil em decorrência da apresentação do cheque antes do prazo? Por que?
Sim, mas antes deve-se uma explicação, o dano é um dos pressupostos da responsabilidade civil contratual ou extracontratual, visto que não poderá haver ação de indenização sem a existência de um prejuízo. Só haverá responsabilidade civil se houver um dano a reparar. Isto é assim porque a responsabilidade resulta em há que “reparar”.
Não pode haver responsabilidade civil sem a existência de um dano a um bem jurídico, sendo imprescindível a prova real e concreta dessa lesão. Deveras, para que haja um dano patrimonial ou moral, fundados não na índole dos direitos subjetivos afetados mas nos efeitos da lesão jurídica, Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Saraiva, 24º edição, São Paulo, 2010 página 61.
Otávio Cesar, foi claramente lesado em dano moral e patrimonial, segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça na sumula 370. Devido a apresentação antecipada do cheque que o pegou de surpresa pois não tinha fundos em sua conta corrente, somente teria dinheiro na data prevista para compensação do cheque, teve seu cheque protestado que originou a inscrição de seu nome no cadastro, SCPC e SERASA.
Desta forma configura-se dano moral que na jurisprudência é presumido, e o dano material, que tem que ser provado, pois Otavio Cesar perdeu oportunidade concreta de um excelente emprego e não foi admitido pois foi alegado que ele tinha nome sujo, era uma ótima oportunidade, bom salário e benefícios, porém para requerer a indenização pelo dano material terá que ter prova real de que foi lesado devido a antecipação do cheque feito por terceiros, ou seja, o cheque foi endossado a um terceiro que não respeitou a data acordada com o vendedor do bem.
Concordando com o entendimento legal o Superior Tribunal de Justiça STJ, editou a sumula 370 de 25/02/2009 firmando o posicionamento de que a apresentação antecipada de cheques pré-datados caracteriza a ocorrência de dano moral, passível, portanto de indenização. Ainda segundo o STJ, a recusa do pagamento de cheque por falta de fundos causa sérios constrangimentos ao emitente, o que resulta da experiência comum e independe de prova.
Mas na hipótese da apresentação antecipada causar um dano material, como a devolução por falta de fundos ou mesmo a compensação sendo que aquele dinheiro era para compensar outro cheque, ou mesmo a perda de um negócio de financiamento de bens móveis e imóveis, caracteriza dano material que diferentemente do dano moral que é presumido, deve ser provado, deve-se provar sua efetiva ocorrência. Como ensina, Professor Fabio Bellote Gomes, Manual de Direito Empresarial, Revista dos Tribunais RT, 5º edição, São Paulo, 2015, páginas 250 e 251.
Como advogados de Otávio Cesar que tipos de danos vocês deveriam requerer em caso de intentar ação de reparação de danos? E que valores vocês pleiteariam para cada tipo de dano?
O dano pode ser definido como lesão (diminuição ou destruição) que devido a um certo evento, sofre uma pessoa contra sua vontade, em qualquer bem ou interesse jurídico, patrimonial ou moral.
Se o dano material e o moral decorrerem do mesmo fato, as indenizações serão cumuláveis (STJ, sumula 37).
No caso de Otavio Cesar cumpriu-se os três requisitos, a diminuição de um bem jurídico, seja ele patrimonial ou moral, pois o dano acarretou lesão em seu direito, econômico e moral, a efetividade da lesão e o nexo de causalidade.
Logo nada obsta a coexistência de ambos os interesses como pressupostos de um mesmo direito, portanto o dano poderá lesar interesse patrimonial ou extrapatrimonial. Deveras, o caráter patrimonial ou moral do dano não advém do caráter subjetivo danificado, mas dos efeitos da lesão jurídica, pois do prejuízo causado a um bem jurídico econômico poderesultar perda da ordem moral, e da ofensa a um bem jurídico extrapatrimonial pode originar dano material. Realmente, poderá até mesmo suceder que, da violação de determinado direito, resultem ao mesmo tempo lesões de natureza moral e patrimonial. Eis que por dano moral suscita o problema de sua identificação, uma vez que, em regra, se entrelaça a um prejuízo material decorrente do mesmo evento lesivo.
Houve a efetividade, a certeza do dano moral e do dano patrimonial, e a causalidade, pois houve a relação direta entre a falta e o prejuízo causado. Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Saraiva, 24º edição, São Paulo, 2010 páginas 64, 65 e 92.
Como advogados de Otavio Cesar estamos tranquilos e convictos de que houve o dano moral, presumido e o dano material, provado, e com certeza intentaríamos a reparação de tais danos.
Um dos grandes desafios da ciência jurídica é o da determinação dos critérios de quantificação do dano moral, que sirvam de parâmetros para o órgão judicante na fixação de “quantum debeatur”, ou seja, quantia devida.
Ante a dificuldade de estimação pecuniária do dano moral, a disparidade de julgados, para alguns autores, o mais sensato seria que houvesse uma disciplina legal prescrevendo, para impedir excessos, uma indenização tarifada em salários mínimos, atendendo as peculiaridades de cada caso, ou a fixação de um teto mínimo e de um teto máximo para determinação da quantia indenizatória. Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Saraiva, 24º edição, São Paulo, 2010 página 101.
Como advogados de Otavio Cesar podemos pleitear uma indenização cumulativa, ou seja, por danos morais e materiais segundo a sumula 37 Superior Tribunal de Justiça no valor de 40 salários mínimos vigentes ou ainda pleitearíamos para o dano moral 20 salários mínimos vigentes e para o dano material 20 salários mínimos vigentes.
Sumula 37 STJ
São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
E com fundamento no artigo 5º inciso X da Constituição Federal do Brasil, Código Civil Brasileiro, artigos 186, 187 e 927.
Artigo 5º inciso X da Constituição Federal do Brasil
“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrentes de sua violação”.
Artigo 186 do Código Civil Brasileiro
Aquele que por omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral comete ato ilícito.
Artigo 187 do Código Civil Brasileiro
Também comete ato ilícito, o titular de um direito que, ao exerce-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Artigo 927 do Código Civil Brasileiro
Aquele que por ato ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repara-lo.
Referências Bibliográficas
Fabio Bellote Gomes, Manual de Direito Comercial, 5º edição, São Paulo, Revista dos Tribunais RT, 2015.
Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro, Responsabilidade Civil, 24º edição, São Paulo, Ed. Saraiva, 2010.
Constituição Federal do Brasil 1988
Código Civil Brasileiro 2002
http://www.tjmg.jus.br/portal/
http://www5.tjba.jus.br/
http://www.tjsp.jus.br/
http://www.tjrj.jus.br/web/guest/home
http://www.tjrs.jus.br/site/
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10214
http://epm.tjsp.jus.br/Internas/Artigos/AcervoView.aspx?Id=6097
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/
http://prazerjuridico.wixsite.com/prazerjuridico

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