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Pré-Vestibular Vetor Curso de Redação Professora Catarina Chagas EXERCÍCIO • Você deve ler todos os trechos com muita atenção e pensar sobre eles. Aproveite as idéias que lhe convierem. • Reflita sobre o tema proposto, faça uma seleção de idéias. • Não se esqueça de fazer a revisão da sua redação: observe com muita atenção questões relativas à coerência, coesão, concordância, regência, acentuação, pontuação, ortografia etc. COMO E POR QUE SE PROCURA SEMPRE A OUTRA METADE DO SER? 1) “Na sociedade contemporânea, fala-se e escreve-se muito sobre sexo e quase nunca sobre o amor. Talvez seja pelo fato de que o amor, sendo um enigma, não se deixa decifrar, repelindo toda tentativa de classificação ou definição. Por isso, a poesia, campo mítico por excelência, encontra na metáfora a compreensão melhor do amor. Realmente, a literatura nunca deixou de falar do amor. (...) Talvez esse vazio conceitual se deva à dificuldade de expressão do amor no mundo contemporâneo. O desenvolvimento dos centros urbanos criou o fenômeno da ‘multidão solitária’: as pessoas estão lado a lado, mas suas relações dificilmente se aprofundam, sendo raro o encontro verdadeiro. Talvez o falar muito sobre sexo seja uma tentativa de camuflar a impessoalidade fundamental dessas relações, na medida em que o contato físico simula o encontro”. (Maria Lúcia de Arruda Aranha) 2) “Amar é estender o seu corpo em direção a um outro corpo; mas é também, mais fundamentalmente, exigir que esse corpo, que ele deseja, também se estenda; é desejar o desejo do outro”. (Hegel) 3) “O amor imaturo diz: ‘amo-te porque necessito de ti’; o amor maduro diz: ‘necessito de ti porque te amo’”. (Erich Fromm) 4) “O termo amor tornou-se hoje uma das palavras mais usadas e mesmo abusadas, à qual associamos significados completamente diferentes. (...) Em primeiro lugar, recordemos o vasto campo semântico da palavra amor: fala-se de amor da pátria, amor à profissão, amor entre amigos, amor ao trabalho, amor entre pais e filhos, entre irmãos e familiares, amor ao próximo e amor a Deus. Em toda esta gama de significados, porém, o amor entre o homem e a mulher, no qual concorrem indivisivelmente corpo e alma e se abre ao ser humano uma promessa de felicidade que parece irresistível, sobressai como arquétipo de amor por excelência, de tal modo que, comparados com ele, à primeira vista todos os demais tipos de amor se ofuscam. Surge então a questão: todas estas formas de amor no fim de contas unificam-se sendo o amor, apesar de toda a diversidade das suas manifestações, em última instância um só, ou, ao contrário, utilizamos uma mesma palavra para indicar realidades totalmente diferentes?”. (Bento XVI)
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