Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos BAC006 - Eletricidade Universidade Federal de Itajuba´ Campus Itabira Aula 05 Me´todos de Ana´lise de Circuitos em Corrente Cont´ınua Prof. Caio Fernandes de Paula caiofernandes@unifei.edu.br 2◦ Semestre de 2013 1 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Introduc¸a˜o Consideramos, ate´ enta˜o, que os circuitos analisados possu´ıam apenas uma fonte, ou que as diversas fontes poderiam ser associadas de forma a formar apenas uma fonte equivalente (fontes de tensa˜o em se´rie e fontes de corrente em paralelo); No entanto, em geral os circuitos apresentara˜o fontes de tensa˜o e fontes de corrente associadas das mais diversas maneiras. Neste caso, precisa- mos desenvolver me´todos para a ana´lise destes circuitos; Veremos, nesta aula, os principais me´todos de ana´lise de circuitos em corrente cont´ınua, a saber: ana´lise das correntes nos ramos, me´todo das malhas e me´todo dos no´s; Veremos, nas aulas posteriores, alguns teoremas de ana´lise de circuitos que simplificam, e muito, a resoluc¸a˜o dos problemas; Ale´m disso, veremos nesta aula, como converter fontes de tensa˜o re- ais em fontes de corrente reais, e vice-versa, e a conversa˜o entre duas associac¸o˜es especiais de resisteˆncias: Y-∆. 2 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Conversa˜o entre Fontes Reais Uma fonte de tensa˜o real e´ aquela que possui uma resisteˆncia interna em se´rie Rs com a tensa˜o interna E. Numa fonte de tensa˜o ideal, a resisteˆncia Rs seria nula (curto-circuito); Quanto menor for a resisteˆncia Rs, mais a fonte de tensa˜o real se aproxima da ideal. E, neste caso, mais a tensa˜o terminal VT se aproxima da tensa˜o interna; Numa fonte de tensa˜o ideal na˜o ha´ queda de tensa˜o na resisteˆncia interna Rs, e a tensa˜o terminal e´ igual a` tensa˜o interna; Outro caso em que a tensa˜o terminal se aproxima da tensa˜o interna e´ quando a resisteˆncia interna pode ser desprezada em func¸a˜o da resisteˆncia de carga RL, ou seja, Rs � RL. 3 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Conversa˜o entre Fontes Reais Uma fonte de corrente real e´ aquela que possui uma resisteˆncia interna em pa- ralelo Rp com a corrente interna I. Numa fonte de corrente ideal, a resisteˆncia Rs seria infinita (circuito-aberto); Quanto maior for a resisteˆncia Rp, mais a fonte de corrente real se aproxima da ideal. E, neste caso, mais a corrente terminal IT se aproxima da corrente interna; Numa fonte de corrente ideal na˜o ha´ fuga de corrente na resisteˆncia interna Rp, e a corrente terminal e´ igual a` corrente interna; Outro caso em que a corrente terminal se aproxima da corrente interna e´ quando a resisteˆncia de carga RL pode ser desprezada em func¸a˜o da resisteˆncia interna, ou seja, Rp � RL. 4 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Conversa˜o entre Fontes Reais Uma fonte de tensa˜o real pode ser convertida em uma fonte de corrente ideal fazendo-se Rs = Rp = R e I = E/R; Graficamente, temos: Da mesma forma, uma fonte de corrente real pode ser convertida em uma fonte de tensa˜o ideal fazendo-se Rp = Rs = R e E = RI; Graficamente, temos: 5 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Conversa˜o entre Fontes Reais A prova de ambas as converso˜es dependem de conceitos a serem vistos mais a` frente, o Teorema de The`venin e o Teorema de Norton; A ana´lise da conversa˜o de fonte de tensa˜o real em fonte de corrente real indica que uma boa fonte de tensa˜o (baixo Rs) originara´ uma pe´ssima fonte de corrente (baixo Rp), enquanto que uma pe´ssima fonte de tensa˜o (alto Rs) originara´ uma boa fonte de corrente (alto Rp); A ana´lise da conversa˜o de fonte de corrente real em fonte de tensa˜o real indica que uma boa fonte de corrente (alto Rp) originara´ uma pe´ssima fonte de corrente (alto Rs), enquanto que uma pe´ssima fonte de corrente (baixo Rp) originara´ uma boa fonte de tensa˜o (baixo Rs); Observe que fontes ideais, tanto de tensa˜o quanto de corrente, na˜o podem ser convertidas uma nas outras!; A conversa˜o entre fontes reais pode ser empregada sempre que poss´ıvel e conveniente, e muitas vezes simplifica substancialmente a ana´lise de circuitos. 6 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Ana´lise das Correntes nos Ramos Diversos circuitos apresentam mais de uma fonte e que na˜o podem ser combinadas ou convertidas em outro tipo de fonte, impossibilitando a utilizac¸a˜o do me´todo da reduc¸a˜o e retorno, visto na aula anterior; O me´todo mais geral de ana´lise de circuitos e´ chamado de me´todo da ana´lise das correntes nos ramos, no qual uma corrente arbitra´ria e´ defi- nida para cada ramo do circuito, e enta˜o aplicam-se as leis de Kirchoff para o equacionamento do circuito; Dado um circuito no qual k correntes de ramos podem ser definidas, devemos encontrar k equac¸o˜es de forma a formar um sistema linear e encontrar uma soluc¸a˜o u´nica para o problema; O nu´mero de equac¸o˜es derivadas da lei de Kirchoff para as tenso˜es esta´ limitada ao nu´mero de lac¸os independentes no circuito, de acordo com o teorema fundamental da topologia de rede: l = b− n+ 1 onde l e´ o nu´mero de lac¸os independentes, n e´ o nu´mero de no´s e b o nu´mero de elementos; 7 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Ana´lise das Correntes nos Ramos Aplicando-se enta˜o a lei de Kirchoff para as tenso˜es, restara˜o k − l equac¸o˜es a serem determinadas, e que devera˜o ser encontradas atrave´s da lei de Kirchoff para as correntes; As equac¸o˜es da lei de Kirchoff para as correntes devera˜o ser aplicadas em geral a no´s que possuem mais de dois elementos a eles conectados; De posse das k equac¸o˜es que formam o sistema linear, aplica-se um me´todo qualquer para a resoluc¸a˜o deste sistema, como eliminac¸a˜o de Gauss, regra de Cramer, etc. Em geral, a matriz tende a ser esparsa (matriz com muitos elementos iguais a zero); Utilizaremos programas computacionais e/ou calculadoras programa´veis para a resoluc¸a˜o do sistema linear resultante; Se alguma corrente tiver valor negativo, e as equac¸o˜es estiverem corre- tas, significa apenas que o sentido da corrente e´ diferente do imaginado inicialmente, mas na˜o o valor! 8 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Ana´lise das Correntes nos Ramos Passos para a aplicac¸a˜o do me´todo da ana´lise das correntes nos ramos: 1 Defina uma corrente de sentido arbitra´rio para cada ramo. Na˜o e´ necessa´rio atentar para que o sentido da corrente esteja inicialmente correto, pois o me´todo garante o resultado mesmo que o sentido da corrente seja o oposto do inicialmente pensado; 2 Com as correntes definidas, indique as polaridades das quedas de tensa˜o nos resistores do circuito de acordo como sentido da corrente convencio- nado inicialmente; 3 Em muitos casos, e´ conveniente substituir fontes de corrente real por fontes de tensa˜o real; 4 Com as correntes e quedas de tensa˜o definidas, aplique a lei de Kirchoff para as tenso˜es de acordo com o nu´mero de malhas (lac¸os) independentes; 5 Analise os no´s com mais de dois elementos a ele conectados e obtenha as outras equac¸o˜es necessarias; 6 Monte o ordene o sistema de equac¸o˜es lineares; 7 Resolva o sistemade equac¸o˜es lineares; 8 Com base nas correntes calculadas, e se desejado, calcule as tenso˜es em cada no´ do circuito. 9 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo das Malhas Conforme vimos no exemplo anterior, um circuito relativamente simples (com poucas malhas) pode possuir diversos ramos, e cada ramo exige uma corrente para a aplicac¸a˜o do me´todo de ana´lise das correntes nos ramos; Como a soluc¸a˜o depende da resoluc¸a˜o de um sistema linear, o qual tem sua dimensa˜o dada pelo nu´mero de correntes de ramo, a soluc¸a˜o via ana´lise das correntes nos ramos pode se tornar complicada, exigindo a inversa˜o de uma matriz muito grande se houver muitos ramos no circuito; Uma soluc¸a˜o para contornar este problema e´ o me´todo das malhas, que nada mais e´ que uma extensa˜o do me´todo de ana´lise das correntes das malhas; No me´todo das malhas, ao inve´s de definir correntes nos ramos, iremos definir correntes nas malhas; Uma vez identificada cada malha independente, iremos associar uma corrente de malha arbitra´ria, em geral no sentido hora´rio, para cada uma e enta˜o aplicar a lei de Kirchoff para as tenso˜es em cada malha; Observe que neste caso o nu´mero de correntes a serem calculadas e´ reduzido ao nu´mero de malhas independentes, diminuindo a ordem do sistema de equac¸o˜es lineares a ser resolvido; Podemos subdividir o me´todo das malhas em dois casos: sem fontes de cor- rente ideais e com fontes de corrente ideais entre duas malhas. Este u´ltimo podera´ ser resolvido de duas formas. Inicialmente iremos trabalhar com o primeiro caso. 10 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo das Malhas Quando o circuito possui fontes de corrente reais, as quais podem ser convertidas em fontes de tensa˜o reais, o procedimento e´ o mesmo, fazendo-se a conversa˜o devida; Na realidade, podemos compreender que o me´todo das malhas fornece uma “reinterpretac¸a˜o (ou generalizac¸a˜o) matricial” da Lei de Ohm, sob a forma: R.I = V , onde I e´ o vetor das correntes de malha (vetor de sa´ıda), V e´ o vetor das fontes de tensa˜o na malha (vetor de entrada) e a matriz R e´ conhecida como matriz de resisteˆncia; Assumindo sempre que as correntes de malha sa˜o definidas no sentido hora´rio, a matriz de resisteˆncia R e´ constru´ıda da seguinte forma: R = R11 R12 R13 · · · R1N R21 R22 R23 · · · R2N R31 R32 R33 · · · R3N ... ... ... . . . ... RN1 RN2 RN3 . . . RNN , 11 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo das Malhas Rkk e´ a soma de todas as resisteˆncias presentes na malha k; Rkj = Rjk e´ o negativo da soma de todas as resisteˆncias comuns a` malha j e k. Obviamente, j 6= k; Vk e´ a soma de todas as fontes de tensa˜o independentes presentes na malha k, com elevac¸a˜o de tensa˜o sendo tratada como positiva; Ik e´ a corrente da malha k; Observe que a matriz de resisteˆncia R e´ sempre sime´trica!; A matriz de resisteˆncia so´ pode ser constru´ıda por inspec¸a˜o se o circuito na˜o possuir fontes de tensa˜o dependentes ou fontes de corrente ideais (dependentes ou independentes); O fato do circuito possuir fontes de tensa˜o dependentes ou fontes de cor- rente ideais (dependentes ou independentes) na˜o impossibilita a aplicac¸a˜o do me´todo das malhas - apenas impossibilita a construc¸a˜o da matriz de resisteˆncia por inspec¸a˜o; 12 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo das Malhas Para resolver o caso no qual ha´ uma fonte de corrente que pertence a duas malhas, ha´ duas abordagens: A primeira, mais simples, consiste em adicionar uma resisteˆncia em paralelo com a fonte de corrente com valor muito superior a`s demais resisteˆncias do circuito, de forma que a corrente por ele drenada na˜o interfira no restante do circuito, e transformar esta fonte de corrente, agora real, em fonte de tensa˜o e aplicar o me´todo. Observe que esta abordagem, decorrente da inserc¸a˜o de um elemento na˜o pertencente ao circuito original, na˜o ira´ fornecer o resultado exato do problema. Mas, dependendo do valor da resisteˆncia escolhida, pode fornecer um resultado muito pro´ximo do exato; O segundo consiste em retirar todo o ramo onde esta´ a fonte de corrente e tratar a malha que se forma atrave´s da interceptac¸a˜o das outras ma- lhas como uma so´. Observe que ao se “aglutinar” as malhas para formar uma so´ ha´ a perda de equac¸o˜es, as quais devera˜o ser buscadas atrave´s da lei de Kirchoff para as correntes nos no´s onde a fonte de corrente atua. Esta abordagem e´ conhecida como supermalha (supermesh). 13 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo dos No´s Os dois me´todos de ana´lise de circuitos vistos ate´ enta˜o forneciam as correntes que circulam no circuito, sejam no ramo ou na malha; O terceiro me´todo, conhecido como me´todo dos no´s ou ana´lise no- dal, fornece a tensa˜o nodal, isto e´, a tensa˜o de cada no´ em relac¸a˜o a` tensa˜o de um no´ de refereˆncia no circuito; Na maioria absoluta dos casos, utilizaremos como no´ de refereˆncia no no´ terra (ground), uma vez que o potencial deste no´ e´ conhecido a` priori (0 [V]); Inicialmente, vamos considerar que o circuito na˜o possui fontes de tensa˜o (dependentes ou independentes); Se o circuito possui n no´s, teremos n − 1 no´s a serem analisados, uma vez que um dos no´s (o no´ terra) sera´ utilizado como refereˆncia; Por meio da lei de Kirchoff para as correntes, equacionaremos cada um dos no´s do circuito, e de acordo com a lei de Ohm teremos a tensa˜o em cada um deles; Lembrar sempre que a corrente flui do no´ de maior potencial para o no´ de menor potencial. 14 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo dos No´s Quando o circuito possui fontes de tensa˜o reais, as quais podem ser convertidas em fontes de corrente reais, o procedimento e´ o mesmo, fazendo-se a conversa˜o devida; Assim como no me´todo das malhas, podemos compreender que o me´todo dos no´s tambe´m fornece uma “reinterpretac¸a˜o (ou generalizac¸a˜o) ma- tricial” da lei de Ohm, sob a forma: G.V = I , onde V e´ o vetor das tenso˜es nodais (vetor de sa´ıda), I e´ o vetor das fontes de corrente no circuito e a matriz G e´ conhecida como matriz de condutaˆncia; A matriz de condutaˆncia pode ser constru´ıda da seguinte forma: G = G11 G12 G13 · · · G1N G21 G22 G23 · · · G2N G31 G32 G33 · · · G3N ... ... ... . . . ... GN1 GN2 GN3 . . . GNN ; 15 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo dos No´s Gkk e´ a soma de todas as condutaˆncias ligadas ao no´ k; Gkj = Gjk e´ o negativo da soma de todas as condutaˆncias ligadas entre os no´s j e k. Obviamente, j 6= k; Ik e´ a soma de todas as fontes de corrente independentes ligadas ao no´ k, com corrente entrando no no´ sendo tratada como positiva; Vk e´ a tensa˜o do no´ k; Observe que a matriz de condutaˆncia G e´ sempre sime´trica!; A matriz de condutaˆncia so´ pode ser constru´ıda por inspec¸a˜o se o cir- cuito na˜o possuir fontes de corrente dependentes ou fontes de tensa˜o ideais (dependentes ou independentes); O fato do circuito possuir fontes de corrente dependentes ou fontes de tensa˜o ideais (dependentes ou independentes) na˜o impossibilita a aplicac¸a˜o do me´todo dos no´s - apenas impossibilita a construc¸a˜o da matriz de condutaˆncia por inspec¸a˜o; 16 / 29Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo dos No´s Para resolver o caso no qual ha´ uma fonte de tensa˜o ideal ligada diretamente entre dois no´s, sendo que um deles na˜o e´ o de refereˆncia, ha´ duas abordagens para lidar com o problema: A primeira, mais simples, consiste em adicionar uma resisteˆncia em se´rie com a fonte de tensa˜o com valor muito inferior a`s demais resisteˆncias do circuito, de forma que a queda de tensa˜o por esta resisteˆncia na˜o inter- fira no restante do circuito, e transformar esta fonte de tensa˜o em fonte de corrente e aplicar o me´todo. Observe que esta abordagem, decorrente da inserc¸a˜o de um elemento na˜o pertencente ao circuito original, na˜o ira´ fornecer o resultado exato do problema. Mas, dependendo do valor da resisteˆncia escolhida, pode fornecer um resultado muito pro´ximo do exato; A segunda consiste em curto-circuitar a fonte de tensa˜o e tratar o no´ que se forma atrave´s da unia˜o dos outros no´s como um so´. Observe que ao se unir os no´s para formar um so´ ha´ a perda de equac¸o˜es, as quais devera˜o ser buscadas atrave´s da lei de Kirchoff para as tenso˜es nas malhas onde a fonte de tensa˜o atua. Esta abordagem e´ conhecida como superno´ (supernode). 17 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Converso˜es Estrela-Triaˆngulo Nas aulas anteriores, vimos como duas associac¸o˜es ba´sicas de dois ou mais resistores se comportam: a associac¸a˜o se´rie e a associac¸a˜o para- lelo. Um circuito complexo pode ser decomposto em va´rias associac¸o˜es ba´sicas se´rie e paralelo; No entanto, existem outras duas formas dos resistores se associarem que na˜o se encaixam numa associac¸a˜o se´rie nem paralelo: sa˜o as associac¸o˜es estrela (ou Y ou T) e triaˆngulo (ou ∆ ou pi). 18 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Converso˜es Estrela-Triaˆngulo Frequentemente, a conversa˜o de uma associac¸a˜o estrela em triaˆngulo, ou vice-versa, faz com que o circuito recaia sobre as associac¸o˜es se´rie e paralelo, simplificando o problema; Desta forma, e´ necessa´rio desenvolver um me´todo que permita converter uma associac¸a˜o estrela em triaˆngulo, e vice-versa. 19 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Converso˜es Estrela-Triaˆngulo O ponto de partida para o desenvolvimento da expressa˜o de conversa˜o e´: dado uma associac¸a˜o inicialmente em triaˆngulo, qual deveria ser a associac¸a˜o estrela equivalente, ou seja, analisando-se a associac¸a˜o pelos terminais a − c, a resisteˆncia equivalente da associac¸a˜o triaˆngulo deve ser igual a` associac¸a˜o serie: Pela figura, claramente podemos ver que: Ra−c = R1 +R3 = RB(RA +RC) RA +RB +RC 20 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Converso˜es Estrela-Triaˆngulo Fazendo-se esta mesma ana´lise para as outras duas possibilidades en- tre os terminais poss´ıveis, e isolando-se os termos, chega-se a seguinte conclusa˜o: R1 = RBRC RA +RB +RC R2 = RARC RA +RB +RC R3 = RARB RA +RB +RC ; Caso as treˆs resisteˆncias do triaˆngulo sejam iguais e possuam um valor R, podemos escrever: RY = R 3 De maneira geral, podemos enunciar a conversa˜o triaˆngulo-estrela da seguinte forma: Conversa˜o Triaˆngulo-Estrela Uma resisteˆncia estrela equivalente de uma associac¸a˜o triaˆngulo e´ igual ao produto das duas resisteˆncias triaˆngulo adjacentes a` resisteˆncia estrela de interesse dividido pela soma de todas as resisteˆncias do triaˆngulo. 21 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Converso˜es Estrela-Triaˆngulo Ao se isolar os termos das equac¸o˜es obtidas anteriormente para fornecer as resisteˆncias do triaˆngulo, chega-se a: RA = R1R2 +R2R3 +R1R3 R1 RB = R1R2 +R2R3 +R1R3 R2 RC = R1R2 +R2R3 +R1R3 R3 ; Caso as treˆs resisteˆncias da estrela sejam iguais e possuam um valor R, podemos escrever: R∆ = 3R De maneira geral, podemos enunciar a conversa˜o estrela-triaˆngulo da seguinte forma: Conversa˜o Estrela-Triaˆngulo Uma resisteˆncia triaˆngulo equivalente de uma associac¸a˜o estrela e´ igual a` soma do produto dois a dois das resisteˆncias estrela dividido pela resisteˆncia estrela oposta a` resisteˆncia triaˆngulo de interesse. 22 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exemplo 5.1 Aplique o me´todo de ana´lise das correntes nos ramos no circuito a seguir e determine as correntes em cada ramo e a tensa˜o de cada no´ do circuito. 23 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exemplo 5.2 Aplique o me´todo das malhas e encontre as correntes de malha e de ramos do circuito a seguir. 24 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exemplo 5.3 Aplique o me´todo das malhas e encontre as correntes de malha circuito a seguir. Utilize a abordagem da supermalha. 25 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exemplo 5.4 Aplique o me´todo dos no´s e encontre as tenso˜es nodais do circuito a seguir. 26 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exemplo 5.5 Aplique o me´todo dos no´s e encontre as tenso˜es nodais do circuito a seguir. Utilize a abordagem do superno´. 27 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exemplo 5.6 Determine a corrente fornecida pela fonte no circuito a seguir. 28 / 29 Introduc¸a˜o Conversa˜o entre Fontes Ana´lise das Correntes Malhas No´s Y-∆ Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Boylestad 12a Edic¸a˜o Cap´ıtulo 8: Exerc´ıcios 10, 13, 14, 17, 18, 19, 25, 27, 36, 39, 41, 45, 49, 53, 54, 55, 67, 68; 29 / 29 Introdução Conversão entre Fontes Análise das Correntes Malhas Nós Y- Exercícios
Compartilhar