Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Desenvolvimento dos dentes e dos tecidos de suporte Banda epitelial primária Após 37º dia (5ª semana) Faixa contínua de epitélio (odontogênico) Espessamento se forma ao redor da boca nas futuras maxila e mandíbula. Livro 1 figura 3.16 A, B, D e E Livro 2 figuras 6.1 e 6.2 Formato semelhante a ferradura. Correspondem, em posição, aos futuros arcos dentários nos maxilares. Resultado da atividade proliferativa aumentada em meio ao epitélio e da mudança na orientação do eixo mitótico e do plano de clivagem das células em divisão. Livro 1 figura 5.1 e 5.2 Lâmina dentária Na face anterior da lâmina dentária, invaginações epiteliais para dentro do mesênquima em locais correspondentes aos futuros dentes decíduos. Lâmina vestibular O vestíbulo é formado pela proliferação da lâmina vestibular para dentro do ectomesênquima após a formação da lâmina dentária. As células da lâmina vestibular aumentam de tamanho e se degeneram para formar uma fenda que se converte no vestíbulo entre a bochecha e a área de suporte dos dentes. Livro 2 figuras 6.3 e 6.4 Livro 3 figura 5.2 1) Estágio de botão Primeira invasão epitelial em direção ao ectomesênquima dos maxilares. Células epiteliais apresentam poucas alterações no formato ou na função. Células ectomesenquimais condensadas imediatamente abaixo e ao redor do botão epitelial (condensação do ectomesênquima). *Época diferenciada de formação dos botões dos dentes decíduos. Livro 2 figura 6.6 A Livro 1 figura 5.11 A e 5.23 2) Estágio de capuz Lâmina lateral: liga o dente em desenvolvimento à lâmina dentária (botão dentário cresce e arrasta consigo parte da lâmina dentária). É possível identificar elementos formadores do dente e de seus tecidos de suporte. Órgão do esmalte (invaginação epitelial, semelhante a capuz, sobre uma massa esférica de ectomesênquima condensado). Papila dentária - massa esférica de células ectomesenquimais que formará a polpa e a dentina. Folículo dentário ou saco dentário • condensação do ectomesênquima que se alinha e encapsula a papila dentária e o órgão do esmalte (separa o germe dentário do ectomesênquima dos maxilares) • dá origem ao periodonto de inserção (tecidos de suporte) Órgão dentário ou germe dentário • Órgão do esmalte • Papila dentária • Folículo dentário Livro 2 (figuras 6.9 e 6.10) Livro 3 (figura 5.14) Histodiferenciação Alterações importantes do desenvolvimento começam tardiamente no estágio de capuz e continuam durante a transição para o estágio de campânula. Histodiferenciação Massa de células epiteliais semelhantes se transforma em componentes morfológica e funcionalmente distintos. Células no centro do órgão do esmalte Sintetizam e secretam glicosaminoglicanos (hidrófilos) no compartimento extracelular entre as células epiteliais Atraem água para dentro do órgão do esmalte Retículo estrelado (quantidade de líquido aumenta o volume do compartimento extracelular do órgão do esmalte; as células se separam, mas continuam unidas via desmossomas e adquirem formato estrelado) Início da diferenciação celular no órgão do esmalte. As células centrais formam um retículo estrelado. As células epiteliais periféricas estão se diferenciando nos epitélios interno e externo do esmalte. Livro 1 figura 5.15 3) Estágio de campânula O órgão do esmalte se torna semelhante a um sino, à medida que a superfície inferior do capuz epitelial se aprofunda. Morfodiferenciação: a coroa dentária assume seu formato final. Histodiferenciação: células que produzirão os tecidos dentários mineralizados da coroa adquirem seu fenótipo característico. • ameloblastos • odontoblastos Livro 1 figura 5.16 Zona de flexão ou alça cervical Região de encontro dos epitélios interno e externo do esmalte na borda do órgão do esmalte. Células continuam a se dividir até que a coroa atinja o tamanho total e após à formação da coroa, dá origem ao componente epitelial da formação da raiz. Estrato intermediário - diferenciação de células epiteliais entre o epitélio interno do esmalte e o retículo estrelado. Livro 2 (figura 6.16A e 6.14) Papila dentária separada do órgão do esmalte por uma lâmina basal (massa de fibrilas aperiódicas para dentro de uma zona acelular). *Fibrilas – lâmina fibrorreticular da lâmina basal (onde se acumulam as primeiras proteínas secretadas da matriz do esmalte). Papila dentária é referida como polpa dentária quando a primeira matriz calcificada aparece na ponta de cúspide do germe dentário. Livro 2 (figura 6.15 A) Folículo dentário é distinguível da papila dentária. Fragmentação da lâmina dentária e da lâmina lateral que unem o germe dentário ao epitélio oral (separação). Livro 1 (figura 5.21) O folículo dentário se torna mais evidente e envolve o germe dentário por completo. Osso do processo alveolar rodeia todo folículo dentário constituindo a cripta óssea. Grupos de células epiteliais da lâmina permanecem formando o gubernáculo ou canal gubernacular. Livro 2 (figura 6.19) Livro 1 (figuras 10.7 e 10.8) - Término do dobramento (ou curvatura) do epitélio interno do esmalte permite reconhecer o formato da futura coroa do dente. - Início da formação da dentina e do esmalte nos locais correspondentes às futuras cúspides do dente. Pérolas epiteliais – agregados celulares que podem persistir após a fragmentação da lâmina dentária Podem formar: -pequenos cistos (cistos de erupção) -odontomas -podem ser ativados para formar dentes supranumerários Resumo do padrão de formação da coroa A região na qual ocorre a interrupção das divisões mitóticas dá início à diferenciação celular. Futura cúspide: primeira região a diferenciar. A diferenciação se estende para baixo e é seguida pela deposição de dentina e de esmalte. Junção amelodentinária: junção das matrizes de esmalte e dentina. Formação da coroa (livro 1 figura 5.22) 4. Suprimento vascular Estágio de capuz - agregados de vasos sanguíneos encontrados se ramificando ao redor do germe dentário no folículo dentário e entrando na papila dentária. Número de vasos aumenta na papila, com número máximo no estágio de campânula, quando começa a deposição de matriz. A posição dos vasos coincide com a posição onde as raízes dentárias irão se formar. Órgão do esmalte é avascular. 5. Suprimento nervoso Fibras nervosas pioneiras se aproximam durante a transição de estágio botão/capuz (alvo é o folículo dentário). Fibras penetram a papila (polpa) dentária somente após o início da dentinogênese. A inervação inicial dos dentes em desenvolvimento está relacionada à inervação sensorial dos futuros ligamento periodontal e polpa. 6. Formação da dentição permanente (secundária) Deriva também da lâmina dentária. Subsequente atividade proliferativa a partir da lâmina dentária. Formação de outro botão dentária, na face lingual do germe do dente decíduo, formará o sucessor permanente: -incisivos -caninos -pré-molares Permanece inativo por algum tempo. Livro 1 figura 5.24 Molares permanentes Não possuem antecessores decíduos. Formados por prolongamentos da lâmina dentária que penetram no ectomesênquima em direção posterior. (livro 1 figura 5.25) Os dentes das dentições primária e secundária são formados do mesmo modo, mas em momentos diferentes. Livro 1 (figura 5.26) Tabela de cronologiado desenvolvimento dentário (livro 1 tabela 5.2) 7. Formação dos tecidos mineralizados Histodiferenciação Diferenciação terminal dos ameloblastos e odontoblastos. Formação de tecidos mineralizados: - dentina - esmalte Livro 1 figura 5.27 Futuras pontas de cúspide Camada de dentina se formará primeiro; Cessa atividade mitótica no epitélio interno do esmalte; Células cilíndricas baixas do epitélio interno do esmalte se alongam e invertem a polaridade (pré-ameloblasto); Pré-ameloblasto em diferenciação se divide em um corpo celular e uma extensão celular apical; Odontoblastos – diferenciação das células ectomesenquimais indiferenciadas da papila dentária (sob indução das células do epitélio interno do esmalte); Eliminação da zona acelular (entre papila dentária e epitélio interno do esmalte). Odontoblastos, em diferenciação, elaboram a matriz orgânica da dentina (dentina do manto) que sofre mineralização. Com a deposição da matriz, os odontoblastos se movimentam em direção ao centro da papila dentária (deixam uma extensão citoplasmática). Dentina tubular. Ameloblastos produzem matriz orgânica sobre a superfície dentinária recém- formada (sofre mineralização). Apesar da secreção das proteínas do esmalte ocorrer antes da dentina do manto, não formam camada até que a dentina seja formada. Indução recíproca (odontoblastos e ameloblastos em diferenciação). Livro 2 figura 6.21 8. Formação da raiz Células epiteliais também são requeridas para a indução dos odontoblastos que formarão a raiz. Células do epitélio interno e externo do esmalte proliferam da alça cervical para formar a bainha epitelial radicular de Hertwig (dupla camada de células). Diafragma epitelial – borda livre da bainha epitelial radicular Livro 1 figura 5.28 Livro 2 figura 6.25 e 6.24 Livro 1 figura 5.29 Bainha epitelial radicular de Hertwig - Desintegra à medida que a formação da raiz progride - Intacta apenas na extremidade da raiz em avanço 9. Formação dos tecidos de suporte Estágio de campânula • Órgão do esmalte • Papila dentária • Folículo dentário - camada fibrocelular que envolve a papila dentária e o órgão do esmalte. *Forma os tecidos de suporte do dente (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) Livro 1 figura 5.34 e 5.35 Livro 1 figura 5.30 Livros 1. Nanci, A: Ten Cate Histologia Oral: Desenvolvimento, Estrutura e Função, 8ª Ed; Elsevier, 2013. 2. Katchburian, E; Arana V: Histologia e Embriologia Oral: texto, atlas, correlações clínicas; 3ª Ed; Guanabara Koogan, 2012. 3. Avery, JK: Oral Development and Histology; 3rd Ed; Thieme, 2001.
Compartilhar