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AGENTE PÚBLICO

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GENTE PÚBLICO  é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública e às pessoas jurídicas da Administração Indireta.
Partindo da classificação de Celso Antônio Bandeira de Melo e, com as devidas alterações advindas com EC nº 18/98, pode-se dizer que são quatro as categorias de Agentes Públicos, a saber: 
1. Agentes Políticos; 
2. Servidores Públicos
 3. Militares;
 4. Particulares em colaboração com o Poder Público.
AGENTES POLÍTICOS: são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais.
EX: membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores),Presidente da Republica e Vice, e seus auxiliares diretos (Ministros e Secretários de Governo), membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, Magistrados,conselho nacional do ministério público(cnmp),
 conselho nacional de justiça (cnj) e defensoria pública(dp).
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO.
Nessa classe encontram-se as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem vínculo de trabalho, com ou sem remuneração. 
Podem fazê-lo sob diversos títulos, tais como: Delegação de Poder Público, Requisição, Nomeação ou Designação, Gestores de Negócios, etc.
Exemplos: 
gestores de negocio, convocados para prestar serviço eleitoral ,leloeiro,interpretes
MILITARES: São militares aqueles que prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), às Polícias Militares ou aos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e territórios.
vínculo jurídico estatutário e com remuneração paga pelos cofres públicos.
Agentes Administrativos: são os agentes públicos que se vinculam à Administração Pública Direta ou às Autarquias por relações profissionais. 
Sujeitam-se à hierarquia funcional;  São funcionários públicos com regime jurídico único (estatutários); 
Respondem por simples culpa ou dolo pelos atos ilícitos civis, penais ou administrativos que praticarem; Funcionários de para-estatais: não são agentes administrativos, todavia seus dirigentes são considerados funcionários públicos; servidores públicos, Regime Especial de Direito Administrativo (REDA). Funcionários das Fundações Públicas: são agentes administrativos.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos privativos de médico;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
A diferença entre REDA e Concursos Públicos é:
O Concurso Público oferece estabilidade o REDA não.
SERVIDORES ESTATUTÁRIOS são aqueles que ocupam cargo público, sendo regidos pelo regime estatutário.
 EMPREGADOS PÚBLICOS são aqueles contratados sob o regime da CLT e que ocupam empregos públicos.
SERVIDORES TEMPORÁRIOS, que são os contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público.
Estes últimos exercem funções públicas, mas sem ocupar cargo ou emprego público, sendo regidos por regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade federativa.
 Lei 8.112/1990
CARGOS – Os cargos são criados por lei, que lhes confere denominação própria, define suas atribuições e fixa o padrão de vencimentos ou remuneração.
EMPREGO PÚBLICO – Quando se aceitou a possibilidade de contratação de servidores sob a o regime da legislação trabalhista (CLT), a expressão emprego público passou a ser utilizada, paralelamente a cargo público, também para designar uma unidade de atribuições, distinguindo-se uma da outra pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao Estado.
 FUNÇÃO – Ao lado de cargo e emprego públicos, existe uma individualidade própria, definida em lei, relativa à atribuições também exercida por servidores públicos, mas sem que lhes corresponda a um cargo ou emprego. Fala-se, então, em função dando-se-lhe um conceito residual: “é o conjunto de atribuições às quais não corresponde a um cargo ou emprego”.
Os cargos públicos, em regra, somente podem ser criados, transformados ou extintos por lei.
art. 84, VI, “b”, da CF, passando a admitir que o Presidente da República possa extinguir funções ou cargos públicos por meio de decreto, quando os cargos ou funções se encontrarem vagos.
Aplicando-se o princípio da simetria, tem-se por consequência que os Governadores e Prefeitos também podem extinguir por decreto funções ou cargos públicos vagos nos Estados, Distrito Federal e Municípios. Isto é claro, se houver semelhante previsão nas respectivas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas.
Em outras palavras, os cargos ou funções públicas, embora sejam criados por lei, podem ser extintos por lei ou por decreto do chefe do Poder Executivo, se estiverem vagos. Ressalte-se que, se o cargo estiver ocupado, só poderá ser extinto por lei, não se admitindo a edição de decreto com essa finalidade.
art. 12, § 3.º, da Constituição Federal,
os seguintes cargos são privativos de brasileiros natos: 
a) Presidente e Vice-Presidente da República; 
b) Presidente da Câmara dos Deputados;
 c) Presidente do Senado Federal; 
d) Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
e) carreira diplomática; f) oficial das Forças Armadas; g) Ministro de Estado da Defesa. 
É importante esclarecer que a norma constitucional que confere aos brasileiros o direito de acesso aos cargos, empregos e funções públicas é de eficácia contida (para os estrangeiros a norma é de eficácia limitada), o que significa que a princípio qualquer cargo, emprego ou função pública é acessível aos brasileiros (respeitados os cargos que por disposição constitucional são privativos de brasileiros natos), mas a legislação infraconstitucional poderá estabelecer limitações ao exercício desse direito, a exemplo dos requisitos de idade, escolaridade etc.
CONCURSO PÚBLICO é um procedimento administrativo destinado à seleção de pessoas que irão ocupar empregos públicos ou cargos públicos de provimento efetivo ou vitalício. Trata-se de uma forma de escolha meritória, que atende aos princípios da igualdade e da moralidade administrativa, evitando-se com isso que o ingresso no serviço público se dê por critérios de favorecimento pessoal ou nepotismo.
Súmula Vinculante 13: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo dedireção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”.
Prazo de validade
Conforme previsto no art. 37, III, da Constituição Federal, o prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.

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