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PROCESSO PENAL II Prof.ª Maria José Goulart Procedimento ou rito -Procedimento ou rito é a sequência de atos necessários para a realização do processo, sendo diferente para determinados tipos de crime. -Quando a lei pretende tratar algum crime de forma diferenciada, ela estabelece um procedimento especial. -Processo -Procedimento, ou também rito, não se confunde com o processo. -Procedimento Comum -Procedimento geral, utilizado para a maioria dos crimes. -Procedimento Especial -Procedimento específico para determinado tipo de crime, estabelecido por lei. -Ex.: Lei de tóxicos. Procedimento Comum – Art. 394, CPP -Ordinário -Para crimes com pena máxima superior a 4 anos. -Ou seja, penas máximas iguais ou maiores a 4 anos. -Sumário -Para crimes com pena máxima superior a 2 anos e até 4 anos. -Penas máximas superiores a 2 anos e inferiores a 4 anos. -Sumaríssimo -Utilizado para todos os crimes com pena máxima de até 2 anos. -Pena máxima igual ou inferior a 2 anos. -Procedimento utilizado no Juizado Especial. Procedimento Comum Ordinário – Art. 395 a 398, CPP -Aplicado aos crimes com pena máxima igual ou superior a 4 anos. -A contagem do prazo prescricional é zerada a cada ato realizado. -Atos: -Apresentação do pedido inicial. -Denúncia – Crime ação Pública -Queixa – Crime ação Privada -Recebimento ou rejeição -Pedido inepto -Falta de condição da ação -Falta de pressupostos processuais -Falta de justa causa -Ocorre quando o juiz entende que não existem indícios que deem base ai ao pedido inicial, não justificando assim o início do processo. -Rol de motivos de rejeição é taxativo -Citação -Real -Ficta – Suspende o processo / por edital -Defesa Preliminar – Resposta à acusação – 10 dias -Na citação por edital este prazo se conta a partir do comparecimento do réu ou seu advogado. -Advogado alega tudo que beneficia o réu -É peça imprescindível – se o advogado não apresentar, o juiz nomeará um para fazê-la. -A defesa preliminar é o momento onde devem ser arroladas as testemunhas de defesa -Possibilidade de absolvição sumária – Art. 397, CPP -Só pode ocorrer mediante as seguintes justificativas: -Causa de exclusão do crime -Legitima defesa, estado de necessidade, exercício regular de direito, estrito cumprimento de dever legal. -Causa de exclusão da culpabilidade -Exceto a imputabilidade -Caso o acusado seja inimputável, o processo continuará para determinar se realmente foi ele que cometeu o crime, e em caso afirmativo, o juiz estabelecerá medidas de segurança. -Fato não constitui crime -Extinção da Punibilidade -Caso a tese apresentada na defesa preliminar apresente prova inequívoca de alguma das possibilidades previstas no art. 397 do CPP, o juiz pode absolver sumariamente o réu. -Determinar audiência de instrução e julgamento – AIJ -A AIJ deve ser marcada 60 dias após o recebimento do pedido inicial -AIJ -Declaração do ofendido -Testemunha de acusação -As testemunhas de acusação devem ser arroladas no pedido inicial -Testemunha de defesa -As testemunhas de defesa devem ser arroladas na defesa preliminar -Outras provas -Interrogatório -Possibilidade de novas diligências -Alegações Finais -Sentença -Audiência de instrução e julgamento - AIJ -Ofendido -É a vítima, será ouvido se indicado por uma das partes – não é testemunha -Deve ser informado/intimado dos seguintes atos do processo: -Prisão do acusado -Acusado é solto -AIJ -Sentença -Pode ser assistente da acusação, e neste caso, deve contratar advogado para se manifestar no processo -Testemunha de acusação -São relacionadas no pedido inicial -Neste rito podem ser indicadas até 08, não se computando neste número os menores, doentes mentais, parentes do acusado. -Os parentes do ofendido são computados entre as 8 testemunhas. -As testemunhas serão qualificadas pelo juiz e farão um compromisso de dizer a verdade, cientificando a testemunha de que ela ocorrerá no crime de falso testemunho caso descumpra o compromisso. -A parte que arrolou a testemunha será a primeira a inquerir, seguido então da parte contrária e por fim o juiz, caso ele entenda necessário. No caso das testemunhas de acusação, o MP ou o ofendido serão os primeiros a interrogar. -Testemunhas de defesa -São arroladas na defesa preliminar -Segue as mesmas regras das testemunhas de acusação. -As testemunhas de defesa serão interrogadas primeiro pelo advogado de defesa, seguido então pelo MP/ofendido e então pelo juiz. -Outras provas -Essas provas serão apresentadas após a inquirição das testemunhas -A lei não delimita de forma taxativa os tipos de prova que podem ser apresentadas -Prova pericial -A prova pericial pode ser requerida no pedido inicial ou na defesa preliminar. -As partes e o juiz podem determinar quesitos para a realização da perícia. -O perito dará seu parecer, respondendo aos quesitos, na AIJ -Prova documental -As partes poderão apresentar documentos relativos ao -Interrogatório -Faz parte do princípio da ampla defesa, possibilitando a autodefesa. -Também serve como prova durante o processo. -O interrogatório deve ser feito com a presença de um advogado, obrigatoriamente. O advogado, porém, não poderá intervir nas respostas do acusado. -O réu tem o direito de permanecer calado, não podendo o juiz o interpretar o seu silencio como confissão. -O interrogatório se configura como ato judicial, não sendo o interrogatório realizado durante o inquérito utilizado da mesma forma. -É um ato oral, podendo ser realizado por escrito ou através de intérprete caso o réu sofra de alguma deficiência. -Possibilidade de novas diligências -Possibilidade que ocorre apenas no rito ordinário -Não ocorre sempre, sendo uma exceção. -Alegações finais -Último momento onde as partes podem fazer suas alegações ao juiz. -O MP público fala primeiro, demonstrando toda a extensão de sua tese, por 20 minutos, prorrogáveis por mais 10 caso, caso seja necessário. -O MP deverá analisar alguns pontos: -Provar a materialidade do crime, ou seja, que o crime realmente ocorreu, através das provas dos autos. -Provar a autoria do crime, ou seja, que o realmente foi o réu que praticou o crime. -A defesa falará em seguida, pelo mesmo prazo. -A defesa deverá analisar os mesmos pontos que o MP. -De acordo com a lei, as alegações finais deverão ser feitas na AIJ, de forma oral, podendo o juiz permitir que, no prazo de 5 dias, as partes entreguem as alegações finais de forma escrita. -Sentença -Ato final do procedimento -Sentença de mérito resolve o processo pelo pedido inicial, condenando ou absolvendo réu -A sentença é limitada pelo pedido inicial Procedimento Sumário -Pedido Inicial -Arrolamento de até 5 testemunhas -Recebimento ou Rejeição -Rejeição pode ser pelos mesmo motivos do procedimento ordinário -Citação -Defesa preliminar -Arrolamento de até 5 testemunhas -Possibilidade de absolvição sumária -Causas de absolvição sumária são as mesmas do procedimento ordinário -AIJ -A AIJ deve ser marcada 30 dias depois do recebimento do pedido inicial -Não existe possibilidade de novas diligências -Ofendido -Testemunha de acusação -Testemunha de defesa -Outras provas -Interrogatório -Alegações Finais -Sentença Procedimento Sumaríssimo – Lei 9.099/95 – Lei dos Juizados Especiais -1ª fase: -Policial -TCO – Termo Circunstanciado de Ocorrência -Perícia -Encaminhar ao Juizado Especial Criminal -Não ocorre prisão -O delegado de polícia pode marcar a data da audiência preliminar no juizado especial -Judicial -Audiência Preliminar -Audiência preliminar busca evitar que seja feito o processo -Presenças: MP,autor do fato, vítima, advogado, juiz -Juiz esclarece sobre a composição e a transação -Conciliação: -Vítima -Autor do fato -Resolve questão patrimonial -Acordo extingue punibilidade na ação privada e na ação pública condicionada a representação -Ação pública incondicionada nunca extingue a punibilidade pela conciliação -Sentença serve como título executivo e é irrecorrível -Juiz deve homologar a sentença da conciliação -Transação -MP -MP não tem legitimidade para transacionar nas ações privadas, por isso não ocorre a transação nas ações privadas -Autor do fato -Visa cumprimento de obrigação para evitar a pena -É personalíssima -Ocorre sempre na ação incondicionada e na condicionada a representação se não houver conciliação e a vítima fizer a representação -Vítima não se manifesta -Exceção ao princípio da obrigatoriedade do processo -Não será proposta: -Autor condenado por sentença transitada em julgado a pena privativa de liberdade -Autor recebeu o benefício nos últimos 05 anos -Se os antecedentes, conduta social, personalidade do autor do fato não indicarem a transação -Aceitação não deduz: -Reconhecimento da responsabilidade -Não configura reincidência -Não formará antecedentes -Não tem efeitos civis -Sentença homologatória de transação cabe recurso de apelação -Sentença da transação não é título executivo, não podendo ser utilizada para pleitear indenização na esfera cível. -Aceita e cumprida extingue a punibilidade -O não cumprimento não pode resultar em pena privativa de liberdade. -O não cumprimento possibilita o início do processo. -2ª fase: -Atos: -Pedido Inicial -Citação -Pedido inicial e citação podem ser feitas na audiência preliminar -AIJ -Defesa -Recebimento do Pedido Inicial -Testemunhas de acusação -Testemunhas de defesa -Interrogatório -Alegações finais -Sentença -Processo -> Procedimento Sumaríssimo -O processo sumaríssimo pode se iniciar na audiência preliminar -O promotor pode oferecer denúncia oral – a denúncia dispensa o acordo -Denúncia nos termos do CPP -Número de testemunhas – até 05 -Queixa - Prazo decadencial -Prazo decadencial de 06 meses. -Citação – pessoal, na audiência preliminar -Marcar data da AIJ -Acusação traz suas testemunhas ou apresenta rol em 05 dias da audiência -Todos os atos devem acontecer na AIJ -Intimação -Pessoa física -Pessoa jurídica Ritos Especiais -Crimes contra a honra -Calúnia, Injúria e Difamação -Ação Privada -Por regra geral, esses crimes são de ação privada. -Por exceção, serão de ação pública condicionada a representação ou requisição quando forem praticados contra funcionário público no exercício de sua função ou contra o Presidente da República. -Atos: -Pedido Inicial – Queixa -Notificação querelante/ querelado para audiência de reconciliação -Audiência de reconciliação sem a presença de advogado -Nada ficará registrado quanto a manifestação dos envolvidos -Recebimento da queixa caso não ocorra a reconciliação -Citação -Defesa – Exceção da verdade – não é possível na injúria – foro privilegiado -Continua conforme rito ordinário -Tribunal do Júri -Arts. 406 a 497, CPP -Competência: crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os com eles conexos. Arts. 121 a 127, CP -Composição: -Juiz de Direito -25 jurados -É órgão da justiça comum de 1º grau -Federal -Estadual -Características -Plenitude da defesa -Sigilo das votações -Soberania dos vereditos -Cláusula pétrea – Direito e garantia fundamental -Procedimento -Bifásico -Sumário da culpa – atos entre a inicial e a sentença que pode ser pronúncia, impronúncia, absolvição sumária, desclassificação. -Julgamento – atos posteriores a sentença de pronúncia. -1ª fase – Sumário da culpa -Esta fase visa esclarecer a existência do crime – indícios da autoria -Atos: -Inicial -Recebimento/rejeição -Citação -Defesa preliminar – 10 dias -Momento da indicação de prova testemunhal da defesa, podendo indicar até 8 testemunhas. -Vista a acusação – 5 dias -Audiência de instrução -Vítima, se tentativa -Testemunha de acusação -Testemunha de defesa -Outras provas -Interrogatório -Alegações finais -Sentença: -Pronúncia -Impronúncia -Desclassificação -Absolvição sumária -Sentença de pronúncia -A única que leva o processo a julgamento pelo Tribunal do Júri -Dá início à segunda 2ª fase do procedimento -É uma sentença interlocutória terminativa -Para ser proferida exige os seguintes requisitos: -Prova do crime -Indícios da autoria -Na sentença de pronúncia o momento é de decisão “in dubio pro societate” -A sentença de pronúncia visa o interesse social, devendo o juiz, caso tenha dúvidas acerca da prova do crime e dos indícios da autoria, proferir a sentença de pronúncia. -Na sentença de pronúncia o juiz apenas reconhece que aquele caso deve ser julgado pelo júri – ele não condena nem absolve -Faz coisa julgada formal -A fundamentação do juiz na sentença de pronúncia não será em profundidade -Efeitos: -Leva o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri -Limita a acusação -Interrompe a prescrição -Intimação do réu pessoal -Não sendo o réu encontrado, a intimação da sentença de pronúncia será feita por edital, não impedindo o prosseguimento do processo -Cabe contra a sentença de pronúncia o recurso em sentido estrito. -Sentença de impronúncia -O juiz impronúncia quando: -Inexistência de indícios da autoria -Não há prova do crime -Se surgirem novas provas e não estiver extinta a punibilidade novo processo pode ser ajuizado -Se houver crime conexo este será julgado pelo juiz singular -Desta decisão cabe recurso de apelação -Desclassificação -Durante o sumário da culpa fica provado que o crime não é doloso contra a vida -O processo é encaminhado ao juiz competente -Cabe recurso no sentido estrito -Absolvição sumária -O juiz constata a existência de uma das seguintes situações: -Prova de inexistência do fato -Está provado que o réu não concorreu para o crime -O fato não constitui infração penal -Existe circunstância que isente o réu da pena -Circunstância que exclui o crime -As provas dessas situações não deixam dúvida -Recurso – apelação -Os conexos serão julgados pelo juiz singular -2ª fase – Julgamento -Intimação da sentença de pronúncia -Sentença de pronúncia Transita em Julgado -A fase do julgamento inicialmente envolve a sua preparação -Autos ao MP – 5 dias – indicar as provas que serão apresentadas no julgamento -Podem ser indicadas até 5 testemunhas -Podem ser escolhidas entre as 8 indicadas na 1ª fase ou outras testemunhas diferentes. -As provas podem ser juntadas ao processo até 3 dias antes do julgamento. -Defesa – 5 dias – mesmo motivo da acusação -Podem ser indicadas até 5 testemunhas -Podem ser escolhidas entre as 8 indicadas na 1ª fase ou outras testemunhas diferentes. -As provas podem ser juntadas ao processo até 3 dias antes do julgamento. -Juiz -Marcar a data do julgamento -Analisar os requerimentos das partes -Fazer o relatório -Sorteio dos jurados -Sorteio dos jurados -Composição do Tribunal do Júri -25 jurados -Juiz presidente -Os 25 jurados serão sorteados da lista geral -Lista geral -Todos os jurados da comarca -Requisitados das escolas, bancos, sindicatos... -É organizada no mês de novembro -Pode fazer parte da lista -Cidadão -Brasileiro, nato ou naturalizado, que exerça o direito de votar -Maior de 18 anos -Idoneidade moral -Apenas condenações criminais retiram a idoneidade moral. -Quando na função do júri, o jurado tem a responsabilidade criminal do juiz -Não farão parte da lista geral: -Presidente da República -Ministros -Governadores -Secretários -Prefeitos -Deputados Federais -Deputados Estaduais -Vereador -Senador -Juiz -Membro do Ministério Público -Delegado -Defensor Público -Servidores da Justiça, MP e Defensoria -Militares da Ativa -Maiores de 70 anos -Quem provar impedimento -Jurado que participou do Conselho de Sentença no ano anterior -Recusa -Serviço alternativo -Perdados direitos políticos -Prerrogativas -Serviço Público Relevante -Presunção de Idoneidade Moral -Preferência nas licitações em Igualdade de Condições -Preferência nos concursos públicos em igualdade de condições -Julgamento -Sessão de julgamento -Juiz resolve sobre a dispensa dos jurados, analisa justificativas de ausência -Conferência das presenças necessárias -Jurados -MP -Advogado -Acusado -Solto – presença facultativa -Preso – presença obrigatória -Testemunhas -Anúncio do processo -Esclarecimento quanto aos impedimentos: -Marido e mulher – ascendente e descendente -Genro, nora, sogro, sogra, irmão, cunhado, tio, sobrinho, padrasto, madrasta, enteado, união estável; -Quem foi jurado em julgamento anterior; -Quem atuou no julgamento de corréu -Quem se manifestou sobre condições de absolvição -Esclarecer sobre a incomunicabilidade -Sorteio dos jurados -Sorteio de 7 dentre os 25 presentes -Possibilidade de recusa de 03 jurados para cada parte -Exortação aos jurados – art. 472, CPP -Jurado recebe cópia do relatório e da sentença de pronúncia -Instrução em plenário -Vítima (se houver) -Testemunhas de acusação -Testemunhas de defesa -Outras provas -Interrogatório do réu -Debates -1º- MP -2º - Defesa -1 réu –> 1 hora e 30 minutos -Réplica –> 1 hora -Mais de um réu –> 2 horas e 30 minutos -Réplica –> 2 horas -Se houver assistente, se manifesta depois do MP -O tempo é compartilhado entre o MP e o assistente -Não podem se referir: -Sentença de pronúncia -Uso de algema -Silêncio do réu no interrogatório -Apartes – requeridos ao juiz –> 3 minutos -Apartes são as interrupções feitas por uma parte durante a fala da outra. -Réplica é faculdade da acusação -Há a possibilidade de tréplica, para ambas as partes, pelo prazo de 1h. -Votação -Quesitos Obrigatórios: -1º - Materialidade –> “No dia ..., a vítima foi atingida ..., que lhe causaram as lesões descritas no ACD, provocando-lhe a morte?” -2º - Autoria –> “O réu concorreu para a prática do fato?” -3º - O jurado absolve o réu? -Seguem os quesitos das teses defendidas pela defesa, qualificadoras... -Votação em sala especial -Julgamento de mais de uma réu a quesitação é feita individualmente -Quando a resposta positiva ou negativa atinge 4 votos o juiz cessa a apuração -Sentença -Condenatória -Absolutória -Desclassificação -Dispensa relatório e motivação -A sentença do juiz é vinculada a decisão dada pelos jurados. -Desaforamento -Deslocar o julgamento para outra comarca – Tribunal do Júri daquele lugar -Competência – Tribunal de Justiça -Requerimento das partes – Juiz -Hipóteses -Interesse público -Imparcialidade do júri -Segurança do Réu -Julgamento não realizado depois da sentença de pronúncia -Crimes praticados por funcionário público contra a Administração Pública -O rito especial só cabe quando o agente é funcionário público e o delito é praticado contra a Administração. -São os crimes dos arts. 312 a 326, CP -Atos: -Denúncia -8 testemunhas -Juntada de prova que demonstre a existência do crime -Notificação para apresentar defesa – 15 dias -Recebimento/Rejeição -Citação -Defesa Preliminar -Continuação conforme o rito ordinário -Se o funcionário fez o crime e se afastou do serviço público não será aplicado o procedimento especial -Se o funcionário público tem foro privilegiado não aplica o rito especial -Estatuto do Idoso – Lei 10.741/03 -Pessoa com idade igual ou superior a 60 anos -Estatuto visa garantir a vida e a saúde do idoso. -Situações especiais do procedimento são destinadas ao idoso vítima -Crime de pena máxima até 4 anos seguem procedimento sumaríssimo -Crimes cuja pena máxima ultrapasse 4 anos – rito ordinário -Fase policial -Pena máxima até 02 anos – T.C.O. -Pena máxima superior a 2 anos até 4 anos – inquérito policial -Pena máxima superior a 4 anos – inquérito policial -Entorpecentes – lei 11.343/06 -Fase Investigatória -Prisão, se houver, comunicada ao juiz em 24h -Laudo provisional – Natureza e quantidade de droga -Pode ser feito por 1 perito oficial ou leigo -Prazo: 30 dias – acusado solto -Pode ser duplicado se necessário -Nesse crime é possível o flagrante prorrogado -Encerramento do inquérito com relatório justificando o enquadramento do delito -Fase judicial -MP -10 dias – Pedido inicial; réu preso ou solto -Notificação para apresentar defesa -Defesa -10 dias – 5 testemunhas -Apresentação obrigatória ou juiz nomeia advogado -Recebimento /rejeição da denúncia – 05 dias -Citação -Nova defesa -Possibilidade de absolvição sumária -AIJ -Até 30 dias do recebimento da denúncia -Interrogatório -Testemunha acusação -Testemunha defesa -Alegações – 20 minutos prorrogáveis por mais 10 -Sentença – em audiência ou em até 10 dias -Lei 11.340/06 – lei Maria da Penha -Sujeito passivo – Mulher -Sujeito ativo -Não aplicação dos dispositivos da lei 9.099 -Procedimento -Sumário -Ordinário -Não se aplica o procedimento sumaríssimo nos crimes previstos na lei Maria da Penha. -Prisão -Representação -Retratação -A retratação poderá ocorrer até o recebimento da denúncia Sentença -Ato que encerra o procedimento -Todo procedimento termina com uma sentença -Definitiva – de mérito –> resposta ao pedido inivial -Outras decisões -Interlocutórias -Despachos -Não é uma decisão, o juiz apenas impulsiona o processo -Contra despachos não cabe recurso -A Sentença deve conter: -Relatório -O juiz precisa conhecer o processo -Fundamentação ou motivação -Decisão ou articulação -No Tribunal do Júri, dispensa-se o relatório e a fundamentação -Na decisão (ou articulação) o juiz deve citar os artigos referentes àquela sentença, tudo em conformidade com a fundamentação -O juiz dá a sentença frente ao fato descrito, ainda que haja um erro no dispositivo legal correspondente -Sentença de mérito -Extinção da punibilidade -Condenatória -Absolutória -Da uma solução em aplicar ou não a pena. -Sentença Interlocutória -Decisão no curso do processo, mas que não responde ao pedido inicial. -Sentença Suicida -A motivação é contrária à decisão -Princípio da correlação -Ligação entre a sentença que deverá ser proferida pelo juiz e o pedido inicial. -Emendatio libelli -art. 383 CPP -Fato descrito = fato provado – juiz sentencia e aplica a pena cabível ao fato descrito e provado, ainda que o dispositivo legal não esteja de acordo com o fato -Mutatio libelli -O fato descrito no pedido inicial não é o que restou provado. Neste caso o juiz devolve os atos ao MP para o aditamento, em seguida a defesa se manifesta para produção de prova relativa ao fato novo – só depois destas providências pode o juiz sentenciar -Sentença absolutória -Sentença condenatória -Efeitos da sentença -Esgota o poder do juiz -Juiz sai da relação processual -Juiz não pode funcionar em outra instância Prova -Instrumento usado pelas partes para convencer o juiz da verdade das suas alegações -Finalidade – permitir que o juiz conheça os fatos objeto do pedido inicial, sobre os quais se manifestará fazendo o julgamento -Objeto – os fatos alegados pelas partes -Não precisa ser provado: -O direito -Exceto: -O Municipal -O Estadual -O Internacional -O Costumeiro -Fatos notórios -As presunções jurídicas -Classificação -Direta -Indireta -Perfeita – produz a certeza -Imperfeita – dedução -Princípios -Contraditório -Comunhão -A prova pertence ao processo, as partes apenas trazem as provas ao processo. -Oralidade -Publicidade -Auto responsabilidade das provas. -Concentração -Regra geral, as provas devem ser produzidas na Audiencia de Instrução -Sistemas -Religioso ou ordálico -Sistema Legal -Íntimo convencimento -Livre convencimento -O CPP admite o sistema do livre convencimento – regra geral -Íntima convicção – Tribunal do Júri -Sistema Legal - quando se trata do estado das pessoas -Ônus da prova -Provas ilícitas -Art. 5º, LVI, CF/88 -Prova ilícita por derivação – art. 157, CPP -Princípio da proporcionalidade -Meiosde prova -Instrumentos, recursos usados pelas partes para convencerem o juiz das suas alegações -O CPP indica diversos meios de prova que são exemplificativos: perguntas ao ofendido, perícia, testemunhas, documentos, busca e apreensão, indícios, reconhecimento de pessoas e coisas... -Perguntas ao ofendido -Ofendido é a vítima -Vítima não é testemunha -Vítima tem interesse na solução da causa -Não presta compromisso -Não comete crime de falso testemunho -Sua oitiva não é obrigatória -Seu comparecimento é obrigatório, podendo ser conduzida coercitivamente -Será intimada no seu endereço ou por meio eletrônico da prisão do acusado, do saída do réu da prisão, data de audiência, sentença e acórdãos -O juiz deve zelar pela sua intimidade, honra, imagem -Conforme o crime pode ser encaminhada para tratamento médico -Interrogatório -Meio de prova ou meio de defesa -Características -Oral -Público -Personalíssimo -Necessita da presença do defensor -Necessita de entrevista -Partes fazem perguntas -Pode ser repetido -Possível a condução coercitiva -Conteúdo -Qualificação -Fato -Direito de permanecer calado -Direito a não incriminação -Casos especiais -Surdo -Mudo -Surdo-mudo -Interrogatório online -STJ – Admite a constitucionalidade -STF – Questão controvertida -Confissão -Reconhecimento da imputação feita pelo acusado -Deve ser espontânea, pessoal -Não substitui outras provas -Não serve para fazer o ACD indireto -Característica -Divisível -Réu pode admitir apenas alguma parte da acusação. -Retratável -Réu pode se retratar da confissão. -Valor – Relativo -Não pode ser a utilizada como único meio de prova. -Pode ser: -Judicial -Realizada perante o juiz, no curso do processo. -Extrajudicial -Realizada durante o inquérito policial. Não pode ser usada para basear a sentença. -Simples -Réu admite a acusação exatamente do jeito que ela está descrita no pedido inicial -Qualificada -Réu admite a prática do crime, mas alega justificação para o crime. -Testemunhas -Pessoa estranha ao fato que dele tomou conhecimento -Obrigações: -Comparecer -Prestar depoimento -Falar o que sabe sem mentir -Direitos -Expor coerentemente o que souber -Ter tratamento respeitoso -Compensação do dia de trabalho -Classificação -Diretas e Indiretas – Fatos presenciados ou por ouvir dizer -Próprias ou impróprias – Depoimento sobre o fato objeto do processo -Numerárias ou extranumerárias -Numerárias – indicadas no momento adequado de cada parte. -Extranumerárias – Não foram indicadas por nenhuma das partes. Também conhecidas como testemunhas do juízo. -Informantes – não prestam compromisso -Não presta compromisso de falar a verdade, não sendo considerados testemunhas. -Menores, doentes mentais, vítima, parentes do acusado (ascendente, descendente, irmãos, cônjuge na vigência do casamento, pai, mãe ou filho adotivo), amigo íntimo ou inimigo capital do réu prestam depoimento como informantes. -Referidas – indicadas no depoimento de outra testemunha -Características -Judicialidade -Oralidade -Objetividade -O depoimento deve ser objetivo, não devendo a testemunha expressar suas opiniões pessoais. -Retrospectividade -A testemunha sempre fala do passado. -Número de testemunhas -Varia conforme o procedimento -Ordinário – 08 -Sumário – 05 -Sumaríssimo – 03 -Tribunal do júri -Primeira fase – 08 -Segunda fase – 05 -Quem pode ser testemunha -Regra geral qualquer pessoa -É uma obrigação, regra geral -Depoimento facultativo: ascendente, descendente, afim em linha reta, cônjuge, pai, mãe, filho adotivo do acusado. -São proibidas de depor – pessoa que tomou conhecimento dos fatos em razão de sua função e deva guardar segredo, exceto se desobrigada por aquele que for interessado e se quiserem testemunhas – o Advogado não pode nem se for desobrigado. -Perícia -Exame realizado pelo perito – pessoa de grande conhecimento naquela área, objeto de dúvidas do interesse do processo -Os peritos podem ser: -Oficiais -Particulares -Assistentes técnicos -Juiz pode indicar quantos peritos forem necessários -O juiz e o delegado não podem negar o Exame de Corpo de Delito (ECD) especificamente -Os peritos podem ser ouvidos na AIJ. Devem ser intimados 10 dias antes -O perito faz o laudo pericial que será anexado aos autos -É possível a perícia por precatória -A perícia tem valor relativo, não ficando o juiz preso às conclusões do perito -ECD: -Exame de corpo de delito -Imprescindível na prova de crimes materiais -Pode ser: -Direto -Indireto -O indireto pode ser feito através de outras provas, exceto a confissão -O ECD deve ser feito antes do oferecimento do pedido inicial – sempre o mais próximo possível do crime -Lesões corporais -Exame complementar -Outras perícias: -Exame de lesões corporais – laudo complementar -Deve ser usado para provar lesões corporais graves e gravíssimas. -Exame de necropsia -Laboratório -Avaliação -Grafotécnico -Instrumentos do crime -Exumação -Documentos -Tudo que seja capaz de retratar determinada situação – escritos, instrumentos, papéis, fotografias, áudios, vídeos, etc. -Podem ser: -Públicos -Particulares -Instrumento -Documento feito para servir de prova – Ex.: procuração, escritura -Letra de câmbio, declaração de testemunho para o MP -Momento de produção da prova documental -A qualquer tempo -Exceto: Tribunal do Júri – até 03 dias antes da sessão de julgamento -Não podem ser apreendidos documentos em poder do advogado, exceto quando houver indícios de autoria e materialidade de crime praticado pelo advogado – necessário a presença de um representante da OAB na busca e apreensão. -Valor relativo
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