Buscar

Resumo Direito Penal I - Parte Geral (Não tem Nexo Causal, estude a parte)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 1: Direito Penal – Definição. 
Finalidades do Direito Penal: 
• Primária: Protege os bens jurídicos mais importantes para a sociedade. Ex : Honra vida, 
patrimônio e etc. 
• Secundária: Preventiva: Prever os crimes e estabelecer as penas, evitando assim que os 
delitos aconteçam. Retributiva: Retribuir por meio da aplicação de pen a o mal provocado 
pelo infrator a sociedade. 
Aula 2: Fontes Do Direito Penal 
Fontes: 
• Direta: É a lei penal, ou seja, como assevera o art. 1° do C .P e o 22° d a C.F, compete 
privativamente à união legislar matéria penal, sendo essa a principal fonte de toda a 
aplicação do Direito Penal. 
• Indireta: Os costumes (Hábitos socialmente aceitos reiterados no comportamento coletivo 
social), a jurisprudência, a doutrina a e os princípios gerais d o Direito (Premissas éticas que 
servem de base para a elaboração da lei penal. 
Regras de Integração e aplicação da lei penal: 
• Analogia: Utilização de determinado instituto penal em que se assemelha com situação 
fática a qual não regula, podendo ser essa aplicação a favor do réu (In Bonam Partem) ou 
contra (In Malam Partem), sendo certo que a lei penal só admite a analogia a favor do réu 
( In Bonam Parte) haja vista que o contrário feriria o princípio da legalidade. 
Aula 3: A Norma Penal.
 
Conceito: Pode ela definir crimes, fixar penas e delimitar critérios para aplicação da lei penal. 
• Norma incriminadora: Define o crime e fixa a pena (Preceito + Sanção). 
• Norma Não Incriminadora: Estabelecem a licitude e a impunidade de determinados 
comportamentos permitidos pela lei penal, podendo ainda: a) Esclarecer determinados 
conceitos; b) Fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal; c) Fornecer princípios 
gerais para aplicação da lei penal. d) Tornar lícitas determinadas condutas; Afastar a 
culpabilidade do agente. Pode ainda a norma penal não incri minadora, se configurar sob 
três espécies: a) Norma Permissiva b) Norma Explicativa c) Norma penal complementar. 
• Norma penal em Branco: Necessita para sua aplicação de outro dispositivo legal, 
complementar, a fim de satisfazer a lacuna da abrangência de seus preceitos. Ex: Lei de 
Drogas. 
Conflito Aparente de Normas: 
• Conceito: Ocorre quando mais de um tipo penal se adéqua a conduta criminosa, sendo 
necessário a fim de evitar-se o bis in idem, a aplicação de um critério para a escolha do tipo 
penal, seja ele, a especialidade, a absorção ou consunção, ou ainda sim, a subsidiariedade. 
- Especialidade: Lex Especialis Derrogat Lex Generalis 
- Absorção e consunção: Nessa hipótese o crime fim absorve o crime meio. 
- Subsidiariedade: Se o crime fim não ocorreu, punir-se-á somente o crime meio.
Aula 4: Princípios Fundamentais Do Direito Penal. 
1) Humanidade Das Penas: As penas aplicadas a os agentes criminosos deverão sempre respeitar 
os Direitos Básicos do cidadão, garantindo-se a todos a dignidade da pessoa humana (Direitos 
Humanos). 
2) Personalidade da Pena: A pena não deverá ultrapassar a pessoa do condenado. 
3) Legalidade: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
4) Irretroatividade da lei penal: A lei penal é feita para o futuro, em regra, pois essa ap enas 
retroagirá quando for a favor do réu, ou seja, benéfica com relação à lei anterior que regulou o fato 
ocorrido na sua vigência. 
5) Anterioridade: Assim como o princípio da legalidade prediz, a lei deve ser anterior ao fato 
criminoso. 
6) Intervenção Mínima: Não deve o Direito Penal criminalizar toda conduta antiética, também não
ser esse utilizado como primeiro sumariamente como primeiro recurso a depender do ilícito, haja 
vista que é uma das áreas mais cinzentas do Direito, segundo a doutrina, cuja restrição chega incidir
no Direito de liberdade dos cidadãos, deve ser esse, portanto a ultima ratio do Direito. 
7) Princípio d a Fragmentariedade: O Direito penal se preocupa tão somente com as lesões mais 
graves aos bens jurídico s mais importantes, logo, constata-se que esse não se reserva a resguardar 
todo os bens jurídicos tutelados pelo ordenamento jurídico, muito menos todas as possíveis lesões a 
esses bens, portanto está ai o seu caráter fragmentário, se limitando a uma parcela restrita de 
ilicitude. 
8) Princípio da Lesividade: O fato somente se entende como criminoso quando esse importa em 
lesão considerável à bem tutelado pelo Direito Penal. 
9) Princípio da Culpabilidade (Reprovabilidade Penal): Deve a conduta criminosa ser 
reprovável, reprovação essa legal, oposição real ao ordenamento jurídico vigente. 
10) Princípio da Proporcionalidade: A pena deverá obter aplicação proporcional ao mal cometido 
pelo agente contra a vítima e consequentemente à sociedade. 
11) Individualização da pena: Trata-se de relevar os aspectos pessoais de cada autor no momento 
da aplicação de sua pena, pois assim preleciona a constituição federal, punindo -se conforme as 
individualidades do agente criminoso. 
12) Insignificância (Bagatela): Tem decidido em se de jurisprudencial, que certas condutas, ainda 
que Típicas, ilícitas, e culpáveis, não serão criminalizadas e punidas pelo simples fato de 
oferecerem ínfima e irrelevante lesão ao bem jurídico tutela pelo Direito Penal. 
13) Princípio d a Adequação Social: Concebida por Hanz Welzel, preleciona que a conduta não s 
erá típica, ou seja, criminosa, se aceita e aderida pela massa coletiva que é a sociedade, será sim, 
concebida como um fato normal, social, comum e aceito. 
Aula 5: Lei Penal No Tempo e Espaço 
• Retroatividade: Segundo a ressalva do par ágrafo único do A rt. 2°, C.P, deverá sim a lei 
penal retroagir nos casos em que favorecer o réu. 
• Ultratividade: É a possibilidade de lei penal revogada regular os crimes que ocorreram 
durante a sua vigência, não se aplicando a nova lei p elo motivo dessa ser mais severa. Obs. 
A lei temporária, ainda que extinta pelo decurso de seu prazo, valerá sim para aplicação 
legal aos casos ocorridos durante sua vigência
“CRIME É FATO TÍPICO(X), ILICITO(Y) E CULPAVÉL(Z)”
X - FATO TIPICO E SEUS ELEMENTOS (TIPICIDADE)
DOLOSOS CULPOSOS
1º Conduta dolosa Conduta Voluntária
2º Resultado (nos crimes materiais) Resultado Involuntário
3º Nexo Causal (nos crimes materiais) Nexo Causal
4º Tipicidade Tipicidade
5º Relação de Imputação Objetiva Relação de Imputação Objetiva
- 6º Quebra do Dever de Cuidado
- 7º Previsibilidade Objetiva
1º - DA CONDUTA – TODA AÇÃO E OMISSÃO DOLOSA OU CULPOSA
DIRIGIDA A UMA FINALIDADE.
1) Ação é a conduta positiva, que se manifesta por um movimento corpóreo. A maioria dos 
tipos penais descreve condutas positivas (“matar”, “subtrair”, “constranger”, “falsificar”, 
“apropriar-se” etc.). A norma penal nesses crimes, chamados comissivos, é proibitiva (ex.: “não 
matarás”, “não furtarás” etc.). Teorias:
Causalista: ação é a inervação muscular que, produzida por energias de um impulso cerebral, 
provoca modificações no mundo exterior, admite dolo e culpa como integrantes da culpabilidade
Finalista: ação é a conduta humana consciente e voluntária dirigida a uma finalidade. 
O dolo e culpa estão dentro da conduta, ou seja no Direito Penal a responsabilidade é 
subjetiva. (TEORIA USADA PELA MAIORIA) 
Sujeito Passivo Constante = Estado | Sujeito Passivo Eventual = Titular dos Bens
Jurídicos Lesados.
Objeto Jurídico = é o bem jurídico tutelado pela norma penal incriminadora. Assim, nos
exemplos acima, os objetos jurídicos seriam, respectivamente: a vida humana, o patrimônio e a
incolumidade pública. | Objeto Material = é a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta.
Assim, o objeto material do homicídio é a vítima; do furto, a coisa subtraída; do tráfico ilícito de
entorpecentes, a droga
2) Omissão é a conduta negativa, que consiste na indevida abstenção de um movimento. Nos 
crimes omissivos, a norma penal é mandamental ou imperativa: em vez de proibiralguma 
conduta, determina uma ação, punindo aquele que se omite.
Omissivos próprios (ou puros): são aqueles em que o próprio tipo penal descreve uma 
conduta omissiva (ex.: arts. 135, 244 e 269 do CP). Em outras palavras: o verbo nuclear contém um 
não fazer. Tais crimes são crimes de mera conduta (não importa o resultado). 
Omissivos impróprios, impuros ou comissivos por omissão: o tipo penal incriminador 
descreve uma conduta positiva, é dizer, uma ação. O sujeito, no entanto, responde pelo crime 
porque estava juridicamente obrigado a impedir a ocorrência do resultado e, mesmo podendo fazê-
lo, omitiu-se.
Há, todavia, três elementos que se mostram presentes em praticamente todos os sistemas 
penais, desde o clássico até o funcionalista. São eles:
■ exteriorização do pensamento;
■ consciência;
■ voluntariedade.
Só haverá conduta se ocorrer a exteriorização do pensamento, mediante um movimento 
corpóreo ou abstenção indevida de um movimento.
DOLO E CULPA (CONDUTA)
PRINCINPIO DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA – Ninguém pode ser punido sem dolo
ou culpa. (NULLUM CRIMEN SINE CULPA) 
ART. 19 – pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que houver 
causado ao menos culposamente.
TODO TIPO INCRIMINADOR É À PRINCIPIO DOLOSO, PORQUE O DOLO ESTÁ 
IMPLICITO EM TODO TIPO INCRIMINADOR. EX: MATAR ALGUÉM (É IMPLICITO QUE 
HÁ DOLO EM MATAR).
A CULPA TEM QUE ESTAR EXPRESSA, ESCRITO NA LEI SE O TIPO DO CRIME É 
PRATICADO POR CULPA, SE ELE É CULPOSO. SE NÃO HÁ PREVISÃO EXPRESSA DA 
RELEVÂNCIA CULPOSA É PORQUE O CRIME EM QUESTÃO NÃO TEM RELEVÂNCIA 
NA FORMA CULPOSA. A MAIORIA DOS CRIMES NÃO TEM PREVISÃO NA FORMA 
CULPOSA. CRIMES CULPOSOS SÃO UMA EXCESSÃO.
DOLO
Consciência e consentimento. 
A) Teoria da vontade (Dolo Direto) : Dolo é a vontade dirigida ao resultado (Carrara). Age 
dolosamente a pessoa que, tendo consciência do resultado, pratica sua conduta com a intenção de 
produzi-lo.
B) Teoria do consentimento ou do assentimento (Dolo Eventual): Consentir na produção do
resultado é o mesmo que o querer. Aquele que, prevendo o resultado, assume o risco de produzi-lo, 
age dolosamente.
Nosso Código Penal adotou a teoria da vontade (DOLO DIRETO) e a do consentimento 
(DOLO EVENTUAL).
Espécies de Dolo:
1) DOLO DIRETO: direto ou imediato: dá-se quando o sujeito quer produzir o resultado 
(subdivide-se em dolo de primeiro e segundo grau)
dolo natural ou neutro: é aquele que possui somente dois elementos: consciência e vontade (é
a concepção dominante);
2) DOLO EVENTUAL: dolo indireto ou mediato: subdivide-se em EVENTUAL (o agente 
não quer produzir o resultado, mas, com sua conduta, assume o risco de fazê-lo e não se importa) e 
ALTERNATIVO (o agente quer produzir um ou outro resultado, p. ex., matar ou ferir).
Dolo eventual, portanto, ocorre quando o agente age ou deixa de agir, conhece do risco de 
produzir um resultado danoso a um bem jurídico penalmente tutelado através de sua conduta e se 
conforma caso este venha a acontecer. O dolo eventual não se consubstancia apenas em o agente, 
conhecendo do risco, não se abstém de agir, pois isso pode configurar culpa consciente. Não basta, 
pois, apenas o agir quando não deveria – pois isso caracteriza a imprudência –, é imprescindível o 
conformismo sobre a possibilidade da ocorrência do resultado danoso.
• Elementos do Dolo:
a) Cognitivo e Intelectual – a consciência que a conduta vai ou pode gerar o resultado
b) Volitivo – vontade de realizar a conduta e produzir o resultado (Não está presente no Dolo
Eventual)
CULPA
Diz- se crime culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência 
ou imperícia. Quando o agente não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe 
erroneamente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo. (É a quebra de um dever geral de 
cuidado) 
Para determinar quando surge a imprudência, negligência ou imperícia, é necessária a noção de
Dever de Cuidado Objetivo e de Previsibilidade Objetiva. A quebra desses dois é o que chamamos 
de Culpa. 
Dever de Cuidado Objetivo: Este corresponde ao dever, que a todos se impõe, de praticar os 
atos da vida com as cautelas necessárias, para que do seu atuar não decorram danos a bens alheios. 
Esse dever se apura objetivamente, ou seja, segundo um padrão mediano, baseado naquilo que se 
esperaria de uma pessoa de mediana prudência e discernimento.
Previsibilidade Objetiva: Se o resultado da ação era previsível ou não. Se o caso for 
imprevisível é considerado caso fortuito ou de força maior. Ex: Se um carro atropela uma pessoa em
uma curva que há um ponto cego e esse atropelamento não seria evitado mesmo que o veiculo 
estivesse em na velocidade da pista.
A) Imprudência - significa a culpa manifestada de forma ativa, que se dá com a quebra de 
regras de conduta ensinadas pela experiência; consiste no agir sem precaução, precipitado, 
imponderado. Exemplo: uma pessoa que não sabe lidar com arma de fogo a manuseia e provoca o 
disparo, matando outrem; alguém dirige um veículo automotor em alta velocidade e ultrapassa o 
farol vermelho, atropelando outrem.
B) Negligência - ocorre quando o sujeito se porta sem a devida cautela. É a culpa que se 
manifesta na forma omissiva. Note-se que a omissão da cautela ocorre antes do resultado, que é 
sempre posterior. Exemplo: mãe não guarda um veneno perigoso, deixando-o à mesa e, com isso, 
possibilitando que seu filho pequeno, posteriormente, o ingira e morra.
C) Imperícia - é a falta de aptidão para o exercício de arte, profissão ou ofício. Deriva da 
prática de certa atividade, omissiva ou comissiva, por alguém incapacitado a tanto, por falta de 
conhecimento ou inexperiência. Exemplo: engenheiro que projeta casa sem alicerces suficientes e 
provoca a morte do morador.
A distinção entre culpa consciente e inconsciente tem relevo no peso da pena
1) Culpa Consciente - é a culpa com previsão do resultado. O agente pratica o fato, prevê a 
possibilidade de ocorrer o evento, porém, levianamente, confia na sua habilidade, e o produz por 
imprudência, negligência ou imperícia
2) Culpa Inconsciente - é a culpa sem previsão. O sujeito age sem prever que o resultado 
possa ocorrer. Essa possibilidade nem sequer passa pela sua cabeça, e ele dá causa ao resultado por 
imprudência etc. O resultado, porém, era objetiva e subjetivamente previsível.
• Elementos da Culpa:
a) Conduta humana voluntária . A voluntariedade está relacionada à ação, e não ao 
resultado. 
b) Violação de um dever de cuidado objetivo . O agente atua em desacordo com o que é 
esperado pela lei e pela sociedade. São formas de violação do dever de cuidado, ou mais conhecidas
como modalidades de culpa, a imprudência, a negligência e a imperícia. 
c) Resultado naturalístico . Não haverá crime culposo se, mesmo havendo falta de cuidado 
por parte do agente, não ocorrer o resultado lesivo a um bem jurídico tutelado. Assim, em regra, 
todo crime culposo é um crime material. 
d) Nexo causal . 
e) Previsibilidade . É a possibilidade de conhecer o perigo. Na culpa consciente, mais do que 
a previsibilidade, o agente tem a previsão (efetivo conhecimento do perigo). 
f) Tipicidade . CP, Art. 18 - Diz-se o crime: Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei,
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
ATENÇÃO: Não se pode confundir culpa consciente com dolo eventual. Em ambos, o 
autor prevê o resultado, mas não deseja que ele ocorra; porém, na culpa consciente, ele tenta 
evitá-lo; enquanto no dolo eventual, mostra-se indiferente quanto à sua ocorrência.
PRETERDOLO
O resultado vai além da intenção do agente. Este deseja um resultado e o atinge, mas sua 
conduta enseja outro evento, por ele não querido (e decorrente de culpa). O sujeito atua com dolo 
no movimento inicial, havendo culpa no resultado agravador (alémdo pretendido). Diz-se 
tradicionalmente que existe “dolo no antecedente e culpa no consequente”.
2º - RESULTADO
Há duas teorias que se debatem na conceituação do resultado para fins penais:
1ª) teoria naturalística: resultado é a modificação no mundo exterior provocada pela ação ou 
omissão;
2ª) teoria jurídica: resultado é a lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma
penal. (A doutrina moderna dá preferência a este)
De acordo com a teoria naturalística, crimes sem resultados ocorrem nos crimes de mera 
conduta. Para a teoria jurídica, não há crime sem resultado jurídico, de modo que, se a ação ou 
omissão não provocou uma afetação (lesão ou ameaça de lesão) a algum bem jurídico penalmente 
tutelado, não houve crime.
Crimes Materiais – A lei descreve a conduta e um resultado material, exigindo-o para fins de 
consumação (sem consumação é tentativa). São crimes de resultado. Ex: Homicídio, Furto, Roubo...
Crimes Formais – Crimes em que a lei prevê um resultado, mas não o exige para que haja a 
consumação do crime. Tem uma finalidade, mas a finalidade não precisa ocorrer. Ex: Extorsão.
Crimes Mera Conduta – Crimes totalmente sem resultado. Ex: Violação de Domicilio.
3º NEXO CAUSAL
Iter Criminis
Desde os momentos iniciais, quando o delito está apenas na mente do sujeito, até sua 
consumação, quando o crime se concretiza inteiramente, passa-se por todo um caminho, por um 
itinerário, composto de várias etapas ou fases é o Iter Criminis ou Caminho do Crime.
1) Cogitação (Fase Interna) -Trata-se do momento interno da infração. Só há crime na esfera 
psíquica, na mente do sujeito, que ainda não exteriorizou nenhum ato. Essa fase é totalmente 
irrelevante para o Direito Penal, uma vez que cogitationis poenam nemo patitur (Ninguém pode 
sofrer pena pelo pensamento)
2) Preparação (Fase Externa) - verificam-se quando a ideia extravasa a esfera mental e se 
materializa mediante condutas voltadas ao cometimento do crime. Este, portanto, sai da mente do 
sujeito, que começa a exteriorizar atos tendentes à sua futura execução. Nessa etapa, como 
regra, o Direito Penal não atua. Atos considerados meramente preparatórios não são punidos 
criminalmente. A não ser que descumpra a lei, como possuir uma arma sem ter porte de armas. 
Punição de atos preparatórios só se dá mediante expressa tipificação. Ex: Formação de quadrilha, 
art. 291
3) Execução (Fase Externa) -
a) Critério Material – A execução se incia quando a conduta do sujeito passa a colocar em risco
o bem jurídico tutelado pelo delito (Hungria);
b) Critério Formal-Objetivo – só há início de execução se o agente praticou alguma conduta 
que se amolda ao verbo núcleo do tipo.
Teoria individual-objetiva (de Hans Welzel), pela qual o início da execução abarca todos os 
atos que, de acordo com a intenção do sujeito, sejam imediatamente anteriores ao início do 
cometimento da conduta típica.
Exemplos de atos executórios: disparar o tiro em direção à vítima; ministrar veneno no 
alimento do ofendido; sacar a faca e correr em direção à vítima; apoderar-se da coisa que pretende 
furtar[3]; anunciar o roubo; agarrar a vítima do estupro
A) Tentativa - constitui a realização imperfeita do tipo penal. Dá-se quando o agente põe em 
pratica ato executório, porém não o completa por fatores alheios a sua vontade (Art. 14, II CP/40)
Do ponto de vista da teoria da pena, a tentativa é uma causa de diminuição obrigatória, 
que será levada em consideração na terceira fase de dosimetria (aplicação da pena), provocando 
uma redução da sanção imposta, de um a dois terços. É considerada a proximidade da 
consumação como critério para estabelecer a fração pertinente, peso da pena.
Espécies de tentativa:
• perfeita (crime falho): o agente percorre todo o iter criminis que estava à sua disposição, 
mas, ainda assim, por circunstâncias, alheias à sua vontade, não consuma o crime (ex.: o 
sujeito descarrega a arma na vítima, que sobrevive e é socorrida a tempo por terceiros). 
Apesar de ter esgotado a fase executória, não alcança o resultado por circunstâncias alheias 
à sua vontade;
• imperfeita: o agente não consegue, por circunstâncias alheias à sua vontade, prosseguir na 
execução do crime (ex.: o sujeito entra na residência da vítima e, quando começa a se 
apoderar dos bens, ouve um barulho que o assusta, fazendo-o fugir);
• branca/incruenta: quando o objeto material não é atingido (o bem jurídico não chega a ser 
lesionado);
• cruenta: o oposto da tentativa branca, ou seja, o objeto material é atingido;
B) Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz - A desistência pressupõe tenha o 
agente meios para prosseguir na execução, ou seja, ele ainda não esgotou o iter criminis posto à 
sua disposição (ex.: sua arma possui outros projéteis, mas ele desiste de dispará-los). No 
arrependimento, subentende-se que o sujeito já tenha esgotado todos os meios disponíveis e 
que, após terminar todos os atos executórios (mas sem consumar o fato) pratica alguma conduta 
positiva, tendente a evitar a consumação (ex.: o sujeito descarregou sua arma e, diante da vítima 
agonizando, arrepende-se e a socorre, evitando a morte).
REQUISITOS: 
• Voluntariedade – Por vontade própria (Pouco importa as razões internas que o motivaram a
mudar seu propósito: súplica da vítima, arrependimento interno, aconselhamento de 
comparsas, remorso, piedade etc. Basta que sua atitude decorra de um ato de vontade)
• Eficiência - Significa que a consumação deve ter sido efetivamente evitada, caso contrário 
não incide. (A vítima não morreu, não se consumou o resultado)
Na tentativa o autor quer, mas não pode, ao passo que, na desistência voluntária e no 
arrependimento eficaz, ele pode, mas não quer.
D) Crime Impossível – Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou 
por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. No crime impossível a 
consumação é completamente irrealizável. O meio executório da infração. Por exemplo: tentar 
matar alguém disparando tiros com pistola d’água. Absoluta impropriedade do objeto: Disparar 
contra alguém que já morreu.
4) Consumação –
É a definição legal do delito (Crime consumado, quando nele se reúnem todos os elementos 
de sua definição legal). Em outras palavras: total subsunção da conduta do sujeito com o modelo 
legal abstrato. Pode-se dizer, ainda, que essa fase final do iter criminis é atingida com a produção da
lesão ao bem jurídico protegido.
A) Arrependimento Posterior - De acordo com o art. 16 do CP: “Nos crimes cometidos sem 
violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços”. 
Requisitos: Reparação integral ou restituição da coisa, Ato Voluntário do Sujeito, Crime sem 
Violência, reparação antes do recebimento da queixa.
4º - Tipicidade
É o enquadramento da conduta praticada pelo agente ao tipo penal
Ex: “A dá um tiro em B” onde posso enquadrar isso? Art. 121 “Matar alguém”
Adequação típica por subordinação imediata ou direta: quando a adequação entre o fato e a
norma penal incriminadora é imediata, direta; não é preciso que se recorra a nenhuma norma de 
extensão do tipo
Adequação típica por subordinação mediata ou indireta: o enquadramento fato/norma não 
ocorre diretamente, exigindo-se o recurso a uma norma de extensão para haver subsunção total 
entre fato concreto e lei penal. Exemplo: Sujeito tenta matar alguém, porém não logra exito (a 
vítima é socorrida) é enquadrado como tentativa de homicídio art. 14 II
1) Tipicidade Formal – É o enquadramento da conduta no tipo penal.
2) Tipicidade Conglobante – Não é necessário somente o enquadramento, é composta, 
também, de dois elementos:
a) conduta tem que ser antinormativa – conduta contraria ao direito
b) tipicidade material – quetenha relevância para o direito, em caso de insignificância e 
bagatela se exclui a tipicidade material.
Y – ILICITUDE
É a contradição entre a conduta praticada e o ordenamento jurídico. Quando a uma 
contradição entre eles, existe ilicitude. Todo fato típico é ilícito. Cuida-se a antijuridicidade ou 
ilicitude da contrariedade do fato com o ordenamento jurídico (enfoque puramente formal ou 
“ilicitude formal”), por meio da exposição a perigo de dano ou da lesão a um bem jurídico 
tutelado (enfoque material ou “ilicitude material”).
A doutrina classifica a ilicitude em genérica e específica. A genérica corresponde à 
contradição do fato com a norma abstrata, por meio da afetação a algum bem jurídico. A 
específica consiste na ilicitude presente em determinados tipos penais, os quais empregam 
termos como “sem justa causa”. 
Excludentes de Ilicitude:
REQUISITOS:
1) PROPORCIONABILIDADE 2) RAZOABILIDADE 3) BOM SENSO
A) Estado de Necessidade: A situação de necessidade pressupõe, ant
es de tudo, a existência de um perigo (atual) que ponha em conflito dois ou mais interesses 
legítimos, que, pelas circunstâncias, não podem ser todos salvos (na legítima defesa, como se verá 
adiante, só existe um interesse legítimo). Um deles, pelo menos, terá de perecer em favor dos 
demais. O exemplo característico é o da “tábua de salvação”: após um naufrágio, duas pessoas se 
veem obrigadas a dividir uma mesma tábua, que somente suporta o peso de uma delas. Nesse 
contexto, o direito autoriza um deles a matar o outro, se isso for preciso para salvar sua própria 
vida.
Requisitos.
- Situação de Perigo Atual: Perigo que está acontecendo no momento.
- Ameaça a direito próprio ou alheio: Estado de Necessidade alheio sempre existe quando se 
trata de um bem jurídico indisponível como a vida, se for disponível necessita da autorização do 
títular.
- O perigo não pode ser causado por dolo do agente.
- Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo. Ex: Policia, Bombeiro, Salva-vidas, etc. 
(Ex: Bombeiro por a vida em risco por um patrimônio, mas se disputar uma vida, não pode alegar)
- Inevitabilidade do comportamento: Somente se admite o sacrifício do bem quando não há 
outro meio de salvá-lo.
- Razoabilidade do Sacrifício: Se não der pra salvar todos os bens em perigo, sacrifica-se um 
deles. 
B) Legítima Defesa: Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem (Art. 25 CP)
Requisitos:
- A agressão tem que ser atual ou eminente
- Agressão ao seu direito ou direito de terceiro
- Usando meio necessário: meio menos lesivo para repelir a agressão.
- Moderação: se no meio necessário está o uso de uma arma, moderação é quantos tiros vou 
dar.
- Conhecimento da situação justificante: Matar alguém e perceber que durante isso ocorria um 
estupro, só pode alegar legítima defesa se a pessoa soubesse da situação justificante.
C) Estrito Cumprimento do Dever Legal e Exercício Regular de Direito: Os elementos 
objetivos não estão previstos na Lei Penal, mas sim na Doutrina. No estrito cumprimento do dever 
legal, só pode atuar ou agente públicos ou particulares que exercem função pública. Enquanto que 
no Exercício Regular de Direito podem participar os particulares de maneira geral. Ex: Arame 
farpado para defender a propriedade.
D) Inexibilidade da Conduta Diversa: Não é esperado conduta diferente do agente. Ex: 
Mulher estuprada por medo acaba matando o agente do crime. (Excesso Exculpante)
E) O Consentimento Do Ofendido – Só vale para bens disponíveis.
EXCESSO: É a intensificação desnecessária de uma situação inicialmente justificada. Há 
excesso doloso, excesso culposo, excesso por caso fortuito ou força maior e excesso exculpante (a 
pessoa se excede por medo).
Diferenças entre legítima defesa e estado de necessidade
Pode-se dizer, em síntese, que as principais excludentes de ilicitude (legítima defesa e estado de
necessidade) diferem nos seguintes aspectos:
■ a legítima defesa pressupõe agressão, e o estado de necessidade, perigo;
■ nela, só há uma pessoa com razão; no estado de necessidade, todos têm razão, pois seus interesses
ou bens são legítimos;
■ há legítima defesa ainda quando evitável a agressão, mas só há estado de necessidade se o perigo
for inevitável;
■ não ocorre legítima defesa contra ataque de animal (salvo quando ele foi instrumento de uma
agressão humana), mas existe estado de necessidade nessa situação
Z – CULPABILIDADE
A culpabilidade é entendida, pela maioria da doutrina nacional, como o juízo de reprovação 
que recai sobre o autor culpado por um fato típico e antijurídico. A culpabilidade, de acordo 
com nosso Estatuto Penal, resulta da soma dos seguintes elementos:
1 - Imputabilidade:Trata-se da capacidade mental de compreender o caráter ilícito do 
fato. consiste no conjunto de condições de maturidade e sanidade mental, a ponto de permitir ao 
sujeito a capacidade de compreensão e de autodeterminação. 
Exclusão de Imputabilidade (inimputáveis): a) doença mental, desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado. b) embriaguez completa e involuntária. c) dependência ou intoxicação 
involuntária. d) menoridade
2 - Potencial Consciente da Ilicitude: Deve-se alertar que a falta de consciência da ilicitude 
não se confunde com o desconhecimento da lei, que é inescusável (ignorantia legis neminem 
excusat). A primeira constitui o desconhecimento profano do injusto ou, em outras palavras, a 
insciência de que o agir é proibido. A outra significa tão somente a carência da compreensão do 
texto legal, o desconhecimento de seus detalhes, de seus meandros
3 - Exigibilidade de Conduta Diversa: Para dizer que alguém praticou uma conduta 
reprovável, é preciso que se possa exigir dessa pessoa, na situação em que ela se encontrava, uma 
conduta diversa. Muitas vezes, as pessoas se veem em situações nas quais não têm escolha: ou 
agem de tal forma, ou um mal muito maior lhes acontecerá.
ERRO DE TIPO
É a única excludente legal prevista de tipicidade.
No erro de tipo, a falsa percepção do agente recai sobre a realidade que o circunda; vale 
dizer, ele não capta corretamente os eventos que ocorrem ao seu redor. O sujeito se confunde, 
trocando um fato por outro. Assim, por exemplo, age em erro de tipo a pessoa que, ao sair de um 
grande supermercado, dirige-se ao estacionamento e, diante de um automóvel idêntico ao seu 
(mesma cor e modelo), nele ingressa e, com sua chave, o aciona e deixa o local. Note-se que a 
pessoa não captou com precisão a realidade que está diante de seus olhos, pois, sem perceber, está 
levando embora coisa alheia móvel.
A) ERRO DE TIPO ESSENCIAL - É o que retira do agente a capacidade de perceber que 
pratica determinado crime. Pode ser inevitável ou evitável. Em função dele, o sujeito crê não 
cometer ilícito algum (como no exemplo da pessoa que guarda cocaína em casa acreditando tratar-
se de açúcar) ou, ao menos, que comete outro crime, diverso do que efetivamente pratica. Tal erro 
ocorre quando o equívoco (ex., a falsa percepção da realidade) no qual o agente incorreu seria 
cometido por qualquer pessoa de mediana prudência e discernimento, na situação em que ele se 
encontrava.
• Erro de tipo sobre elementar (incriminador) [TIPICIDADE]: Por equivocada percepção 
da realidade, o sujeito não sabe que realiza as elementares de um tipo. Ex: Subtrair coisa 
móvel alheia, achando que é sua, por confusão. Excludente de erro sobre elementar: 
Consciência
* Elementar: (o que constitui o tipo ex: matar alguém é elementar, por motivo torpe é 
eliminante)
Consequência do erro sobre elementar: Sempre exclui o Dolo
Classificações: 
Erro Inevitável (escusável) – É aquele que o cuidado comum não evitaria. Então não há culpa, 
pois não houve quebra de dever de cuidado. Não há erro tipico, o fato é atípico (não a crime).Erro Evitável (inexcusável) – É aquele que o cuidado comum evitaria. Então há culpa 
(imprudência, negligência, imperícia). Consequência: Será possível a punição por culpa se for 
previsto (se houver forma culposa).
• Erro de tipo sobre descriminante (permissivo) [ILICITUDE] : Porque equivocada 
compreensão da situação fática, o sujeito imagina estar em circunstâncias que, se fossem 
reais, tornariam sua conduta acobertada por uma excludente de antijuridicidade/tipo. Erro 
sobre descriminante é sinônimo de excludente de antijuridicidade/tipicidade 
(excludente de ilicitude) – estado de necessidade, legitima defesa, exercício regular de 
direito e estrito cumprimento do dever legal. Mesma coisa que descriminante putativa 
(putativa = erro de julgamento), Ex: Legítima defesa putativa = Legitima defesa por 
erro (essencial) descriminante
Consequência e Classificações iguais a do Elementar.
B) ERRO DE TIPO ACIDENTAL - 
• Erro sobre a pessoa – O sujeito por uma imprecisa identificação da vítima, atinge pessoa 
diferente da pretendida. Consequência: Respondera como se tivesse atingido a pessoa 
querida, se tiver agravante e atenuante continua tendo. Ex: Pretende matar o pai, mas mata o
vizinho achando que é o pai. Responderá como se tivesse matado o pai.
• Erro na execução – Pela imprecisa realização do crime, pelo impreciso golpe, o sujeito 
atinge pessoa diferente da pretendida. Ex: Miro no meu pai e acerto o vizinho. 
Consequência: Se o resultado é único (se acertei só o vizinho) respondo como se tivesse 
atingido a vítima pretendida. Se o resultado for duplo (acertei meu pai e o vizinho) respondo
como doloso no crime pretendido e como culposo no crime acidental.
ERRO DE PROIBIÇÃO [CULPABILIDADE]
No erro de proibição a pessoa tem plena noção da realidade que se passa ao seu redor. Não 
há confusão mental sobre o que está acontecendo diante de seus olhos. O sujeito, portanto, sabe 
exatamente o que faz. Seu equívoco recai sobre a compreensão acerca de uma regra de conduta.
Com seu comportamento, o agente viola alguma proibição contida em norma penal que desconhece 
por absoluto. Em outras palavras, ele sabe o que faz, só não sabe que o que faz é proibido. 
t
Erro Inevitável (escusável) – É aquele que o cuidado comum não evitaria. Então não há culpa, 
pois não houve quebra de dever de cuidado. Não há erro tipico, o fato é atípico (não a crime). Não 
conheço a ilicitude e nem podia conhecer.
Erro Evitável (inexcusável) – É aquele que o cuidado comum evitaria. Então há culpa 
(imprudência, negligência, imperícia). Consequência: Será possível a punição por culpa se for 
previsto (se houver forma culposa).
	Diferenças entre legítima defesa e estado de necessidade

Continue navegando