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Ostrom e os recursos comuns Ostrom e recursos comuns • O mundo “antigo”: – Duas formas de observar bens: • Privados – Excludíveis: Uma pessoa pode ser impedida de consumir se não pagar; – Rival: enquanto um consome, outro não pode consurmir. • Públicos – Não-excludíveis; – Não-rivais. Ostrom e recursos comuns • O mundo “antigo”: – Duas formas de organização: • Mercado: para a organização da produção e troca dos bens privados; • Estado: para controlar o uso dos bens públicos. – Ser humano racional: • Conhece todas as estratégias possíveis para uma situação; • Quais são os resultados esperados para uma estratégia em função com provável comportamento de outros; • Ranking de possíveis resultados em função da sua utilidade. Ostrom e recursos comuns • O mundo “antigo”: – Dilema dos bens públicos de Hardin (1968): • Hardin aborda bens públicos sem o controle do Estado ou do Mercado, abertos para todos (no seu exemplo, uma pastagem); • Toma como base jogos de dilemas sociais, em especial o dilema do prisioneiro, e conclui que não haverá cooperação entre os atores, resultando no esgotamento do recurso público. Ostrom e recursos comuns • Com o tempo – Estudos em arranjos policêntricos • Muitos centros de decisão que são formalmente independentes uns dos outros; – Visão da racionalidade • Sen, Kahneman etc • Revisão dos jogos de dilemas sociais • Temos sempre acesso à informação? Somos sempre egoístas? Agimos sempre maximizando a utilidade das coisas? Ostrom e recursos comuns • Com o tempo – Nova visão de bens Ostrom e recursos comuns • Com o tempo – Desenvolvimento do IAD Framework Ostrom e recursos comuns • Com o tempo – Desenvolvimento do IAD Framework Ostrom e recursos comuns • Em estudos a respeito de sistemas de irrigação, pesca, e manejo de florestas foram observados casos de sucesso e fracasso; • Encontraram níveis significantes de cooperação; • Encontraram casos em que não havia cooperação: em locais onde os indivíduos não se conheciam e tinham dificuldades de comunicação; • Nos locais auto-organizados: – Regras de limite e de escolhas; – Monitoramento e sancionamento para quem quebrasse regras. Ostrom e recursos comuns • Princípios de design – 1A Limites de usuários – definição clara de quem é e quem não é usuário; – 1B Limite de recursos – definição clara de quais são os limites dos recursos comuns; – 2A Congruência com condições locais – regras de apropriação e provisão coerentes com as condições sociais e ambientais locais; – 2B Regras de apropriação e provisão – a distribuição de custos é coerente com a distribuição de benefícios; – 3 Arranjos para Decisão Coletiva; – 4A Monitoramento de usuários; – 4B Monitoramento de recursos; – 5 Sanções graduais; – 6 Mecanismos de resolução de conflitos; – 7 Mínimo reconhecimento de direitos – o governo reconhece o direito dos usuários de criar suas próprias regras; – 8 Aninhamento de empreendimentos – quando a região de recursos comuns está muito ligada a uma sistema social e ecológico maior, as atividades de governança são organizadas em camadas aninhadas. Ostrom e recursos comuns • Apresentação baseada em: – Ostrom, Elinor, Beyond Markets and States: Polycentric Governance of Complex Economic Systems, American Economic Review, no 100, pg. 1- 33, jun 2010. (aula no Nobel). • Ostrom, Elinor, Understanding Institutional Diversity, Princeton University Press, 2005. • Ostrom, Elinor, Governing the Commons : The Evolution of Institutions for Collective Action, Cambridge University Press, 1990.
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