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1 CB - POLÍTICAS SOCIAIS 2 Como está previsto no edital: 1 POLÍTICAS PÚBLICAS 1.1 Introdução às políticas públicas: conceitos e tipologias. 1.2 Ciclos de políticas públicas: agenda e formulação; processos de decisão; implementação, seus planos, projetos e programas; monitoramento e avaliação.1.3 Institucionalização das políticas em Direitos Humanos como políticas de Estado. 1.4 Federalismo e descentralização de políticas públicas no Brasil: organização e funcionamento dos sistemas de programas nacionais. CONHECIMENTOS BÁSICOS – POLÍTICAS SOCIAIS (FASE 1) INFORME: NA SEGUNDA SEMANA DE FEVEREIRO, TEREMOS O PRIMEIRO SIMULADO! ESTEJA PREPARADO. .................... 4 1. POLÍTICAS PÚBLICAS ........................................................................................................................ 5 1.1 INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS: CONCEITOS E TIPOLOGIAS ................................................................... 5 1.1.1 CONCEITOS ..................................................................................................................................... 5 POLÍTICA PÚBLICA DE GOVERNO E POLÍTICA PÚBLICA DE ESTADO .............................................................................. 5 “GOVERNOS COMEÇAM E TERMINAM, MAS O ESTADO FICA” ..................................................................................... 5 DIFERENÇA ENTRE POLÍTICA PÚBLICA E POLÍTICA SOCIAL ......................................................................................... 6 AS TRÊS DIMENSÕES DE “POLÍTICA” ..................................................................................................................... 6 MODELOS E TEORIAS ......................................................................................................................................... 7 1.1.2 TIPOLOGIAS .................................................................................................................................... 9 1.2. CICLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS ........................................................................................................... 13 1.2.1 AGENDA E FORMULAÇÃO ......................................................................................................................... 14 1.2.2 PROCESSOS DE DECISÃO .......................................................................................................................... 16 1.2.3 IMPLEMENTAÇÃO, SEUS PLANOS, PROJETOS E PROGRAMAS ............................................................................ 18 1.2.4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ............................................................................................................... 20 1.3. INSTITUCIONALIZAÇÃO DAS POLÍTICAS EM DIREITOS HUMANOS COMO POLÍTICAS DE ESTADO ........................... 23 1.4 FEDERALISMO E DESCENTRALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL: ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE PROGRAMAS NACIONAIS ........................................................................................................ 27 QUESTÕES PARA FIXAÇÃO ......................................................................................................................... 33 QUESTÕES COM RESPOSTAS E COMENTÁRIOS ................................................................................................ 48 Clique na imagem abaixo: 3 Reta Final: Curso Preparatório para Auditor Fiscal do Trabalho – Acelere seu caminho para o aprovação! 🚀 Projetado me@culosamente para que você consiga cobrir os conteúdos mais relevantes do edital até a data da prova, mesmo que esteja começando do zero. 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Como Estudar Esta Apos;la de Polí;cas Públicas Eficazmente 📌 Antecipação A;va: Inicie sua jornada de aprendizado explorando as questões no final da apos6la. Faça uma leitura rápida destas questões. Este passo inicial não é para resolver, mas sim para despertar sua curiosidade e preparar sua mente para os temas que serão abordados. Isso ajudará a criar um contexto mental ú6l para quando você começar a estudar o conteúdo em detalhes. 📖 Leitura Estratégica: Após essa visão inicial, comece a leitura da apos6la. Mantenha um caderno ao lado e faça anotações a6vas. Esta prá6ca não só ajuda a memorizar o conteúdo, mas também facilita a compreensão e retenção das informações. 🔄 Processo Itera;vo: Não se preocupe em compreender tudo de imediato. O aprendizado é um processo que se aprofunda com a repe6ção. Esta apos6la é o início - um material para uma compreensão rápida e eficiente. 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Lembre-se, o obje6vo é se preparar eficazmente para a prova de Auditor Fiscal do Trabalho, e não se tornar um especialista acadêmico em Polí6cas Públicas. Concentre-se em entender os conceitos principais e em como aplicá-los nas questões do exame. Pra6car exercícios e par6cipar dos simulados é chave para esse processo. Se você encontrar dificuldades em reproduzir cada detalhe, não se frustre. O foco deve estar em adquirir uma compreensão sólida que lhe permita responder às questões da prova com confiança. Informe: na segunda semana de fevereiro, teremos o primeiro simulado! Esteja preparado. Querse tornar nosso aluno? 5 Acesse: www.concursounificado.com 1. Polí(cas Públicas 1.1 Introdução às Polí@cas Públicas: conceitos e tipologias De forma simples, polí;cas públicas são ações e decisões tomadas pelos governos para ajudar a sociedade a funcionar melhor. Elas podem ser leis, programas, planos ou qualquer 6po de inicia6va que o governo adota para resolver problemas ou melhorar a vida das pessoas. A ideia de polí6cas públicas não é nova. Desde que as sociedades começaram a se organizar sob governos, houve algum 6po de polí6ca pública. No entanto, a maneira como entendemos polí6cas públicas hoje começou a se formar no século XX, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando os governos começaram a desempenhar um papel mais a6vo na gestão dos assuntos sociais e econômicos. Polí6cas públicas estão em todo lugar em nossa vida diária, embora muitas vezes não as percebamos. Quando você bebe água da torneira, está confiando nas polí6cas públicas de saneamento e saúde. As leis de trânsito que regulam a velocidade nas estradas e os semáforos que controlam o fluxo de veículos são exemplos de polí6cas públicas para segurança viária. Os programas de vacinação que mantêm doenças sob controle e os sistemas de educação que garantem que as crianças aprendam habilidades essenciais são todos produtos de polí6cas públicas. 1.1.1 Conceitos Polí6cas públicas são orientações deliberadas para solucionar problemas que são considerados relevantes e significa6vos para a sociedade. Polí;ca pública de Governo e Polí;ca Pública de Estado “governos começam e terminam, mas o Estado fica” • Polí;cas de Governo: São aquelas que tendem a mudar com a alternância do poder. Por exemplo, um programa de bolsas estudan6s pode ser introduzido por um governo e descon6nuado pelo próximo. http://www.concursounificado.com/ 6 • Polí;cas de Estado: Estas têm con;nuidade e são man;das através de diferentes governos. Um exemplo seriam as cotas universitárias, que, uma vez implementadas, tornam-se uma polí6ca estável. Diferença entre Polí;ca Pública e Polí;ca Social • Polí;ca Pública: Pode ser vista como o tronco de uma árvore, da qual derivam vários setores de polí6cas. É um conjunto de polí6cas, programas e ações do Estado des6nados a enfrentar desafios e aproveitar oportunidades no interesse cole6vo. • Polí;ca Social: É um dos galhos dessa árvore. Cons6tui-se das polí6cas públicas focadas especificamente em prover bens e serviços básicos à população, abarcando áreas como educação, saúde, assistência social, Previdência e moradia. Enquanto a polí6ca pública é ampla e abrangente, englobando vários setores (como polí6cas econômicas, de infraestrutura, etc.), a polí6ca social é mais focada em aspectos específicos do bem-estar social. Por exemplo, as folhas do galho da polí6ca social incluem os direitos à educação, saúde, Previdência e assistência social. Conforme a Cons6tuição Federal de 1988, as polí6cas sociais são empregadas na garan6a de direitos humanos, abordando o enfrentamento da desigualdade e promovendo o exercício da cidadania. As polí6cas públicas, incluindo as sociais, não são está6cas. Elas evoluem e se moldam de acordo com a dinâmica social, os recursos disponíveis e os contextos ideológicos vigentes, seja de caráter conservador, liberal ou progressista. As três dimensões de “Polí;ca” Dimensão Ins;tucional - Polity: O termo "polity" refere-se à ordem do sistema polí6co como um todo, delineada pelo sistema jurídico. Trata-se da estrutura ins6tucional do sistema polí6co- administra6vo, abrangendo todas as en6dades e mecanismos formais que cons6tuem o governo e a administração do Estado. Isso inclui as cons6tuições, os órgãos legisla6vos, execu6vos e judiciais, bem como as agências e departamentos administra6vos. Dimensão Processual - Poli;cs: "Poli6cs" foca no processo polí6co, que muitas vezes é de natureza conflituosa e envolve a disputa pelo poder. Esta dimensão se concentra em como os obje6vos são estabelecidos e perseguidos dentro do sistema polí6co, os conteúdos das discussões polí6cas e as decisões de distribuição de recursos. É neste contexto que se observam as negociações, as alianças e os conflitos entre diferentes grupos e interesses dentro da sociedade. 7 Dimensão Material - Policy: O termo "policy" está relacionado aos conteúdos concretos, ou seja, à configuração dos programas polí6cos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das decisões polí6cas. Isso se refere às polí6cas públicas em si - os planos e programas que são implementados para abordar questões específicas, como saúde pública, educação, transporte, segurança, e assim por diante. Enquanto "polity" e "poli6cs" dizem respeito à forma e ao processo, "policy" é sobre a substância e os resultados prá6cos da a6vidade polí6ca. Modelos e teorias a) Modelo Racional-Compreensivo Este modelo pressupõe uma abordagem altamente analí6ca e sistemá6ca para a tomada de decisão em polí6cas públicas. Envolve a iden6ficação clara de obje6vos, a coleta extensiva de dados e informações, a consideração de todas as opções possíveis e a escolha da alterna6va que maximiza a eficiência e eficácia, baseando-se em critérios obje6vos e análises custo-benefcio. Exemplo: O desenvolvimento de um plano nacional de infraestrutura que avalia minuciosamente todas as opções de transporte, energia e comunicações, escolhendo as que oferecem o maior retorno sobre o inves6mento para a sociedade. b) Modelo Incremental Este modelo sugere que as polí6cas públicas são frequentemente o resultado de pequenas modificações em polí6cas existentes, mais do que de grandes inovações ou mudanças abruptas. Baseia-se na noção de que os tomadores de decisão operam com informações e recursos limitados, levando-os a optar por ajustes marginais que são mais facilmente aceitos e implementados, evitando assim o risco e a incerteza associados a grandes mudanças. Exemplo: Ajustes anuais no orçamento de educação ou saúde, onde se acrescenta ou modifica programas existentes ao invés de introduzir novos sistemas completos. c) Modelo de Múl;plos Fluxos (Mul;ple Streams) Este modelo, desenvolvido por John Kingdon, argumenta que o processo de polí6cas públicas pode ser entendido como a interação de três fluxos independentes: o fluxo de problemas (questões que requerem atenção), o fluxo de polí6cas (soluções disponíveis) e o fluxo polí6co (o clima polí6co e a disposição para adotar soluções). Polí6cas públicas surgem quando esses três fluxos se encontram em uma "janela de oportunidade", onde os problemas, as soluções e o clima polí6co estão alinhados. Exemplo: A adoção de polí6cas de energia renovável em resposta ao reconhecimento crescente das mudanças climá6cas (problema), a disponibilidade de tecnologias de energia verde (solução) e um movimento polí6co favorável ao meio ambiente (polí6ca). d) Teoria da Escolha Pública 8 Baseada em princípios econômicos, esta teoria trata o governo e as polí6cas públicas como produtos de interações individuais e cole6vas mo6vadas por interesses próprios. Examina como polí6cos, burocratas e eleitores agem em seus próprios interesses, muitas vezes em detrimento do interesse público, e como isso influencia a formulação e implementação de polí6cas públicas. Exemplo: A influência do lobby corpora6vo no desenvolvimento de regulamentações ambientais, onde os interesses empresariais podem prevalecer sobre as considerações ambientais. e) Modelo de Coalizão de Defesa (Advocacy Coali;on Framework) Este modelo propõe que as polí6cas públicas são influenciadas por grupos de atores (coalizões de defesa) que compar6lham crenças e obje6vos comuns. Estes grupos podem incluir uma variedade de atores como legisladores, burocratas, grupos de interesse e acadêmicos. As polí6cas mudam quando ocorrem alterações dentro das coalizões ou nas suas crenças, geralmenteimpulsionadas por eventos externos ou aprendizado ao longo do tempo. Exemplo: A formação de coalizões entre ONGs ambientais, cien6stas e polí6cos progressistas para promover polí6cas de combate às mudanças climá6cas. f) Modelo Ins;tucionalista Este modelo enfa6za o papel das ins6tuições - leis, regulamentos, normas e estruturas organizacionais - na formulação e implementação de polí6cas públicas. Argumenta que as ins6tuições moldam não apenas as polí6cas, mas também as preferências e comportamentos dos atores polí6cos, limitando ou facilitando certas ações e decisões. Exemplo: A influência das estruturas jurídicas e regulatórias existentes na formulação de novas leis de privacidade de dados, onde as normas legais preexistentes definem o escopo e a abordagem das novas regulamentações. Modelo de Políticas Públicas Descrição Detalhada Exemplo Prático Crítica Comum Racional- Compreensivo Tomada de decisão baseada em análise abrangente e sistemática, focando na eficiência. Plano nacional de infraestrutura baseado em análise custo-benefício. Impraticável devido à complexidade e limitação de informações. Incremental Políticas evoluem com pequenas mudanças a partir de políticas existentes. Ajustes anuais no orçamento de educação. Resistência a mudanças significativas. Múltiplos Fluxos (Multiple Streams) Convergência de três fluxos (problema, política, política) cria janelas de oportunidade. Adoção de políticas de energia renovável em resposta às mudanças climáticas. Dependência do acaso e da oportunidade. 9 Teoria da Escolha Pública Enfoque nos interesses próprios dos atores políticos, aplicando princípios econômicos. Influência do lobby corporativo em regulamentações ambientais. Visão cínica, focando nos interesses pessoais. Coalizão de Defesa Grupos com crenças e objetivos comuns influenciam as políticas públicas. Coalizões entre ONGs ambientais e políticos para políticas climáticas. Complexidade na aplicação prática. Institucionalista Papel das instituições na formulação e implementação de políticas. Estruturas jurídicas influenciando novas leis de privacidade de dados. Pouca atenção ao papel dos atores individuais. 1.1.2 Tipologias No contexto das polí6cas públicas, a "6pologia" é uma forma de classificação ou categorização que ajuda a compreender e organizar as diversas polí6cas governamentais de acordo com caracterís6cas específicas. Cada 6po de polí6ca pública é agrupado com base em critérios como seus obje6vos, métodos de implementação, impactos na sociedade, e o público-alvo. Inicialmente, enfocaremos a perspec6va das arenas polí6cas, uma abordagem conceituada por Theodore J. Lowi (o mais relevante para concurso). Este modelo categoriza as polí6cas públicas em quatro grupos dis6ntos: 1. Polí;cas Distribu;vas: Estas polí6cas são voltadas para prover serviços ou recursos para segmentos específicos da sociedade, como grupos sociais, regiões ou categorias de pessoas. Exemplos lpicos incluem a construção de infraestruturas como hospitais, escolas e estradas, bem como programas de subsídio a negócios. 2. Polí;cas Redistribu;vas: Este 6po foca na realocação de bens ou serviços de um grupo da população para outro, muitas vezes gerando conflitos, dada a natureza das transferências de recursos. Exemplos comuns são a reforma agrária e a redistribuição de receitas do petróleo. Buscam mudar o grau de concentração de recursos, quanto à sua finalidade 3. Polí;cas Regulatórias: Estas polí6cas estabelecem normas e regras que definem como certas a6vidades devem ser executadas ou que comportamentos são permi6dos. Os efeitos destas polí6cas podem variar amplamente, dependendo de como são aplicadas. Exemplos incluem leis de trânsito e regulamentações ambientais. 4. Polí;cas Cons;tu;vas: Refere-se à criação de regras e procedimentos que formam a base para a formulação e implementação de outras polí6cas públicas. Um exemplo seria as normas cons6tucionais e os regulamentos dos órgãos legisla6vos. 10 Robert H. Salisbury expandiu a 6pologia de Lowi, enfa6zando a relação entre o 6po de polí6ca e seu contexto ins6tucional: • Polí;cas Distribu;vas de Salisbury: Resultam da combinação de demandas fragmentadas com um sistema decisório igualmente disperso. • Polí;cas Redistribu;vas de Salisbury: Surgem de demandas concentradas e são processadas em um sistema decisório centralizado, muitas vezes sob a pressão de conflitos intensos. • Polí;cas Regulatórias de Salisbury: Caracterizam-se por demandas fragmentadas, mas são decididas por um sistema concentrado de tomada de decisões. James Q. Wilson também contribuiu com uma 6pologia baseada na distribuição de custos e benefcios: • Polí;cas Clientelistas de Wilson: Benefcios concentrados com custos dispersos. • Polí;cas Majoritárias de Wilson: Tanto custos quanto benefcios são distribuídos amplamente pela sociedade. • Polí;cas Empreendedoras de Wilson: Benefcios são cole6vos, mas os custos recaem sobre grupos específicos. William T. Gormley iden6ficou quatro padrões de polí6cas regulatórias: • Polí;cas de Sala Operatória: Alta complexidade e visibilidade. • Polí;cas de Audiência: Baixa complexidade técnica, mas alta visibilidade. • Polí;cas de Sala de Reuniões: Elevada complexidade técnica e baixa visibilidade. • Polí;cas de Baixo Escalão: Baixa complexidade técnica e visibilidade. Gunnel Gustafsson propôs uma divisão em polí6cas reais, simbólicas, pseudopolí6cas e polí6cas sem sen6do, cada uma com caracterís6cas específicas em termos de implementação e intenção. Michael Hill e Peter Hupe ofereceram uma classificação focada em polí6cas regulatórias, diferenciando-as em regulatórias compe66vas e protetoras. Por fim, Elenaldo Celso Teixeira introduziu critérios para classificar polí6cas públicas com base em sua natureza e abrangência de benefcios, como polí6cas estruturais, conjunturais, universais, segmentais e fragmentadas, além de diferenciar polí6cas de acordo com o setor de a6vidade governamental. Memorize a tabela a seguir, pois costuma ser muito cobrado em provas, sobretudo em relação à Lowi. 11 Autor Tipo de Política Conceito Exemplo Theodore J. Lowi *** É a mais cobradas em provas Políticas Distributivas Políticas focadas na alocação de recursos para grupos específicos da sociedade. Bolsas de estudo para estudantes de áreas carentes. Políticas Redistributivas Políticas que realocam recursos de um grupo da sociedade para outro, visando a equidade. Normalmente, envolvem conflitos. Imposto sobre grandes fortunas destinado a financiar programas de assistência social. Políticas Regulatórias Políticas que estabelecem regras ou normas para regular atividades e comportamentos. São as mais visíveis ao público. Normas de segurança alimentar estabelecendo padrões para a produção e venda de alimentos. Políticas Constitutivas Políticas que estabelecem as regras fundamentais do sistema político e administrativo. Estabelecem as “regras do jogo” do processo das políticas públicas. Criação de uma nova constituição que redefine os processos legislativos. Robert H. Salisbury Políticas Distributivas Políticas que resultam da combinação de demandas fragmentadas com um sistema decisório disperso. Programas de incentivo fiscal para pequenas empresas em regiões rurais. Políticas Redistributivas Políticas surgidas de demandas concentradas e processadas por um sistema decisório centralizado, frequentemente sob a pressão de conflitos intensos. Política de realocação de fundos federais para educação em áreas de baixo rendimento. Políticas Regulatórias Políticas caracterizadas por demandas fragmentadas, mas decididas por um sistema decisório concentrado. Regulamentação centralizada do comércio interestadual. James Q. WilsonPolíticas Clientelistas Políticas com benefícios concentrados e custos dispersos, frequentemente direcionadas a grupos específicos. Subsídios governamentais para a indústria agrícola. Políticas Majoritárias Políticas onde tanto custos quanto benefícios são distribuídos amplamente pela sociedade. Políticas de vacinação pública contra doenças infecciosas. Políticas Empreendedoras Políticas com benefícios coletivos e custos concentrados em grupos específicos. Introdução de tarifas ambientais para empresas que poluem. William T. Gormley Políticas de Sala Operatória Políticas de alta complexidade e visibilidade, que exigem conhecimento técnico especializado. Legislação sobre pesquisa e uso de células-tronco. 12 Políticas de Audiência Políticas de baixa complexidade técnica, mas que atraem muita atenção pública devido a questões ideológicas ou de valor. Políticas de cotas raciais para admissão em universidades. Políticas de Sala de Reuniões Políticas com elevada complexidade técnica e baixa visibilidade, geralmente pouco notadas pelo público geral. Regras complexas de comércio internacional e tarifas. Políticas de Baixo Escalão Políticas de baixa complexidade técnica e visibilidade, normalmente associadas a rotinas administrativas. Normas administrativas para a emissão de passaportes. Gunnel Gustafsson Políticas Reais Políticas que os governantes têm intenção efetiva de implementar e possuem o conhecimento necessário. Programas de infraestrutura em grande escala, como a construção de uma nova rede ferroviária Tipologia dos Atores em Ciências Sociais Em ciências sociais e relações públicas, 'atores' refere-se a indivíduos, grupos, organizações ou ins6tuições que desempenham um papel a6vo em um processo social, polí6co ou econômico. Individuais e Cole;vos: • Individuais: Uma pessoa atuando em seu próprio interesse ou representando suas próprias crenças. • Cole;vos: Grupos ou organizações que representam interesses ou obje6vos comuns. Formais e Informais: • Formais: Atores reconhecidos oficialmente, como governos, empresas e ONGs. • Informais: Grupos ou indivíduos sem reconhecimento oficial, como movimentos sociais ou líderes comunitários. Públicos e Privados: • Públicos: En6dades governamentais ou estatais. • Privados: Indivíduos, empresas ou organizações não governamentais. Tipologia dos Atores em Relações Públicas Segundo o Poder e Influência: • Decisores: Atores com poder direto para tomar decisões. • Consul;vos: Aqueles que influenciam decisões através de conselhos ou opiniões. • Influenciadores: Indivíduos ou grupos que moldam a opinião pública ou comportamento. Segundo o Relacionamento com a Organização: 13 • Internos: Empregados, gerentes, acionistas. • Externos: Clientes, fornecedores, mídia, comunidade. 1.2. Ciclos de polí@cas públicas Preste bastante atenção agora, pois isso já foi cobrado em concursos. Primeiro, leia essa questão (é da banca CEBRASPE, mas nada impede que a CESGRANRIO venha a abordar o mesmo tópico no CNU): No que diz respeito ao Estado como forma complexa de organização que produz, gere, controla, formula e implementa polí6cas públicas, julgue o item a seguir. A movimentação de questões no âmbito da agenda de discussões polí6cas decorre do atendimento de caracterís6cas da próxima agenda e ocorre da seguinte forma: as questões passam pela agenda decisória ou de mídia, em seguida pela agenda governamental ou ins6tucional e, por fim, pela agenda sistêmica ou polí6ca. (Certo) (Errado) Veja que a questão abordou diversos “6pos” de agenda. Para facilitar para você, leia essa historinha abaixo: Era uma vez um desafio chamado Aquecimento Global. Ele sabia que precisava embarcar em uma jornada importante para chamar a atenção do Reino dos Estados, uma terra governada por complexas organizações que formulam políccas públicas. O Aquecimento Global começou sua jornada na vasta terra da 'AGENDA SISTÊMICA', onde todos os problemas e preocupações vivem esperando ser notados. Ele conversou com cidadãos, ciencstas e grupos de interesse, pedindo para ser reconhecido como um problema sério. Com a força do povo e a clareza dos fatos, o Aquecimento Global cruzou a ponte para a 'AGENDA GOVERNAMENTAL'. Aqui, os Líderes e Políccos do Reino dos Estados começaram a ouvi-lo e a reconhecer sua importância. Eles debateram e discucram sobre ele em seus conselhos e assembleias. Finalmente, o Aquecimento Global chegou à 'AGENDA DECISÓRIA', o lugar onde as decisões são tomadas. Nesta fase, ele foi transformado em políccas concretas e ações. Leis foram escritas, tratados foram assinados, e medidas para combater o aquecimento global foram implementadas. A jornada do Aquecimento Global mostrou como um problema passa da 'AGENDA SISTÊMICA', onde é apenas uma preocupação entre muitas, para a 'AGENDA GOVERNAMENTAL', onde ganha reconhecimento formal, e finalmente para a 'AGENDA DECISÓRIA', onde se transforma em ação concreta. Com essa breve “historinha”, você memorizou as três mais importantes agendas e a ordem delas: AGENDA SISTÊMICA è AGENDA GOVERNAMENTAL è AGENDA DECISÓRIA 14 Com isso, agora já saberia a resposta da questão anterior: No que diz respeito ao Estado como forma complexa de organização que produz, gere, controla, formula e implementa polí6cas públicas, julgue o item a seguir. A movimentação de questões no âmbito da agenda de discussões polí6cas decorre do atendimento de caracterís6cas da próxima agenda e ocorre da seguinte forma: as questões passam pela agenda decisória ou de mídia, em seguida pela agenda governamental ou ins6tucional e, por fim, pela agenda sistêmica ou polí6ca. (Certo) (Errado) ***** A afirmação apresentada é "Errado". Normalmente, o processo de movimentação de questões na agenda de discussões polí6cas ocorre de maneira um pouco diferente. Em geral, as questões começam na agenda sistêmica ou polí6ca, onde são reconhecidas como questões relevantes. Em seguida, podem passar para a agenda governamental ou ins6tucional, quando são reconhecidas pelas ins6tuições governamentais como algo que necessita de atenção ou ação. Finalmente, podem alcançar a agenda decisória ou de mídia, onde são efe6vamente discu6das para tomada de decisões e amplamente divulgadas e deba6das na mídia. Portanto, a sequência correta tende a ser do geral (agenda sistêmica) para o específico (decisória ou de mídia), e não o contrário. Você ainda não sabe tudo sobre o assunto. São diversos os 6pos de agenda: Agenda Sistêmica; Agenda Governamental; Agenda Decisória; Agenda de Mídia; Agendas Setoriais (como saúde, educação, meio ambiente, etc.) Agendas Locais; Agendas Nacionais; Agendas Globais. Mas fica aqui comigo, pois você irá dominar tudo que precisa... Vamos lá =D 1.2.1 Agenda e formulação Agenda Uma agenda é uma lista de questões ou problemas considerados de interesse público que demandam soluções. Temos diversos 6pos de agendas (memorize os conceitos da tabela abaixo): Tipo de Agenda Descrição Exemplo Agenda Sistêmica Abrange todos os problemas percebidos pelo público e pela mídia, Debates públicos sobre mudanças climáticas. 15 Sinônimos: Agenda Pública, Agenda Geral ou Agenda PolíWca independentemente do reconhecimento oficial pelo governo. Agenda Governamental Sinônimos: Agenda InsWtucional, Agenda Oficial, Agenda Formal Composta por questões que receberam reconhecimento oficial e atenção por parte das instituições governamentais. Discussões governamentais sobre reforma tributária. Agenda Decisória Sinônimos: Agenda de Políticas, Agenda Executiva Inclui questões que alcançaram o estágio de decisão e ação concreta no processo de formulação de políticas. Implementação de uma nova legislação ambiental. Agenda de Mídia Refere-se às questões que ganham atenção significativados meios de comunicação. Cobertura intensiva da crise de refugiados. Agendas Setoriais Relacionadas a áreas específicas ou setores, como saúde, educação, meio ambiente, etc. Políticas específicas de saúde pública. Agendas Locais Questões e políticas específicas para áreas geográficas menores, como municípios ou comunidades. Iniciativas locais de reciclagem. Agendas Nacionais Questões de importância para um país inteiro. Leis nacionais de educação. Agendas Globais Questões que transcendem fronteiras nacionais e são de importância internacional. Tratados internacionais sobre comércio. A agenda pública refere-se ao conjunto de questões, problemas e assuntos que são percebidos pelos membros da sociedade e pelos decisores polí6cos como merecedores de atenção e ação governamental. Ela é formada pelas temá6cas que capturaram o interesse público e polí6co a ponto de serem consideradas importantes para discussão, deliberação e possível intervenção do Estado. Vários elementos podem influenciar na agenda, como mídia, opinião pública, movimentos sociais e por aí vai. Teoria dos Fluxos Múl;plos (já caiu em prova): segundo a teoria dos múl6plos fluxos, a mudança na agenda ocorre quando há convergência entre reconhecimento de um problema, iden;ficação de alterna;vas e construção de apoio polí;co. A Teoria dos Fluxos Múl6plos, proposta por John Kingdon, oferece uma análise mais aprofundada de como as polí6cas são formuladas. Ela argumenta que três fluxos independentes influenciam o processo de formulação de polí6cas: 1. Fluxo dos Problemas: Este fluxo envolve o reconhecimento de questões que se tornam proeminentes na agenda pública. A atenção a um problema pode ser impulsionada por indicadores (como estals6cas ou relatórios), eventos dramá6cos (como desastres ou crises), ou feedback sobre programas existentes. 2. Fluxo das Soluções: Soluções são geradas e deba6das dentro de uma comunidade de especialistas e formuladores de polí6cas. Estas soluções podem exis6r muito antes de um problema específico ser iden6ficado, esperando uma oportunidade para serem aplicadas. 16 3. Fluxo Polí;co: Compreende as mudanças no governo, influências de campanhas, grupos de interesse, e a opinião pública. Este fluxo é altamente variável e pode ser afetado por eleições, mudanças de liderança, e alterações significa6vas na opinião pública. A convergência destes fluxos cria uma "janela de oportunidade", um momento crí6co onde é mais provável que as polí6cas sejam adotadas. Esta janela pode abrir-se devido a eventos significa6vos ou mudanças no fluxo polí6co, como uma crise nacional, ou pela emergência de uma solução viável para um problema reconhecido. Manifestações e mobilizações sociais, por exemplo, podem ter um papel crucial ao influenciar o fluxo polí6co, realçando a urgência de um problema e pressionando por mudanças. Assim, a Teoria dos Fluxos Múl6plos destaca a natureza dinâmica e muitas vezes imprevisível do processo de formulação de polí6cas públicas. Análise de custo-benepcio x custo-efe;vidade Durante a formulação de polí6cas públicas, as análises custo-benefcio e custo-efe6vidade são ferramentas essenciais para avaliar a viabilidade e eficiência de diferentes opções de polí6cas. Elas ajudam a determinar quais polí6cas oferecem o melhor equilíbrio entre custos e benefcios ou a efe6vidade desejada. A análise custo-benepcio é uma técnica econômica que compara os custos de uma polí6ca ou projeto (quan6ficados em termos monetários) com os benefcios gerados (também expressos em termos monetários - $). O obje6vo é determinar se o valor dos benefcios supera o dos custos, jus6ficando assim a implementação da polí6ca ou projeto. Por outro lado, a análise custo-efe;vidade se concentra em avaliar os resultados ou efeitos de uma polí6ca pública em relação aos seus custos, mas os resultados são frequentemente medidos em termos não monetários, como qualidade de vida, anos de vida ajustados pela qualidade ou outros indicadores de resultado. Essa análise é usada para determinar a maneira mais eficiente de alcançar um obje6vo específico, considerando os recursos disponíveis. Portanto, ao afirmar que a análise custo-benefcio baseia-se na relação entre os custos rela6vos e os resultados de uma polí6ca pública, a questão mistura erroneamente os conceitos dessas duas análises dis6ntas, levando a uma compreensão imprecisa dessas ferramentas de avaliação em polí6cas públicas. Obrigado por apontar isso e enriquecer a discussão com a referência a Chiavenato (2014). 1.2.2 Processos de Decisão Para o conteúdo que estudaremos agora para o CNU, teremos muitos conceitos para memorizar. Vamos lá! 17 Introdução à Tomada de Decisão em Polí;cas Públicas • Definição e Importância: A tomada de decisão em polí6cas públicas é o processo pelo qual escolhas são feitas para abordar problemas ou questões sociais. Essas decisões afetam a formulação e execução de polí6cas, impactando diretamente a vida dos cidadãos. • Integração das Fases: A tomada de decisão não é isolada da formulação de polí6cas. Ela é integrada em todo o processo, desde a iden6ficação de problemas até a implementação e avaliação de polí6cas. Teoria da Escolha Racional na Tomada de Decisão • Conceito Básico: Baseia-se na ideia de que os indivíduos tomam decisões racionais, visando maximizar seus benefcios pessoais ou ins6tucionais. • Aplicação na Polí;ca Pública: Os atores polí6cos definem suas preferências com base em benefcios e custos, escolhendo ações que lhes parecem mais vantajosas. Abordagens de Racionalidade na Formulação de Polí;cas Públicas • Racionalidade Econômica: Esta abordagem foca na eficiência e na maximização da u6lidade. As decisões são baseadas em análises de custo-benefcio e na busca pelo maior bem-estar social possível. • Racionalidade Polí;co-Sistêmica: Aqui, a tomada de decisão envolve negociações e compromissos entre diferentes atores polí6cos. O foco está em alcançar acordos viáveis dentro do sistema polí6co. • Formulação Responsável: Enfa6za a importância do debate público, considerando valores é6cos como igualdade e democracia. Busca-se atender às necessidades da sociedade de maneira equita6va. Modelos de Tomada de Decisão de Allison e Zelikow • Modelo da Polí;ca Racional: Pressupõe que os atores buscam a solução mais eficaz e racional, avaliando todas as alterna6vas possíveis. • Modelo Organizacional: Reconhece que as decisões são muitas vezes moldadas pelas capacidades, limitações e cultura das organizações envolvidas. • Modelo da Polí;ca Burocrá;ca: Destaca a complexidade das decisões polí6cas, onde diferentes interesses e polí6cas se entrelaçam, levando a negociações e barganhas. 18 Outros Modelos de Tomada de Decisão • Racional-Compreensivo: Enfa6za uma análise detalhada e abrangente das opções, visando a maximização de obje6vos e valores. • Racionalidade Limitada: Reconhece que, devido às limitações informa6vas e cogni6vas, as decisões são frequentemente "suficientemente boas", ao invés de ó6mas. • Modelo Incremental: Sugere que as decisões são feitas de forma gradual, considerando as restrições polí6cas e ins6tucionais existentes. Teoria do Equilíbrio Pontuado de Jones e Baumgartner • Estabilidade e Mudança: Esta teoria explica como as polí6cas públicas tendem a ser estáveis, mas podem sofrer mudanças abruptas em resposta a crises ou mudanças significa6vas no ambiente polí6co. • Impacto das Crises: As crises podem ser catalisadores para mudanças rápidas e significa6vas nas polí6cas, rompendo períodos de estabilidade. 1.2.3 Implementação, seus planos, projetos e programas A implementação de polí6cas públicas é uma fase crí6ca onde os planos e decisões formulados anteriormente são efe6vamente colocados em prá6ca. É nesta etapa que as polí6cas são "re6radas do papel", saindo do âmbito teórico e conceitualpara se tornarem realidade. As ações começam a ser executadas com o obje6vo de fazer a polí6ca pública funcionar na prá6ca, conforme foi planejado e decidido. Portanto, a implementação é menos sobre planejamento adicional e mais sobre a execução a6va dos planos existentes, assegurando que os obje6vos da polí6ca sejam alcançados no mundo real. Introdução à Implementação de Polí;cas Públicas • Definição do Processo: A implementação de polí6cas públicas é o conjunto de ações para transformar obje6vos polí6cos em resultados prá6cos e reais. Isso envolve organizar o governo e usar recursos como dinheiro, pessoas, materiais e tecnologia. • Importância do Planejamento: Planejar cuidadosamente é crucial antes de agir. Isso inclui criar planos detalhados (listas de passos a serem seguidos), programas (conjuntos de projetos relacionados) e projetos individuais. Abordagens Principais na Implementação 19 • Modelo Top-Down (De Cima para Baixo): Neste modelo, as decisões são tomadas por líderes ou altos funcionários e passadas para os níveis inferiores para execução. É como se os chefes desenhassem um mapa e os funcionários seguissem as instruções. • Modelo Botom-Up (De Baixo para Cima): Aqui, as ideias e feedback vêm dos trabalhadores de nível mais baixo ou da base. Eles que lidam diretamente com os problemas e suas ideias sobem para os níveis superiores para formar as polí6cas. • Modelo Intera;vo-Itera;vo: Este modelo representa um processo mais flexível e dinâmico, onde as decisões são feitas, revistas e adaptadas constantemente com base na interação e feedback de diferentes pessoas envolvidas. Isso permite uma abordagem mais colabora6va e adaptável à implementação de polí6cas. Detalhamento de Planos, Projetos e Programas na Implementação • Planos na Implementação: Os planos são documentos detalhados que definem os obje6vos específicos, as estratégias para alcançá-los, os recursos necessários e os prazos. Eles servem como um guia para a ação e ajudam a manter todos os envolvidos alinhados com os obje6vos da polí6ca. • Projetos na Implementação: Projetos são conjuntos específicos de a6vidades projetadas para a6ngir parte dos obje6vos do plano. Cada projeto tem um escopo definido, um cronograma e uma equipe responsável. Eles são cruciais para a execução prá6ca dos planos. • Programas na Implementação: Programas são conjuntos de projetos inter-relacionados que buscam alcançar um obje6vo maior e mais abrangente da polí6ca pública. Eles coordenam e integram vários projetos, garan6ndo que todos contribuam para o obje6vo comum. Avaliação de Polí;cas Públicas • Componente Crucial do Ciclo: A avaliação é uma etapa essencial no ciclo de polí6cas públicas, envolvendo a análise dos efeitos das polí6cas na sociedade e a comparação dos resultados com os obje6vos e metas estabelecidos. • Avaliação Integrada ao Ciclo de Gestão: A avaliação deve ser uma parte conlnua do processo, ocorrendo em todas as fases, desde a iden6ficação do problema até as decisões sobre a con6nuidade ou a interrupção da polí6ca. Isso assegura que as polí6cas sejam con6nuamente monitoradas e ajustadas conforme necessário, aumentando sua eficácia. • Avaliações Forma;vas na Implementação: As avaliações forma6vas são realizadas durante o processo de implementação de uma polí6ca pública e têm como obje6vo principal fornecer feedback conlnuo sobre o desempenho e a eficácia das ações em 20 andamento. Elas se concentram nos processos, buscando iden6ficar pontos fortes e fracos, e sugerindo melhorias e ajustes em tempo real. Essas avaliações são essenciais para garan6r que a polí6ca pública esteja no caminho certo para alcançar seus obje6vos, permi6ndo uma abordagem mais flexível e adapta6va. O Ciclo Convnuo e Interconectado das Polí;cas Públicas • Múl;plas Finalidades: Este ciclo ajuda a entender que as polí6cas públicas servem para várias funções, incluindo garan6r o controle e a transparência (accountability), desenvolver estratégias eficazes, empoderar a sociedade, fortalecer as ins6tuições e democra6zar a administração pública. • Impacto Social e Ins;tucional: A análise do ciclo mostra como as polí6cas públicas podem causar mudanças significa6vas na sociedade e fortalecer as ins6tuições, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e a jus6ça social. 1.2.4 Monitoramento e avaliação Definindo Critérios de Avaliação • Importância dos Critérios: Para avaliar uma polí6ca pública, é essencial definir critérios claros. Esses critérios são como regras ou padrões usados para julgar o sucesso da polí6ca. • Critérios Comuns: Os mais conhecidos são eficiência, eficácia e efe6vidade. Cada um desses critérios olha para um aspecto diferente do desempenho de uma polí6ca. Vamos abordar a classificação das avaliações de polí6cas públicas com base em seu período de execução, que se divide em três categorias principais: Avaliação Ex ante, Avaliação In i6nere e Avaliação Ex post. Obs.: já caiu em prova. Avaliação Ex ante • Definição: A avaliação Ex ante é realizada antes do início da implementação de uma polí6ca pública, programa ou projeto. • Obje;vo: O principal obje6vo é prever os impactos e a eficácia da polí6ca proposta. Esta avaliação envolve a análise de viabilidade, estudos de custo-benefcio e a iden6ficação de potenciais riscos e oportunidades. • U;lidade: Ajuda os formuladores de polí6cas a tomar decisões informadas e a fazer ajustes necessários antes de lançar a polí6ca ou programa. Avaliação In i;nere • Definição: A avaliação In i6nere, ou avaliação em curso, é realizada durante a implementação da polí6ca pública. 21 • Obje;vo: Seu foco é monitorar o progresso e a conformidade com os obje6vos estabelecidos, proporcionando a oportunidade de realizar ajustes em tempo real para o6mizar a eficiência e eficácia da polí6ca. • U;lidade: Essencial para a gestão adapta6va, permite iden6ficar e corrigir problemas, desvios ou ineficiências que ocorrem durante a execução da polí6ca. Avaliação Ex post • Definição: A avaliação Ex post é conduzida após a conclusão da implementação de uma polí6ca pública. • Obje;vo: O obje6vo é avaliar os resultados e o impacto da polí6ca. Esta avaliação analisa se os obje6vos foram alcançados, o custo total, os benefcios e o impacto a longo prazo. • U;lidade: Fundamental para entender a efe6vidade da polí6ca, informar futuras decisões polí6cas e fornecer aprendizados para a formulação e implementação de polí6cas futuras. Entendendo Eficiência, Eficácia e Efe;vidade • Eficiência: Refere-se a quão bem os recursos (como dinheiro, tempo e esforço humano) são usados na implementação da polí6ca. Uma polí6ca é eficiente se consegue a6ngir seus obje6vos sem desperdício. • Eficácia: Foca se a polí6ca alcançou suas metas e obje6vos. O controle de eficácia é EX POST, ou seja, feito de forma posterior à implementação da polí6ca, buscando verificar o resultado (eu sei que parece papo de doido, mas lembre-se: você precisa memorizar conceitos). • Efe;vidade: Considera os resultados reais e as transformações ocorridas na sociedade devido à polí6ca. Uma polí6ca é efe6va se causa um impacto posi6vo real na realidade que visa mudar. Uso de Indicadores na Avaliação • O que são Indicadores: Indicadores são unidades de medida que ajudam a analisar se os critérios de avaliação estão sendo atendidos. Eles funcionam como sinais que mostram como a polí6ca está performando em diferentes aspectos. • Desenvolvendo Indicadores: Para cada critério de avaliação, criamos indicadores específicos. Por exemplo, se estamos avaliando a eficiência, podemos medir o custo por beneficiário da polí6ca. Estabelecendo Padrões de Avaliação • Definição de Padrões: Padrões são os níveis que os indicadores devem a6ngir para que consideremos que a polí6ca atendeu aos critérios de avaliação. Eles são como metas para os indicadores.22 • Aplicação de Padrões: Por exemplo, podemos estabelecer que para uma polí6ca ser considerada eficiente, o custo por beneficiário não deve ultrapassar um determinado valor. Modelo da Cadeia de Valor e dos 6Es do Desempenho • Expansão dos Critérios de Avaliação: Além de eficiência, eficácia e efe6vidade, podemos considerar outras categorias como economicidade (uso eficiente dos recursos), celeridade (rapidez na execução), equidade (jus6ça e igualdade na aplicação da polí6ca) e sustentabilidade (viabilidade a longo prazo). • 6Es do Desempenho: No contexto da Administração Pública brasileira, o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocra6zação (Gespública) introduz um modelo mais amplo com seis categorias de indicadores - Economicidade, Execução, Excelência, Eficiência, Eficácia e Efe6vidade. Cada um desses elementos se concentra em diferentes aspectos do desempenho da polí6ca. Exemplo Prá;co: Vamos tomar como exemplo uma campanha de vacinação. A eficácia pode ser medida pelo número de crianças imunizadas contra a meta estabelecida. A eficiência pode ser avaliada pelo custo por criança vacinada. A efe6vidade seria analisada pelo impacto da campanha na redução da incidência da doença. Tipos de avaliação *** A banca poderá formular questões fazendo com que você confunda os conceitos. Avaliação de Eficiência: Foca em quão economicamente os recursos são u6lizados para alcançar os obje6vos das polí6cas. Avalia se os resultados estão sendo alcançados com o mínimo de recursos e desperdício. Avaliação de Eficácia: Examina se os obje6vos de uma polí6ca, programa ou projeto estão sendo alcançados. Este 6po de avaliação mede o sucesso ou o desempenho em relação aos obje6vos estabelecidos. Avaliação de Efe;vidade: Vai além da eficácia ao avaliar o impacto real da polí6ca ou programa na sociedade. Considera os efeitos a longo prazo e se a polí6ca está trazendo mudanças posi6vas sustentáveis. Avaliação de Impacto: Analisa os efeitos diretos e indiretos, intencionais e não intencionais de uma polí6ca ou programa. Esta avaliação busca entender o impacto amplo, incluindo resultados não previstos. 23 Avaliação de Equidade: Inves6ga como os benefcios e os custos de uma polí6ca são distribuídos entre diferentes grupos da sociedade. Foca em questões de jus6ça e igualdade no acesso aos benefcios de uma polí6ca. Avaliação Forma;va: Realizada durante o desenvolvimento e implementação de uma polí6ca ou programa, com o obje6vo de fornecer feedback conlnuo para melhorias em tempo real. Avaliação Soma;va: Realizada ao final de um programa ou polí6ca, com foco nos resultados finais e na eficácia geral do programa. Avaliação Jurídica: Concentra-se na conformidade legal das ações dos gestores de polí6cas públicas, existem outros 6pos de avaliação que são fundamentais no contexto da administração pública. Avaliação Ex ante na formulação de Polí;cas Públicas: (já tratamos, mas não custa reforçar, pois é bastante cobrado em provas) A Avaliação Ex ante é uma forma de análise realizada antes de um projeto ou polí6ca pública ser implementada. O termo "ex ante" é um termo la6no que significa "antes do evento". Ela é prospec6va, ou seja, olha para o futuro, antecipando o que pode acontecer de problemas. Importância da Avaliação Ex ante: 1) Prevenção de Problemas: uma das principais funções da Avaliação Ex ante é iden6ficar possíveis erros ou falhas no planejamento de uma polí6ca. Isso pode incluir aspectos como custos subes6mados, obje6vos irrealistas ou a falta de recursos necessários. 2) Economia de Recursos: ao iden6ficar problemas antecipadamente, os governos e organizações podem economizar recursos, evitando gastar tempo e dinheiro em polí6cas mal planejadas que podem falhar. 3) Melhoria na Formulação de Polí6cas: esta avaliação permite que os formuladores de polí6cas ajustem seus planos e estratégias antes de implementá-los, aumentando a probabilidade de sucesso das polí6cas. 1.3. Ins.tucionalização das Polí.cas em Direitos Humanos como Polí.cas de Estado A par6r daqui, é importante alertar que o conteúdo tratará de informações com conteúdo ideológico. Você não precisa concordar com as informações, mas precisa acertar as questões, se quiser ser aprovado no CNU. Feito esse alerta, vamos lá... Evolução Histórica das Polí;cas de Direitos Humanos Os direitos humanos, embora pareçam um conceito moderno, têm suas raízes em diversas tradições filosóficas, religiosas e legais ao longo da história. Desde as leis de Hammurabi na Mesopotâmia até as filosofias gregas e romanas, passando pelas doutrinas religiosas, várias culturas contribuíram para o conceito contemporâneo de direitos humanos. 24 A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela ONU em 1948, marca um ponto de virada na história dos direitos humanos. Este documento não vincula6vo estabeleceu um ideal global para todos os povos e nações, enfa6zando a universalidade, a inalienabilidade e a interdependência dos direitos humanos. Após a Segunda Guerra Mundial, testemunhou-se um esforço internacional significa6vo para ins6tucionalizar os direitos humanos. Foram estabelecidos tratados internacionais, como os Pactos Internacionais de Direitos Civis e Polí6cos e de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, além da criação de organismos internacionais dedicados à promoção e proteção dos direitos humanos. Direitos Humanos como Polí;cas de Estado Polí6cas de Estado em direitos humanos referem-se ao conjunto de ações, legislações e ins6tuições permanentemente incorporadas na estrutura do Estado, visando assegurar o respeito, a proteção e a promoção dos direitos humanos. Estas polí6cas transcendem governos e conjunturas polí6cas, representando o compromisso estatal conlnuo com os direitos fundamentais. Vários mecanismos têm sido adotados pelos Estados para proteger e promover os direitos humanos. Isso inclui a criação de ins;tuições nacionais de direitos humanos, a implementação de legislação específica, e a ra;ficação de tratados internacionais. A eficácia desses mecanismos muitas vezes depende da independência judicial, da educação em direitos humanos e da par6cipação civil a6va. Existem exemplos notáveis de países que têm feito progressos significa6vos na ins6tucionalização de polí6cas de direitos humanos, como a implementação de polí6cas an6-discriminatórias na África do Sul pós-apartheid. Contudo, os desafios persistem, incluindo a resistência polí6ca, a falta de recursos e a necessidade de harmonização com as normas internacionais O Caso Brasileiro A luta pelos direitos humanos no Brasil tem suas raízes na resistência contra a ditadura militar, um período marcado por violações sistemá6cas dos direitos fundamentais. Com o retorno à democracia, esses direitos começaram a ser reconhecidos gradualmente como uma causa de Estado, embora esse reconhecimento não tenha sido unânime na sociedade. A transição para a democracia foi acompanhada pela criação de estruturas ins6tucionais dedicadas à promoção dos direitos humanos. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), por exemplo, foi estabelecida como um órgão central nesse processo, focando em polí6cas para grupos sociais vulneráveis. No entanto, apesar dessas inicia6vas ins6tucionais, desafios significa6vos permaneceram, especialmente em relação às violações de direitos humanos por agentes estatais. 25 Marco Legal e Programas Nacionais A Cons6tuição de 1988 estabeleceu um marco legal para os direitos humanos no Brasil. O avanço significa6vo ocorreu em 1996 com o lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-1) e, em 1997, com a criação da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Estes passos representaram a formalização do compromisso do Estado brasileiro com a agenda dos direitos humanos. O PNDH, Programa Nacional de Direitos Humanos, é uma inicia6va do governo brasileirodes6nada a promover e proteger os direitos humanos no Brasil. Este programa é uma série de diretrizes e obje6vos que orientam as polí6cas públicas para fortalecer a proteção e a promoção dos direitos humanos no país. O PNDH visa abordar uma ampla gama de questões de direitos humanos, incluindo direitos civis e polí6cos, direitos econômicos, sociais e culturais. Ele busca integrar os direitos humanos em várias polí6cas governamentais e programas. Os PNDHs representam marcos importantes na evolução dos direitos humanos no Brasil, refle6ndo o compromisso progressivo do país com esses princípios: PNDH-1 (FHC, 1996): Focado nos direitos civis, este programa se concentrou em combater a impunidade e a violência policial. Notável por ser o terceiro programa de direitos humanos implementado globalmente, ele estabelece um precedente significa6vo na polí6ca brasileira. PNDH-2 (FHC, 2002): Este programa ampliou o escopo para abranger direitos sociais, com especial atenção aos grupos vulneráveis, como afrodescendentes, povos indígenas e a comunidade LGBTQ+. Introduziu a noção de mul6culturalismo e incluiu ações concretas em áreas vitais como educação, saúde e moradia. Caracterizou-se pela implementação através de planos de ação anuais, alinhando as inicia6vas do programa com os orçamentos em vários níveis governamentais. PNDH-3 (Lula, 2009): Uma extensão dos programas anteriores, mas com uma linguagem mais asser6va. Trouxe à tona questões polêmicas como o direito ao aborto e a jus6ça de transição relacionada ao regime militar brasileiro. Este programa também ques6onou a representação nos meios de comunicação e abordou a questão dos símbolos religiosos em espaços públicos. Influências Polí;cas e Mudanças de Paradigma Os governos do Par6do dos Trabalhadores trouxeram novas dinâmicas para a ins6tucionalização dos direitos humanos no Brasil. Eles man6veram a ênfase na implementação de direitos e garan6as cons6tucionais e introduziram mudanças significa6vas, tanto na expansão dos direitos a serem protegidos quanto na alteração do perfil das polí6cas públicas. Essa fase representou uma evolução na forma como os direitos humanos eram percebidos e abordados no cenário nacional. Influência Internacional e Construção de Polí;cas 26 O PNDH-1 não apenas representou um marco no Brasil, mas também na América La6na, sendo influenciado significa6vamente pelas recomendações da Conferência Mundial de Direitos Humanos de 1993, realizada em Viena. A par6cipação de organizações não governamentais e a conformidade com as diretrizes internacionais demonstram o esforço do Brasil em alinhar suas polí6cas de direitos humanos com padrões globais, refle6ndo um movimento de sensibilização governamental em relação a essa causa. Linha do Tempo das Polí;cas de Direitos Humanos no Brasil Período Colonial e Império (1500-1888) • 1500-1888: A era colonial e imperial foi marcada pela escravidão e pela ausência de direitos básicos para a maioria da população. A abolição da escravatura em 1888 foi um marco importante. Primeira República e Era Vargas (1889-1945) • 1889: Proclamação da República, porém com limitada atenção aos direitos humanos. • 1930-1945: Durante a Era Vargas, apesar de avanços nas legislações trabalhistas, ocorreu a supressão de direitos civis e polí6cos. Período Democrá;co e Regime Militar (1946-1985) • 1946: Nova Cons6tuição promulgada, com alguns avanços em direitos civis e polí6cos. • 1964-1985: Regime militar caracterizado por violações sistemá6cas dos direitos humanos, incluindo tortura, censura e perseguição polí6ca. Redemocra;zação e Cons;tuição de 1988 • 1985: Fim do regime militar e início do processo de redemocra6zação. • 1988: Promulgação da Cons6tuição Cidadã, estabelecendo um amplo conjunto de direitos humanos e criando mecanismos para sua proteção. Desenvolvimentos Pós-1988 • 1990: Brasil ra6fica o Pacto de San José da Costa Rica, reforçando o compromisso com os direitos humanos. • 1995-2002: Criação de diversas polí6cas e programas nacionais em resposta a violações de direitos humanos durante o regime militar. • 2003: Estabelecimento da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. • 2006: Implementação do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). • 2010: Criação da Comissão da Verdade, focada em inves6gar violações durante o regime militar. Desafios do Século XXI • 2016-Presente: Desafios persistentes, incluindo violência policial, questões de terra e habitação, direitos dos povos indígenas e a luta contra a discriminação racial e de gênero. 27 1.4 Federalismo e descentralização de polí.cas públicas no Brasil: organização e funcionamento dos sistemas de programas nacionais O federalismo brasileiro é um modelo de organização estatal que divide o poder entre o governo federal e as unidades subnacionais – estados e municípios. Essa estrutura promove uma distribuição de competências e responsabilidades, crucial para a governança de um país de dimensões con6nentais como o Brasil. A descentralização nas polí6cas públicas é um aspecto fundamental desse federalismo, permi6ndo que decisões e ações sejam adaptadas às realidades locais, aumentando a eficácia e a eficiência na gestão pública. Conceitos-Chave • Federalismo e Descentralização: O federalismo é um sistema de governo em que o poder é dividido entre um governo central e vários governos regionais. A descentralização refere-se à transferência de poderes e recursos do governo central para os níveis inferiores de governo. • Diferenças entre Centralização e Descentralização: Enquanto a centralização concentra a autoridade e a tomada de decisões em um único ponto, geralmente o governo central, a descentralização distribui esses poderes para diferentes níveis ou localidades. História e Evolução no Brasil A história do federalismo no Brasil é marcada por períodos de maior centralização e descentralização. Desde a Proclamação da República em 1889, o país experimentou diferentes modelos federa6vos. Mudanças significa6vas ocorreram especialmente após a Cons6tuição de 1988, que ampliou as competências dos estados e municípios, promovendo uma maior descentralização nas polí6cas públicas. Organização do Federalismo Brasileiro O Brasil é dividido em três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Cada nível tem suas competências e responsabilidades definidas pela Cons6tuição. O governo federal lida com questões nacionais, como defesa e polí6ca externa. Os governos estaduais e municipais são responsáveis por questões mais locais, como educação e saúde, embora haja muitas competências compar6lhadas. Descentralização de Polí;cas Públicas A descentralização de polí6cas públicas no Brasil pode ser observada em diversas áreas: Saúde: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um exemplo de polí6ca descentralizada, com responsabilidades compar6lhadas entre União, estados e municípios. Educação: A gestão escolar e a implementação de programas educacionais envolvem tanto o governo federal quanto os estaduais e municipais. 28 Segurança: Embora a segurança seja predominantemente uma responsabilidade estadual, existem inicia6vas federais e municipais complementares. Essa descentralização traz vantagens como maior adequação às necessidades locais, mas também apresenta desafios, como a necessidade de coordenação e cooperação entre os diferentes níveis de governo. Sistemas de Programas Nacionais Os programas nacionais no Brasil são frequentemente projetados para operar dentro do contexto federalista. Exemplos incluem o Bolsa Família, um programa de transferência de renda, e o Programa Nacional de Imunizações. Esses programas são implementados com a colaboração de governos estaduais e municipais, garan6ndo uma abordagem mais abrangente e eficiente. Um exemplo notável é o Programa Nacional de Imunizações, que ilustra a interação entre os diferentes níveis de governo. Este programa,coordenado pelo Ministério da Saúde, envolve a distribuição de vacinas, o monitoramento de cobertura vacinal e a resposta a surtos de doenças em todo o país. A eficácia do programa depende da colaboração entre o governo federal, que fornece as vacinas e diretrizes, e os governos estaduais e municipais, responsáveis pela administração das vacinas e pelo acompanhamento local. Categoria Descrição Desafios do Federalismo Coordenação das políticas públicas entre diferentes níveis de governo pós- Constituição de 1988. Mudança significativa na distribuição de responsabilidades, especialmente em saúde, educação e assistência social. Saúde - Sistema Único de Saúde (SUS) Federalismo cooperativo ilustrado pelo SUS, um sistema descentralizado e participativo gerido pela União, estados e municípios. Necessita de coordenação eficaz e adaptação às necessidades locais. Educação Semelhante à saúde, requer distribuição de responsabilidades e coordenação entre os níveis federal, estadual e municipal para eficácia das políticas educacionais. Descentralização Fiscal Variação na capacidade de arrecadação de tributos entre estados e municípios, equilibrada por transferências fiscais. Implementação e Coordenação Desafios na implementação eficaz de políticas em todo o país devido à descentralização. Organização dos Programas Nacionais Inclui gestão e coordenação em múltiplos níveis de governo, descentralização e autonomia local, financiamento e transferências fiscais, desafios operacionais, participação e controle social, e adaptação e evolução contínua dos programas. Agora que você já tem uma noção geral do tema, precisamos aprofundar em alguns programas e tópicos, dada sua importância para a prova do CNU. Sistema Único de Saúde 29 Vamos, agora, tratar do mais importante programa brasileiro, o SUS. Para isso, extraímos do próprio site do governo as informações que podem aparecer na prova do CNU. Vamos lá: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica. Conforme a Constituição Federal de 1988 (CF-88), a “Saúde é direito de todos e dever do Estado”. No período anterior a CF-88, o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social, aproximadamente 30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares, cabendo o atendimento aos demais cidadãos às entidades filantrópicas. Estrutura O Sistema Único de Saúde (SUS) é composto pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios, conforme determina a Constituição Federal. Cada ente tem suas co-responsabilidades. Nível de Gestão Entidade Responsabilidades e Ações Federal Ministério da Saúde - Gestor nacional do SUS. - Formula, normaWza, fiscaliza, monitora e avalia políWcas e ações em arWculação com o Conselho Nacional de Saúde. - Atua na Comissão Intergestores TriparWte para pactuar o Plano Nacional de Saúde. - Estrutura inclui Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais. Estadual Secretaria Estadual de Saúde - Participa da formulação das políticas e ações de saúde. - Presta apoio aos municípios em articulação com o conselho estadual. - Participa da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para aprovar e implementar o plano estadual de saúde. Municipal Secretaria Municipal de Saúde - Planeja, organiza, controla, avalia e executa as ações e serviços de saúde. - Articula com o conselho municipal e a esfera estadual para aprovar e implantar o plano municipal de saúde. O SUS funciona segundo os seguintes princípios: - Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais. 30 - Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. - Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. Princípios organizativos do SUS - Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. - Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. - Participação Popular: a sociedade deve participar no dia a dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. Vamos, agora, esquema6zar em uma tabela os principais programas nacionais, incluindo outros além dos SUS: Programa Descrição Organização nas Esferas Federativas Sistema Único de Saúde (SUS) Garante acesso universal, integral e gratuito à saúde para toda a população brasileira. Federal: Coordenação e financiamento do sistema, políticas nacionais de saúde. Estadual: Gerencia programas e serviços de saúde de alcance regional. Municipal: Gestão dos serviços de saúde locais, como hospitais e postos de saúde. Bolsa Família Programa de transferência de renda para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Federal: Planejamento e coordenação geral. Municipal: Cadastro das famílias, acompanhamento e execução local. 31 Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) Distribuição de recursos para a educação básica pública. Federal: Estabelece critérios de distribuição e complementação de recursos. Estadual e Municipal: Recebemrecursos para aplicação em educação básica. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Oferece alimentação escolar e educação alimentar e nutricional a estudantes da educação básica pública. Federal: Coordenação, financiamento e estabelecimento de diretrizes. Estadual e Municipal: Execução e gestão das ações alimentares e educacionais nas escolas. Minha Casa Minha Vida Programa habitacional para facilitar o acesso à moradia para famílias de baixa renda. Federal: Coordenação, financiamento e estabelecimento de diretrizes. Municipal: Identificação das demandas habitacionais, seleção dos beneficiários e implementação dos projetos habitacionais em parceria com construtoras. Estados: Complementam o financiamento. Programa Universidade para Todos (ProUni) Oferece bolsas de estudo em instituições de ensino superior privadas para estudantes de baixa renda. Federal: Coordenação geral e estabelecimento de critérios para concessão de bolsas. Instituições de Ensino Superior: Implementação do programa e oferta das vagas. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) Oferece crédito para o desenvolvimento da agricultura familiar. Na esfera federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) coordenam e regulamentam o programa, enquanto instituições financeiras como o BNDES e o Banco do Brasil disponibilizam os recursos financeiros. Nos estados, os órgãos de extensão rural oferecem assistência técnica e disseminam informações, e as agências de fomento estaduais podem operacionalizar os créditos. Nas municipalidades, prefeituras e secretarias de agricultura identificam e cadastram agricultores elegíveis, com apoio de entidades locais como sindicatos e cooperativas. O sucesso do PRONAF depende da colaboração entre estas esferas, garantindo acesso efetivo ao crédito para os agricultores familiares, que são os principais beneficiários e responsáveis pela apresentação de seus projetos de financiamento. De forma relacionada ao tema da organização das polí6cas públicas, há outro tópico que merece atenção de sua parte, pois também já caiu em prova: • Polí;cas Setoriais: As polí6cas setoriais focam em temas específicos. Elas são moldadas para lidar com problemas iden6ficados dentro de um setor par6cular. Exemplos: • Combate às Drogas: Por exemplo, programas de prevenção ao uso de drogas e reabilitação de dependentes. • Problemas Ambientais: Inicia6vas como a preservação de áreas de mata na6va ou polí6cas de reciclagem. 32 • Direitos do Cidadão: Esforços como a promoção da igualdade de gênero e proteção dos direitos das minorias. • Polí;cas Territoriais: Essas polí6cas têm uma abordagem geográfica, voltadas para áreas ou regiões específicas. Exemplos: • Desenvolvimento do Semiárido: Inicia6vas para combater a seca e promover a agricultura sustentável nessa região. • Combate ao Contrabando em Fronteiras: Programas focados em segurança e controle nas fronteiras para prevenir contrabando e tráfico. • Polí;cas Ver;cais: São polí6cas coordenadas entre diferentes níveis de governo, da administração central até as autoridades locais. Exemplos: • Educação Básica: A colaboração entre governo federal, estadual e municipal para garan6r a qualidade do ensino. • Polí;ca Tributária: A coordenação entre diferentes esferas governamentais para a coleta e distribuição de impostos. • Desenvolvimento Urbano: Planejamento urbano integrado que envolve governos federal, estadual e municipal. • Polí;cas Horizontais: São polí6cas desenvolvidas entre en6dades no mesmo nível hierárquico, promovendo a integração e cooperação. Exemplos: • Coleta de Resíduos em Áreas Metropolitanas: Municípios vizinhos colaborando para gerenciar o lixo urbano de forma eficiente. 33 Questões para fixação 01) Considere as afirmações a seguir sobre as dis6nções entre Polí6cas de Governo e Polí6cas de Estado: a) Polí6cas de Governo são aquelas que tendem a ter con6nuidade e são man6das através de diferentes governos. b) Polí6cas de Estado são aquelas que tendem a mudar com a alternância do poder. c) Tanto as Polí6cas de Governo quanto as de Estado são implementadas por um período indefinido e não sofrem alterações com a troca de gestão. d) Polí6cas de Estado são aquelas que tendem a ter con6nuidade e são man6das através de diferentes governos. e) As Polí6cas de Governo e as Polí6cas de Estado tendem a mudar frequentemente e não possuem con6nuidade. 02) Em relação à dis6nção entre Polí6ca Pública e Polí6ca Social, selecione a opção correta: a) Polí6ca Social é a mesma coisa que Polí6ca Pública, não existe diferença entre elas. b) Polí6ca Social é uma subcategoria de Polí6ca Pública, com foco em responder a necessidades sociais como saúde e educação. c) Polí6ca Pública é uma subcategoria de Polí6ca Social e lida apenas com questões econômicas. d) Polí6ca Pública e Polí6ca Social são conceitos completamente diferentes e sem relação. e) Polí6ca Social refere-se apenas ao conjunto de leis e regulamentos de um governo, enquanto Polí6ca Pública refere-se ao planejamento estratégico do mesmo. Jus6fica6va: Polí6ca Social é uma subdivisão de Polí6ca Pública. Ela abrange um conjunto de ações que são conduzidas para atender a certas necessidades da sociedade em áreas como educação, saúde, moradia, entre outros, enquanto a Polí6ca Pública é mais ampla e engloba várias outras áreas além das demandas sociais. 03) Considerando a alocação de recursos, estrutura ins6tucional e processos decisórios, qual dimensão da "polí6ca" está mais diretamente relacionada? a) Polity b) Poli6cs c) Policy d) Polí6ca Social e) Polí6ca Pública 34 04) Considerando os diferentes modelos que explicam o processo de tomada de decisão em polí6cas públicas, qual das alterna6vas a seguir examina as polí6cas públicas como produtos de interações individuais e cole6vas, principalmente mo6vadas por interesses próprios, muitas vezes em detrimento do interesse público? a) Modelo Racional b) Modelo Incremental c) Modelo de Múl6plos Fluxos d) Teoria da Escolha Pública e) Teoria da Con6ngência 05) Com base nos modelos de tomada de decisão em polí6cas públicas, iden6fique o exemplo que melhor se ajusta ao Modelo de Múl6plos Fluxos: a) Elaboração de um plano estratégico nacional revolucionário para o desenvolvimento de infraestrutura 'verde' no país. b) Adoção de polí6cas de energia renovável em resposta ao reconhecimento crescente das mudanças climá6cas, a disponibilidade de novas tecnologias de energia verde, e um clima polí6co favorável ao meio ambiente. c) Introdução de uma nova polí6ca agrícola que representa uma mudança radical dos procedimentos an6gos. d) Ajustes regulares nas polí6cas de educação do Estado de acordo com os dados mais recentes disponíveis. e) Aumento das taxas de juros em resposta à crescente inflação. 06) Considerando os modelos de polí6cas públicas descritos acima, qual deles estaria mais diretamente relacionado com a seguinte situação: a aprovação de uma nova legislação ambiental após intensa pressão e lobby de grupos de interesse ecológicos, cien6stas e polí6cos progressistas? a) Modelo Racional-Compreensivo b) Modelo Incremental c) Modelo dos Múl6plos Fluxos (Mul6ple Streams) d) Modelo da Teoria da Escolha Pública e) Modelo de Coalizão de Defesa 07) No contexto da polí6ca pública, que abordagem é caracterizada pela evolução das polí6cas por meio de mudanças pequenas e incrementais a par6r das polí6cas existentes, em vez de grandes mudanças ou reformas radicais? a) O Modelo Ins6tucionalista b) O Modelo Racional-Compreensivo c) O Modelo da Teoria da Escolha Pública d) O Modelo Incremental e) O Modelo dos Múl6plos Fluxos (Mul6ple Streams) 35 08) Assinale a opção que melhor define polí6cas públicas
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