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Resumo Área 2 Materiais de Construção mecânica 1. Slide aços carbono e aços liga a. Aços carbono i. Normas mais utilizadas 1. SAE 2. AISI 3. ASTM 4. ASME 5. ABNT 6. DIN 7. UNS ii. Aços baixo carbono – até 0,25%C 1. Baixa resistência mecânica e dureza 2. Alta tenacidade e ductilidade 3. Usináveis e soldáveis 4. Normalmente não são temperados iii. Aços médio carbono – 0,25 até 0,6%C 1. Alta resistência e dureza 2. Baixa tenacidade e ductilidade 3. Possuem C suficiente para realização de tratamentos térmicos iv. Aços alto carbono – 0,6 até 1,4%C 1. Maior dureza e resistência entre os aços carbono 2. Menor ductilidade entre todos 3. Quase sempre utilizados na condição de temperado e revenido, possuindo boas características de manutenção e bom fio de corte v. Impurezas 1. P – Expulsa o C da austenita, no resfriamento as áreas ricas em P são praticamente ferrita. O P endurece a ferrita diminuindo a tenacidade. Para aços com baixo %C o P é favorável pois aumenta a dureza e a resistência a tração. O P melhora a resistência a corrosão e a usinabilidade, melhor ainda se combinado com S 2. O – Forma óxidos de composições variadas 3. H – Fragiliza o material, diminui a resistência mecânica e a ductilidade. 4. S – Forma FeS que diminui o ponto de fusão e provoca a fragilidade a quente. 5. Mn – desoxidante e dessulfurante, eliminando a fragilidade a quente 6. Si – desoxidante, adição deve ser controlada devido a formação de silicatos 7. Al – desoxidante, ainda atua como controlador de crescimento de grão 8. N – Forma agulhas de nitreto de ferro, endurecendo a matriz vi. “Ghost lines” – faixas de ferrita rica em P vii. Classificação 1. 10xx – aço carbono comum 2. 11xx – alto teor de S – fácil usinagem 3. 12xx – alto teor de S e P – fácil usinagem 4. 13xx – aço carbono comum – Mn 1,75% 5. 15xx – aço carbono comum – Mn 1 a 1,65% viii. Utilizados nos estados fundido e trabalhado 1. Fundidas – geralmente requerem recozimento ou normalização para alivio de tensões 2. Trabalhado – utilizado na forma como é recebido da aciaria – normalizado e, às vezes, recozido. b. Aços Liga i. Aço liga são aqueles que possuem mais que 1,65%Mn, 0,6%Si ou 0,6%Cu. ii. Aço baixa liga – menos que 5% 1. Aumentar a dureza e resistência mecânica 2. Diminuir o peso 3. Conferir resistência uniforme em toda a seção da peça de grandes dimensões iii. Aço média liga – entre 5% e 12% 1. Conferir resistência a corrosão 2. Aumentar resistência ao desgaste, capacidade de corte, resistência ao calor 3. Melhorar propriedades elétricas e magnéticas iv. Aço alta liga - acima de 12% 1. Mesmo propósito dos aços média liga v. Aços liga são fabricados em pequenas quantidades – rígido controle de qualidade vi. Maior custo entre os aços comuns vii. Influência dos elementos de liga 1. Alumínio – desoxidante, agente de controle do crescimento dos grãos 2. Chumbo – não se liga ao aço, forma partículas microscópicas que facilitam a usinagem, não devem ser usados acima de 250ºC 3. Cromo – melhora a resistência a corrosão, aumenta a resistência a tração, melhora facilidade de têmpera, aumenta a resistência a alta temperatura e ao desgaste. 4. Cobalto – Aumenta a dureza e a resistência sob altas temperaturas, diminui a temperabilidade, aumenta o magnetismo residual e a condutividade térmica. 5. Titânio – refina o grão 6. Enxofre – normalmente elemento indesejável, mas mistura-se com Mn formando MnS, favorecendo a usinagem 7. Fósforo – considerado elemento prejudicial, torna o aço frágil 8. Molibdênio – melhora resistência a altas temperaturas, ao desgaste e a dureza após a têmpera 9. Cobre – melhora a resistência a corrosão 10. Tungstênio – aumenta a resistência a tração a altas temperaturas. Forma carbonetos 11. Ítrio – aumenta a resistência mecânica 12. Manganês – Aumenta a resistência a tração e para aços temperáveis aumenta a dureza após a têmpera. Estabiliza a austenita 13. Si – desoxidante, aumenta a resistência a corrosão, aumenta a resistência elétrica. 14. Vanádio – aumenta a tenacidade através do refino de grão 15. Niquel – aumenta a tenacidade e melhora a temperabilidade viii. Aços baixa liga -> construção civil ix. Aços média e alta liga -> ferramentas, matrizes 2. Slide aços de usinagem fácil e aços para chapas a. Aços de usinagem fácil i. Metal mais usinável é aquele que permite remoção do material com acabamento satisfatório e baixo custo. ii. Depende de: 1. Corte rápido 2. Bom acabamento superficial 3. Longa vida útil da ferramenta iii. Índice de usinabilidade é a medida relativa da usinabilidade de um material sob condições padronizadas 1. Padrão de usinabilidade é SAE1112 (100%) iv. Formação de cavaco: 1. Metal severamente comprimido ao gume 2. Metal fratura, perpendicularmente a face da ferramenta 3. Metal deforma-se plasticamente não ocorrendo fratura 4. Metal escorrega sobre a face da ferramenta v. Fatores metalúrgicos que afetam a usinagem: 1. Dureza – principal fator a. Alta dureza – difícil usinagem b. Baixa e media dureza – fácil usinagem c. Baixíssima dureza – metal adere a ferramenta e emplasta, ao invés de ser arrancado – deve-se endurecer o material por encruamento ou adição de elementos de liga que favoreçam o arranchamento de partículas. 2. Microestrutura – melhor caracteriza a usinabilidade a. Sem alterar a composição química do aço, mas modificando sua microestrutura, pode-se obter melhor usinabilidade. Microestrutura ideal conforme o %C: i. Até 0,3%C – laminado resultando estrutura normalizada ii. Entre 0,3 e 0,6%C – recozido apresentando perlita grosseira iii. Acima de 0,6%C – esferoidizado parcial ou completamente (aços acima de 0,9%C) b. Melhoram a usinabilidade dos aços i. Aços baixo C – encruamento ii. Aços baixo C, constituídos quase que exclusivamente de ferrita – adição de P (nunca acima de 0,15%) endurece a ferrita por formação de Fe3P iii. Adição controlada de S e Mn – forma MnS que lubrifica a ferramenta e quebra o cavaco iv. Adição controlada de Pb – forma finas partículas dispersas na matriz v. Adição controlada de Bi – inclusões não metálicas envelopando os MnS vi. Adição entre 0,04 e 0,05 Se ou Te – com S formam inclusões. b. Aços para chapas i. Produtos laminados cuja principal característica é a trabalhabilidade ii. Devem ter boa resistência a corrosão iii. Caso seja utilizado aço carbono, deve-se aplicar um revestimento protetor. iv. Principais requisitos: 1. Elevada trabalhabilidade 2. Boa soldabilidade 3. Superfície sem defeitos 4. Aspecto visual conveniente 5. Baixo custo v. As chapas podem ser laminadas a partir de: 1. Aços acalmados a. Menor heterogeneidade e segregação b. Menor susceptibilidade ao envelhecimento representado pela precipitação de partículas de segunda fase incoerentes na matriz – inclusões 2. Aços efervescentes a. Custo mais baixo b. Apresentam maior segregação e heterogeneidade c. Desprendimento de gases, como o CO e o CO2, agitam o banho metálico. vi. Laminação a frio é geralmente usada para a obtenção de chapas finas e de espessura mais uniforme vii. Tratamento superficial: 1. Chapas galvanizadas – recobertas com Zn 2. Folhas de flandres – recobertas com Sn comercialmente puro 3. Pintura protetiva, cromagem, anodização, esmaltação... viii. Avaliação da estampabilidade da chapa é feia através do ensaio de dureza de Olsen 1. Escala Rb quando a espessura da chapa foi igual ou superior a 0,75mm 2. Escala Rf quando a espessura for inferior a 0,75mm ix. Quanto a estampabilidade: 1. Quanto maior σTM – melhor estampabilidade 2. Quantomenor σesc – melhor estampabilidade – se σesc muito baixo e TG grosseiro, pode surgir o defeito tipo casca de laranja 3. Quando maior a A (%) – melhor estampabilidade 4. Quanto menor a relação elástica σesc/σTM – melhor a estampabilidade. 5. ASTM A506 – estampabilidade regular 6. ASTM A507 – estampabilidade superior – microestrutura de esferoidita e composição química uniforme, além de não apresentar imperfeições superficiais. x. Defeitos das chapas 1. Linhas de Lüder a. São saliências e reentrâncias que se formam na superfície das chapas. b. Ocorrem em chapas recozidas e deformadas pouco acima do limite de escoamento. Se a deformação for 5 a 10% acima de σesc as linhas de Lüder desaparecem. c. Eliminação pode ser feita após o recozimento e antes da estampagem, pelo processo “Temper Pass”, operação de laminação a frio onde a espessura da chapa é reduzida d. Não são prejudiciais em relação a resistência mecânica, mas causam mal aspecto visual. 2. Cascas de laranja a. Após a estampagem a superfície apresenta aspecto rugoso atribuído a granulação grosseira b. Recomenda-se grão ASTM entre 5 e 8. c. Pode ser eliminado com o recozimento da chapa antes da estampagem para obter um tamanho de grão uniforme. d. Tamanho de grão muito pequeno poderá resultar em alta dureza e resistência mecânica, consequentemente alongamento insuficiente. 3. Variação de espessura a. Causada por prováveis folgas no cilindro de laminação, resulta em transtornos na estampagem, prejudica a uniformidade das peças e reduz a vida útil das ferramentas de estampagem. 3. Slide aços para arames e fios, para molas e para mancais a. Aços para arames e fios i. Produção: 1. Decapado – em solução ácida 2. Lavado em agua corrente 3. Coberto com cal (CaO) – lubrifica, neutraliza o ácido e evita ferrugem. 4. Puxado pelas fieiras em passes sucessivos 5. Produtos resultantes podem ser empregados no estado recozido ou encruado ii. Trefilação: 1. Redução da seção transversal ao estirar-se a peça através de uma ferramenta. Obtém-se perfis circulares, ovalados, triangulares, sextavados... iii. Com isso o material vai encruando, progressivamente mais duro e resistente, mas perde ductilidade. 1. Produção a um diâmetro que não se consegue em outro processo 2. Dimensões precisas e seções uniformes 3. Superfície perfeita e polida iv. Patenteamento ocorre antes da trefilação de arames, fios e barras. 1. Aquecimento acima de A3 (entre 800 e 1000 oC) e resfriamento ao ar ou banho líquido (chumbo ou sais fundidos) 2. Forma perlita fina e bainita. 3. Aumenta resistência a tração do arame e sua tenacidade v. Fio música é o máximo que se pode atingir na fabricação de fios, pois deve apresentar propriedades acústicas específicas. b. Aços para molas i. Evoluíram de aços Cr-V para aços Si-Mn e suas modificações ii. Dureza inferior a 50HRc, devido a fragilidade. Entre 40 e 44HRc quando alguma deformação plástica é tolerada e entre 44 e 48HRc quando nenhuma deformação é tolerada. iii. Molas helicoidais 1. Superfícies lisas e isentas de defeitos (causa das malhas por fadiga) e não devem apresentar deformações permanentes. 2. Alto limite de elasticidade 3. Alto limite de fadiga (melhorado por shot peening) 4. Elevada resiliência 5. Molas de pequeno diâmetro a. São conformadas e enroladas a frio, após, sofrem tratamento térmico para alivio de tensões. i. Temperado e revenido ii. Encruado iii. Patenteado e encruado 6. Molas de grande diâmetro a. Fabricadas a partir de barras ou tiras de aço carbono ou aço liga recozidos ou laminadas a quente, são então laminadas a quente e depois temperadas e revenidas no óleo. b. Quando a mola deve trabalhar a temperatura superior a temperatura ambiente, surgem problemas com os aços C. iv. Feixes de mola a. SAE1045 laminado a frio para baixas cargas e baixo custo b. Nos demais casos usa-se aços liga temperados em óleo e revenidos. 4. Slide aços resistentes ao desgaste a. Desgaste: i. Aumento de folga entre as peças expondo as partes móveis a tensões não balanceadas, causando ruptura por fadiga ii. Redução da seção que acaba rompendo por sobrecarga b. Resistência ao desgaste: i. Acabamento da superfície metálica o mais plano possível ii. Dureza elevada iii. Boa resistência mecânica e tenacidade iv. Microestrutura adequada – carbonetos c. Tipos de aços i. Elementos de liga – Mn, Ni, Cr e Mo ii. Aço ao manganês – austenítico – 1 a 1,4%C e 10 a 14% de Mn 1. Elevada dureza, ótima resistência ao desgaste resultante do encruamento da austenita que se transforma em martensita 2. Aço “HADFIELD” – precursor desse tipo de aço – o Mn estabiliza a austenita 3. A vantagem se deve ao endurecimento superficial e a tenacidade 4. Estado bruto de fusão ou laminado a quente – estado frágil 5. Aquecimento acima de 1000oC até solubilização dos carbonetos e depois resfriamento rápido em água, formando austenita metaestável com baixa dureza – dureza aumenta conforme o encruamento em serviço e atinge valores entre 55 e 60HRc. 6. Melhor desempenho é obtido com condições extremas de uso. 7. Caso ocorra uma trinca, a camada interna está tenaz e não encruada. 8. Adição de Cr – endurece antes o encruamento e reduz o tempo necessário para atingir a dureza necessária 9. Adição de Ni – facilita a obtenção da austenita sem exigir grandes velocidades de resfriamento 10. Difícil usinagem pela formação de martensita. iii. Aço cromo-carbono – rolamentos ou roletes 1. Alta dureza e resistência ao desgaste 2. Alta uniformidade – temperabilidade em secções grandes 3. Boa tenacidade 4. Má soldabilidade iv. Tipos de desgaste 1. Desgaste abrasivo – escorregamento, rolamento ou impacto 2. Desgaste erosivo ou por cavitação 3. Desgaste adesivo ou metálico – envolve rugosidade ->melhora do acabamento superficial 4. Desgaste triboquimico – ataque químico e ação mecânica 5. Fadiga de superfícies 6. Desgaste induzido eletricamente d. Aços para ferramentas e matrizes i. Requisitos 1. Dureza elevada 2. Tenacidade 3. Resistência ao desgaste 4. Temperabilidade 5. Resistência mecânica elevada 6. Alta dureza a quente 7. Usinabilidade 8. Indeformabilidade ii. Duas condições devem ser satisfeitas: 1. Composição química 2. Tratamento térmico iii. Cuidados com o tratamento térmico (realizado desde sub-zero até 1315 oC) 1. Propensão a granulação grosseira – aquecimento escalonado 2. Descarbonetação – aquecimento escalonado 3. O endurecimento secundário forma carbonetos, melhora consideravelmente a resistência mecânica e permite o uso a altas temperaturas. iv. Classificação quando a aplicação 1. Aços para fins especiais (L, F, P) a. P – Aços para moldes i. Baixa dureza no estado recozido, resistência mecânica, impacto e ao desgaste. Alta usinabilidade e polobilidade. ii. Apresentam teores baixíssimos de carbono e dureza excepcionalmente baixa iii. Normalmente cementados, temperados e revenidos] b. L – Aços ferramenta de baixa liga para fins especiais i. Baixa liga ii. Cromo aumenta resistência ao desgaste, molibdênio e manganês aumentam a temperabilidade, permitindo tempera em óleo. 2. Aços para trabalho a frio (O, A, D) a. Também chamados de aços “indeformáveis” i. O – Óleo, A – Água, D – Óleo e Água ii. Alguns aços do grupo O podem apresentar grafita 3. Aços para trabalho a quente (H) a. Dureza e resistência mecânica a quente b. Tenacidade elevada c. Grande resistência ao desgaste d. Temperabilidade e. Resistência a mudança de temperatura sem trincas 4. Aços temperáveis em água (W) a. Recozimento e normalização para alivio de tensões b. Tempera comresfriamento em agua e revenido 5. Aços resistentes ao choque (S) a. Foram inicialmente desenvolvidos para o emprego em molas b. Apresentam alta resistência a fadiga e ao impacto (tenacidade) 6. Aços rápidos (M e T) 5. Slide aços rápidos e aços micro ligados a. Aços rápidos i. São desenvolvidos para aplicações de usinagem, corte em elevadas velocidades. Retém a dureza a altas temperaturas, o que permite prosseguir com a usinagem. ii. A dureza a quente ou o endurecimento secundário, dá-se principalmente pela formação de precipitados de carbonetos. iii. Alto custo e tratamentos térmicos complexos. iv. Existem duas classificações: 1. Aços rápidos ao tungstênio – W e W-Co (grupo T) 2. Aços rápidos ao molibdênio – Mo e Mo-Co (grupo M) v. Composição química típica: 1. 0,7 a 1,3%C 2. Até 20%W 3. 4 a 8%Mo 4. 1 a 4%V 5. Até 12%Co 6. Até 4%Cr vi. Composição química permite o endurecimento de toda a secção por têmpera. vii. Efeitos dos elementos de liga: 1. C: Quanto maior a %C, maior será o número de carbonetos e maior será a dureza e a resistência ao desgaste. Aumenta a austenita retida, exigindo revenido a temperatura e tempo maior. Cuidar descarbonetação, pois reduz a dureza do gume cortante. 2. W: Confere dureza a quente. 3. Mo: Substitui o W, sendo que 1% Mo substitui até 2%W. Baixa o ponto de fusão, temperatura de têmpera e a temperatura de revenido. Mais barato que o W. 4. V: Forte formador de carbonetos. O VC é o mais duro deles. AÇOS SUPER RÁPIDOS. 5. Cr: É responsável pela alta temperabilidade destes aços, além de diminuir a tendência de oxidação. 6. Co: Aumenta a dureza a quente. viii. Tratamentos térmicos: 1. Pré-aquecimento a 600oC 2. Segundo pré-aquecimento a 850oC 3. Aquecimento final de têmpera a 1200 oC (dissolução de carbonetos na austenita) 4. Resfriamento – temperabilidade elevada a. Ao ar: satisfatório b. Em óleo: muito rápido, por isso é feito parte em óleo e finaliza-se ao ar c. Banho de sal: preferível – evita tensões internas – finaliza resfriando ao ar 5. Revenido a 550 oC (2 ou mais vezes) a. Martensita não revenida, austenita retida e carbonetos -> 1º revenimento alivia as tensões internas sem perda de dureza –> 2º revenido serve para revenir a martensita do 1º ix. Dureza a quente ou dureza secundária: 1. Aumento de dureza decorrente do revenimento devido à a. Transformação da austenita residual em martensita no revenido b. Ou da precipitação de carbonetos a partir dos elementos de liga. b. Aços microligados i. Aços de baixo %C (menor que 0,25%). Também chamados de aços C-Mn. ii. Componentes estruturais e chapas para a indústria automobilística. iii. Combinação de boa capacidade de conformação plástica e soldabilidade, com resistência e tenacidade adequadas e percentual de carbono cada vez menor. 1. Tradicional – aumento da seção resistente 2. Moderna – aços de maior resistência mecânica – redução de peso iv. TIPOS: 1. HSLA – Aços baixa liga e alta resistência a. Temperáveis em óleo b. Aços do grupo L c. Aços estruturais d. Ti, Nb, Al, Si, V e N somados constituem até 1% em peso. e. Aços com adição de B formam bainita (ULCB – Ultra low carbono bainite). f. Mecanismos de endurecimento i. Refino de grão (único mecanismo que promove aumento da resistência mecânica e da tenacidade) ii. Precipitação iii. Subestrutura de discordâncias iv. Endurecimento por solução solida v. Envelhecimento com deformação g. Sua produção pode envolver i. Adição de elementos formadores de carbetos e nitretos (microligantes) ii. Laminação controlada iii. Resfriamento controlado iv. Controle de forma de inclusões h. Podem ser normalizados – ferrítico/perlítico, temperados e revenidos – ferro acicular i. São dúcteis, conformáveis, soldáveis e usináveis j. Mais resistentes a corrosão que aços comuns k. Usados na indústria naval, automobilística, vasos de pressão 2. Dual Phase – dependem de um tratamento Inter crítico a. Matriz continua de ferrita e ilhas de martensita e MA (martensita-austenita) b. 0,05 a 0,17%C e 1 a 2%Mn + elementos de liga como Nb e Ti c. Boa resistência a fadiga, alongamento e encruamento mais rápido 3. TRIP – transformed induced plasticity a. Sofrem resfriamento brusco e deformação mecânica para induzir a transformação da austenita em martensita. b. Tratamento Inter critico posterior transforma austenita em bainita 4. Bake-Hardening a. Acréscimo de resistência mecânica que ocorre em chapas de aço conformadas a frio. Ocorre durante a secagem (cura) em estufas b. O ganho de resistência mecânica acontece por mecanismo conhecido como “strain aging”. c. Um aço é considerado BH a medida que sofre um aumento de tensão de, no mínimo, 30Mpa pelo tratamento de baking d. Adequados para a indústria automobilística em painéis expostos, portas, tetos e capôs. 6. Slide de aços para fins especiais e aços refratários a. Aços Maraging (martensita + envelhecimento) i. Altos teores de Ni, Co, e Mo e baixos teores de C ii. Estrutura martesítica, dureza entre 30 e 35 HRc e grande quantidade de discordâncias, mas relativamente fáceis de usinar. iii. Temperatura Mf entre 200 e 300 oC devido a adição de Co. Garante que as temperaturas Mi e Mf mantenham-se elevadas, para que a reação martensítica esteja concluída a temperatura ambiente. iv. Tratamento térmico 1. Solubilização a 820 oC com resfriamento ao ar, resultando em martensita. Devido ao baixo %C, a precipitação de carbonetos é eliminada. 2. No envelhecimento, entre 400 e 500 oC, formam-se compostos intermetálicos na matriz do aço. v. A temperatura de reversão martensita-austenita é de 595 oC. Se o envelhecimento for realizado a 480oC por 3h, o resultado da estrutura a temperatura ambiente será martensita com compostos intermetálicos precipitados resultantes do envelhecimento. vi. Partículas de segunda fase causam endurecimento por precipitação. vii. Podem ser nitretados para aumentar a resistência ao desgaste. viii. Boa tenacidade, soldabilidade, conformabilidade, fácil usinabilidade e estabilidade dimensional. ix. Fabricação de matrizes e punções, indústria aeroespacial. b. Aços Curtain – corten, patinado ou aclimável. ->monumento aos açorianos i. Pouco mais caro que o aço comum ii. Aço de baixa liga com pequenas quantidades de Cu, Cr e Ni. iii. Maior resistência a corrosão atmosférica iv. Não para a corrosão, mas diminui cerca de 10x pois forma partículas de segunda fase resistentes a corrosão em geral. Estas obstruem a interface aço/óxido retardando a corrosão. v. Camada de óxido é obtida com umedecimento e secagem vi. Tempo de formação entre 2 e 3 anos. Após esse período ela adquire uma coloração marrom escura. vii. Usado como material inusitado, esculturas, fachadas e elementos decorativos. c. Aço Damasco – cutelaria i. União de 2 aços de características diferentes (aço carbono e aço ligados), unidos por forçamento. ii. Média de 1,5%C em peso. iii. Durante o forjamento, as partículas de cementita são quebradas e distribuídas numa matriz perlítica, formando bandas de agrupamento de cementita paralelas a direção de conformação. iv. Temperado e revenido v. Ataque com ácido para revelar a estrutura vi. Diversos níveis de endurecimento devido aos diferentes tipos de aço vii. Considerado 1. Extremamente tenaz e flexível 2. Mantedor de fio duradouro (alta dureza) 3. Ótimo aspecto estético d. Aços refratários – resistentes ao calor i. Resistentes à 1. Corrosão e oxidação a altas temperaturas 2. Fluência 3. Expansão térmica 4. Estabilidade térmica 5. Estabilidade estrutural 6. Resistencia a fadigaii. Utilizados na indústria de refino de petróleo e química, equipamentos de aquecimento e turbinas de gás e vapor. iii. Condições 1. Adição de elementos de liga como Cr, Si, Al e Ni, formando partículas de segunda fase que permitirão manutenção das propriedades mecânicas a alta temperatura. 2. O Ni estabiliza a austenita a temperatura ambiente melhorando a ductilidade e a tenacidade do material. 3. O tamanho de grão influencia na resistência a fluência. Nas condições de temperatura elevada, o contorno de grão oferece a menor resistência a fluência, por isso prefere-se granulações grosseiras. iv. Tratamentos térmicos 1. <550 oC – temperado e revenido ou bainita (TG pequeno) 2. >550 oC – aço recozido (TG grande) v. Expansão térmica deve ser mínima pois as tolerâncias dimensionais são estreitas vi. TIPOS 1. 5-6%Cr com ou sem Ni já são chamados de refratários. Podem ser ferríticos ou martensiticos. 2. Aços com adições de Cr e Ni – austeníticos.
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