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Aula 08 Bioq II 2016 01 Metabolismo de lipídios (Com anotações e comentários)

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UENF, CBB, LQFPP
Prof. Gustavo Rezende
LQFPP, P5, sala 222
Bioquímica II – Metabolismo
Medicina Veterinária
4ª feira, 08 as 12Hs
e-mail da disciplina: bioquigustavo@gmail.com
senha: Redox0816
Cronograma Bioquímica II, 
Medicina Veterinária:
Prova Final21
P314
Integração Metabólica07
Dezembro
P230
Metabolismo de ácidos graxos: oxidação e biossíntese23
Novembro
FERIADO02
Oxidação de aminoácidos e Ciclo da uréia09
Via das pentoses fosfato e Gliconeogênese16
Mês Dia Tópicos
Lembrando a última aula:
Via das pentoses fosfato e Gliconeogênese
Esquema geral da via das pentoses-fosfato:
Precursores
Ácidos graxos, 
esteróis, etc.
biossíntese 
redutora
Lyta
Retângulo
Destaque dessa aula
Lyta
Linha
Reações oxidativas e não oxidativas da via das pentoses fosfato:
As enzimas transcetolase e transaldolase são específicas da via das pentoses 
fosfato. As outras enzimas também participam da glicólise e gliconeogênese.
2x
2 NADPH
Esquema indicando as diferentes origens da glicose presente no sangue:
Glicogênio Gliconeogênese
Externa
Fase I II III IV V
g
li
co
se
 u
sa
d
a
 (
g
/h
)
horas dias
Lyta
Balão de comentário
Eritrócitos, cérebro, medula renal:nullnullprecisam muito de glicose
Lyta
Balão de comentário
Jejum. Acontece no fígado
Lyta
Balão de comentário
O resto consgue se manter com ács. graxosnullnull(tecidos que não precisam muito de glicose)
Lyta
Nota
(Alimentação muito rica em proteína) Muita proteína, muita gliconeogênese. Em paralelo com muita gliconeogênese , ocorre muita degradação de ács. graxos
Lyta
Nota
Jejum intermitente: O corpo consegue se manter com o que tiver no estômago. A pessoa deve tomar cuidado com a hidratação e não deve praticar exercícios físicos
1º contorno
2º contorno
3º contorno
glicólise
gliconeo
gênese
8ª aula: Metabolismo de lipídios – quebra e síntese
Roteiro da aula de hoje:
1) Revisão sobre lipídios 
2) Quebra (oxidação) de ácidos graxos
3) Biossíntese de lipídios
O que são ácidos graxos mesmo?
São derivados de hidrocarbonetos e são ácidos carboxílicos com cadeias 
de comprimento entre 4 e 36 carbonos (C4 a C36).
Ácidos graxos são constituintes de todas as outras classes de lipídios, 
com exceção dos esteróis.
E o que são lipídios mesmo? Grupo heterogêneo de biomoléculas 
hidrofóbicas, solúveis em solventes orgânicos...
triacilgliceróis
Relembrando:
Dois tipos de lipídios não-polares, de estoque 
ceras
g
li
c
e
ro
l
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo álcool
Hoje veremos a oxidação de ácidos graxos a partir de triacilgliceróis
Três tipos de lipídios anfipáticos, de membrana 
glicerofosfolipídeos
esfingolipídeos
esteróis
g
li
c
e
ro
l
ácido graxo
ácido graxo
PO4R
ácido graxo
e
sf
in
g
o
si
n
a
R
Relembrando:
Ácidos graxos:
A saturação é em relação a quantidade de hidrogênios na molécula; saturado 
de hidrogênios.
Grupo Carboxila
( Região Polar)
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Saturado Insaturado
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Grupo Carboxila
(Região Polar)
COOH-CH2-CH2...CH2-CH2-CH2 –CH3
Ácidos graxos:
A saturação é em relação a quantidade de hidrogênios na molécula; saturado 
de hidrogênios.
Grupo Carboxila
( Região Polar)
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Saturado Insaturado
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Grupo Carboxila
(Região Polar)
...-CH2-CH=CH-CH2 -...
Inclinação rígida de 30º, 
quando a dupla ligação está
na configuração cis
Duas convenções para nomenclatura de ácidos graxos:
1) A partir da carboxila, que é o carbono 1. O carbono seguinte é o α (primeira 
letra do alfabeto grego):
2) Apenas para ácidos graxos poli-insaturados, a contagem começa a partir do 
último carbono, chamado de ω (ômega) 1. ω é a última letra do alfabeto grego:
Triacilgliceróis:
Também chamados triglicerídios. São compostos de três ácidos graxos, que podem ser 
iguais ou diferentes. Os ácidos graxos se ligam ao glicerol por ligações éster (entre um 
álcool e um ácido).
glicerol
triacilglicerol
Triacilgliceróis: Funcionam como reserva energética e isolantes térmicos.
Em células eucarióticas são armazenados como gotas de óleo dentro do citoplasma aquoso. 
Animal
Vegetal
24.0006.000MúsculoProteína
135.00015.000AdiposoGordura
8020Fluídos 
corporais
Glicose
480120MúsculoGlicogênio
28070FígadoGlicogênio
kcalgramas
Reserva de energia
Tecido
Energia 
estocada
A reserva de energia em humanosa:
aDados de uma pessoa saudável pesando 70 kg. Carboidratos fornecem 
4 kcal/g, proteínas 4 kcal/g e gorduras 9 kcal/g.
É melhor estocar energia na forma de triacilglicerol do que na 
forma de carboidratos! Porque?
1. Átomos de carbono dos ácidos graxos contém menos oxigênio (sendo 
também mais reduzidos) do que os carbonos dos açúcares: a oxidação de 
triacilgliceróis rende duas vezes mais energia que a mesma massa de açúcar.
2. Triacilgliceróis são hidrofóbicos, não-hidratados, portanto não utilizam 
água de hidratação, como é o caso nos açúcares. O tecido adiposo possuem 
15% de água, músculo possui 80% de água.
3. São relativamente inertes do ponto de vista químico. Podem ser estocados 
em grandes quantidades sem o risco de reações químicas indesejáveis com 
outros componentes celulares.
Lyta
Retângulo
QUESTÃO
24.0006.000MúsculoProteína
135.00015.000AdiposoGordura
8020Fluídos 
corporais
Glicose
480120MúsculoGlicogênio
28070FígadoGlicogênio
kcalgramas
Reserva de energia
Tecido
Energia 
estocada
A reserva de energia em humanosa:
aDados de uma pessoa saudável pesando 70 kg. Carboidratos fornecem 
4 kcal/g, proteínas 4 kcal/g e gorduras 9 kcal/g.
21% do 
peso 
corporal 
total
135.000 kcal dos ácidos graxos significa 85% das calorias no nosso corpo 
(em 21% do nosso peso corporal)! 
Lyta
Balão de comentário
Peso pequeno rende muita energia
24.0006.000MúsculoProteína
135.00015.000AdiposoGordura
8020Fluídos 
corporais
Glicose
480120MúsculoGlicogênio
28070FígadoGlicogênio
kcalgramas
Reserva de energia
Tecido
Energia 
estocada
A reserva de energia em humanosa:
aDados de uma pessoa saudável pesando 70 kg. Carboidratos fornecem 
4 kcal/g, proteínas 4 kcal/g e gorduras 9 kcal/g.
135.000 kcal dos ácidos graxos significa 85% das calorias no nosso corpo 
(em 21% do nosso peso corporal)! 
21% do 
peso 
corporal 
total
Para estocar 135.000 kcal em glicogênio, seria preciso 34 kg de glicogênio + 
4 vezes seu peso em água de hidratação (136 kg de água): 170 kg!
Lyta
Balão de comentário
Quebra rápida
Digestão, mobilização e transporte de ácidos graxos:
Células obtém ácidos graxos para energia de três fontes: 1) alimentação, 2) 
armazenadas na células como gotículas de gordura e 3) sintetizados em um 
órgão e exportados para outro.
Vertebrados: obtêm gorduras da dieta (1), armazena no tecido adiposo (2) 
e converte no fígado (3) o excesso de carboidratos da dieta em gorduras, 
exportando para outros tecidos. 
Cerca de 40% da energia consumida diariamente por humanos é suprida por 
triacilgliceróis (tag) da dieta.
Lyta
Nota
Não tem como lipídios virarem açúcar, mas tem como açúcar virar lipídios
Digestão, mobilização e transporte de ácidos graxos:
Tags armazenados são praticamente a única fonte de energia em animais que 
hibernam/entram em torpor e aves migratórias.
Vegetais superiores utilizam gorduras armazenadas nas sementes durante a 
germinação, mas não dependem de gorduras paraenergia em outras 
situações.
Tags fornecem mais da metade da energia requerida por alguns órgãos, 
especialmente o fígado, coração e músculo esquelético em repouso.
Gorduras da dieta são absorvidas no intestino delgado
Quilomicrons:
Quilomicrons são uma das classes de lipoproteínas existentes. Quilomicrons transportam 
triacilgliceróis da dieta vindos do intestino para os tecidos em que serão consumidos ou 
armazenados como estoque.
Lipases: enzimas que catalisam a hidrólise dos triacilgliceróis
Ácidos graxos livres
Posição
Posição
OH -
OH -
Ataque da lipase nas posições 1 e 3
A ação das lipases libera 3 ácidos graxos e glicerol.
O glicerol liberado entra na via glicolítica
As enzimas glicerol quinase e glicerol 3-
fosfato desidrogenase transformam glicerol 
em diidroxiacetona fosfato, que segue na via 
glicolítica.
Lyta
Nota
Pendura um grupo fosfato no carbono 2
Lyta
Nota
Vai formar a dupla da cetona no meio
Lyta
Nota
Vai isomerar a molécula
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
Lyta
OvaL
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
Lyta
Linha
Ácidos graxos são oxidados na matriz mitocôndrial
Mas os ácidos graxos não conseguem passar livremente pela membrana interna da 
mitocôndria.
Para que isso ocorra, ácidos graxos serão modificados e assim entram para dentro 
da matriz mitocôndrial, onde ocorrerá a oxidação.
Três enzimas (acil-CoA sintetase, carnitina acil-transferase I e carnitina acil-
transferase II) e um transportador (transportador acil-carnitina/carnitina) estão 
envolvidos nesse processo...
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Acil-CoA sintetase:
São uma família de enzimas que catalizam a seguinte reação geral:
Ácido graxo + CoA + ATP acil graxo-CoA + AMP + PPi
Lyta
Nota
Ác. carboxílico
Acil-CoA sintetase:
São uma família de enzimas que catalizam a seguinte reação geral:
Grupo acil de um ácido carboxílico
Grupo acil: grupo funcional derivado da remoção de um ou mais grupos hidroxilas 
de um oxoácido (geralmente um ácido carboxílico).
Ácido graxo + CoA + ATP acil graxo-CoA + AMP + PPi
Acil-CoA sintetase:
São uma família de enzimas que catalizam a seguinte reação geral:
Ácido graxo + CoA + ATP acil graxo-CoA + AMP + PPi
Existem três isoformas (ou isoenzimas) de acil-CoA sintetases, que são específicas 
para ácidos graxos contendo cadeias de carbono curtas, intermediárias ou longas.
Lyta
Balão de comentário
De 4 a 8-10 ács. graxos
Lyta
Balão de comentário
10, 12, até 18
Lyta
Balão de comentário
mais de 18
Acil-CoA sintetase; sua reação ocorre em duas etapas. Primeira:
O
R: cadeia de carbono 
do ácido graxo.
Exemplo: palmitoil-
adenilato.
Lyta
Nota
Pendura um grupo fosfato na molécula
Lyta
Nota
Intermediário
Lyta
Nota
Não passa pela mitocôndria, então tem que passar pela reação pra ser transformado em algo que passe
Acil-CoA sintetase; sua reação ocorre em duas etapas. Primeira:
O
Ajuda a deixar a reação 
da acil-CoA sintetase
mais exergônica
R: cadeia de carbono 
do ácido graxo.
Exemplo: palmitoil-
adenilato.
Lyta
Caixa de texto
ED:Questão 1
Lyta
Seta
Acil-CoA sintetase; sua reação ocorre em duas etapas. Segunda:
O
R: cadeia de carbono 
do ácido graxo.
Exemplo: palmitoil-
adenilato.
Exemplo: palmitoil-CoA.
Lyta
Nota
Substitui o fosfato pela coenzima-A
Lyta
Seta
Lyta
Seta
Lyta
Nota
Juntando os dois deltas Gs, essa reação é bastante favorável de acontecer
Lyta
Nota
Vem do palmitato, ou ác. palmítico, que é um ác. graxo de 16 carbonos. É o ác. graxo padrão dessa aula
Lyta
Nota
Esse aqui ainda não passa pela membrana da mitocôndria, tem que continuar as reações
Acil-CoA sintetase, reação global:
Contando com a reação da 
pirofosfatase inorgânica 
Ácido graxo + CoA + ATP acil graxo-CoA + AMP + PPi
ΔG’0 = - 34 kJ/mol
Lyta
Balão de comentário
Gasta, no total, 2 ATPs
Carnitina acil-transferase I, II e o transportador:
Um acil graxo-CoA também não consegue atravessar a membrana interna da 
mitocôndria.
Estratégia: o acil-CoA é ligado, transientemente, ao grupo hidroxila da carnitina:
Isso forma acil graxo-carnitina que agora sim consegue ser transportado para 
dentro da matriz mitocôndrial, onde é transformado de novo em acil graxo-CoA...
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Carnitina acil-transferase I:
Carnitina acil-transferase I:
Essa carnitina está no citosol!
Carnitina acil-transferase I:
Lyta
Nota
Vai transferir o acil pra dentro da mitocôndria
Transportador acil-carnitina/carnitina
Lyta
Nota
Transportador específico que pega a acil graxo-carnitina e joga na matriz mitocondrial
Carnitina acil-transferase II
Lyta
Nota
Solta a carnitina do acil graxo-carnitina e coloca de volta o S-CoA
Carnitina acil-transferase II
Existem duas populações distintas de Coenzima A na células, que nunca se misturam: 
Coenzima A no citoplasma é utilizada para biossíntese de ácidos graxos; Coenzima A na 
matriz mitocôndrial é usado principalmente para a degradação oxidativa do piruvato, 
ácidos graxos e alguns aminoácidos.
Na matriz, segue prontamente 
para a β-oxidação
Lyta
Polilinha
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
Lyta
Seta
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Polilinha
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
Lyta
Nota
Ou faz um, ou faz o outro, se biossintetizar e degradar ács. graxos o mesmo tempo, gera o ciclo fútil. Isso então é regulado pelo composto malonil-CoA (vide slide 80)
Lyta
Caixa de texto
ED: Questão 3
A oxidação de ácidos graxos dentro da mitocôndria ocorre em três estágios:
1) β-oxidação: Em quatro etapas (de maneira geral) os ácidos graxos são 
convertidos em moléculas de acetil-CoA:
2) Acetil-CoA formado na β-oxidação entra no ciclo do ácido cítrico.
3) Os dois estágios anteriores geram NADH e FADH2, que seguem para a cadeia 
respiratória... 
β-Oxidação:
Acetil-CoA
Lyta
Nota
Acetil-CoA = ác. graxo curtinho.nullnullO objetivo é pegar um ác. graxo de 16 carbonos e transformar nele
Lyta
Nota
Vai quebando e tirando dois carbonos por vez. Cada rodada teremos um ác. graxo com dois carbonos a menos. Ou seja, só servem pra Ács. graxos com número par de carbonos
Lembrem que as Etapas 2 e 3 são comuns 
tanto para a oxidação de ácidos graxos 
quanto para:
Oxidação da glicose (através do 
piruvato);
Oxidação dos aminoácidos (através de 5 
intermediários do ciclo do ácido cítrico).
Lyta
Caixa de texto
ED: Questão 2
Lyta
Caixa de texto
Músculo
Lyta
Caixa de texto
Fígado
Lyta
Seta
Lyta
Seta
Lyta
Seta
As quatro etapas da β-oxidação que veremos agora servem para ácidos graxos saturados de 
cadeia par (C4, C8, C10, etc). Ácidos graxos insaturados ou de cadeia ímpar requerem outras 
etapas de reação. 
Ocorrera uma desidrogenação, seguido de uma hidratação, outra desidrogenação e, 
finalmente, uma transferência de uma Coenzima-A.
β-Oxidação:
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Nota
Tira hidrogênio = oxidando a molécula
1ª etapa: Acil-CoA desidrogenase
Derivado do 
palmitato (C16)
Lyta
Balão de comentário
A quebra sempre acontece entre carbonos alfa e beta
Lyta
Nota
Vai tirar um hidrogênio do carbono alfa e um hidrogênio do carbono beta, fazendo uma dupla entre eles
Lyta
OvaL
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
Derivado do 
palmitato (C16)
1ª etapa: Acil-CoA desidrogenase
Carbono  ou 2Carbono β ou 3
Derivado do 
palmitato (C16)
1ª etapa: Acil-CoA desidrogenase
Existem três isoformas de acil-CoA desidrogenase: uma queatua em ácidos graxos longos 
(de 12 a 18 C), outra que atua em ácidos graxos médios (de 4 a 14 C) e a terceira que atua 
em ácidos graxos de cadeia curta (de 4 a 8 C).
Todas possuem FAD como grupo prostético e os elétrons removidos dos ácidos graxos 
fluem imediatamente para a cadeia respiratória através de duas flavoproteínas que 
transportam elétrons:
flavoproteína transportadora de elétrons (FTE) e FTE:Q oxidorredutase.
Lyta
Balão de comentário
Explica melhor no próximo slide
Lyta
Retângulo
Lyta
Retângulo
PARTE IMPORTANTE DESSE SLIDE
Lyta
Nota
Aqui temos a Acil-CoA-desidrogenase que vai pegar o Acil-CoA dos ács. graxos e transformar em Enoil-CoA, liberando dois elétrons
Lyta
Balão de comentário
Complexo I
Lyta
Balão de comentário
Complexo II
Lyta
Caixa de texto
Laçaderas Simples
Lyta
Seta
Lyta
Seta
Lyta
Nota
Os elétrons liberados vão passar por essas outras duas flavoproteíns pra chegarem na Quinona (Q). Esses elétrons serão utilizados pra obter energia 
Lyta
Caixa de texto
1
Lyta
Caixa de texto
2
2ª etapa: Enoil-CoA hidratase
Desfaz a dupla ligação entre os carbonos 2 e 3 ( e β) e adiciona uma hidroxila no carbono β.
β
β
Lyta
Seta
Lyta
Seta
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
Lyta
Balão de comentário
1 H da água veio pra cá
Lyta
Balão de comentário
O OH da água veio pra cá
Lyta
Balão de comentário
Desfez a dupla
Lyta
Linha
Lyta
Balão de comentário
Objetivo dessa etapa
2ª etapa: Enoil-CoA hidratase
β
Dupla ligação do tipo trans
Desfaz a dupla ligação entre os carbonos 2 e 3 ( e β) e adiciona uma hidroxila no carbono β.
Essa dupla ligação é do tipo trans, enquanto na natureza duplas ligações que ocorrem em ácidos 
graxos insaturados ocorrem apenas na conformação cis. Veremos a importância disso depois.
2ª etapa: Enoil-CoA hidratase
β
Dupla ligação do tipo trans
Desfaz a dupla ligação entre os carbonos 2 e 3 ( e β) e adiciona uma hidroxila no carbono β.
Essa dupla ligação é do tipo trans, enquanto na natureza duplas ligações que ocorrem em ácidos 
graxos insaturados ocorrem apenas na conformação cis. Veremos a importância disso depois.
Adição de água não 
altera o grau de 
oxidação/redução da 
molécula
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
3ª etapa: β-hidroxiacil-CoA desidrogenase
O carbono β passa a ter uma dupla ligação com o oxigênio (grupo cetona no carbono β).
NADH formado segue para a NADH desidrogenase:
β
β
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
Lyta
Balão de comentário
Perde os Hs e faz dupla com o O
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
Lyta
Balão de comentário
Vai para o complexo I da cadeia transportadora de elétrons (próximo slide)
Lyta
Retângulo
Lyta
Caixa de texto
Agora esses dois são parecidos. É o momento de ocorrer quebra
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Seta
Lyta
Seta
Lyta
Polilinha
Lyta
Polilinha
Lyta
Balão de comentário
= Acetil-CoA
Lyta
Nota
Essa dupla ligação entre C=O enfraquece a ligação C-C, o que favorece sua uebra na próxima etapa
Lyta
Balão de comentário
Do slide anterior
Lyta
Retângulo
Lyta
OvaL
4ª etapa: Tiolase
Enzima chamada de acil-CoA acetiltransferase ou tiolase. O grupo tiol da Coenzima-A ataca a fraca 
ligação entre os carbonos  e β. A ligação entre os carbonos  e β se enfraquece devido à oxidação 
do carbono β.
O miristoil-CoA (C14) formado agora sofrerá outras 4 reações da β-oxidação, e assim 
sucessivamente...
β
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
Lyta
Seta
Lyta
Balão de comentário
Agora esse vira o carbono alfa
Lyta
Balão de comentário
Esse vira o carbono beta
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Uma rodada de β-Oxidação 
pro palmitato:
O eventos ocorrem entre os 
carbonos  e β (carbonos 2 e 3)...
E aí, porque esse processo se 
chama β-oxidação?
Lyta
Nota
O alvo da reação é o carbono beta. É ele quem será oxidado e é entre ele e o alfa que ocorrerá a quebra.
Lyta
Balão de comentário
O destaque é pra mostrar onde será formado o Acetil-CoA
Uma rodada de β-Oxidação 
pro palmitato:
O eventos ocorrem entre os 
carbonos  e β (carbonos 2 e 3)...
E aí, porque esse processo se 
chama β-oxidação?
Chama-se β-oxidação porque o 
carbono β é oxidado!
A equação geral fica:
Em seguida, miristoil-CoA sofrerá seguidas rodadas de β-Oxidação, até que todos 
os carbonos do ácido graxo sejam transformados em acetil-CoA...
Uma rodada de β-Oxidação 
pro palmitato:
Palmitoil-CoA + CoA + FAD + NAD+ + H2O 
Miristoil-CoA + acetil-CoA + FADH2 + NADH + H
+
Lyta
OvaL
β-Oxidação totais para o miristato:
β-Oxidação totais para o miristato:
A partir do palmitato, 7 rodadas de β-Oxidação conseguem oxidar completamente 
a molécula, gerando 8 acetil-CoA (a última rodada gera 2 acetil-CoA).
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
rodadas de β-Oxidação
Balanço total da oxidação do palmitato:
Palmitoil-CoA + 7CoA + 7FAD + 7NAD+ + 7H2O 
8 acetil-CoA + 7FADH2 + 7NADH + 7H
+
Lyta
Balão de comentário
Apenas 1 palmitoil-CoA é suficiente para produzir muita energia
Lyta
Seta
Lyta
Linha
Lyta
Linha
NADs e FADH2s formarão ATP a partir da cadeira respiratória:
Balanço total da oxidação do palmitato:
Palmitoil-CoA + 7CoA + 7FAD + 7NAD+ + 7H2O 
8 acetil-CoA + 7FADH2 + 7NADH + 7H
+
Palmitoil-CoA + 7CoA + 7FAD + 7NAD+ + 7H2O 
8 acetil-CoA + 28 ATP + 7 H2O
Balanço total da oxidação do palmitato:
E os 8 acetil-CoA entram no ciclo do ácido cítrico, gerando ainda mais ATP:
NADs e FADH2s formarão ATP a partir da cadeira respiratória:
Palmitoil-CoA + 7CoA + 7FAD + 7NAD+ + 7H2O 
8 acetil-CoA + 7FADH2 + 7NADH + 7H
+
Palmitoil-CoA + 7CoA + 7FAD + 7NAD+ + 7H2O 
8 acetil-CoA + 28 ATP + 7 H2O
Palmitoil-CoA + 23 O2 + 108 Pi + 108 ADP 
CoA + 108 ATP + 16 CO2 + 23 H2O
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
Lyta
Polilinha
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
Lyta
Seta
Lyta
Seta
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Seta
Lyta
Seta
A oxidação dos ácidos graxos, além de 
ATP, gera água metabólica e calor. Esses 
três produtos são essenciais para a 
sobrevivência de animais que entram em 
torpor.
Camelos e dromedários utilizam a água 
vinda da oxidação de ácidos graxos em 
suas corcovas para sobrevierem no 
deserto. 
Palmitoil-CoA + 23 O2 + 108 Pi + 108 ADP 
CoA + 108 ATP + 16 CO2 + 23 H2O
Lyta
OvaL
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Seta
Lyta
OvaL
Lyta
Balão de comentário
Se ficar muto tempo sem comer, a corcova diminui
Balanço total da oxidação do palmitato:
Custo para ativar o palmitato* -2
106
*Hidrólise do ATP em AMP pela acil-CoA sintetase
Oxidação de ácidos graxos insaturados:
Muitos dos ácidos graxos dos tags de animais e vegetais são insaturados. Ácidos graxos 
na natureza são insaturados na posição cis.
Ligação do tipo cis Ligação do tipo trans
Oxidação de ácidos graxos insaturados:
Muitos dos ácidos graxos dos tags de animais e vegetais são insaturados. Ácidos graxos 
na natureza são insaturados na posição cis.
Ligação cis não serve para reagir com a enoil-CoA hidratase, que só atua em ligações 
trans:
Um ácido graxo monoinsaturado precisa sofrer a ação de outra enzima para ser 
hidratado na local da ligação cis:
Lyta
Caixa de texto
ED: Questão 5
Oxidação do Oleoil-CoA (insaturação entre os carbonos 9 e 10):
O oleoil-CoA sofre três séries de β-oxidação, normalmente.
1
7
A enzima enoil-CoA isomerase transforma a dupla cis em trans e assim os 
ciclos de β-oxidação prosseguem.
Lyta
Polilinha
Oxidação de ácidos graxos insaturados:
A oxidaçãode ácidos graxos poliinsaturados segue a mesma lógica (transformação de 
ligações cis em ligações trans), porém de forma mais complexa.
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar:
Ácidos graxos de cadeia impar são comuns em lipídios de muitos vegetais e 
organismos marinhos. 
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar:
Ácidos graxos de cadeia impar são comuns em lipídios de muitos vegetais e 
organismos marinhos. 
Ácidos graxos grandes de cadeia impar são oxidados normalmente, mas no final da 
última β-oxidação, o que é formado é acetil-CoA e propionil-CoA.
Lyta
Balão de comentário
Acetil-CoA com um carbono a mais
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar:
Propionil-CoA é o acil-CoA do ácido graxo propionato (C3).
CH3–CH2–COO
-
Propionato
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar:
Propionil-CoA é o acil-CoA do ácido graxo propionato (C3). 
Propionato é produzido no rúmen dos ruminantes e adicionado em pães e cereais 
como inibidor de mofo.
Propionil-CoA entra no ciclo do ácido cítrico como succinil-CoA após a ação de três 
enzimas.
CH3–CH2–COO
-
Propionato
Lyta
Linha
Lyta
Linha
Lyta
Balão de comentário
Propionato de cálcio...
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar:
D-Metilmalonil-CoA é formado com o 
gasto de um ATP e o consumo de um 
CO2 (na forma hidratada HCO
-
3)
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar:
A ação seguida de duas 
isomerases transforma 
D-Metilmalonil-CoA em 
succinil-CoA, que entra 
no ciclo de Krebs.
Hormônios ativam a mobilização de tags armazenados
1 e 2) Baixa glicemia leva a produção de AMP 
cíclico (cAMP) em adipócitos, através da ação 
dos hormônios glucagon e epinefrina.
3, 4 e 5) cAMP ativa uma PKA que fosforila
lipases e perilipinas. As lipases assim acessam as 
gotículas de gordura e hidrolisam os tags, 
produzindo glicerol e ácidos graxos.
6, 7 e 8) Acidos graxos são levados na corrente 
sanguínea pela albumina sérica até seus tecidos 
de destino (músculo esquelético, coração e 
córtex renal, por exemplo), onde servirão como 
fonte de energia.
95% da energia dos tags está nas três cadeias 
de ácidos graxos, apenas 5% de energia reside 
no glicerol liberado...
Lyta
Nota
Glucagon: Regula a falta de glicose. Se ele ta atuando signfica que tem pouca glicose no corpo, logo, tem que degradar glicogênio. Também estimula a quebra de ácidos graxos
Lyta
Nota
Epinefrina (=adrenalina): Aumenta a degradação de ácidos graxos para adquirir energia em situação de estresse (luta e fuga). Os ácidos graxos são degradados e vão para os músculos.
Lyta
Caixa de texto
Glucagon ou epinefrina
Lyta
Seta
Lyta
Nota
Sinalizam da mesma forma, mas por motivos diferentes
Lyta
Nota
O hormônio vai se ligar a um receptor, que vai interagir com a proteína G, que se liga à adenil-ciclase, catalisando ATP em AMPc, que vai atuar como segundo mensageiro, que ativa a PKA
Lyta
Seta
Lyta
Balão de comentário
No adipócito
Lyta
Balão de comentário
Aqui, eles vão produzir energia
Regulação da oxidação de ácidos graxos:
A oxidação de ácidos graxos é regulada de forma que ocorra apenas quando energia 
vinda dessa fonte é requerida.
Existem três pontos de regulação: na ação da carnitina-aciltransferase I, da β-
hidroxiacil-CoA desidrogenase e tiolase.
Regulação da oxidação de ácidos graxos:
Carnitina-aciltransferase I é inibida por malonil-CoA (primeiro intermediário na 
biossíntese de ácidos graxos, que ocorre no citosol). Assim, ácidos graxos não entram 
pra mitocôndria e a β-oxidação não ocorre.
Esse é o ponto de regulação mais importante da β-oxidação! 
Malonil-CoA
Lyta
Caixa de texto
Vide slide 42
Lyta
Retângulo
Altas concentrações de NADH (ou seja: a célula tem muita energia) inibem a β-
hidroxiacil-CoA desidrogenase (3ª etapa da β-oxidação).
NADH
Regulação da oxidação de ácidos graxos:
Lyta
Balão de comentário
Se já tem muita energia, não precisa produzir mais
Altas concentrações de acetil-CoA (ou seja: a célula tem muita energia) inibem a 
tiolase (4ª etapa da β-oxidação).
Regulação da oxidação de ácidos graxos:
Corpos cetônicos
Lyta
Caixa de texto
Áudio Voz 008, 1:46:17
No fígado, o acetil-CoA formado na β-
oxidação pode entrar no ciclo de Krebs... 
No fígado, o acetil-CoA formado na β-
oxidação pode entrar no ciclo de Krebs ou ser 
convertido nos corpos cetônicos
(acetoacetato, acetona e D-β-hidroxibutirato). 
Acetoacetato
Acetona
D-β-Hidroxibutirato
Acetona é exalada e acetoacetato e D-β-hidroxibutirato entram na corrente 
sanguínea. 
Os corpos cetônicos são exportados para outros tecidos, para serem usados 
como fonte de energia para os músculos esquelético e cardíaco, córtex renal e 
em casos extremos, o cérebro (quando glicose não está disponível).
Ácidos graxos no fígado podem ser continuamente oxidados para a produção de 
corpos cetônicos para tecidos extra-hepáticos (quando acetil-CoA no fígado 
não é oxidado no ciclo de Krebs).
Corpos cetônicos:
Fase
Tecidos 
usando 
glicose
Combustível 
principal do 
cérebro
Origem da 
glicose 
sanguínea
Glicose
Externa 
(alimentação)
Todos
Glicose
Glicogênio, 
gliconeogênese
hepática
Todos menos 
fígado. Músculo e 
tecido adiposo 
diminuem consumo
Glicose
Gliconeogênese
hepática, 
glicogênio
Todos menos fígado. 
Músculo e tecido 
adiposo diminuem 
mais
Glicose, corpos 
cetônicos
Gliconeogênese
hepática e renal
Cérebro, eritrócito e 
medula renal. Muito 
pouco pelo músculo
Corpos cetônicos, 
glicose. 
Gliconeogênese
hepática e renal
Eritrócito e medula 
renal. Cérebro 
diminui o consumo
I
II
III
IV
V
Formação de corpos cetônicos no fígado:
A formação dos corpos cetônicos ocorre na mitocôndria do fígado.
Ocorre a ação de 5 enzimas. A 
primeira é a tiolase agindo no 
sentido reverso da β-oxidação (ou 
seja, condensando duas moléculas 
de acetil-CoA):
Em duas etapas enzimáticas acetoacetil-CoA
é transformado em acetoacetato com o 
consumo de um H2O e a liberação de um 
acetil-CoA.
Acetoacetato pode então ser decarboxilado a acetona (em menor quantidade, em 
condições fisiológicas) ou desidrogenado a D-β-hidroxibutirato.
Acetona é exalada e os outros dois vão para a corrente sanguínea.
Formação de corpos cetônicos no fígado:
Além dos ácidos graxos, os aminoácidos também podem ser 
convertidos em corpos cetônicos...
AAs podem ser convertidos a glicose ou a corpos cetônicos
Em tecidos extra hepáticos o 
acetoacetato e o D-β-hidroxibutirato
são re-convertidos em acetil-CoA, que 
entra no ciclo do ácido cítrico.
Caso haja NADH, esse também será
usado, na CTE.
Tecidos extra hepáticos usam corpos 
cetônicos como fonte de energia:
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
Na situação de diabetes não tratado, dieta severa ou jejum, o fígado fará
gliconeogênese, o que diminui o ciclo do ácito cítrico (pelo consumo de 
oxaloacetato).
Isso aumenta a conversão de acetil-CoA em acetoacetato.
Essa liberação de acetil-CoA (na forma de acetoacetato) permite a contínua β-
oxidação dos ácidos graxos...
Relação entre gliconeogênese e corpos cetônicos:
Relação entre gliconeogênese e corpos cetônicos:
Ciclo do ácido 
cítrico devagar
Um pouco sobre diabete:
Diabetes mellitus: Elevada glicemia (patológica), ou porque o corpo não produz 
insulina, ou porque as células do corpo não respondem à insulina (o receptor de 
insulina fica insensível ao hormônio). Um dos sintomas é poliúria (aumento do 
volume úrinário).
Diabetes insipidus: condição onde ocorre sede excessiva e poliúria. Relacionado 
com falhas na sinalização da via do hormônio antidiurético.Diabetes mellitus e Diabetes insipidus são doenças completamente diferentes. 
Apenas o nome é comum, devido à origem grega da palavra diabetes, relacionada 
com o excesso de urina. 
Em Bioquímica II, sempre que falarmos de diabetes é sobre a diabetes mellitus.
Diabetes não tratado e corpos cetônicos:
Em diabetes (mellitus) não tratado (nível de insulina insuficiente) os tecidos extra 
hepáticos não conseguem captar a glicose presente no sangue de maneira eficiente.
Nessa situação (que é um curto-circuito metabólico) o fígado se empenhará em 
realizar gliconeogênese e produção de corpos cetônicos para os outros tecidos, que 
estão “com fome”, já que eles não utilizam a glicose que está no sangue.
A produção de corpos cetônicos é gigantesca, acima da capacidade dos outros 
tecidos de oxidar eles:
Diabetes não tratado e corpos cetônicos:
O excesso de corpos cetônicos (cetose) no sangue leva a:
1) Mau hálito devido à acetona (volátil). A acetona no sangue também é tóxica.
2) Queda no pH sanguíneo (por causa do acetoacetato e D-β-hidroxibutirato) que 
leva à acidose. Extrema acidose pode levar à coma seguido de morte.
3) Em indivíduos sob dietas de baixo conteúdo calórico, a gordura dos tecidos 
adiposos torna-se a principal fonte de energia. Nessa situação, deve-se monitorar 
os níveis de corpos cetônicos no sangue e na urina, para evitar os danos causados 
pela acidose e cetose (cetoacidose).
Porque diabetes causa necrose e cegueira?
A cegueira por diabetes ocorre devido a danos na microvascularização da retina 
devido à hiperglicemia decorrente da diabetes.
A necrose é decorrente de problemas cardiovasculares oriundos da diabetes, que 
pode levar ao bloqueio parcial ou total de artérias. Sem vascularização, um tecido 
morre, o que pode levar a necrose.
BIOSSBIOSSÍÍNTESE DE NTESE DE 
ÁÁCIDOS GRAXOSCIDOS GRAXOS
SSÍÍNTESE DE NTESE DE ÁÁCIDOS GRAXOS (AG), QUANDO CIDOS GRAXOS (AG), QUANDO 
OCORRE?OCORRE?
• No estado BEM ALIMENTADO, imediatamente após a alimentação 
rica em calorias!
• Carboidratos e proteínas da dieta podem ser transformados, através 
de metabólitos intermediários, em ácidos graxos.
• A biossíntese de ácidos graxos pode ocorrem no fígado, adipócitos e 
em outros tecidos mais especializados, como a glândula mamária, 
por exemplo.
• Duas enzimas serão utilizadas: acetil-CoA carboxilase e ácido graxo 
sintase.
ONDE OCORRE A SONDE OCORRE A SÍÍNTESE DE AG?NTESE DE AG?
ONDE OCORRE A SONDE OCORRE A SÍÍNTESE DE AG?NTESE DE AG?
ONDE OCORRE A SONDE OCORRE A SÍÍNTESE DE AG?NTESE DE AG?
Elevada concentração de 
NADPH. 
ONDE OCORRE A SONDE OCORRE A SÍÍNTESE DE AG?NTESE DE AG?
ONDE OCORRE A SONDE OCORRE A SÍÍNTESE DE AG?NTESE DE AG?
ONDE OCORRE A SONDE OCORRE A SÍÍNTESE DE AG?NTESE DE AG?
COMO O NADPH COMO O NADPH ÉÉ PRODUZIDO??PRODUZIDO??
• Gerado a partir da enzima málica ou pela via das pentoses-fosfato 
A enzima málica é responsável pelas reações anapleróticas
COMO O NADPH COMO O NADPH ÉÉ PRODUZIDO??PRODUZIDO??
• Gerado a partir da enzima málica ou pela via das pentoses-fosfato 
A enzima málica é responsável pelas reações anapleróticas
OU
• A biossíntese de AG requer a participação de Acetil-CoA e 
Malonil-CoA
• Qual a origem dessas duas moléculas??
PRPRÉÉ--BIOSSBIOSSÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
ORIGEM DO ACETILORIGEM DO ACETIL--COACOA
• O acetil-CoA é gerado na matriz mitocondrial
• Porém, a membrana mitocondrial é impermeável a sua 
pasagem
COMO CHEGAR AO CITOSOL??
• Sua formação depende do Acetil-CoA e do Bicarbonato 
(HCO-3 )
• Catalisado pela Acetil-CoA Carboxilase
MALONILMALONIL--COACOA
ACETILACETIL--COACOA--CARBOXILASECARBOXILASE
• Apresenta três regiões funcionais: Biotina Carboxilase, 
Proteína carreadora de biotina e Transcarboxilase
H
ACETILACETIL--COACOA--CARBOXILASECARBOXILASE
• Apresenta um grupo prostético, a biotina, ligado 
covalentemente a um resíduo de lisina
H
ACETILACETIL--COACOA--CARBOXILASECARBOXILASE
• Apresenta um grupo prostético, a biotina, ligado 
covalentemente a um resíduo de lisina
H
ACETILACETIL--COACOA--CARBOXILASECARBOXILASE
• Apresenta um grupo prostético, a biotina, ligado 
covalentemente a um resíduo de lisina
H
ACETILACETIL--COACOA--CARBOXILASECARBOXILASE
• Apresenta um grupo prostético, a biotina, ligado 
covalentemente a um resíduo de lisina
H
COMO A ACETILCOMO A ACETIL--COACOA--CARBOXILASE AGE?CARBOXILASE AGE?
H
• Primeira reação: o grupo carboxil, do bicarbonato, é transferido para 
biotina pela ação da Biotina-carboxilase.
Lyta
Seta
COMO A ACETILCOMO A ACETIL--COACOA--CARBOXILASE AGE?CARBOXILASE AGE?
• Primeira reação: o grupo carboxil, do bicarbonato, é transferido para 
biotina pela ação da Biotina-carboxilase.
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
COMO A ACETILCOMO A ACETIL--COACOA--CARBOXILASE AGE?CARBOXILASE AGE?
• Segunda reação: o grupo biotinila age como um transportador 
temporário de CO2 que será transferido para o acetil-CoA.
COMO A ACETILCOMO A ACETIL--COACOA--CARBOXILASE AGE?CARBOXILASE AGE?
Funciona como um 
“guindaste” levando CO2 de 
um sítio para o outro.
• Segunda reação: o grupo biotinila age como um transportador 
temporário de CO2 que será transferido para o acetil-CoA.
COMO A ACETILCOMO A ACETIL--COACOA--CARBOXILASE AGE?CARBOXILASE AGE?
• Segunda reação: o grupo biotinila age como um transportador 
temporário de CO2 que será transferido para o acetil-CoA.
A transferência do CO2 para o acetil-CoA é catalisada pela Transcarboxilase.
COMO A ACETILCOMO A ACETIL--COACOA--CARBOXILASE AGE?CARBOXILASE AGE?
• Formando o Malonil-CoA
ÁÁCIDO GRAXOCIDO GRAXO--SINTASE (AGS)SINTASE (AGS)
• Complexo enzimático que catalisa a via de formação de AG
• Existem dois variantes de ácido graxo-sintase:
AGS I – presente em vertebrados e fungos
AGS II – presente em vegetais e bactérias
AGS I
-Formação de um único 
produto final (palmitato, 16C)
-Não há liberação de 
intermediários
AGS II
-Forma diversos produtos
-Libera intermediários para 
outras vias
ACP
EM ALGUNS ORGANISMOS, AGS EM ALGUNS ORGANISMOS, AGS ÉÉ COMPOSTA DE PROTECOMPOSTA DE PROTEÍÍNAS NAS 
MULTIFUNCIONAIS:MULTIFUNCIONAIS:
AGS II
AGS I
AGS DE MAMAGS DE MAMÍÍFEROSFEROS
• Cadeia polipeptídica multifuncional
• Apresenta 7 sítios ativos para reações distintas
• Funciona como um homodímero
• Cada domínio desempenha uma atividade enzimática
MAT – malonil/acetil-CoA-ACP-transferase
ACP – proteína carreadora de grupos acila
KS – β-cetoacil-ACP-sintase
DH – β-hidroxiacil-ACP-desidratase
ER – enoil-ACP-redutase
KR – β-cetoacil-ACP-redutase
TE – tiósterase
AGS DE MAMAGS DE MAMÍÍFEROSFEROS
• Cadeia polipeptídica multifuncional
• Apresenta 7 sítios ativos para reações distintas
• Funciona como um homodímero
• Cada domínio desempenha uma atividade enzimática
MAT – malonil/acetil-CoA-ACP-transferase
ACP – proteína carreadora de grupos acila
KS – β-cetoacil-ACP-sintase
DH – β-hidroxiacil-ACP-desidratase
ER – enoil-ACP-redutase
KR – β-cetoacil-ACP-redutase
TE – tiósterase
4
’-fo
s
fo
p
a
n
te
te
ín
a
• Mantem todo o sistema da AGS unido
• Apresenta um grupo prostético 4’-
fosfopanteína
• Este grupo é responsável por “segurar” a 
cadeia de ácido graxo em crescimento 
levando-a para os sítios ativos.
PROTEPROTEÍÍNA TRANSPORTADORA NA TRANSPORTADORA 
DE GRUPOS ACILA DE GRUPOS ACILA -- ACPACP
GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO ““STARTSTART””
PARA A SPARA A SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO ““STARTSTART””
PARA A SPARA A SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• O grupamento acetil do acetil-
CoAé transferido para ACP, 
catalisada pela MAT
GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO ““STARTSTART””
PARA A SPARA A SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• O grupamento acetil do acetil-
CoA é transferido para ACP, 
catalisada pela MAT
GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO ““STARTSTART””
PARA A SPARA A SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• O grupamento acetil do acetil-
CoA é transferido para ACP, 
catalisada pela MAT
• A MAT catalisa a 
transferência do grupo acetil
para o sítio KS
GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO ““STARTSTART””
PARA A SPARA A SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• E o malonil-CoA???
GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO ““STARTSTART””
PARA A SPARA A SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• O sítio MAT catalisa a 
transferência do grupo 
malonila para a ACP
GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO GRUPOS ACETIL E MALONILA DÃO ““STARTSTART””
PARA A SPARA A SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• O sítio MAT catalisa a 
transferência do grupo 
malonila para a ACP
A SA SÍÍNTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:NTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:
A SA SÍÍNTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:NTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:
A SA SÍÍNTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:NTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:
A SA SÍÍNTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:NTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
A SA SÍÍNTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:NTESE DE AG OCORRE EM 4 ETAPAS:
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
Lyta
OvaL
Lyta
Polilinha
Lyta
Seta
SEGUNDA ETAPA DA VIA DE SSEGUNDA ETAPA DA VIA DE SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
SEGUNDA ETAPA DA VIA DE SSEGUNDA ETAPA DA VIA DE SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
SEGUNDA ETAPA DA VIA DE SSEGUNDA ETAPA DA VIA DE SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
SEGUNDA ETAPA DA VIA DE SSEGUNDA ETAPA DA VIA DE SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
SEGUNDA ETAPA DA VIA DE SSEGUNDA ETAPA DA VIA DE SÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• Após 7 ciclos temos a 
formação de uma molécula 
de 16 carbonos, o 
palmitato
A REAA REAÇÇÃO PARA SÃO PARA SÍÍNTESE DE PALMITATONTESE DE PALMITATO
Formação do Malonil-CoA:
Ciclo de condensação e redução
A REAA REAÇÇÃO PARA SÃO PARA SÍÍNTESE DE PALMITATONTESE DE PALMITATO
Processo Global
SSÍÍNTESE DE AG DE CADEIA MUITO LONGANTESE DE AG DE CADEIA MUITO LONGA
• O palmitato é o precursor de ácidos graxos de cadeia muito longa
• Ácidos graxos muito longos possuem cadeia com 18 ou mais carbonos.
• Ocorre no retículo endoplasmático ou na mitocôndria
• Parecido com a síntese de AG de 16 C: com adição de 2 C e em quatro 
etapas diferentes: condensação, redução, desidratação e redução.
• Neste caso temos a ação de 4 enzimas distintas
REGULAREGULAÇÇÃO DA BIOSSÃO DA BIOSSÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• A acetil-CoA-carboxilase atua na 
etapa limitante para a biossíntese
de AG
• O citrato atua como ativador 
alostérico da síntese. Já o 
palmitoil-CoA , como inibidor 
alostérico.
Acetil-Coa e ATP na 
mitocôndria: o citrato é
transportado para o citosol
Palmitoil-CoA inibe acetil-CoA-
carboxilase
REGULAREGULAÇÇÃO DA BIOSSÃO DA BIOSSÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• A acetil-CoA-carboxilase pode 
ainda ser regulada por 
modificação covalente
• Quando fosforilada, a enzima fica 
inativa na forma monomérica 
• Quando desfosforilada, a enzima 
polimeriza-se em longos 
filamentos e é ativada
Microscopia eletrônica dos 
filamentos da acetil-CoA-
carboxilase (forma ativa)
REGULAREGULAÇÇÃO DA BIOSSÃO DA BIOSSÍÍNTESE DE AGNTESE DE AG
• Os hormônios glucagon e 
adrenalina desencadeiam a 
fosforilação da enzima
• Enquanto a insulina desencadeia 
a ativação da citrato liase e 
também ativa a ACC...
Lyta
Seta
BIOSSBIOSSÍÍNTESE NTESE vsvs DEGRADADEGRADAÇÇÃO DE AGÃO DE AG
DESSATURADESSATURAÇÇÃO DE AGÃO DE AG
• Palmitato e Estearato são precursores de AG monoinsaturados
• A ligação dupla é introduzida por uma reação oxidativa catalisada pela 
acil graxo-CoA-dessaturase
• Acil-CoA graxo e NADPH são oxidados
DESSATURADESSATURAÇÇÃO DE AGÃO DE AG
• Palmitato e Estearato são precursores de AG monoinsaturados
• A ligação dupla é introduzida por uma reação oxidativa catalisada pela 
acil graxo-CoA-dessaturase
• Acil-CoA graxo e NADPH são oxidados
Compostos intermediários reduzidos
DESSATURADESSATURAÇÇÃO DE AGÃO DE AG
• Palmitato e Estearato são precursores de AG monoinsaturados
• A ligação dupla é introduzida por uma reação oxidativa catalisada pela 
acil graxo-CoA-dessaturase
• Acil-CoA graxo e NADPH são oxidados
DESSATURADESSATURAÇÇÃO DE AGÃO DE AG
Linoleato e a-linolenato são 
considerados ácidos graxo 
essenciais pois são formados 
apenas em plantas, apesar de 
mamíferos necessitarem deles. 
Temos que obtê-los na dieta.
SSÍÍNTESE DE OUTROS LIPNTESE DE OUTROS LIPÍÍDIOSDIOS
Como visto em Bioquímica I:
Triacilgliceróis (tags) e 
glicerofosfolipídios são sintetizados a 
partir do mesmo precursor: ácido 
fosfatídico.
FORMAFORMAÇÇÃO DO ÃO DO ÁÁCIDO FOSFATCIDO FOSFATÍÍDICODICO
1ª etapa: formação de glicerol 3-fosfato
2ª etapa: transferência de dois 
grupos acil-graxos.
SSÍÍNTESE DE OUTROS LIPNTESE DE OUTROS LIPÍÍDIOSDIOS
Esfingolipídeos são sintetizados 
usando a mesma lógica que os tags, 
mas o esqueleto de três carbonos 
vem da serina, não do glicerol
Serina
SSÍÍNTESE DE OUTROS LIPNTESE DE OUTROS LIPÍÍDIOSDIOS
Colesterol também é formado a partir
de acetil-CoA, em quatro etapas
1- Condensação
2- Conversão do mevalonato
3- Polimerização
4- Ciclização do esqualeno
A SÍNTESE E DEGRADAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS OCORREM EM DIFERENTES 
COMPARTIMENTOS CELULARES
Matriz mitocondrial Citoplasma 
Acil
Acil
Ocorre na mitocôndria
FAD é o aceptor 
de elétron
CoA é o carreador 
do grupo acil
O unidade de C2 
produzida é
acetil-CoA
NAD+ é o aceptor 
de elétron
Ocorre no citoplasma
NADPH é o doador 
de elétron
ACP é o carreador 
do grupo acil
O doador de 
unidades de C2 
é malonil-CoA
NADPH é o doador 
de elétron
Acetil-CoAColesterol Corpos cetônicos
oxidaçãosíntese de ácidos graxos
fosforilação oxidativa
Ciclo 
de 
Krebs
Resumo do 
metabolismo de 
ácidos graxos:
Ácidos graxos
Triacilgliceróis
Lipídios de 
membrana

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