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FACULDADE DE IPORÁ BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL CIENCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS ENG. NEI RANDER BORGES SILVA ENG.ª NEIRIANE BORGES LEITE SILVA CONCRETO E ARGAMASSA IPORÁ/GO 2016 SUMÁRIO 1 – CONCRETO ......................................................................................................................... 2 1.1 - Propriedade .................................................................................................................... 2 1.2 - Tipos de concreto ........................................................................................................... 2 1.3 - Exsudação ...................................................................................................................... 6 1.4 – Cura ............................................................................................................................... 7 2 – ARGAMASSA ..................................................................................................................... 9 2.1 – Conceito de Argamassa ................................................................................................. 9 2.2 – Principais Aplicações .................................................................................................... 9 2.3 Tipos de Argamassa ......................................................................................................... 9 2.3.1 – Tipo AC-I ou (AC1) ............................................................................................. 10 2.3.2 – Tipo AC-II ou (AC2) ............................................................................................ 10 2.3.3 – Tipo AC-III ou (AC3)........................................................................................... 11 2.4 – Tipos de argamassas colantes ...................................................................................... 11 2.5 – Passo a Passo da aplicação da argamassa .................................................................... 11 2.5.1 – Materiais necessários para aplicação no piso ....................................................... 11 2.5.2 - Condições para início da aplicação de argamassa em pisos ...................................... 12 2.5.3 – Aplicação da argamassa em pisos ........................................................................ 12 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 14 2 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com 1 – CONCRETO Conglomerado artificial obtido pelo endurecimento de mistura conveniente de um aglomerante hidráulico, água, agregados e, eventualmente, adições. 1.1 - Propriedade Fresco: trabalhabilidade, consistência, segregação, exsudação, compacidade, massa específica, ar incorporado. Endurecido: compacidade, resistência mecânica, elasticidade, retração, fluência, dura- bilidade, massa específica, propriedades térmicas, absorção, permeabilidade, difusão. O controle de qualidade e na seleção de materiais, na dosagem do traço e percentual dos constituintes e na produção: mistura, transporte, lançamento, adensamento, cura e des- molde. 1.2 - Tipos de concreto Concreto convencional - Utilizado na maioria das obras civis, deve ser lançado nas fôrmas por método convencional (carrinhos de mão, gericas, gruas, etc.) O concreto convenci- onal é de consistência seca e a sua resistência varia de 5,0 em 5,0MPa, a partir de 10,0 até 40,0MPa. É aplicado em obras civis, industriais e em peças pré-moldadas. As vantagens são: aumento da durabilidade e qualidade final da obra, redução dos custos da obra e redução no tempo de execução. Concreto de Alto Desempenho - Normalmente elaborado com adições minerais tipo sílica ativa e metacaulim e aditivos superplastificantes. Os concretos assim obtidos possuem excelentes propriedades. É aplicado em obras civis especiais, hidráulicas em geral e em recu- perações. As vantagens são: aumento da durabilidade e vida útil das obras; redução dos custos da obra e melhor aproveitamento das áreas disponíveis para construção. Concreto Bombeável - Utilizado na maioria das obras civis. A sua dosagem é apropri- ada para utilização em bombas de concreto, evitando segregação e perdas de material. Sua re- sistência varia de 5,0 em 5,0MPa, a partir de 10,0 até 40,0MPa. É aplicado em obras civis em 3 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com geral, obras industriais e peças pré-moldadas. As vantagens são: aumento da durabilidade e qualidade final da obra; redução dos custos da obra e redução no tempo de execução. Concreto de Alta Resistência inicial - O concreto de alta resistência inicial, como o nome já diz é aquele que tem a característica de atingir grande resistência, com pouca idade, podendo dar mais velocidade à obra ou ser utilizado para atender situações emergenciais. Sua aplicação pode ser necessária em indústrias de pré-moldados, em estruturas convencionais ou protendidas, na fabricação de tubos e artefatos de concreto, entre outras. O aumento na veloci- dade das obras que este concreto pode gerar traz consigo a redução dos custos com funcionários, com alugueis de formas, equipamentos e diversos outros ganhos de produtividade. A alta resis- tência inicial é fruto de uma dosagem racional do concreto, feita com base nas características específicas de cada obra. Portanto, a obra deve fornecer o maior número de informações possí- veis para a elaboração do traço, que pode exigir aditivos especiais, tipos específicos de cimento e adições. Concreto de Pavimento Rígido - O principal requisito exigido para esse concreto é a resistência à tração na flexão e ao desgaste superficial. Trata-se de um concreto de fácil lança- mento e execução. É aplicado em estradas e vias urbanas. As vantagens são: maior durabilidade; redução dos custos de manutenção e maior luminosidade. Concreto Pesado - A característica principal desse tipo de concreto é a sua alta densi- dade que varia entre 2800 e 4500 kg/m³, obtida com a utilização de agregados especiais, nor- malmente a hematita. É aplicado como contra peso em gasodutos, hospitais e usinas nucleares. Pode ser citada a vantagem de ser isolante radioativo. Concreto Projetado – Concreto que é lançado por equipamentos especiais e em velo- cidade sobre uma superfície, proporcionando a compactação e a aderência do mesmo a esta superfície. São utilizados para revestimentos de túneis, paredes, pilares, contenção de encostas, etc. Este Concreto pode ser projetado por via-seca ou via-úmida, alterando desta forma a espe- cificação do equipamento de aplicação e do traço que será utilizado. Concreto Leve Estrutural – Os concretos leves são reconhecidos pelo seu reduzido peso específico e elevada capacidade de isolamento térmico e acústico Enquanto os concretos normais têm sua densidade variando entre 2300 e 2500 kg/m³, os leves chegam a atingir densi- dades próximas a 500 kg/m³. Cabe lembrar que a diminuição da densidade afeta diretamente a resistência do concreto. Os concretos leves mais utilizados são os celulares,os sem finos e os produzidos com agregados leves, como isopor, vermiculita e argila expandida. Sua aplicação 4 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com está voltada para procurar atender exigências específicas de algumas obras e também para en- chimento de lajes, fabricação de blocos, regularização de superfícies, envelopamento de tubu- lações, entre outras. Concreto Leve - A densidade desse concreto varia de 400 a 1800kg/m³. Os tipos mais comuns são o concreto celular espumoso, concreto com isopor e concreto com argila expandida. É aplicado em: enchimento e regularização de lajes, pisos e elementos de vedação. As vanta- gens são: redução de peso próprio e isolante termo acústico. Concreto Fluido - Indicados para concretagens de peças densamente armadas, estrutu- ras pré-moldadas, fôrmas em alto relevo, fachadas em concreto aparente, painéis arquitetônicos, lajes, vigas etc. Este concreto, com grande variedade de aplicações é obtido pela ação de aditi- vos superplastificantes, que proporcionam maior facilidade de bombeamento, excelente homo- geneidade, resistência e durabilidade. Sua característica é de fluir com facilidade dentro das formas, passando pelas armaduras e preenchendo os espaços sob o efeito de seu próprio peso, sem o uso de equipamento de vibração. Para lajes e calçadas, por exemplo, ele se auto nivela, eliminando a utilização de vibradores e diminuindo o número de funcionários envolvidos nas concretagens. Concreto Rolado - É utilizado em pavimentações urbanas, como sub-base de pavimen- tos e barragens de grande porte. Seu acabamento não é tão bom quanto aos concretos utilizados em pisos Industriais ou na Pavimentação de pistas de aeroportos e rodovias, por isso ele é mais utilizado como sub-base. Concreto Colorido - Concreto normal adicionado de pigmentos especiais, os quais conferem ao concreto várias cores com diferentes tonalidades, a saber: amarela, azul, vermelha, verde, marrom e preta. É aplicado em pisos, calçadas e fachadas. As vantagens são: elimina pintura e pode ser usado como marcador de áreas específicas. Concreto Resfriado com gelo - Trata-se de um concreto, cuja quantidade de água é parcialmente substituída por gelo, para atender a condições específicas de projeto, por exemplo a retração térmica. É aplicado em paredes espessas e grandes blocos de fundação. A vantagem é a redução da fissuração de origem térmica. Concreto Auto adensável - É o concreto do futuro. Trata-se de um concreto de elevada plasticidade. Em alguns casos, pode ter a sua reologia controlada com a utilização de aditivos de última geração. É aplicado em Fundações especiais tipo hélice contínua e paredes diafragma; 5 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com peças delgadas e peças densamente armadas. As vantagens são: Maior durabilidade e fácil apli- cação. Dispensa a utilização total ou parcial de vibradores; redução dos custos com mão de obra e energia e maior produtividade no lançamento. Concreto com adição de fibras - Normalmente elaborado com fibras de nylon, polipro- pileno e aço, dependendo das condições de projeto. Os concretos assim obtidos inibem os efei- tos da fissuração por retração. Obras civis especiais e pisos industriais. As vantagens são: au- menta a durabilidade das obras quanto a abrasão e desgaste superficial; melhora a resistência à tração do concreto e pode ser utilizado em pistas de aeroportos. Concreto Impermeável - Trata-se de um concreto com a relação água- cimento limi- tada, normalmente menor ou igual a 0,55; e dosado com um cimento apropriado, tipo Portland de alto – forno ou pozolânico. É aplicado em obras hidráulicas em geral, estações de tratamento d’água e esgoto e Barragens. As vantagens são: aumento da durabilidade da obra e redução dos custos de manutenção da obra. Concreto Fresco Concreto antes da pega Depende: Relação água/cimento Relação pasta/agregado (traço) Pasta: Envolvimento dos agregados Preenchimento de vazios intergranulares. Propriedades Trabalhidade É a propriedade do concreto fresco que identifica sua maior ou menor aptidão para ser empregado com determinada finalidade, sem perder sua homogeneidade. Seus fatores de in- fluência são os: Intrínsecos: atrito interno, coesão, viscosidade. Extrínsecos: dimensões das peças, quantidade e disposição de armaduras, equipamen- tos... A consistência e a função da quantidade de água e a resistência a deformação. 6 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com A compacidade e a função da quantidade de vazios, e está relacionada com o adensa- mento. O travamento e da quantidade de finos, da continuidade dos grãos e está relacionada com a manutenção da homogeneidade. Os métodos de medidas são através da deformação causada a uma massa de concreto fresco, pela aplicação de uma força, através da medida do esforço necessário para causar uma deformação. Todos os métodos de ensaio avaliam alguma propriedade correlata e não a trabalhabi- lidade em si! Segregação é a separação dos constituintes, antes do início da pega. Causas: Diferença de densidade: Argamassa = 2,2 Agregados graúdos = 2,7 Excesso de água Excesso de vibração / adensamento Falta de cuidado no lançamento. O cuidado no lançamento está na molhagem das formas, camadas horizontais com espessura uniforme, cuidados especais com a altura, que deve ser maior que 2,5, adensamento da camada antes do lançamento da próxima, lançamento da próxima quando a primeira ainda estiver plástica e evitar juntas de concretagem, que levam ao favorecimento de planos de fratura. E o adensamento com o vibrador de 5 a 30 segundos e movimentos lentos. 1.3 - Exsudação É o excesso de água na mistura que provoca migração de finos, formando nata de cimento na parte superior, causando consequências como: fissuras na parte superior do con- creto. E a correção é aumentar o teor de finos e utilizar aditivos plastificantes. Se for executar camada superior, deve-se retirar as fissuras provenientes da exsudação sob pena de perda da aderência! 7 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com O excesso de água causa a exsudação e a formação de poros, surgindo canais capilares e ar aprisionado (bolhas). Causando consequências como a permeabilidade e a durabilidade. Há que se encontrar um ponto ótimo, pois é necessário usar mais água que o necessário para as reações químicas, para se ter trabalhabilidade, ou seja, poros são inevitáveis! O ar aprisionado e residual do adensamento e é aproximadamente 1,4% e indesejável. O incorporado é intencionalmente provocado com uso de aditivos, distribuição homogênea, percentual aproximado de 5 a 6% e em concretos leves. A compacidade é o grau de adensamento de concreto, onde a relação entre massa es- pecifica aparente e massa especifica teórica, número de poros totais e maior que 0,8 indica concreto fortemente adensado.Possui relação direta com a resistência mecânica! Quando o concreto está leve sua massa específica e menor que 1,8kg/dm³, quando está normal ele e 2,2 a 2,5 kg/dm³ e quando está pesado 3,2 a 3,5 kg/dm³. E sua massa especifica teórica é considerado Vv = Zero. Para concreto armado, massa específica teórica igual a 7,85 kg / dm³. 1.4 – Cura Para a cura úmida deve manter umidade dias após a concretagem, a água é indispen- sável às reações químicas que ocorrem durante o endurecimento, e os objetivos são impedir a perda precoce de umidade e controlar a temperatura. A velocidade do endurecimento e em fun- ção da temperatura. Evitar sol e vento. E é usual sacos de cimento, serragem, lonas, sacos de estopa, areia... Mas deve ter um cuidado maior, pois pode haver contaminação, através de agregados, água, equipamentos, ferramentas e mão de obra. Pelos agregados são os torrões de argila, ma- teriais pulverulentos, materiais carbonosos, resíduos orgânicos, lascas de madeiras e resíduos plásticos. Pela água a contaminação é a matéria orgânica, resíduos sólidos, sulfatos, cloretos e açúcar. Existe os aditivos que são produtos que adicionados em pequenas quantidades a con- cretos de cimentos Portland modificam algumas de suas propriedades, no sentido de melhor adequá-la a determinadas condições. São eles P plastificantes, R retardador, A acelerador, PR plastificante retardador, PA plastificante acelerador, SP superplastificante, SPR superplastifi- cante retardador, SPA superplastificante acelerador e IAR incorporador de ar. 8 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com O seu uso é em análise de custo benefício (curto e longo prazo), pequena proporção em relação ao cimento, importância da homogeneização e dissolução na água de amassamento. Outros aditivos são os impermeabilizantes que é indicado para a impermeabilização de subsolos, cortinas, poços de elevadores, muros de arrimo, reservatório, estruturas sujeitas a infiltração de lençol freático, etc. E os expansores que provoca ligeira expansão ainda no estado fresco durante a pega (3 a 8% do volume dependendo do produto e da marca), aumentando a aderência e a impermeabilidade. A pega acontece quando adiciona água a um aglomerante hidráulico, depois de certo tempo, começam a ocorrer reações químicas de hidratação, que dão origem a formação de com- postos, que aos poucos, vão fazendo com que a pasta perca sua fluidez, até que deixa de ser deformável para pequenas cargas e se torne rígida. O início da pega e contado a partir do lançamento da água no aglomerante, até ao início das reações químicas com os compostos do aglomerado. Esse fenômeno é caracterizado pelo aumento brusco da viscosidade e pela elevação da temperatura da pasta. Com os cimentos brasileiro o início da pega com o cimento normal o tempo é maior que sessenta minutos, o cimento de pega semi rápida o tempo é de trinta minutos e o cimento de pega rápida o tempo é menor que trinta minutos. E o fim da pega é quando a pasta se solidifica completamente, não significando, entre- tanto, que ela tenha adquirido toda sua resistência, o que só será conseguido após anos. 9 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com 2 – ARGAMASSA 2.1 – Conceito de Argamassa Argamassa é uma mistura composta basicamente por cimento, areia, cal hidratada e água, mas conforme a influência de características regionais, outros materiais têm sido utiliza- dos na sua composição, como o saibro, o barro e o caulim, entre outros. 2.2 – Principais Aplicações Existem vários tipos de situações que podem receber argamassa, dentre elas temos o assentamento de tijolos, blocos, azulejos, cerâmicas, tacos, ladrilhos e etc. também é usada em revestimento de paredes, pisos e tetos, impermeabilização. Em alguns casos também pode ser usado em regularização de superfícies como buracos, ondulação e até desníveis entre outros. A tecnologia das argamassas tem se desenvolvido bastante, colocando à disposição do mercado o produto ideal para cada aplicação. No momento de construir é sempre bom consultar as opções, verificar os custos e os benefícios de cada uma destas soluções. É bom lembrar, neste caso, que a mistura de cimento e água gera uma série de reações químicas durante o processo de pega e endurecimento. Elementos existentes em materiais de origem duvidosa podem interferir nestas reações, prejudicando a argamassa no momento da aplicação, do acabamento ou quanto a sua resistência. 2.3 Tipos de Argamassa Existem três tipos de argamassa disponíveis no mercado atualmente e são denomina- das AC-I, AC-II e AC-III. Cada tipo de argamassa servirá para um determinado serviço e a escolha do melhor tipo a ser utilizado influenciará no desempenho e na qualidade. Em uma obra de construção ou reforma, é comum surgir dúvidas quanto ao tipo de argamassa a ser utilizado. Muitas das vezes a pessoa responsável pela obra não tem conhecimento sobre as propriedades da argamassa e acabam aceitando dicas de vendedores e fornecedores. Um escolha errada do tipo de argamassa pode acarretar problemas futuros como, por exemplo, desplacamento de uma peça cerâmica ocasionando retrabalhos e gastos adicionais. 10 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com 2.3.1 – Tipo AC-I ou (AC1) A argamassa AC-I é comumente utilizada para o assentamento de revestimentos e pi- sos cerâmicos em ambientes internos. Podem ser utilizadas tanto em áreas secas como em áreas molhadas como banheiros e cozinhas. FIGURA 1: Argamassa AC1 2.3.2 – Tipo AC-II ou (AC2) A argamassa AC-II pode ser utilizada tanto em ambientes internos quanto ambientes externos. As propriedades da argamassa AC-II permitem o uso em áreas externas pois tem a capacidade de absorver as variações de temperatura, umidade e ação do vento dos revestimentos cerâmicos e de pisos. Deste modo, a AC-II pode ser utilizada para revestimento externo de paredes e fachadas, pisos em áreas externas, assentamento de revestimento de piscinas de água fria e pisos cerâmicos industriais ou de área pública. FIGURA 2: Argamassa AC2 11 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com 2.3.3 – Tipo AC-III ou (AC3) A argamassa AC-III é a mais aderente dentre os três tipos de argamassa. Por isso, a AC-III é indicada para assentamento de revestimentos cerâmicos em fachadas onde o risco de acidentes por queda das peças é maior, assentamento de revestimento em piscinas de água quente e sauna e para assentamento de revestimentos de placas grandes, maiores do que 60x60cm. FIGURA 3: Argamassa AC3 2.4 – Tipos de argamassas colantes AC-I É indicada para o assentamento de revestimentos e pisos cerâmicos em ambien- tes internos. Podem ser utilizados tanto em áreas molhadas como banheiros e cozinhas. AC-II, indicada para revestimentos externos de paredes e fachadas, pisos em áreasexternas, assentamento de revestimentos de piscinas de água e pisos cerâmicos industriais ou de área pública. AC-II É indicada para assentamento de revestimentos cerâmicos em fachadas, assen- tamento de revestimento em piscinas de água quente e sauna e para assentamento de revesti- mento de placas grandes, maiores do que 60x60 cm. 2.5 – Passo a Passo da aplicação da argamassa 2.5.1 – Materiais necessários para aplicação no piso Nos pisos, os materiais necessários para o assentamento da argamassa são: Cerâmica, porcelanato ou outro tipo de piso, argamassa, desempenadeiras, colher de pedreiro, estopa. 12 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com 2.5.2 - Condições para início da aplicação de argamassa em pisos Os níveis de referência do piso devem estar definidos e o contrapiso deve estar curado no mínimo 14 dias. 2.5.3 – Aplicação da argamassa em pisos 1. Verificar as condições dos dentes da desempenadeira. Estes deve estar em bom estado de conservação. 2. Conferir a planeza do piso onde a argamassa será aplicada. A superfície do contrapiso deve estar limpa e sem qualquer tipo de material que possa prejudicar a aplicação da ar- gamassa sobre o piso 3. Com o lado liso da desempenadeira, aplicar uma camada de argamassa colante sobre toda a área do piso. 4. Em seguida, passar o lado dentado da desempenadeira a uma inclinação de 60° da base, formando cordoes e sulcos paralelos, conforme a figura. 13 _______________ ¹Eng. Nei Rander Borges Silva. Engenheiro Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: eng.neirander@gmail.com ²Eng.ª Neiriane Borges Leite Silva. Engenheira Civil pela Faculdade de Iporá. E-mail: neiryane94@hotmail.com FIGURA 4: Imagem Ilustrativa. 5. A argamassa nunca deve ser aplicada pelo processo de pingo pois pode ocasionar na for- mação de regiões ocas no piso assentado. 14 REFERÊNCIAS DESCONHECIDO. Como aplicar argamassa em pisos passo a passo. Disponível em: http://www.escolaengenharia.com.br. Acessado em 29/11/2016. DESCONHECIDO. Argamassa. Disponível em: http://www.portaldoconcreto.com.br. Aces- sado em 29/11/2016. DESCONHECIDO. Tipos de argamassa – AC-I, AC-II e AC-III. Disponível em: http://www.es- colaengenharia.com.br. Acessado em 29/11/2016. DESCONHECIDO. Concreto. Disponível em: http://www.portaldoconcreto.com.br. Acessado em 30/11/2016. REDIMIX. Tipos de Concreto. Disponível em: http://www.redimix.com.br. Acessado em 30/11/2016. DESCONHECIDO. Consistência do Concreto. Disponível em: http://www.portaldocon- creto.com.br. Acessado em 30/11/2016. DESCONHECIDO. Resistência Característica do Concreto a Compressão. Disponível em: http://www.portaldoconcreto.com.br. Acessado em 01/12/2016. SANTOS, ALTARIR. Início e Fim. Qual a utilidade. Disponível em: http://www.portaldocon- creto.com.br. Acessado em 02/12/2016.
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