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Aula 5 - 03 LITOGRAVURA dia 08-03

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IMPRESSÃO COM MATRIZES PLANAS
LITOGRAVURA
Profa. Anna Maria Affonso dos Santos
Ao contrário das outras técnicas da gravura, a litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através da gordura aplicada sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na xilogravura e na gravura em metal.
ORIGEM
Termo de origem grega: lithos (pedra) e graphein (escrever). 
Esta técnica de impressão utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas.
Aloysius Senefelder (1771-1834) descreveu a sua descoberta no "Tratado da Litografia" escrito em 1818, e que, em resumo, consiste no seguinte processo:
 As pedras eram desenhadas ou escritas com uma tinta pastosa composta por cera, sabão e negro de fumo. Aplicava-se um ácido que não atacava as partes escritas, que estavam protegidas pelas tinta, mas somente as zonas a descoberto. Deste modo obtinha um ligeiro alto relevo, que entintava e imprimia.
Senefelder  Inventou um processo químico que permitia uma impressão econômica e menos morosa que os procedimentos gráficos da época.
A invenção abriu novos caminhos para a produção artística como significa também um enorme passo na evolução da impressão de caráter comercial.
APLICAÇÕES
A litografia foi usada extensivamente nos primórdios da imprensa moderna no século XIX para impressão de toda sorte de documentos, rótulos, cartazes, mapas, jornais, dentre outros, além de possibilitar uma nova técnica expressiva para os artistas.
Permite a impressão sobre plástico, madeira, tecido e papel. Este expediente artístico atingiu seu apogeu nas últimas décadas do século XIX. Diversos artistas franceses, como Jules Cheret, Toulouse-Lautrec, Bonnard, entre outros, promoveram uma renovação da litografia a cores, criando excelentes cartazes.
Jules Chéret,Bal du Moulin Rouge, 1889. Litografia a cores, 124 x 88 cm
CARTAZES: 
Toulouse Lautrec e Jules Cheret
Toulouse Lautrec, Jane Avril no Jardim de Paris. Cartaz em Litografia, 1893.
Joan Miró, litogravura s/papel, motivo "Constellations (Constelações)“.
Pablo Picasso, litogravura s/papel, Dom Quixote, 1955.
POSSIBILIDADES EXPRESSIVAS
 A litografia é o único sistema de gravura que permite um desenho espontâneo. As possibilidades expressivas são infinitas: a utilização de lápis litográficos de diferentes teores de gordura e crayons litográficos aproximam-na do desenho; o tuche diluído em água ou solvente pincelado, respingado ou até mesmo esfregado na superfície da pedra poderá relacionar-se à aquarela e o gesto mais ou menos agressivo da pintura. A exploração de aguadas, as relações do positivo/negativo, os carimbos, o xerox, os raspados e as texturas são apenas alguns exemplos desta diversidade de procedimentos e técnicas.
Litografia feitas por George Shaw (1801).
Litografia feitas por Charles Orbigny (1849). 
Litografia de Traugott Bromme (1867)
Granitar a pedra com grãos de variados tipos.
Iníciar a gravação com lápis gorduroso (litográfico, dermatográfico) ou tinta própria.
Passar a goma arábica, espalhando-a uniformemente por toda a pedra para proteger as placas gravadas.
Untar a pedra com Breu, que irá fixar a gordura do lápis ou tinta.
Derramar querosene em cima da pedra, para retirar o pigmento do material usado para o desenho. A imagem gravada desaparecerá por completo.
Com uma espoja, umedecer a pedra e passar o rolo com tinta. A imagem voltará a aparecer. As primeiras sairão fracas.
O PROCESSO
Uma prensa usada na litografia
A espessura da pedra deve ser de pelo menos 5 cm, para evitar rachaduras. O papel (ou outro material) é colocado sobre a pedra, de maneira alinhada. A pedra é colocada sobre a superfície plana da prensa que desliza sob a pressão de uma trave chamada ratora. Gira-se a manivela com cuidado para que a ratora não ultrapasse o limite da pedra, causando um acidente, devido a forte pressão. O desenho será impresso de maneira espelhada no papel, assim como nas outras modalidades da gravura. A litografia permite tirar muitas cópias da mesma matriz. Depois de tiradas as cópias desejadas, a pedra está pronta para ser limpa e reutilizada.
A IMPRESSÃO
LITOGRAFIA A CORES
Utiliza o mesmo sistema de outros gêneros de impressão, e requer uma pedra para cada cor.
Na pedra, a composição é executada com materiais utilizados no processo em preto, ou seja: lápis carvão litográfico ou tusche. As cores são utilizadas apenas durante a impressão e devem obedecer a um registro para que coincidam nos pontos determinados
CROMOLITOGRAFIA
O termo deriva do grego chroma (cor), lithos  (pedra) e gráfico (de graphein, desenho). É um método da litografia através da qual os desenhos são impressos em cores. Os exemplares mais refinados conseguem uma boa aproximação do efeito da pintura. 
Capa de uma caixa de cigarros de 1910.
Cartão Postal de 1905 em cromolitografia.
FOTOLITOGRAFIA
Técnica de gravação fotográfica sobre pedras litográficas. 
1º. experimentos realizados em Paris em 1851.
Fulvio Pacheco, litogravura, 2011.
LITO EM CHAPAS DE ZINCO
Muito aceita na litografia comercial (a partir de 1895, com a descoberta da impressão rotativa). Utiliza também a prensa manual.
Facilidade no transporte e armazenagem (eram chapas finas).
A falta de porosidade no metal não permite que os elementos graxos penetrem nele com tanta intensidade. Exige também maior cuidado no manuseio. Permite a sobreposição de tonalidades.
Na preparação da chapa são utilizados outros elementos químicos (ácidos acético, fosfórico e tânico).
OFSETE (OFFSET) = “fora do lugar”
Descendente da litografia, segue seu princípio básico: repulsão da água pelo óleo. Usa matriz metálica de zinco, alumínio ou polimetálica. De utilização industrial a partir de 1904.
Associada a máquinas de impressão rotativa, a chapa de ofsete é flexível (envolve um cilindro).
A impressão é indireta, onde o cilindro matriz passa a tinta da imagem para um outro cilindro, revestido de borracha, que por sua vez a repassa para o papel. 
A impressão em offset é utilizada principalmente para grandes tiragens; para menores volumes, sua utilização não compensa, já que o custo inicial da produção torna-a proibitiva. São três cilindros básicos: o da matriz, o revestido de borracha, que transfere a tinta; e um outro que pressiona o papel contra o anterior. Além disso também existem os cilindros que passam a tinta para a matriz (entintadores) e outros que a mantém molhada (molhadores).
IMPRESSÃO EM OFFSETE
IMPRESSÃO PLANA - FOTOLITO
Fotolitos: filmes transparentes nos quais se fixam os textos e as imagens. Através de composto químico as chapas metálicas recebem a gravação das imagens e textos. 
Equipamentos mais modernos dispensam o fotolito pois executam a gravação da matriz metálica a partir de comandos de computador em um CD.
COMO SE FAZ UM FOTOLITO
O fotolito, aderido a chapa por vácuo, é exposto a luz por algum tempo. A luz possibilita que as imagens do fotolito sejam impressas na chapa – essa etapa chama-se gravação ou sensibilização. Nesta etapa, a luz “amolece” a emulsão na chapa. Tudo que foi exposto a luz, irá passar a atrair a umidade, enquanto a área que não foi exposta “endurece” e passa a atrair gordura (neste caso, a tinta). Em seguida, a chapa é lavada com químicos específicos que irão reagir com as áreas expostas à luz tanto quanto com as áreas não expostas, etapa que leva o nome de revelação.
FOTOLITO DIGITAL
É um processo de transferência das informações da arte final editada eletronicamente, com a utilização de modernos recursos de computação gráfica, para o suporte do filme transparente. Esta transferência de informações no modo digital tem a precisão e a qualidade de ferramentas com a projeção de lazer sobre um filme ultra-sensível. Esse processo é utilizado principalmente para a seleção de cores em impressões com policromia.
O grande diferencial entre uma gráfica rápida e uma gráfica offset está nos processos que cada
uma utiliza para imprimir as peças gráficas. A gráfica rápida utiliza o processo digital, e os métodos utilizados são: a laser, a jato de tinta, a cera. Na gráfica offset o processo inicia-se com o envio do arquivo para a gravação da chapa e depois para à impressora para começar a rodar o material.
EXEMPLOS DE FOTOLITOS DIGITAIS
FOTOLITOS NA ATUALIDADE
Os filmes (fotolitos) antes montados em bases de astralon (página a página, cor a cor) são montados em computadores (PCs ou Macintoshes), a partir de arquivos digitais e com softwares específicos para imposição das páginas.

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