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* * IMPRESSÃO COM MATRIZES A ENTALHE: CALCOGRAFIA (GRAVURA EM METAL) Profa. Anna Maria Affonso dos Santos * * CALCOGRAFIA (cobre+grafia) Gravação em chapa de metal (cobre, aço, zinco e alumínio). Origem: surge na metade do séc.XV (por volta de 1446), ligada à atividade do ourives. No séc. XVI consolida-se em toda a Europa como forma de expressão artística impressa Representação da técnica de gravura em metal , 1760 * * * * Calcografia direta Gravura em metal de Dürer, A Morte, o Cavaleiro e o Diabo. * * IMPRESSÃO A ENTALHE Matriz com sulcos (cavada). Sofre forte pressão de uma prensa de cilindros, para que o papel absorva os entalhes. Inverso da impressão em relevo pois busca a tinta dentro dos traços entalhados da matriz. * * 1. Realização do bisel, ou chanfro. 2. Desoxidação com vinagre e sal numa chapa de cobre. PREPARAÇÃO DA CHAPA Chanfradura. Feita nas bordas da placa de metal, para evitar que na ocasião da tiragem as arestas rompam o papel. Marca deixada no papel por essa chanfradura; testemunha, vinco. * * CALCOGRAFIA DIRETA: Matrizes obtidas através de meios unicamente mecânicos, pela ação de uma ferramenta, sem o recurso a mordentes. Diferentes processos de calcografia direta são: Buril (talho-doce), Ponta-Seca, Pontilhado, Maneira negra (Mezzo-Tinto). CALCOGRAFIA INDIRETA: Matrizes em que os sulcos resultam de uma reação química de corrosão entre um metal e um ácido ou entre um metal e um sal, que funcionam como mordentes: Diferentes processos de calcografia indireta são: Água-Forte, Água-Tinta, Verniz Mole, Calcografia a Cor, Gravura em Matriz de Aço. MÉTODOS DE GRAVAÇÃO * * TÉCNICA DE “BURIL” Executada em corte obtido através do buril de vários formatos. Realizado sobre chapa de cobre vermelho. O buril também foi usado inicialmente na xilogravura, nas gravuras de topo. O traço é contínuo e limpo, não havendo atrito sobre o metal. Obtém-se um contraste radical entre o branco e a cor. Utiliza-se um desbarbador para retirar as rebarbas e suavizar os traços. Exemplo de trabalho feito com um buril * * TIPOS DE BURIL * * Martin Schongauer (1448-1491). Virgem Transforada, sem dada. Buril. Masp, Luzes do Norte, Renascimento Alemão. * * TÉCNICA DE “PONTA SECA” Instrumento que consiste de uma ponta aguda e dura (afiada) montada em um cabo, usualmente longo e roliço. Manuseada como um lápis para riscar e sulcar o metal, sem subtrair este material. Produz linhas aveludadas, numa transição suave entre a tinta e o branco (produz os meio-tons). Tem tiragem limitada pois achata as linhas gravadas. Ponta Seca Para Gravura em Metal Calcografia com Ponta Seca * * “Trata-se de um método aparentemente fácil. Basta atacar diretamente o metal com uma ponta de aço. A profundidade do traço depende da pressão que se faz com a mão. O Gravador deve segurar o buril o mais perpendicularmente possível em relação à superfície da chapa para obter duas rebarbas fortes nas bordas do traço. Gravando com a ponta inclinada, resulta um traço menos profundo e, por conseguinte, obtém-se uma rebarba mais fraca, menor do lado da mão. As rebarbas, características deste método direto, não devem ser cortadas. São nelas que a tinta de impressão se agarra e delas depende a força da linha gravada. Pode-se naturalmente cortar uma parte da rebarba, quando esta operação corresponde às necessidades do nosso trabalho. E, neste caso, usa-se o raspador no sentido do comprimento da linha. É melhor fazer esta correção com a chapa atintada, o que permite sejam vistos os valores que devem ser suprimidos. Pode-se marcar o desenho, usando-se nanquim, lápis de cera, crayon litográfico ou lápis simplesmente. A ponta seca gasta-se facilmente, motivo pelo qual não se deve tirar repetidas cópias antes de terminado o trabalho. É o processo que mais sofre a pressão da prensa. Convém cromar a chapa para se aumentar as possibilidades da tiragem.” CAMARGO, Iberê. A Gravura. Topal, São Paulo, 1975. * * Gravuras com Ponta seca do australiano Martin Lewis. * * Calcogravura, ponta-seca, Lasar Segall. "Cidade fantástica" gravura à ponta-seca, 1961. Darel Valença * * TÉCNICA “MANEIRA NEGRA” (MEIA TINTA) Surge na Holanda, em 1642. Trabalha-se do negro para o branco - granita-se a placa com o berceaux ou granidor, que tem várias pontas para cavar e marcar com pequenas depressões a placa – também pode-se usar roulettes, pequenas rodinhas metálicas, que deixam pontos crivados para se obter efeito de crayon. Em seguida ela é entintada e polida com um brunidor e raspada com um rascador para se obter o branco na impressão. As figuras se definirão pelas áreas polidas. Serão obtidos os meios-tons e claro-escuros num efeito penumbra. Limita o numero de cópias pois a prensa pode danificar os efeitos obtidos na matriz "Berceaux" * * O Berçoaux O Raspador Òleo e Brunidor * * Calcogravura em maneira negra. Pretos aveludados e brancos surgindo na imagem, meio em degradé. * * PROCESSOS QUÍMICOS A corrosão é feita por líquidos, mordentes, ácidos (ex. ácido clorídrico e percolato de ferro). Os processos são: ÁGUA - FORTE ÁGUA – TINTA OUTRAS TÉCNICAS : VERNIS MOLE, GRAVAÇÃO A ENXOFRE, À BONECA, A AÇUCAR, A SAL,... * * TÉCNICA “ÁGUA FORTE” A chapa de cobre é no inicio protegida inteiramente por um verniz (frente e verso e nas bordas). Desenha-se depois com uma ponta seca, que retira o verniz das áreas desejadas. A placa então é imersa no liquido corrosivo (ácido nítrico), que gravará o desenho. Quanto mais tempo de exposição, maiores serão os sulcos e maiores os traços. É usual ocorrerem sucessivos banhos. Traços fortes no início e mais suaves nas últimas mordeduras. Esta técnica permite ao gravador grande liberdade de expressão pois não exige força e é semelhante ao uso de um lápis (diferente do método mecânico que impõe destreza na mão). Uso de pontas de espessuras variadas. Usada primeiro para gravar e decorar armas pelos árabes e na arte da joalheria e no séc. XVI para estampa por grandes artistas (Rembrandt), por oferecer variações sutis de linhas grossas e negras ou, finas e tênues. Apresenta limitações quanto a obtenção de meios-tons. * * 1. Aplicação do verniz 2. Retirando o verniz – criação do desenho 3. Protegendo o verso com goma laca. 4. Chapa no ácido agitar a bacia para não acumular ácido. Lavagem da placa. Em seguida deve-se desengordurar a placa com álcool e talco para iniciar impressão. * * As Três Cruzes, gravura de Rembrandt. Nesta cena bíblica Rembrandt mostra a crucificação de Jesus no Monte Golgota. Toda composição foi desenhada com ponta seca e buril diretamente sobre a chapa de metal (matriz). A técnica de gravura utilizada foi água-forte. * * São gravuras em metal, água-forte sobre zinco, de Anita Malfatti no início de sua carreira. * * TÉCNICA “ÁGUA – TINTA” Pulverizam-se áreas da placa com uma resina – breu em pó – que quando aquecida fixa-se à superfície do metal. A placa é imersa no líquido corrosivo, que ataca as áreas não recobertas pela resina. Serão áreas com minúsculas e inúmeras depressões que produzirão os meio-tons na impressão (só tons e não linhas). Usada como complemento da água-forte. Calcografia em água tinta * * Goya fazia gravuras somente com água-tinta * * TÉCNICA “VERNIZ MOLE” Usada no final do séc. XVII. Verniz não secante usado para pressionar e imprimir texturas (tecido, lixa, talagarça,...) sobre a chapa de metal. * * PROCESSO “VERNIZ MOLE” 1) Vedar a chapa pouco aquecida com uma porção de cera de verniz mole. Pode-se usar no lugar da cera, sebo grosso, manteiga sem sal, cera negra ou asfalto líquido. 2) Aplicar a textura à chapa e levar à prensa. 3) Os desenhos ficam marcados na cera, que abre claros na chapa após a retirada do elemento prensado. 4) Aplicar banho rápido em ácido (mordente holandês). Retirar a cera. 5) Pode-se também tintar a talagarça (ou outro material) e aplicar sob pressão à chapa. Estas partes impressas ficarão protegidas do ácido e proporcionarão texturas brancas na imagem sobre o papel. * * Uma folha é tintada em asfalto. Gravado no mordente, o desenho da folha ficará em relevo sobre a chapa * * GRAVAÇÃO EM PLÁSTICOS A ponta seca pode ser utilizada em todos os plásticos: no acrílico, cuja superfície é muito dura, obtemos um resultado mais parecido com a ponta seca sobre o cobre; no PVC é aproximado, assim como no policarbonato. O buril, também pode ser usado em todos os plásticos. Tende a dar uma linha muito funda, que dificulta a impressão em oco, mas, dá um ótimo resultado na impressão em relevo. * * Gravando a matriz de plástico com um soldador elétrico. Impressão da matriz de plástico: ponta seca e pirógrafo em matriz de poliestireno * * ARTISTAS GRAVADORES MARCELLO GRASSMAN * * Técnica de impressão em sala de aula * * QUESTÕES CALCOGRAFIA EXPLIQUE NO QUE CONSISTE A CALCOGRAFIA? DIFERENCIE OS PROCESSOS MECÂNICOS E QUÍMICOS UTILIZADOS NA CALCOGRAFIA. NO QUE CONSISTE A GRAVAÇAO A BURIL? QUAIS OS EFEITOS PRODUZIDOS POR ESTE INSTRUMENTO? DIFERENCIE O BURIL DA PONTA SECA NA CALCOGRAFIA. EXPLIQUE DETALHADAMENTE A TÉCNICA DA MEIA-TINTA (MANEIRA NEGRA) NA CALCOGRAFIA. O QUE É BEREAUX E QUAL É O EFEITO QUE ELE PRODUZ NA GRAVURA? QUAL É A RAZAO DE ARTISTAS COMO REMBRANDT PREFERIREM A TÉCNICA DA ÁGUA FORTE EM SUAS GRAVURAS? DIFERENCIE AS TÉCNICAS DE ÁGUA-FORTE E ÁGUA-TINTA. A TÉCNICA DO VERNIZ MOLE POSSIBILITA A OBTENÇÃO DE DIFERENTES TEXTURAS. EXPLIQUE ESTA TÉCNICA. POR QUE NA GRAVURA EM METAL É NECESSÁRIA A PRENSA EM CILINDRO? DIFERENCIE A CALCOGRAFIA DA XILOGRAFIA UMA VEZ QUE AMBAS REFEREM-SE A IMPRESSAO A ENTALHE. POR QUE NOS PROCESSOS QUÍMICOS OS ARTISTAS SE UTILIZAM DE VÁRIAS TIRAGENS ATÉ ALCANÇAREM A DEFINITIVA? É POSSÍVEL MESCLAR OS PROCESSOS MECÂNICOS COM OS QUÍMICOS? EXEMPLIFIQUE. POR QUE ARTISTA COMO GOYA PREFERIRAM A TÉCNICA DE ÁGUA TINTA? NOS PROCESSOS QUÍMICOS AS ESPESSURAS DAS LINHAS SÃO OBTIDAS ATRAVÉS DE DIFERENTES BANHOS DE ÁCIDO. EXPLIQUE.
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