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Sedação consciente

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Universidade Fernando Pessoa
Sedação Inalatória 
em Medicina Dentária
Margarida Barbosa
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
 
Histórico
HORACE WELLS 
o “Descobridor da Anestesia” 
Reconhecido pela ADA (American Dental Association) em 1864.
Reconhecido pela AMA (American Medical Association) em 1870.
 Horace Wells (1815 – 1848)
 
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
 
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
N2O
Farmacologia 
NH4NO3 → N2O + 2H2O
O protóxido de azoto é obtido através do aquecimento (240o) do nitrato de amónio (NH4NO3). Nesta temperatura o nitrato de amónio decompõe-se em protóxido de azoto e vapor de água e alguns contaminantes.
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
N2O
PROPRIEDADES ANALGÉSICAS
 Dose dependente
 Concentrações superiores a 10%
 Concentrações > 40% acção hipnótica
 Efeito máximo aos 2-3 min. 
 Acção espinhal e supra-espinhal
 Activação receptores opióides kappa
 Estimula libertação de péptideos opióides 
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
 incolor
 não irritante
 odor e sabor leve e agradável
 absorção e eliminação rápidas
 não é inflamável
 baixa solubilidade sanguínea
Após inalado não provoca alterações :
 batimento cardíaco
 pressão arterial
 frequência respiratória 
 saturação periférica do oxigénio
N2O
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Sedação Consciente / Anestesia geral
Segundo as definições estabelecidas em 1997 pela ADA :
Sedação consciente – Definida como um estado de depressão da consciência no qual existe a capacidade de manter em funcionamento as vias aéreas independentemente, de responder apropriadamente a estímulos físicos e comando verbal.
Anestesia Geral – Definida como um estado de inconsciência controlada, acompanhada pela perda dos reflexos de protecção, incluindo incapacidade de manter o funcionamento das vias aéreas e de responder ao comando verbal .
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Sedação Consciente versus Anestesia geral
Paciente acordado (consciente)
Respira voluntariamente
Máscara nasal (não entubado)
Não provoca analgesia completa
Obedece ao comando verbal
Não perde reflexos protectores
Não restringe as actividades do paciente
Paciente a dormir (inconsciente)
Respira auxiliado com aparelho ou assistido manualmente
Sistema fechado (entubado)
Provoca analgesia completa
Não obedece ao comando verbal
Perde reflexos protectores
Restringe as actividades do paciente
Sedação Consciente
Anestesia Geral
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Equipamentos
Fluxómetro
Válvulas e conexões
Máscara Nasal
Traqueias - Cilindros
Manómetro
Balão Reservatório
Sistema de Exaustão (Vácuo)
Oximetro de Pulso
 
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Técnica Aplicada
Coloca-se a máscara nasal no paciente instruindo-o para ajustar a máscara de forma mais confortável. Estabelece-se um fluxo de 5 ou 6 Lpm (litro por minuto) de 100% de oxigénio.
Enquanto o paciente está a respirar 100% de oxigénio o fluxo poderá ser ajustado se necessário. O paciente deve respirar confortavelmente, inspirando e expirando com a máscara na posição estabelecida.
Inicia-se o fluxo de protóxido de azoto aproximadamente a 20%. Depois aumenta-se gradualmente 10% de protóxido de azoto a cada 60 segundos até se estabelecer uma sedação ideal.
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Quando o paciente apresentar-se num estado em que se sente cómodo e mais relaxado, foi estabelecido o nível de sedação clínica ideal.
Atingido este nível ideal de sedação, administra-se o anestésico local, conforme já planeado.
Ao terminar o fluxo de protóxido de azoto, o paciente irá respirar 100% de oxigénio equivalente ao fluxo Lpm estabelecido. Para assegurar uma recuperação expediente, o encerramento do fluxo poderá começar um pouco antes do fim do procedimento clínico.
O paciente só pode ter alta do consultório quando recuperar completamente do estado sedativo. 
(Malamed & Clark, 2003)
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
 
Monitorização
É necessário estabelecer um interrogatório com o paciente avaliando os seguintes factores:
 Intensidade
 Carácter
 Duração e padrão de ocorrência
 Região
 Etiologia
A intensidade de sedação deverá ser avaliada de duas formas:
Sedação Insuficiente – associado a desconforto, agitação, ventilação inadequada, hipertensão. 
Sedação Profunda – associado a depressão respiratória, hipotensão, bradicardia.
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Escala de Ramsay
 
Com a monitorização os efeitos indesejáveis são minimizados, assegurando uma melhor qualidade de sedação.
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
A manutenção e monitorização do protóxido de azoto e equipamento segundo as recomendações da ADA 
(American Dental Administration)
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Os médicos dentistas devem ter no consultório constituintes de emergência segundo a Ordem dos Médicos Dentistas.
 
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Documentação
Ficha Clínica
Anamnese
Consentimento informado
Ficha de monitorização
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Indicações
Pacientes hiperactivos; com distúrbios físicos e/ou mentais; especiais; idosos; com doenças crónicas; incapacitados de suportar o tempo de duração do tratamento em casos mais complexos;
Pacientes com medo e ansiedade;
Redução do desconforto da utilização de instrumentos giratórios e instrumentação periodontal- raspagens e alisamentos radiculares;
Coadjuvante terapêutico em drenagens de abcessos quando a anestesia local é dificultada pelo baixo pH tecidual;
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Indicações
Tratamentos prolongados como em cirurgias de terceiros molares, levantamento do seio maxilar e em casos de colocação de implantes;
Tratamentos endodônticos em que a dor referida é intensa;
Realização de vários tratamentos apenas numa sessão mais prolongada, evitando a intervenção em várias sessões;
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Contra-indicações relativas
 Pacientes susceptíveis de inviabilizar a máscara nasal;
Gravidez;
Obstrução das vias aéreas superiores;
Incapacidade de cooperação;
Paciente com doença sistémica não controlada;
Incapacidade de respirar pelo nariz com a boca aberta. 
 
 
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Contra-indicações absolutas
Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (enfisema, bronquite severa);
Pacientes com história de quimioterapia com o fármaco bleomicina há pelo menos 1 ano, devido ao inerente risco de fibrose pulmonar provocada pela bleomicina;
Pacientes com doença sistémica descompensada com risco de vida;
Pacientes em fase terminal;
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Complicações
 Náuseas e vómitos;
 Grau de excitação;
 Hipóxia de difusão (residual)
 Isquemia do miocárdio;
 Depressão da medula óssea; 
 Poluição no ambiente por fuga do N2O para a atmosfera.
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Vantagens
 Efeito analgésico, não irritante e não inflamável;
 Não possui efeitos adversos sobre o fígado, rim, cérebro, sistemas cardiovasculares e respiratório (estabilidade hemodinâmica);
 Rápida indução e recuperação anestésicas;
 Possibilidade do paciente ser doseado gradualmente;
 Técnica com baixo risco;
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Desvantagens
 Necessidade de aceitação e cooperação no uso da máscara nasal;
 
Efeito individual variável;
 Risco interno Ocupacional;
Directas
 Baixa Potência do N2O;
 Espaço para o equipamento;
 Custo;
Necessidade de formação dos profissionais envolvidos;
 Variação individual dos efeitos clínicos entre os pacientes.
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Técnicas de abordagem em pacientes com necessidades especiais 
O paciente com necessidades especiais (PNE) é todo o indivíduo que apresenta determinados desvios dos padrões de normalidade, identificáveis ou não, e que por isso necessita de atenção e abordagens especiais por um período de sua vida ou indefinidamente .
Educacionais
Procedimentos de ajuda
Contenção física 
Técnicas farmacológicas
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Sedação Inalatória em Medicina Dentária
Conclusão
A sedação inalatória quando associada à anestesia local promove um controlo da ansiedade e dor eficiente.
A monitorização e a manutenção juntamente com uma boa documentação promovem uma boa eficiência para o futuro da sedação inalatória.
Os pacientes com necessidades especiais (PNE) são cada vez mais frequentes no consultório dentário.
 
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