Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE POTIGUAR ESCOLA DE DIREITO TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS MOSSORÓ 2016 Amanda Viviane de Lima Danilo Henrique B. Bezerra Francisco Lucas G. de Morais José Fonseca M. Júnior Pablo Diógenes Q. dos Santos TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS TRABALHO APRESENTADO À DISCIPLINA DE DIREITO CONSTITUCIONAL I – UNIVERSIDADE POTIGUAR – MOSSORÓ – RN PROF. YURI MARQUES DE MELO MOSSORÓ 2016 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como cerne, apresentar de forma clara e concisa as etapas e características inerentes aos direitos fundamentais. Dentro de um retrospecto histórico, apresentando seu surgimento a partir, da declaração universal dos direitos do homem como resposta as atrocidades cometidas contra a dignidade da pessoa humana, tendo como escopo a internalização dos direitos fundamentais por parte dos Estados, devendo esse proteger e assegurar a todos os cidadãos sua obtenção. Abordando ainda, temas como: a origem dos Direitos Fundamentais, seu conceito, limites e características, dentre outros. 2. ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS A evolução histórica dos direitos inerentes à pessoa humana é lenta e gradual. Não são reconhecidos ou construídos todos de uma vez, mas sim conforme a própria experiência da vida humana em sociedade, por isso é de extrema importância, para entender seu significado atual compreender como eles foram observados em eras passadas. A luta do homem pela garantia de direitos mínimos teve início há muitos séculos. Uma das primeiras conquistas das liberdades mínimas foi a chamada Carta Magna, conferida na Inglaterra de 1215 pelo Rei João Sem Terra. Foi senão na Inglaterra que a igualdade civil e a liberdade política se manifestaram no mundo moderno como condições indispensáveis à vida social. Em seguida veio a Declaração de Virgínia de 1776, com o escopo de estruturar um governo democrático, com um sistema de limitação de poderes, já influenciada pelas ascendentes doutrinas de Jean-Jacques Rousseau e Montesquieu. Seguindo essa orientação, surge, em 1791, a Declaração Norte-Americana (Bill of Rights), em que se asseguravam os direitos fundamentais Logo após a segunda guerra mundial com a descoberta das barbáries praticadas pelos regimes Nazistas (Alemanha) e Fascistas (Itália) resguardados pelo ordenamento jurídico vigente, inicia- se um processo de construção de uma teoria do direito focado na dignidade da pessoa humana e na força normativa das constituições. A Organização das Nações Unidas (ONU) em resposta a comoção gerada mundialmente pela forma degradante de tratamento da pessoa humana cria a declaração universal dos direitos humanos (DUDH), promovendo uma reaproximação do Direito com a moral. Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homem conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de ummundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem; (Declaração Universal dos Direitos Humanos - ONU, 1948) Posteriormente a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, os países membros das nações unidas reconheceram as normas com o objetivo que cada indivíduo e órgão tivesse em mente a ideia de bem comum a ser atingido por povos e nações. “Ressalte-se que o estabelecimento de constituições escritas está diretamente ligado à edição de declarações de direitos do homem. Com a finalidade de estabelecimento de limites ao poder político, ocorrendo a incorporação de direitos subjetivos do homem em normas formalmente básicas, subtraindo-se seu reconhecimento e garantia à disponibilidade do legislador ordinário. ” (MORAES, 2016, p. 90) 2.1. DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Modernamente, a doutrina apresenta a classificação dos direitos fundamentais de primeira, segunda e terceira, dimensões, baseando- se na ordem histórica em que passaram a ser constitucionalmente reconhecidos. Alguns autores ainda defendem os direitos fundamentais de quarta e quinta dimensões. A primeira dimensão diz respeito aos primeiros direitos pelo qual a humanidade lutou, marcadas de revoluções como a Revolução Puritana e Gloriosa na Inglaterra em 1688; a Independência dos EUA em 1776 e a Revolução Francesa em 1789. Tinham como objetivo principal garantir o indivíduo contra abusos do Poder do Estado, impondo o não fazer ao Estado (Direitos Negativos) e a criação de direitos individuais com algumas liberdades de caráter civil e política. A segunda dimensão trata-se dos direitos sociais, econômicos e culturais. São os direitos positivos derivados da Revolução Industrial e Socialista Russa (1917). Busca-se nesse momento garantir condições mínimas para os excluídos, como direito a saúde, educação e moradia, obrigando o Estado a fazer/dar (Direitos Positivos). A terceira dimensão deriva da terceira Revolução Industrial. Nasce o sentimento de fraternidade e solidariedade, buscando direitos para todos e não para o indivíduo isoladamente, como os direitos do consumidor, direito à paz e ao desenvolvimento. Existem doutrinadores que defendem a existência dos direitos de quarta dimensão, apesar de ainda não haver consenso na doutrina sobre qual o conteúdo dessa espécie de direito. Segundo Noberto Bobbio, tratam-se dos direitos relacionados à engenharia genética. Por outro lado, Paulo Bonavides também defende a existência dos direitos de quarta dimensão, com aspecto introduzido pela globalização política, relacionados à democracia, à informação e ao pluralismo. Paulo Bonavides ainda defende a existência de uma quinta dimensão, pois entende que o direito à paz, ao invés de ser tratado na terceira dimensão deva ser tratado em dimensão autônoma, chegando a afirmar que a paz é axioma da democracia participativa, ou, ainda, supremo direito da humanidade. 3. DIREITOS FUNDAMENTAIS Os direitos fundamentais podem ser conceituados como os direitos considerados básicos para qualquer ser humano, independentemente de condições pessoais específicas. São direitos que compõem um núcleo intangível de direitos dos seres humanos submetidos a uma determinada ordem jurídica. Diferem dos direitos humanos no quesito de fonte, pois os direitos humanos foram estabelecidos por meio dos tratados internacionais; já os direitos fundamentais são elaborados de acordo com as constituições de cada país, podendo seu conteúdo variar de acordo com cada Estado. 3.1. CARACTERÍSTICAS De acordo com a doutrina dominante podemos citar como características dos direitos fundamentais: Historicidade; Universalidade; Limitabilidade; Concorrência; Irrenunciabilidade; Inalienabilidade e a Imprescritibilidade. ● Historicidade: os direitos fundamentais não nasceram de uma única vez, sendo fruto de uma evolução e desenvolvimento histórico e cultural, passando pelas diversas revoluções e chegando aos dias atuais. ● Universalidade: “destinam-se, de modo indiscriminado, a todos os seres humanos. ” (LENZA, 2015, p. 1631) ● Limitabilidade ou Relatividade:segundo Lenza, “os direitos fundamentais não são absolutos, havendo, muitas vezes, no caso concreto, confronto, conflito de interesses. A solução ou vem discriminada na própria Constituição (ex.: direito de propriedade versus desapropriação), ou caberá ao intérprete, ou magistrado, no caso concreto, decidir qual direito deverá prevalecer, levando em consideração a regra da máxima observância dos direitos fundamentais envolvidos, conjugando-a com a sua mínima restrição; ” (LENZA, 2015, p. 1632) ● Concorrência: ainda utilizando as palavras de Pedro Lenza, na prima da concorrência, os direitos “podem ser exercidos cumulativamente, quando, por exemplo, o jornalista transmite uma notícia (direito de informação) e, ao mesmo tempo, emite uma opinião (direito de opinião); ” (LENZA, 2015, p. 1632) ● Irrenunciabilidade: sob esta primapodemos afirmar que o que pode ocorrer é sua não utilização, mas nunca a sua renunciabilidade. ● Inalienabilidade: tais direitos são intransferíveis, inegociáveis e indisponíveis, estando fora do comércio. Tal inalienabilidade resulta da dignidade da pessoa humana, sendo que o homem jamais poderá deixar de ser homem, tendo sempre os direitos fundamentais como alicerce para garantia de tal condição. ● Imprescritibilidade: podemos afirmar que os direitos fundamentais não se perdem com o tempo, não prescrevem, uma vez que são sempre exercíveis e exercidos, não sendo perdidos pela falta de uso (prescrição); tal regra não é absoluta, existindo direitos que, eventualmente podem ser atingidos pela prescrição, como é o caso da propriedade, que não sendo exercida, poderá ser atingida pela usucapião. 3.2. DIMENSÕES SUBJETIVA E OBJETIVA Os Direitos fundamentais apresentam um duplo caráter. Os direitos subjetivos, dos particulares, ou direitos de defesa contra os poderes estatais. Existe também os direitos objetivos, da coletividade, determinando os limites e o modo de cumprimento das tarefas estatais. A dimensão subjetiva é aquela que diz respeito aos direitos de proteção e de exigência de prestação por parte do indivíduo em face do poder público e sua posição jurídica, na faculdade de o titular de um direito exigir uma ação ou uma abstenção do Estado ou de outro indivíduo tendo em vista preservar a sua situação em particular. “Nessa perspectiva, os direitos fundamentais correspondem à exigência de uma ação negativa (em especial, de respeito ao espaço de liberdade do indivíduo 118) ou positiva de outrem, e, ainda, correspondem a competências — em que não se cogita de exigir comportamento ativo ou omissivo de outrem, mas do poder de mundificar-lhe as posições jurídicas 119”. (MENDES, 2012, p. 243) De acordo com o pensamento de Gilmar Mendes, a dimensão objetiva: “ [...]resulta do significado dos direitos fundamentais como princípios básicos da ordem constitucional. Os direitos fundamentais participam da essência do Estado de Direito democrático, operando como limite do poder e como diretriz para a sua ação. As constituições democráticas assumem um sistema de valores que os direitos fundamentais revelam e positivam. Esse fenômeno faz com que os direitos fundamentais influam sobre todo o ordenamento jurídico, servindo de norte para a ação de todos os poderes constituídos. ” (MENDES, 2012, p. 243) A dimensão objetiva faz com que o direito fundamental não seja considerado exclusivamente sob perspectiva individualista, mas, igualmente, que o bem por ele tutelado seja visto como um valor em si, a ser preservado. É importante ressaltar que a dimensão objetiva tem por intuito ensejar um dever de proteção pelo Estado dos direitos fundamentais contra agressões dos próprios Poderes Públicos, provindas de particulares ou de outros Estados. “Esse dever de proteção mostra-se associado sobretudo, mas não exclusivamente, aos direitos à vida, à liberdade e à integridade física (incluindo o direito à saúde). O Estado deve adotar medidas — até mesmo de ordem penal — que protejam efetivamente os direitos fundamentais. ” (MENDES, 2012, p. 244) 3.3. ROL Os direitos e garantias fundamentais estabelecidos na Constituição possuem um rol exemplificativo e não taxativo, visto que não há possibilidade de esgotamento dos mesmos. Nesse sentido, determina o art. 5°, § 2º da Constituição que: “Os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”. 3.4. TITULARIDADE No Brasil, as pessoas físicas titulares dos direitos fundamentais podem ser brasileiros natos ou naturalizados, estrangeiros residentes no país, estrangeiros em trânsito pelo território brasileiro, ou ainda qualquer pessoa alcançada pela lei brasileira, mesmo que seja estrangeiro residente no exterior. “Rápida leitura ao caput do art. 5º da CF, poderia nos levar a uma conclusão de que apenas os brasileiros (natos e naturalizados) e os estrangeiros residentes no país seriam os titulares dos direitos fundamentais, mas o Supremo Tribunal Federal entendeu que os estrangeiros de passagem pelo país também podem ser titulares de alguns direitos fundamentais. Avançando, o STF entendeu que os estrangeiros, em uma interpretação bastante ampliativa, mesmos fora do país, podem ser titulares de direitos fundamentais. ” (DIÓGENES, 2012, Considerações gerais dos direitos fundamentais) As pessoas jurídicas também são titulares, desde que sejam compatíveis com sua natureza específica. Assim, por exemplo, pessoas jurídicas têm direito ao devido processo legal, mas não à liberdade de locomoção, ou à integridade física, ou seja, podemos dizer que as pessoas jurídicas são titulares dos direitos fundamentais compatíveis com a sua natureza. Para o STF a pessoa jurídica, embora seja ente fictício, pode ser titular de alguns direitos fundamentais como, por exemplo, honra, luxo, reputação, credibilidade e por essa razão pode sofrer danos morais de acordo com a súmula 227 do STF. 3.5. CLASSIFICAÇÕES A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu Título II os Direitos e garantias fundamentais, subdividindo-os em cinco capítulos: Direitos individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos e direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos. ● Direitos individuais e coletivos – correspondem aos direitos ligados ao conceito de pessoa humana e sua própria personalidade, como, por exemplo, vida, dignidade da pessoa humana, honra, liberdade. Estão espalhados pela CF, mas uma grande parte estão no art. 5°; ● Direitos sociais: caracterizam-se como verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória em um Estado Social de Direito, tendo por finalidade a melhoria das condições de vida aos hipossuficientes, visando a concretização da igualdade social, que configura um dos fundamentos de nosso Estado Democrático. A Constituição Federal consagra os direitos sociais a partir do artigo 6° e se estende até o artigo 11; ● Direitos de nacionalidade: nacionalidade é o vínculo jurídico político que se liga a um indivíduo acerto e determinado Estado fazendo deste indivíduo um componente do povo, da dimensão pessoal deste Estado, capacitando - o a exigir sua proteção e sujeitando - o ao cumprimento de deveres impostos. Os Direitos a nacionalidade estão previstos nos artigos 12 e 13 da Constituição; ● Direitos políticos: consagrados nos artigos 14 ao 16 da Constituição, são aqueles pelos quais se exerce a soberania popular, atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da coisa pública, direta ou indiretamente. Com base neste conceito, os direitos políticos possibilitam a seu titular promover seu alistamento eleitoral, votar em eleições, plebiscitos e referendos, organizar um partido político, filiar-se a um partido político, candidatar-se a disputa para cargos eletivos, prover determinados cargos públicos não eletivos; ● Direitos relacionados á existência, organização e participação em partidos políticos: a Constituição Federal no seu artigo 17 regulamentou os partidos políticos como instrumentos necessários e importantes para preservação do Estado Democrático de Direito, assegurando-lhes autonomia e plena liberdade de atuação, para concretizar o sistema representativo. 3.6. DIREITOS VERSUS GARANTIAS Pedro Lenza relata que um dos primeiros estudiosos a enfrentar esse árduo tema foi Rui Barbosa, que, analisando a Constituição de 1891, distinguiu: “As disposições meramente declaratórias, que são as que imprimem existência legal aos direitos reconhecidos, e as disposições assecuratórias, que são as que, em defesa dos direitos, limitam o poder. Aquelas instituem os direitos, estas as garantias; ocorrendonão raro juntar-se, na mesma disposição constitucional, ou legal, a fixação da garantia, com a declaração do direito” (LENZA, 2015, p.1631) Portanto, Direito é uma norma de conteúdo declaratório, ou seja, normas que declaram a existência de um interesse, de uma vantagem. Ex: direito à vida, à propriedade etc. Por outro lado, a garantia é uma norma de conteúdo escusatório, que serve para assegurar o direito declarado. Ex: Habeas Corpus que serve para tutelar o direito de liberdade. 3.7. APLICABILIDADE E EFICÁCIA Nos termos do art. 5°, § 1° da CF, “ As normas definidoras e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Trata- se, portanto, de normas constitucionais de eficácia plena, ou seja, que independente de ulterior atividade do legislador ordinário, para que seus efeitos se verifiquem. Possuem aplicabilidade direta, imediata e integral. De acordo com a tradicional classificação dada por José Afonso da Silva, são normas constitucionais de eficácia plena: “Aquelas que desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constituinte, direta ou normativamente, quis regular” (MORAES, 2016, p. 11) Ainda podemos observar a existência da eficácia vertical e horizontal. Quando se fala em eficácia vertical e horizontal, pretende-se tratar à distinção entre a eficácia dos direitos fundamentais sobre o Poder Público e a eficácia dos direitos fundamentais nas relações entre os particulares. A eficácia vertical está relacionada aos direitos fundamentais que protegem o indivíduo contra o arbítrio estatal. No que tange a eficácia horizontal, os direitos fundamentais protegem os indivíduos em relações particulares. No sentido das relações particulares, cogitando a aplicação dos direitos fundamentais, podemos destacar duas teorias: eficácia indireta ou mediata e eficácia direta ou imediata. Na eficácia indireta, os direitos fundamentais, segundo Pedro Lenza: “ [...] são aplicados de maneira reflexa, tanto em uma dimensão proibitiva e voltada para o legislador, que não poderá editar lei que viole direitos fundamentais, como, ainda, positiva, voltada para que o legislador implemente os direitos fundamentais, ponderando quais devam aplicar-se às relações privadas; ” (LENZA, 2015, p. 1637) Para essa teoria, não há que se falar em imposição de direitos fundamentais numa relação entre particulares que estão em nível de igualdade. Em relação a eficácia direta, como o próprio nome sugere, alguns direitos fundamentais podem ser aplicados diretamente às relações privadas, ou seja, sem a necessidade da intervenção legislativa. 3.8. SUSPENSÃO A suspensão dos direitos fundamentais justifica-se apenas em função do imperativo maior de defesa da Constituição e defesa do Estado de Direito frente a atos/situações que coloquem em risco a integridade e a independência destes bens maiores da comunidade. Em outras palavras, mesmo em situações excepcionais, não se altera o direito em si, mas o seu exercício. A determinação de qual direito fundamental possa ter a sua eficácia suspensa e de qual bem possa ser considerado mais importante a ponto de suspendê-lo é função do próprio Estado, conforme a situação concreta e os interesses nela envolvidos, segundo critérios determinados pelos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 4. CONCLUSÃO Enfim, apesar de o tema ser extremamente complexo e poder ser mais aprofundado do que se apresentou, o presente trabalho traçou linhas gerais acerca da Teoria Geral dos Direitos Fundamentais, suficientes para abranger todos os aspectos necessários a uma boa compreensão da questão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALVES, Cristiane Paglione. A eficácia horizontal dos direitos fundamentais. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 100, maio 2012. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=116 48>. Acesso em nov 2016. BRANCO, Paulo Gustavo; MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional. 7ªed. São Paulo: Saraiva, 2012. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988. COSTA JúNIOR, Ademir de Oliveria. A eficácia horizontal e vertical dos Direitos Fundamentais. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, X, n. 41, maio 2007. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&arti go_id=1838>. Acesso em out 2016. DIóGENES JúNIOR, José Eliaci Nogueira. Considerações gerais dos direitos fundamentais. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 101, jun 2012. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=117 69>. Acesso em out 2016. LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. São Paulo, Método, 2015; MAFRA., Francisco. Direitos e Garantias Fundamentais: um conceito. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, VIII, n. 20, fev 2005. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&arti go_id=798>. Acesso em out 2016. MARTINS, Rodrigo Bezerra. Dimensão objetiva e dimensão subjetiva dos direitos fundamentais. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 10 set. 2014. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.49820&seo=1>. Acesso em: 02 nov. 2016. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2016; SIQUEIRA, Dirceu Pereira; PICCIRILLO, Miguel Belinati. Direitos fundamentais: a evolução histórica dos direitos humanos, um longo caminho. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XII, n. 61, fev 2009. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&arti go_id=5414>. Acesso em out 2016. SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 30. ed. rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2008. INTRODUÇÃO ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 2.1. DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS 3.1. CARACTERÍSTICAS DIMENSÕES SUBJETIVA E OBJETIVA ROL TITULARIDADE CLASSIFICAÇÕES DIREITOS VERSUS GARANTIAS APLICABILIDADE E EFICÁCIA SUSPENSÃO CONCLUSÃO
Compartilhar