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TO em MASTECTOMIA

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Contribuições da Terapia Ocupacional na Assistência da Mulher Mastectomizada no Hospital Amaral Carvalho de Jaú (Márcia Maria Shirley Boletti Pengo)
-Trabalho desenvolvido, desde 1986, no Hospital Amaral Carvalho de Jaú, com mulheres com câncer de mama.
-Método de Terapia Ocupacional Dinâmica (MTOD). Orientações sobre como e quando utilizar o braço do lado operado nas atividades cotidianas.
INTRODUÇÃO
-Pacientes demonstravam sentimentos de invalidez, os quais impediam o seguimento de recomendações de movimentos precoces para o retorno funcional do(s) membro(s) superior(es).
-os T.Os, segundo esse texto, no âmbito hospitalar, vão lidar diretamente com a rotina e não com o cotidiano do indivíduo (entendendo que a rotina institucional mascara a identidade da cada indivíduo ali.
-Porém, podem fornecer um espaço de vivência para assimilar novas ideias, que vão auxiliar o indivíduo a reconstruir, retomar ou criar seu cotidiano.
-Autora percebeu que várias mulheres traziam muitas dúvidas sobre como e quando realizar suas atividades após a cirurgia de mastectomia= dificuldade da ruptura da vida cotidiana.
-Relatavam medo por não poderem mais utilizar o braço do lado operado, e sofriam por pensar que não poderiam mais realizar suas atividades ou até mesmo trabalhar. Muitas choravam.
-Autora passou a refletir sobre o relato de cada paciente e o significado de cada momento em que se encontravam as mesmas.
-Observou que os folhetos de instruções do hospital traziam figuras bastante “deprimentes” e com várias proibições.
-Passou a trabalhar na enfermaria do pré e pós operatório, orientando as pacientes em atividades que vão desde os cuidados pessoais até aquelas necessárias em cada momento vivenciado por elas, explicando o porquê deveriam realizar os movimentos com o braço do lado da mama operada e para quê deveriam fazê-lo.
-Durante avaliação de pacientes, autora considerava dados relevantes à realidade social, variáveis psicológicas, relação familiar, condições clínicas, significado que cada pessoa em particular atribui à doença, seus precedentes culturais, educacionais, religiosos e sociais = Elementos relevantes sobre o fazer do indivíduo antes da doença.
-Coleta de dados verbalmente sobre suas dúvidas acerca da realização das atividades, pois traziam consigo informações errôneas sobre o que poderiam desenvolver com o braço do lado operado.
-Essas informações ajudaram a montar um folheto com informações educativas, simples e objetivas a cada fase de evolução no pós-operatório das pacientes.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE RADIOTERAPIA
-Um mês de separação do lar para atendimento em radioterapia quando a paciente vem de outra cidade/estado.
-Pode apresentar alterações psicológicas devido á todos os fatores envolvidos.
-Esse período de distância dos seus e aproximação de outros numa mesma condição é momento de grande busca de nova história e mudanças.
-Recebem atendimento no setor de TO 2x semana, em grupo, duração de 1 á 2 horas. É apresentada a possibilidade de realizarem todas as atividades de interesse. Escolhas de necessidade individual ou do grupo que levam em conta o cuidado com o braço e mama operada e sua utilização adequada.
-Os movimentos de um braço são importantes, porém a consciência acerca deles é um aspecto que merece atenção, e buscou-se isso nas atividades em grupo, dentro de cada atividade levantada.
-Durante os procedimentos da T.O a paciente reconhece seus interesses, suas habilidades e potencialidades e que o “fazer” atividades permite a identificação de suas necessidades para superação de seus conflitos e alcançar independência na vida cotidiana.
-O T.O torna-se um facilitador do processo que permite a ação do fazer quaisquer atividades de forma simples ou modificá-las, de forma que o indivíduo possa motivar-se, criar, ter prazer e interesse para enriquecer sua vida.
-Depoimentos das pacientes constatam que as instruções e orientações facilitaram o retorno ao lar com tranquilidade, dissipando o medo de impossibilidade de realizar algumas atividades. 
-A T.O ajudou a mudar o foco das preocupações das pacientes: em vez de ‘o que eu NÃO POSSO FAZER’, para ‘o que eu ‘POSSO FAZER’.
-Autora, ao final dos estudos, criou um guia prático de procedimentos e orientações às pacientes pós-mastectomia.

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