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Ciclo menstrual Introdução Menarca: ocorre geralmente dos 11 aos 14 anos. Mas sua ocorrência é aceitável dos 9 aos 16 Menacme: período reprodutivo da mulher. Inicia-se com o amadurecimento do eixo hipotálamo-hipofise-ovario. Tem início com a resposta do LH ao estimulo gonadotrópico, que é mais tarda que a do FSH. Após produção adequada com níveis de estradiol maiores que 200ng/ml durante 24 a 36 hrs, ocorrera o primeiro pico de LH, com ovulação e consequente menstruação Climatério: transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo Sindrome climatérica: conjunto de sinais que são atribuídos a insuficiência ovariana progressiva. Nem sempre o climatério será sintomático. Menopausa: ultima menstruação. É um evento do climatério e é o único que pode ser determinado com exatidão e só pode ser diagnosticada após 12 meses consecutivos de amenorreia. Isso ocorre quando a população folicular não responde mais as gonadotrofinas, levando a um estado de hipoestrogenismo. Climatério é um período e menopausa é uma data. - Menopausa precoce: quando ocorre antes dos 40 anos - Perimenopausa: período antes da menopausa que se inicia com ciclos menstruais irregulares, acompanhados ou não de manifestações vasomotoras e termina 12 meses após a menopausa - Pós-Menopausa: período que se inicia um ano após a última menstruação e vai até os 65 anos de idade. -Senectude ou senilidade: período da vida que se segue ao climatério e tem início aos 65 anos. Eixo Hipotálamo – Hipófise – Ovários. Hipotálamo: Sofre influência: Sistema límbico: as emoções influenciam a liberação pulsátil do GnRH Dopamina: inibe a síntese de prolactina e o TRH estimula a síntese de prolactina. Entender o mecanismo Serotonina e melatonina: influenciam negativamente a secreção de gonadotrofinas, inibindo o amadurecimento sexual Ácido gama-aminobutírico e acetilcolina: estimulam a síntese e liberação de gonadotrofina Endorfinas: inibem a liberação de FSH e LH > explica o fato de atletas terem amenorreias Ácido aracdônico: junto com as PG’s favorecem a liberação de gonadotrofina Substancia P: pain; sua elevação no SNC está associada a hiperprolactinemia e diminuição das gonadotrofinas hipofisárias Hormônios hipotalâmicos: Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH): estimula a produção de LH e FSH; Liberado de forma pulsátil por ter uma meia-vida curta (2 a 4 min). Liberação pulsátil para a hipófise não dessensibilizar - Fase folicular: pulsos frequentes e de pequena amplitude > tardiamente há um aumento na frequência e na amplitude desses pulsos - Fase Lútea: aumento gradativo entre os intervalos dos pulsos, porém com uma amplitude maior Alça de feedback curta, longa e ultra curta Hipófise: O GnRH, origina-se do hipotálamo, e pela circulação porta-hipofisária age diretamente sobre a hipófise anterior, estimulando-as a secretar o LH e o FSH. As gonadotrofinas ficam armazenas em forma de grânulos nas células hipofisárias e são secretadas pela membrana celular sob influência de várias substancias, entre elas o cálcio, a adenosina e a calmodulina A administração crônica de estrogênios e progestagênios, bloqueia o eixo HHO e a ovulação (pílulas anticoncepcionais) A adenoipófise é também responsável por outros hormônios reguladores: TSH, ACTH e GH. Prolactina – adeno-hipofise, auto-estimulador do hormônio da prolactina são os hormônios da tireoide. A dopamina bloqueia a produção de prolactina Completar com a neuro-hipofise: estimula a produção de oocitocina e vasopressina. Gonadotrofinas: FSH: eleva-se já no final no ciclo anterior e é responsável pelo crescimento folicular. Atua aumentando o número de receptores de FSH e de LH nas células da granulosa, aumenta a síntese e liberação de inibina e ativina (ação inibitória e estimulação seletiva da liberação do próprio FSH). Cada folículo tem uma sensibilidade própria ao FSH > mais sensível ao FSH será o folículo dominante meia vida de 3-4 horas LH: tem ação sobre as células da teca sintetizando principalmente androgênios, além dos outros esteroides sexuais meia vida de 20 min Ovários: Tem duas funções: - Produção de óvulos com capacidade de serem fecundados pelos SPTZ’s - Síntese de hormônios, que provocarão alterações no corpo da mulher, favorecendo a nidação e o desenvolvimento da gravidez. Desde a 20° semana de vida intrauterina até a menopausa, os ovários apresentam sinais de intensa e ininterrupta atividade Dinâmica folicular ovariana: Do ponto de vista funcional, os ovários podem ser divididos em 03 compartimentos distintos: Folicular: neste compartimento o principal produto de secreção é o estrogênio e inibina B Corpo lúteo: principal produto é a progesterona e inibina A Estroma: o principal produto são os androgênios Os ovários representam a principal fonte produtora de estrogênios na menacme. Para tanto, eles possuem dois tipos de células: teca e granulosa. A primeira sintetiza androgênio que é convertido em estrogênio na camada granulosa. O ovário tem a capacidade de sintetizar os três hormônios sexuais: estrogênios, progesterona e androgênios. A progesterona tem ação conhecida na segunda fase do ciclo menstrual, enquanto os androgênios são utilizados como precursores dos estrogênios, elemento fundamental para a homeostase hormonal feminina. Teoria das duas células e das duas gonadotrofinas Ciclo menstrual normal Conjunto de eventos endócrinos interdependentes do eixo hipotálamo-hipofise-ovario. Durante cada ciclo menstrual, dois processos reprodutivos principais ocorrem: -Maturação folicular por estímulo hormonal e liberação de um óvulo a partir de um dos ovários - Preparação do útero para receber o embrião caso ocorra fertilização Ciclo ovariano: Dividido em fase folicular, ovulatória e lútea. Fase folicular: - Fase de recrutamento da nova coorte de folículos para a seleção do folículo dominante. - O aumento do FSH é o sinal para o recrutamento. - As células da teca produzem androstenediona e testosterona sob efeito do LH. E as células da granulosa produzem estradiol a partir dos androgênios, sob estímulo da aromatase - Nessa fase, o folículo destinado a ovulação passa pelos seguintes estágios: folículo primordial> primário>pré-antral>antral>pré-ovulatório - O sinal para recrutamento folicular inicia-se na fase lútea do ciclo precedente, com a diminuição da progesterona, estradiol e da inibina A - O folículo dominante caracteriza por uma maior atividade da enzima aromatase que lhe permite uma maior produção de estradiol, um maior número de receptores de FSH. Fase ovulatória: - O marcador fisiológico mais importante da aproximação da ovulação é o pico de LH do meio do ciclo, o qual é precedido por aumento acelerado do nível de estradiol (produzido pelo folículo dominante) -No momento da ovulação, ocorre 03 fenômenos principais: 1. Recomeço da meiose: o oocito sai do estágio diplóteno da meiose I. 2. Luteinização: pequeno aumento da progesterona que ocorre 12 a 24 hrs antes da ovulação 3. Ovulação: comparado a uma reação inflamatória> acumulo de PG’s e colagenases que irão digerir a parede do folículo e facilitar a liberação do oocito. Fase lútea: - Apresenta uma duração fixa de aproximadamente 14 dias. Caracterizada pelo aumento dos níveis de progesterona de forma aguda (pico máximo no 8° dia após a ovulação, concomitante com o altos níveis estrogênicos e maior vascularização do endométrio) - Formação do corpo lúteo - O estrogênio da fase lútea é necessário para que ocorram as alterações induzidas pela progesterona no endométrio após a ovulação. Ciclo uterino: -Histologicamente dividido em profunda ou basal, media ou esponjosa, superficial ou compacta. -Morfofuncional: camada funcional (dois terços superiores do endométrio) e camada basal (sofre pouca variação durante o ciclo menstrual) Endométrio menstrual: Caracteriza-se por uma ruptura irregular do endométrio, que ocorre pela interrupção da secreção das glândulas endometriais na ausência de implantação embrionária. Sequenciade eventos: termino da vida funcional do corpo lúteo> redução de estrogênio e progesterona> reações vasomotoras e perda decidual > menstruação Ruptura de lisossomos > produção de prostaglandinas que é vasoconstritor e vai intensificar os espasmos arteriolares > isquemia do endométrio> contrações miometrais O fluxo menstrual para como resultado dos efeitos combinados da vasoconstrição prolongada, colapso tecidual, estase vascular e reparação induzida pela ação estrogênica > a camada basal repara a funcional Endométrio proliferativo: Corresponde a fase folicular do ovário. Após 3 a 4 dias de menstruação, o endométrio inicia sua regeneração, e cresce rapidamente em resposta ao estímulo estrogênico No início, as glândulas endometriais são pequenas, tubulares e curtas. E no final tornam-se alongadas e tortuosas > aumento das células ciliadas e microvilosas Endométrio secretor: Corresponde a fase lútea no ovário. Caracteriza-se pela atuação da progesterona produzida pelo corpo lúteo em contraposição à ação estrogênica. As glândulas endometriais estão no processo para se tornarem cada vez mais tortuosas. Os vasos sanguíneos apresentam-se espiralados. As células das glândulas endometriais formam vacúolos característicos, contendo glicogênio. O estroma irá permanecer inalterado até o sétimo dia após a ovulação, quando inicia-se edema progressivo do tecido > atividade máxima das glândulas secretoras > preparação para implantação do blastocisto. OBS: a ação do estrogênio é maior na alta fase proliferativa e diminui na ovulação. E a ação da progesterona é máxima durante a fase ovulatória Efeito em outros órgãos: Muco cervical: - Efeito do estrogênio: torna-se mais fluido, comparável à clara de ovo (filancia); apresenta capacidade de cristalização devido ao aumento da mucina e do cloreto de sódio no muco cervical (cristalização em forma de folha de samambaia). Após a ovulação esse fenômeno deixa de ser observado devido a ação da progesterona - Efeito da progesterona: Torna-se espesso, turvo e perde a distensibilidade. Importante diferenciar termos viscoso e fluido. Vagina: Estrogênio: ação proliferativa Progesterona: Proliferativa + descamação. A vagina possui 04 camadas: basal, parabasal, intermediaria e superficial. O índice de FROST ou de maturação avalia a relação existente entre estes grupos celulares (número de células basais/intermediarias/superficiais). Na pós-menopausa o índice se apresenta 100/0/0. Com estimulo de estrogênio 0/20/80 Mamas: - Fase proliferativa: Níveis de estrogênio acarretam um rápido desenvolvimento do tecido epitelial, e por conseguinte ocorre um grande número de mitoses - Fase secretora: níveis de progesterona acarretam dilatação dos ductos mamários e a diferenciação das células secretoras - Fase pré-menstrual: progesterona+estrogênio = aumento do volume mamário; aumento da circulação local; edema interlobular;proliferação ducto-acinar - Menstruação: diminuição do n° de células glandulares; redução do Vcelula e mamário. - Após menstruação: queda dos níveis hormonais> redução da atividade secretora do epitélio e diminuição do edema local. Obs: O útero é um órgão passivo no ciclo menstrual. Os hormônios do ovário agem sobre o endométrio, e os da hipófise sobre os ovários Hipófise>ovários>endométrio Ciclo ovulatorio> maturação dos óvulos. Ação do FSH > ovócito primário, secundário, terciário (folículo de Graaf). Pico de LH> ovulação. Corpo lúteo > secreção de progesterona, responsável pela espessura do endométrio nos 14 últimos dias Primeiro dia do ciclo menstrual> estrógeno> aumenta parede do útero. Parede do útero no período menstrual, proliferativa, secretora; Variações hormonais no ciclo menstruais Ciberninas: substancias responsáveis pela regulação do sistema HHO ao lado de hormônios e neurotransmissores. As principais são as inibinas e ativinas Inibinas A: secretada pelas células do corpo lúteo sob controle de LH. Predominante na fase lútea. Juntamente com o estradiol controla a secreção de FSH inibindo a síntese e liberação Inibinas B: secretada principalmente pelas células da granulosa de folículos maduros, mediante o estimulo de FSH. Ativinas: ação positiva sobre a liberação de FSH pela hipófise e potencializa sua ação no ovário. Folistatina: produzida pelas células da granulosa e possui ação negativa em nível hipofisário na produção de FSH. Leptina: proteína produzida pelos adipócitos que atua informando o cérebro sobre a quantidade de tecido adiposo no organismo. Regula a fome e o balanço energético. Nos obesos seus níveis estão aumentados devido a insensibilidade endógena Fatores de crescimento: Fatores que aumentam a atividade de FSH: IGFs, TGF beta, FGF e ativina Fatores que inibem as ações de FSH: EGF, TGF alfa e proteínas de ligação IGF
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