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Ciclo Menstrual

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​Ciclo Menstrual   
Ana Carolina Picanço 
 
 
 
Endocrinologia reprodutiva 
 
Ciclo menstrual normal: perfeita       
interação do eixo hipotálamo – hipófise           
– ovário com útero/endométrio. 
 
Eixo hipotálamo – hipófise – ovário:           
regula TODAS as funções endócrinas e           
menstruais da mulher. 
 
Sofre influências: tireóide, adrenais,       
tecido gorduroso, fígado, rins, SNC. 
 
Dentro do hipotálamo, núcleos       
específicos liberam GnRH em pulsos. Esse           
GnRH estimula a adeno-hipófise a liberar           
Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio         
Folículo-Estimulante (FSH), na circulação       
periférica.  
 
Dentro do ovário, LH e FSH ligam-se às               
células tecais e da granulosa para           
estimular a foliculogênese e a produção           
ovariana de uma variedade de hormônios           
esteróides (androgênios, estrogênios e       
progesterona), de peptídeos gonadais       
(activina, inibina e folistatina) e de           
fatores de crescimento. Entre outras         
funções, estes fatores de origem         
ovariana retroalimentam o hipotálamo e         
a hipófise para inibir ou, no pico             
intermediário do ciclo, aumentar a         
secreção de GnRH e de gonadotrofinas.  
 
Além disso, os esteróides ovarianos são           
importantes no processo de preparação         
do endométrio para implantação       
embrionária, quando houver gravidez. 
 
 
 
 
 
 
Hipotálamo sistema nervoso central 
 
- Estrutura neural situada na base         
do encéfalo. 
 
- HORMÔNIO LIBERADOR DE     
GONADOTROFINAS = GnRH 
 
- Produz e secreta GnRh.  
 
- Liberação pulsátil.  
 
O hipotálamo é uma glândula localizada           
na base do cérebro, logo acima do             
quiasma óptico, que vai secretar de           
forma PULSÁTIL o hormônio GnRH         
(hormônio liberador de gonadotrofina). O         
GnRH é um decapeptídeo e vai estimular             
a secreção tanto do FSH quanto do LH. A                 
transmissão do GnRH é feita pelo sistema             
porta-hipofisário.  
 
Como a hipófise vai saber quando deve             
secretar FSH ou LH?  
 
O GnRH vai sendo liberado pelo           
hipotálamo de forma pulsátil. Quando a           
frequência desses pulsos é alta e a             
amplitude é baixa – a hipófise produz             
FSH. Agora, quando a frequência desses           
pulsos é baixa e a amplitude é alta – a                   
hipófise produz LH. 
 
Sistema límbico 
(componente supra-hipotalâmico): 
 
Exerce influência sobre o perfeito         
funcionamento do hipotálamo. As       
emoções (estresse, depressão,     
ansiedade, fobias) podem influenciar a         
liberação pulsátil do GnRH hipotalâmico,         
Ana Carolina Picanço 
 
 
culminando por alterar todo o eixo           
neuroendócrino determinando alteração     
do ciclo menstrual. 
 
DOPAMINA: 
Inibe a síntese de prolactina. 
 
A dopamina é considerada o fator de             
inibição da secreção de Prolactina (PRL).  
 
O Hormônio Tireotrófico (TRH) é         
considerado o maior estimulador da         
síntese de PRL. 
 
SEROTONINA E MELATONINA: 
 
Neurotransmissores que influenciam     
negativamente na secreção de       
gonadotrofinas. 
 
Melatonina: produzida pela glândula       
pineal, secreção regulada pela       
intensidade da luz que entra pela retina. 
Principal sítio de ação: hipotálamo, inibe           
os pulsos de GnRH. 
 
ENDORFINAS: 
 
São peptídeos com ação semelhante à           
morfina e controlam a liberação         
hipofisária de gonadotrofinas, modulando       
o ciclo menstrual. Estudos sugerem que as             
beta- endorfinas inibem a liberação de           
FSH e LH pela hipófise. As mulheres             
atletas têm níveis mais elevados de           
endorfinas cerebrais, as quais podem         
constituir um dos mecanismos       
responsáveis pela ocorrência de       
amenorreia nestas pacientes. 
 
Hôrmonio liberador de gonadrotrofinas       
- GnRH 
 
Secretado de forma pulsátil contínua         
(meia-vida curta - 2 a 4 min).  
 
Os pulsos de GnRH são modulados pelo             
sistema supra-hipotalâmico   
norepinefrina-dopamina, com influência     
estimuladora da norepinefrina e inibidora         
da dopamina. 
 
GnRH estimula a liberação de FSH e LH               
pela adeno-hipófise A secreção pulsátil         
do GnRH varia de frequência e amplitude             
em todo ciclo menstrual. Permite a           
variação do FSH e LH durante o ciclo               
normal. 
 
 
 
Hipófise 
 
Situada na sela túrcica. Adeno-hipófise         
(anterior, 75%) e neuro-hipófise       
(posterior). GnRH estimula a       
adeno-hipófise a secretar FSH e LH. A             
glândula comunica-se com o hipotálamo         
através do sistema porta-hipofisário. 
 
A secreção pulsátil das gonadotrofinas,         
dependem da secreção dos hormônios         
ovarianos. 
 
Sabe-se que o GnRH, originário do           
hipotálamo, age diretamente sobre as         
células gonadotróficas basofílicas da       
hipófise anterior, estimulando-as a       
secretar o hormônio luteinizante (LH) e o             
hormônio folículo estimulante (FSH) na         
circulação. 
 
FSH 
- FSH - É um Hormônio folículo           
estimulante Responsável pelo     
crescimento folicular. 
Ana Carolina Picanço 
 
 
 
- Atua ↑ número de receptores de           
FSH e LH nas células da granulosa. 
 
Cada folículo tem sensibilidade própria         
ao FSH – o mais sensível (maior             
concentração de receptores), crescerá       
mais e será o folículo dominante –             
ovulação. 
 
LH – Hormônio luteinizante 
 
- Ação sobre as células da TECA; 
- Síntese androgênios; 
- Responsável pela ovulação no       
meio do ciclo. 
 
É sintetizado pela hipófise com ação           
sobre as células da teca, sintetizando           
principalmente androgênios, além dos       
outros esteróides sexuais. Na fase         
folicular as concentrações de LH são           
baixas e com a elevação do estradiol no               
meio ciclo há incremento da liberação do 
hormônio luteotrófico, responsável direto       
pela ovulação (pico no meio ciclo). 
 
Ovários 
 
São as gônadas femininas responsáveis         
pela produção de esteróides sexuais e           
pelo desenvolvimento dos folículos       
imaturos até sua fase final de           
amadurecimento. 
 
- Produzem esteróides sexuais; 
- Desenvolvimento e maturação dos       
folículos; 
- 20 semanas de gestação: 7         
milhões de folículos primordiais; 
- Nascimento: 1 milhão de folículos; 
- Menarca: 300 mil a 400 mil; 
- Durante a vida reprodutiva:       
apenas 400 a 500 folículos são           
ovulados. 
 
Esteroidogênese ovariana 
 
TEORIA DAS DUAS CÉLULAS , DUAS           
GONADOTROFINAS 
Os ovários representam a principal fonte           
produtora de estrogênios na menacme.         
Para tanto, eles possuem dois tipos de             
células: teca e granulosa. Elas interagem           
entre si para que haja formação dos             
esteróides. 
 
Para que haja esteroidogênese ovariana 
adequada, deverá ocorrer interação       
harmoniosa entre o Sistema Nervoso         
Central (hipotálamo), hipófise e gônadas         
(ovários). 
 
Os ovários possuem sistema de dupla           
célula que é responsável pela         
esteroidogênese: células da teca e         
granulosa. As primeiras sintetizam       
androgênios que são convertidos a         
estrogênios na camada granulosa. Assim,         
de acordo com a Teoria da Dupla Célula               
Ovariana, as células da teca, sob           
estímulo de LH, sintetizam principalmente 
testosterona e androstenediona, a partir         
do colesterol, que serão convertidos ao           
estradiol e estrona, respectivamente,       
nas células da granulosa, sob ação da             
enzima aromatase. 
 
 
 
✿ ​Responsáveis pela esteroidogênese       
(folículo pré-antal e antral). 
✿ ​Células da Teca: estímuloLH →             
sintetizam androgênios (testosterona e       
androstenediona) a partir do colesterol. 
✿ ​Células da granulosa: o FSH induz a               
aromatase a converter os androgênios         
em estradiol e estrona. 
Ana Carolina Picanço 
 
 
Retrocontrole ou feedback 
 
É a influência dos hormônios ovarianos           
sobre as gonadotrofinas hipofisárias e         
hormônios hipotalâmicos. 
 
As gonadotrofinas e a prolactina         
exercem um retrocontrole sobre a         
produção de GnRH pelo hipotálamo. É a             
chamada retroação ou feedback em alça           
curta. Quando em baixas concentrações,         
as gonadotrofinas estimulam a produção         
de GnRH, o que caracteriza o feedback             
positivo. Quando em concentrações       
elevadas, a ação sobre o hipotálamo           
torna-se inibitória, o que caracteriza o           
feedback negativo. 
 
FEEDBACK NEGATIVO: 
Estrogênio, progesterona e inibina       
bloqueiam a secreção hipofisária e/ ou           
hipotalâmica. 
 
FEEDBACK POSITIVO: 
Aumento da liberação de gonadotrofinas         
mediada pelos hormônios ovarianos.  
 
Este tipo de retroação é observado no             
período puberal: o estradiol produzido         
pelos ovários é capaz de estimular a             
síntese de LH.  
 
No meio do ciclo menstrual (14º dia), há               
pico de estradiol (rápida elevação         
plasmática), que culmina por elevar os           
níveis sanguíneos de LH, resultando na           
ovulação propriamente dita. Quando os         
níveis de estrogênio estão baixos, há           
estímulo à secreção de gonadotrofinas         
hipofisárias para estimularem mais       
intensamente o ovário. 
 
Gonadotrofinas x esteróides sexuais 
 
FSH: 
Aumenta no final do ciclo         
menstrual anterior. Elevação progressiva       
na fase folicular inicial e mantida até o               
pico de estradiol no meio ciclo. Há pico               
de FSH no meio ciclo elevando em duas               
vezes sua concentração normal. Há         
diminuição na fase lútea. 
 
LH 
 
- Fase folicular:​ níveis baixos 
- Ocorre pico no meio do ciclo (8x)             
= causa a ovulação. 
- Fase lútea: mantém concentração       
mais alta estimulando o corpo         
amarelo a sintetizar     
progesterona. 
 
ESTRADIOL 
 
- Fase folicular inicial:​ níveis baixos 
- Fase folicular tardia: ​rápido ↑ ; 
- Pico no meio do ciclo, 24h antes             
do pico de LH; 
- Queda súbita após pico, com         
pequena recuperação na fase       
lútea. 
 
PROGESTERONA 
 
- Fase folicular: níveis baixos; 
- Eleva no dia do pico LH; 
- Fase lútea: ↑ importante       
(produção pelo corpo lúteo). 
 
 
CICLO MENSTRUAL 
 
Conjunto de eventos endócrinos do eixo           
hipotálamo - hipófise – ovário que           
causam modificações no organismo       
visando a preparação para ovulação e           
gravidez. 
 
Em cada ciclo ocorrem: 
 
- Maturação folicular e ovulação       
por um dos ovários. 
- Preparação do útero para       
receber o embrião caso ocorra a           
fertilização. 
 
 
1º DIA DA MENSTRUAÇÃO = 1º DIA DO               
CICLO 
 
Ana Carolina Picanço 
 
 
DURAÇÃO DO CICLO MENSTRUAL 
 
- 21 a 35 dias; 
- Média: 28 dias. 
 
DURAÇÃO DA MENSTRUAÇÃO 
 
- 2 a 6 dias. 
 
 
PERDA SANGUÍNEA 
 
- 20 a 60 ml. 
 
 
FASES DO CICLO OVARIANO 
 
- Folicular; 
- Lútea. 
 
FASES DO CICLO UTERINO 
 
- Proliferativa; 
- Secretora; 
- Menstrual. 
 
 
 
Ciclo ovariano 
 
Pode ser subdividido em três fases:           
folicular; ovulatória e lútea. 
 
FASE FOLICULAR: 
 
- Vai do 1º dia do ciclo menstrual             
até o pico de LH (meio do ciclo). 
 
Eventos principais: 
 
- Recomeço da meiose I após pico           
de LH; 
- Pequeno ↑ produção da       
progesterona 12 a 24h antes da           
ovulação (luteinização); 
- Rotura folicular. 
 
FASE LÚTEA 
 
Período da ovulação até o aparecimento           
da menstruação. 
 
No entanto, há referências que incluem           
apenas duas fases (folicular e lútea).           
Neste caso, a fase folicular consistirá no             
período em que o folículo dominante é             
selecionado e desenvolvido até se tornar           
um folículo maduro. Já a fase lútea             
compreenderá o período da ovulação até           
o aparecimento da menstruação. 
 
 
FASE FOLICULAR 
 
Sequência de eventos que recruta         
folículos para a seleção do folículo           
dominante. 
 
Folículo primordial → folículo primário →           
folículo pré-antral → folículo antral →           
folículo pré-ovulatório 
 
Nessa fase, acontece uma sequência         
ordenada de eventos, que assegura o           
recrutamento de uma nova coorte de           
folículos para a seleção do folículo           
dominante. Nela, o folículo destinado à           
ovulação passa pelos estágios de folículo           
primordial, folículo primário, folículo       
pré-antral, antral e pré-ovulatório 
 
- Resultado: um folículo maduro       
viável; 
 
- Duração do processo: 10 a 14           
dias; 
 
- 15 ou mais folículos são         
recrutados a cada ciclo. 
 
Duração do ciclo menstrual: é         
determinada pela variação na duração         
da fase folicular (tempo necessário para           
que o folículo fique maduro). 
 
 
 
Ana Carolina Picanço 
 
 
O sinal de recrutamento folicular inicia           
na fase lútea do ciclo anterior. 
 
- ↓estrogênio, progesterona e     
inibina= perde o retrocontrole       
negativo = ↑FSH nos primeiros dias           
do ciclo = recrutamento folicular. 
 
 
 
FOLÍCULO PRIMORDIAL 
 
- 1º estágio do desenvolvimento       
folicular. 
- É um Oócito paralisado no estágio           
diplóteno da prófase I meiótica. 
- Envolvido por apenas 1 camada da           
granulosa. 
 
FOLÍCULO PRIMÁRIO 
 
Ocorre multiplicação das células da         
granulosa, transformando o folículo       
primordial em primário. 
 
Há um crescimento limitado, que pode           
ser seguido rapidamente de atresia. Esse           
padrão é interrompido se o grupo de             
folículos responder a elevação do FSH, e             
é incentivado o crescimento. 
 
FOLÍCULO PRÉ-ANTRAL 
 
A ​camada granulosa apresenta-se em         
várias camadas. Passam a secretar uma           
matriz glicoproteica chamada de ​Zona         
Pelúcida​. Ocorre a formação de uma           
nova camada, a ​TECA​. 
- As células da granulosa desse         
folículo é capaz de secretar os           
esteróides, porém o mais       
produzido é o estrogênio. 
 
- FSH age nos receptores das         
células da granulosa induz a ação           
da aromatase (androgênios →       
estrogênio) 
 
- ↑ FSH e do estrogênio (que está             
sendo produzido), estimula o ↑ dos           
números dos receptores. 
 
FOLÍCULO ANTRAL 
 
- Possuem maior taxa de       
proliferação da granulosa; 
- Maior concentração de     
estrogênios; 
- Possui oócitos de melhor       
qualidade. 
 
 
FOLÍCULOS PRÉ-OVULATÓRIOS 
 
As células da granulosa tornam-se         
maiores e a teca altamente         
vascularizada. 
 
Oócito prossegue com a meiose e quase             
completa sua divisão. 
 
Folículo maduro é chamado de folículo de             
Graaf – produz quantidades maiores de           
estrogênio 
 
- Fase folicular tardia: níveis de         
estrogênio ↑ rapidamente, com       
pico 3 dias antes da ovulação. 
 
A concentração e a duração da elevação             
do estradiol são determinantes para a           
liberação do LH. 
 
O LH age nos receptores e promove             
luteinização da granulosa do folículo         
dominante = produção progesterona. 
 
Ana Carolina Picanço 
 
 
Progesterona: facilita o feedback + do           
estradiol, agindo diretamente na hipófise         
= ↑ FSH e LH no meio do ciclo. 
 
Folículos em atresia: as células da teca,             
sob ação do LH ↑ produção de             
androgênios = estimula a libido da mulher:↑ a frequência da relação sexual no             
período pré-ovulatório. 
 
 
 
RESUMO... 
 
Fase folicular: período em que o           
folículo dominante é recrutado e         
desenvolvido até se tornar um folículo           
maduro. 
 
↑ FSH = sinal para recrutamento folicular 
 
FSH ↑ a produção de estrogênio, promove             
o crescimento da granulosa e estimula a             
atividade da aromatase.  
 
FSH e o estrogênio ↑ quantidade de             
receptores de FSH 
 
FHS promove multiplicação das células da           
granulosa e diferenciação da células do           
estroma em camada teca. 
 
Células da teca: produzem       
androstenediona e testosterona sob       
efeito do LH, a partir do colesterol. 
 
Células da granulosa: produzem estradiol         
a partir dos androgênios devido ação da             
aromatase (dependente de FSH). 
 
O folículo dominante caracteriza-se por: 
uma maior atividade da aromatase (que           
permite maior produção de estradiol);         
maior número de receptores FSH; uma           
expressão de receptores de LH nas           
células da granulosa. 
 
FASE OVULATÓRIA 
 
Somente o folículo maduro é capaz de             
romper. 
 
Marcador mais importante da ovulação:         
pico de LH do meio do ciclo, (precedido               
por um aumento acelerado no nível de             
estrogênio). 
 
O folículo pré-ovulatório produz seu         
próprio estímulo para ovulação. 
 
- Pico estradiol → estimula pico LH           
→ OVULAÇÃO 
 
Ovulação ocorre 10 a 12h após o pico de                 
LH; 
O pico de LH tem duração máxima 48 a                 
50h; 
Com o pico de LH ocorre retomada da               
meiose, e o oócito torna-se apto para             
fertilização; 
A meiose só se completa após a entrada               
do espermatozoide. 
 
LUTEINIZAÇÃO 
 
 
- 12 a 24h antes da ovulação ocorre             
um pequeno aumento da       
progesterona. 
Ana Carolina Picanço 
 
 
- Induz a onda de FSH e LH (↑               
feedback + do estrogênio na         
ação desses hormônios); 
 
- O pico então de LH e FSH não               
ocorre sem antes um aumento da           
progesterona. 
 
OBS: a elevação progressiva na         
progesterona pode acabar causando       
feedback negativo e terminar o pico de             
LH. 
 
A ação da progesterona deixa a parede             
do folículo mais propensa a ser rompida,             
e juntamente com LH e FSH induz a               
produção de enzimas proteolíticas que         
digerem a parede causando a expulsão           
do oócito = ovulação. 
 
 
 
OVULAÇÃO 
 
Na ruptura folicular ocorre a eliminação           
do óvulo e do líquido folicular para a               
cavidade peritoneal. Pode causar       
irritação local e irritação peritoneal. O           
óvulo então é capturado pelas fímbrias. 
 
FASE LÚTEA 
Duração geralmente fixa de 14 dias. 
 
Caracterizado pelo aumento agudo dos         
níveis de progesterona (pico máx 8º dia             
após ovulação, coincidindo com os         
maiores níveis estrogênicos e com maior           
vascularização endometrial.) 
Após liberar o oócito, a estrutura             
residual passa a ser chamada de corpo             
lúteo (= corpo amarelo) = produção de             
progesterona. A progesterona atua       
suprimindo novos crescimentos     
foliculares 
 
Se a mulher não engravida: regressão do             
corpo lúteo num período de 12 a 16 dias                 
após a ovulação → queda da           
progesterona, estradiol e inibina→       
parada do feedback negativo → aumento           
do FHS e tudo se reinicia. 
 
Caso ocorra gravidez, o hCG mantém o             
funcionamento lúteo até que a placenta           
assuma a esteroidogênese. 
 
CICLO UTERINO 
 
No ciclo menstrual ovulatório, ocorrem         
alterações para preparar o endométrio         
para implantação do embrião. 
 
O ciclo uterino dependem da atividade           
do estrogênio e da progesterona. 
 
Endométrio possui 3 camadas       
histológicas: 
 
- Profunda ou basal: não sofre ação           
hormonal; 
- Média ou esponjosa: maior parte         
da espessura do endométrio,       
sofre muita ação hormonal; 
- Superficial ou compacta: epitélio       
superficial. 
 
 
CAMADA FUNCIONAL (DECÍDUA     
FUNCIONAL): 
 
- Compreende 2/3 do endométrio =         
camada superficial + esponjosa; 
- É a camada cíclica, que menstrua 
 
Sua finalidade é se preparar para           
implantação do blastocisto. 
 
Ana Carolina Picanço 
 
 
CAMADA BASAL: 
 
- 1/3 inferior do endométrio; 
- Sofre pouca variação ao longo do           
ciclo. 
 
Responsável por regenerar o endométrio         
após a menstruação. 
 
FASES DO CICLO UTERINO       
ENDOMÉTRIO MENSTRUAL 
 
Caracterizado por ruptura irregular do         
endométrio que na ausência de         
implantação embrionária. 
 
Ocorre devido a regressão do corpo           
lúteo → ↓ da produção de progesterona e               
estrogênio → reação de vasoespasmo das           
arteríolas → isquemia → necrose tecidual           
→ menstruação 
 
ENDOMÉTRIO PROLIFERATIVO 
 
Corresponde a fase folicular do ovário.           
Após 3 a 4 dias de menstruação, o               
endométrio inicia sua regeneração e         
cresce rapidamente em resposta ao         
estímulo estrogênico. 
 
Espessura endometrial no início a fase           
folicular: 2mm 
 
Período pré-ovulatório: 10 mm 
 
ENDOMÉTRIO SECRETOR 
 
- Corresponde a fase lútea no         
ovário. 
 
Caracteriza pela atuação da       
progesterona. 
 
A atividade secretora das glândulas         
endometriais está no ápice e o           
endométrio já se encontra preparado         
para a implantação. 
 
 
 
EFEITOS HORMONAL NO MUCO       
CERVICAL SOB EFEITO DO       
ESTROGÊNIO: 
 
Muco vaginal mais fluido, adquire a           
capacidade de filância, elástico (clara de           
ovo).  
 
- Antes da ovulação: ↑ quantidade,         
↓ viscosidade e ↑ quantidade de           
água 
- Facilita a espermomigração. 
- Lâmina ao microscópio:     
cristalização, aspecto de folha de         
samambaia. 
 
SOB EFEITO DA PROGESTERONA: 
 
Muco espesso, viscoso, menor quantidade 
 
- Efeito estrogênico 
 
 
- Efeito progestagênico 
 
 
 
Efeito hormonal nas mamas 
 
FASE PROLIFERATIVA 
 
- Rápido desenvolvimento do tecido       
epitelial devido ↑ estrogênio. 
 
FASE SECRETORA 
 
- Dilatação dos ductos mamários       
causado pelo ↑ progesterona. 
 
Ana Carolina Picanço 
 
 
 
- Muco viscoso é uma propriedade         
da progesterona e não do         
estrogênio. 
 
 
PERÍODO PRÉ-MENSTRUAL 
 
- ↑ volume mamário devido ↑         
estrogênio e progesterona; 
 
- Há ↑ da circulação local, edema           
interlobular e proliferação dos       
ductos. 
 
PERÍODO MENSTRUAL 
 
- ↓ estrogênio e progesterona       
causa ↓ volume mamário. 
 
RESUMO 
 
Fluxo menstrual é considerado o início de             
um novo ciclo. 
 
Já no final do ciclo anterior inicia a               
elevação do FSH (perda do feedback +             
devido ↓ estrogênio e progesterona). 
 
↓ hormônios ovarianos causa descamação         
endometrial = menstruação. 
 
O FSH atua nos folículos recrutados           
↑receptores de LH e FHS 
 
No 6º a 8º dia do ciclo ocorre elevação                 
lenta do estradiol 
 
O folículo continua a se desenvolver: o             
mais sensível ao FSH chegará a           
dominância, enquanto os outros sofrerão         
atresia. 
 
Na fase ovulatória há dois fenômenos           
importantíssimos: pico de estradiol (24h         
antes do pico de LH) e o pico de LH (12h                     
antes da ovulação 
 
O pico de estradiol causa feedback +             
sobre o LH, levando ao pico, e assim a                 
ovulação. 
 
O folículo dominante (aquele com maior           
número de receptor) torna-se luteinizado         
após a ovulação 
 
Entramos na fase lútea onde há           
desenvolvimento do corpo lúteo e         
produçãode progesterona para manter         
uma possível gravidez. 
 
Caso não haja concepção, +- após 14 dias               
há regressão do corpo amarelo,         
diminuição dos esteróides ovarianos,       
descamação endometrial com     
menstruação e início de um novo ciclo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Carolina Picanço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Carolina Picanço

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