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Ciclo menstrual resumo

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*Ciclo menstrual * 
》Biossíntese dos hormônios esteroides 
A esteroidogênese tem o colesterol como matéria-prima. 
Os hormônios esteroides sexuais são sintetizados nas 
gônadas, nas suprarrenais e na placenta. 
Os estrogênios circulantes na mulher em idade 
reprodutiva são constituídos de uma combinação de 
estradiol com estrona (menos potente). Já o estriol, é 
produzido em quantidade limitada nos tecidos periféricos 
em mulheres não grávidas, enquanto em gestantes é 
produzida através da placenta. 
O estradiol é o principal hormônio produzido pelos 
ovários durante a menacme. 
PRODUÇÃO DE ESTROGÊNIOS 
HORMÔNIO PRODUÇÃO 
ESTRADIOL Síntese direta nos ovários através da 
testosterona e da estrona. 
ESTRONA Síntese direta nos ovários através da 
androstenediona e pela conversão da 
androstenediona nos tecidos periféricos 
(pele e tecido adiposo, 
principalmente). 
Os ovários produzem principalmente androstenediona e 
testosterona, além de pequena quantidade de 
desidroepiandrosterona (DHEA). 
PRODUÇÃO DE ANDROGÊNIOS 
Os androgênios são hormônios esteroides que contém 19 
átomos de carbono e derivam do colesterol. 
CÓRTEX DAS ADRENAIS PRODUZEM: 
 25% Testosterona circulante 
 50% Androstenediona 
 90% DHEA 
 ~ 100% Forma sulfatada de DHEA (SDHEA) 
OVÁRIOS PRODUZEM: 
 25% Testosterona circulante 
 50% Androstenediona 
* 50% da testosterona restante é resultante da 
conversão periférica de androstenediona. 
Cerca de 80% da testosterona circulante está fixada a 
uma beta-globulina ligadora de hormônios esteroides 
sexuais (SHBG), 19% são ligados à albumina e 1% não 
ligado (testosterona livre). 
A ação androgênica se deve à fração livre e parcialmente 
à fração ligada a albumina. 
PROGESTOGÊNIOS 
Os progestogênios são esteroides que podem ser naturais 
ou sintéticos. Sua classificação baseia-se com sua origem 
em derivados da progesterona (17-hidroxiprogesterona), 
derivados da testosterona (19-nortestosterona) ou 
espironolactona (17-alfa-espironolactona). 
GERAÇÃO HORMÔNIOS EXEMPLOS 
1ª 
GERAÇÃO 
Derivados da 
testosterona e 
da progesterona 
-Noretisterona 
-Noretindrona 
- Acetato de 
noretindrona 
- Noretinodrel 
- Linestrenol 
- Etinodiol. 
2ª 
GERAÇÃO 
Derivadas de 19-
nortestosterona 
(gonanos) 
- Norgestrel 
- Levonorgestrel. 
3ª 
GERAÇÃO 
Derivados do 
levonogestrel 
- Desogestrel 
- Norgestimato 
- Gestodeno 
4ª 
GERAÇÃO 
Derivada de 17-
alfa-
espironolactona 
- Drospirenona 
Os derivados da progesterona (17-alfa-
medroxiprogesterona) não possuem classificação quanto a 
geração e incluem: acetato de medroxiprogesterona, 
acetato de megestrol, acetato de ciproterona e acetato 
de clormadinona. 
》Neuroendocrinologia reprodutiva 
O ciclo menstrual ocorre devido à perfeita interação 
entre diversos compartimentos do organismo feminino, 
principalmente entre hipotálamo, hipófise, ovários e os 
órgãos efetores, útero e endométrio. 
O eixo Hipotálamo-Hipófise-Ovário (HHO) é o centro 
que regula todas as funções endócrinas e menstruais da 
mulher. 
Influências advindas de outros setores, como tireoide, 
adrenais, tecido gorduroso, fígado, rins e SNC, entre 
outros, podem alterar suas perfeitas interrelações. 
 
O GnRH produzido no hipotálamo é o único hormônio 
capaz de controlar outros dois hormônios – o FSH e LH. 
Isto somente é possível devido a sua secreção ocorrer de 
forma pulsátil, estimulando a liberação do FSH e LH de 
acordo com sua frequência e amplitude. 
 Liberação de FSH: secreção de GnRH em alta 
frequência e baixa amplitude 
 Liberação de LH: secreção de GnRH em baixa 
frequência e alta amplitude. 
Estes hormônios são produzidos na adeno-hipófise e cada 
um é responsável por estimular um compartimento 
específico do folículo. 
Assim, os hormônios que envovem o ciclo menstrual irão 
provocar alterações no ovário e no útero, este que 
chamaremos de ciclo uterino e aquele que chamaremos 
de ciclo ovariano. 
CICLO OVARIANO 
As alterações ovarianas poderão ser divididas em três 
fases: folicular, ovulatória e lútea. 
1. Fase folicular 
É a primeira fase, onde se assegura o recrutamento de 
uma nova coorte de folículos para a seleção do folículo 
dominante. Na verdade, o sinal de recrutamento folicular 
se inicia na fase lútea do ciclo anterior, devido a redução 
de progesterona, estradiol e inibina A. Como 
consequência, o FSH passa a não ser mais inibido, 
sofrendo aumento nos primeiros dias da fase folicular. 
Cerca de 15 folículos são recrutados a cada ciclo. Estes 
folículos passam por uma espécie de competição, na qual 
normalmente um folículo irá se desenvolver. 
 Folículo primordial: é o primeiro estágio do 
desenvolvimento do folículo. Ele consiste em um 
oócito paralisado no estágio diplóteno da prófase 
I meiótica e o mecanismo regulador de 
crescimento parece se encontrar no próprio 
ovário. 
Grande parte destes folículos sofrem 
degeneração por apoptose e são predominantes 
antes da puberdade. Após esta fase, pode-se 
identificar o aparecimento de outros tipos de 
folículos ovarianos, como os folículos primários, 
secundários e maduros. 
 Folículo primário: nesta fase, ocorre a 
diferenciação das células do estroma em teca 
interna e teca externa, que independe da 
estimulação das gonadotrofinas. As células da 
teca interna produzem esteroides a partir do 
colesterol (progestagênios e androgênios). 
 Folículo secundário: é neste estágio onde vários 
folículos entram em crescimento, mas, em geral, 
somente um atinge a maturidade completa. 
O crescimento começa com o aumento 
volumétrico do oócito primário, surgindo à sua 
volta uma camada de glicoproteínas (zona 
pelúcida). Nestes foliculos, a teca interna acha-
se bem desenvolvida e revela intensa atividade 
de síntese hormonal. A partir do momento em 
que o crescimento folicular passa a ser acelerdo 
pelo FSH, o folículo progride para o estágio pré-
antral. 
 Folículo pré-antral: as células granulosas destes 
folículos são capazes de sintetizar todas as três 
classes de esteroides. Entretanto, são 
produzidos mais estrogênios, em relação a 
androgênios e progestogênios. Nesta etapa, é 
imprescindível a ação da arotmatase na produção 
de estrogênios. 
 Folículo antral: a influência sinérgica do 
estrogênio e do FSH promove um aumento na 
produção de líquido folicular. O folículo que 
prevalecerá será aquele que apresentar maior 
quantidade de receptores de FSH, pois 
possibilitará a realização da aromatização dos 
androgênios para produção de estrogênios. 
Ocorrendo a produção destes hormônios, os 
mesmos irão ocasionar inibição na hipófise da 
produção de FSH (feedback negativo), 
provocando atresia e hiperandrogenismo 
intrafolicular por menor aromatização nos 
demais folículos. 
SISTEMA DE DUAS CÉLULAS E DUAS 
GONADOTROFINAS 
 LH atua na teca interna possibilitando a 
produção de androstenediona e testosterona; 
 FSH atua na granulosa possibilitando a atuação 
da aromatase na conversão de androgênios em 
estrogênio: 
TESTOSTERONA ---------- ESTRADIOL 
ANDROSTENEDIONA ----- ESTRONA 
 
 Folículo pré-ovulatório: nesta fase ocorre um 
aumento na produção de estrogênio devido a sua 
produção cada vez maior pelo folículo pré-
ovulatório (folículo de Graaf). Assim, cerca de 3 
dias antes da ovulação, o estrogênio atinge um 
pico que é determinante para a liberação do LH. 
A interação do LH com seus receptores na teca 
interna e granulosa promove a luteinização das 
células da granulosa no folículo dominante, que 
resulta na produção de progesterona. Ocorre, 
então, um pequeno aumento na prodção de 
progesterona que começa a ser detectado 12 a 
24 horas antes da ovulação. 
A progesterona facilita a retroalimentação 
positiva do estradiol, age diretamente na 
hipófise contribuindo para elevação de FSH e LH 
no período ovulatório. 
As células da teca dos folículos em atresia 
passam a aumentar a produção de androgênios 
pelo estímulodo LH, o que é fundamental para 
aumentar a libido da mulher e aumentar a 
frequência de relações sexuais durante este 
período. 
 
2. Fase ovulatória 
A ovulação acontece como resultado simultâneo de 
diversos mecanismos que ocorrem no folículo dominante. 
O marcador fisiológico mais importante da aproximação 
da ovulação é o pico de LH. O pico de estradiol estimula 
o pico de LH e, consequentemente, a ovulação. 
A concentração de estrogênio deve ser maior que 
200pg/ml, que deve persistir por mais de 50 horas 
para que ocorra um pico de LH. 
O oócito permanece no estágio diplóteno da meiose I até 
a onda de LH, quando ocorre retomada da meiose e o 
oócito torna-se apto para fertilização. 
Um pequeno aumento da progesterona ocorre 12 a 24 
horas antes da ovulação e é importante para a indução 
da onda de FSH e LH pelo estímulo na hipófise, e para 
o aumento do estradiol. Por outro lado, o pico de 
progesterona pode terminar o pico de LH, pois, sob 
concentrações mais elevadas, é exercido um feedback 
negativo. 
O FSH e LH estimulam a produção de ácido hialurônico 
em volta do oócito, enqunto que as gonadotrofinas, 
acabam por estiumar o acúmulo de prostaglandinas e 
fator ativador de plasminogênio para a degradação do 
colágeno presente na parede do folículo. 
Assim, sob ação sinérgica das prostaglandinas e do LH, 
acontece a contração das células musculares da parede 
folicular, já enfraquecida, com extrusão do oócito, 
ocorrendo, dessa forma, a ovulação. 
3. Fase lútea 
Sua duração normalmente é fixa perdurando por 14 dias. 
O aumento dos níveis de progesteroa caracteriza esta 
fase. O pico máximo ocorre em torno do oitavo dia após 
a ovulação. 
Uma vez liberado o oócito, a estrutura dominante passa 
a ser chamada de corpo lúteo ou corpo amarelo. 
O funcionamento do corpo lúteo normal requer 
desenvolvimento folicular pré-ovulatório adequado, 
sobretudo sob o estímulo adequado de FSH e um 
ininterrupto apoio do LH, que resulta em síntese e 
secreção adequada de estradiol e progesterona. A cada 
pulso de LH, existe um aumento na concentração de 
progesterona. Estes pulsos são maiores na fase inicial e 
diminuem gradativamente até valores baixos na fase 
lútea tardia, que favorece a atuação de fatores que 
levam à luteólise. 
Como consequência, o corpo úteo entra em processo de 
degeneração. Caso ocorra gravidez, o hCG mantém o 
funcionamento do copo lúteo até que a esteroidogênese 
placentária se desenvolva. 
CICLO UTERINO 
 
Divisão morfofuncional: a porção cíclica do endométrio é 
chamada de camada (funcional) decídua. Compreende os 
dois terços superiores do endométrio e é composta pela 
camada mais profunda– camada esponjosa-, e uma 
camada mais superficial e mais compacta – camada 
compacta. 
Já a camada correspondente a um terço inferior do 
endométrio é chamada de camada basal, e sofre pouca 
alteração ao longo do ciclo menstrual. 
DIVISÃO HISTOLÓGICA DA CAMADA FUNCIONAL 
Esponjosa Reage intensamente aos 
estímulos hormonais 
Compacta Região onde fica 
localizado o colo das 
glândulas, bem como o 
epitélio superficial 
São divididas em fases de acordo com o tipo histológico: 
endométrio menstrual, enodmétrio proliferativo e 
endométrio secretor. 
 Endométrio menstrual: caracteriza-se por 
ruptura irregular do endométrio, que ocorre pela 
interrupção da secreção das glândulas 
endometriais na ausência de implantação 
embrionária. 
Esta sequência de eventos ocorre devido ao 
término da vida funcional do corpo lúteo, o que 
ocasiona redução da produção de estrogênios e 
progesterona. A diminuição desses níveis leva a 
reações vasomotoras, perda decidual e à 
menstruação. 
 Endométrio proliferativo: corresponde à fase 
folicular no ovário. O endométrio inicia-se sua 
regeneração, e cresce rapidamente em resposta 
ao estímulo estrogênico. 
No início, as glândulas endometriais são 
pequenas, tubulares e curtas. No final, tornam-
se alongadas e tortuosas. Outra característica é 
o aumento das células ciliadas e microvilosas. 
 Endométrio secretor: corresponde a fase lútea 
no ovário. Caracteriza-se pela atuação da 
progesterona em contraposição à ação do 
estrogênio. As glândulas endometriais e 
encontram em processo progressivo de dilatação, 
tornando-se cada vez mais tortuosas. O estroma 
é edemaciado. Os vasos sanguíneos apresentam-
se espiralados. 
EXPRESSÃO DOS RECETORES HORMONAIS 
Concentração de 
receptores de Estrogênio 
(RE) 
Alta na fase proliferativa 
e diminui após a ovulação 
Concentração de 
receptores de 
Porgesterona (RP) 
Máxima durante a fase 
ovulatória, o que reflete 
a indução desses 
receptores pelo estradiol. 
》Efeitos em outros órgãos 
1. Muco cervical 
Ação estrogênica: o estrogênio faz com que o muco se 
torne mais fluido, semelhante à clara de ovo, e 
adquira capacidade de filância, tornando-se elástico. 
A cristalização começa a aparecer a partir do 8º dia 
do ciclo menstrual e se torna típica no período 
periovulatório, devido ao aumento de mucina e de 
cloreto de sódio no muco cervical, que ocorre por ação 
estrogênica. 
 
Ação da progesterona: a progesterona torna o muco 
mais espesso, turvo e com menos distensibilidade. 
2. Vagina 
Ação do estrogênio: na primeira metade do ciclo, o 
esfregaço vaginal é rico em células eosinofílicas sem a 
presença de leucócitos. 
Ação da progesterona: na segunda metade do ciclo, 
caracteriza-se pela presença de basófilos com grande 
número de leucócitos. 
3. Mamas 
Ação do estrogênio: na fase proliferativa, há rápido 
desenvolvimento do tecido epitelial com grande 
número de mitoses. 
Ação da progesterona: na fase secretora, há dilatação 
dos ductos mamários e diferenciação das células 
epiteliais alveolares em células secretoras. 
*No período pré-menstrual, há um aumento do 
volume mamário devido ao aumento dos níveis de 
estrogênio e progesterona.

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