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Fundamentos da Organização da Informação

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FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
1º. Período – MANHÃ
 
 Prof. Terezinha de Fátima Carvalho de Souza
2º. Semestre 2013
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INFORMAÇÃO
...”nosso estado (ou nossos estados) de conhecimento sobre determinado assunto, em determinado momento, é representado por uma estrutura de conceitos ligados por suas relações: nossa “imagem” do mundo. Quando constatamos uma deficiência ou uma anomalia desse (s) estado (s) de conhecimento, encontramo-nos em um estádo anômalo de conhecimento. Tentamos obter uma informação ou informações que corrigirão essa anomalia. Disso resultará um novo estado de conhecimento.” 
(LE COADIC (1994) apud ROBREDO (2003)
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Fontes de informação
O que são?
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INFORMAÇÃO
“informação é tudo aquilo capaz de modificar a estrutura de conhecimento de um indivíduo”
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Fontes de informação
“são recursos capazes de atender uma demanda de informação”.
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FONTES DE INFORMAÇÃO
Pessoas e lugares
Organizações
Literatura
Produtos e serviços de informação
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Fontes de Informação
PESSOAS 
e 
LUGARES
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Fontes de Informação
Organizações
 Científicas e acadêmicas
 Comerciais
 Industriais
 classistas 
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Fontes de Informação
- Literatura
LIVROS
PERIÓDICOS
 MANUAIS
ANAIS DE ENCONTROS CIENTÍFICOS
CATÁLOGOS
NORMAS TÉCNICAS
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Fontes de Informação
Produtos e Serviços de Informação
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As fontes de informação representam
um mix de
Pessoas
Organizações
Literatura
Produtos e serviços de informação
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O papel das sociedades científicas
Século XVIII – o conhecimento revela-se como acumulativo. Era possível acrescentar novas observações e idéias ao que já se conhecia de modo a criar um nível mais elevado de conhecimento. 
“Se enxerguei mais longe foi porque me apoiei nos ombros de gigantes”. (Isaac Newton)
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O papel das sociedades científicas
 O processo de acumulação envolvia o fornecimento de informações sobre o próprio trabalho para outras pessoas e, em troca, o recebimento de informações dessas pessoas.
 Como o processo de acumulação estendia-se no tempo, as informações deveriam ser divulgadas numa forma durável e prontamente acessível.
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Fontes de informação
PRIMÁRIAS
“São geralmente aquelas produzidas com a interferência direta do autor da pesquisa.”
“são as fontes que estão mais próximas do produtor da informação”
Exemplos:
Relatórios técnicos, trabalhos apresentados em congressos, teses e dissertações, patentes, normas técnicas, artigo científico.
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Fontes de informação
SECUNDÁRIAS
“Apresentam a informação filtrada e organizada de acordo com um arranjo definido, dependendo da sua finalidade.”
Exemplos:
Enciclopédias, dicionários, manuais, tabelas, revisões de literatura, tratados, certas monografias e livros-textos, anuários, etc.
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Fontes de informação
TERCIÁRIAS
“têm a função de guiar o usuário para as fontes primárias e secundárias”.
Exemplos:
Bibliografias, serviços de indexação e resumos, catálogos coletivos, guias de literatura, diretórios.
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EXEMPLO
FONTES DE INFORMAÇÃO NA BVS – BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE
Na arquitetura da BVS, fonte de informação é qualquer recurso que responda a uma demanda de informação por parte dos usuários, incluindo produtos e serviços de informação, pessoas ou rede de pessoas, programas de computador, etc.
Para efeitos de facilitar o entendimento, a organização, implantação, priorização e operação descentralizada das fontes de informação da BVS, estas são classificadas em 6 tipos:
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FONTES DE INFORMAÇÃO NA BVS – BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE
Fontes primárias: incluem os textos completos segundo os tipos clássicos da literatura científica (artigos de revistas, teses e dissertações, trabalhos apresentados em eventos, legislação,etc.), assim como outras e novas fontes originais de dados hiper-textuais e numéricos. Exemplo de fonte primária: SciELO; 
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FONTES DE INFORMAÇÃO NA BVS – BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE
(b) Fontes secundárias: incluem todos os índices, bases de dados e diretórios, cujos registros fazem referência a fontes primárias, entidades e eventos na área de saúde. Incluem-se também os serviços de informação associados com essas fontes como por exemplo, o serviço de comutação bibliográfica. Este conjunto lembra em linhas gerais as unidades de referência da biblioteca tradicional. São exemplos de fontes secundárias: base de dados LILACS, MEDLINE, Catálogo de revistas, diretórios de eventos, instituições, etc.; 
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FONTES DE INFORMAÇÃO NA BVS – BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE
(c) Fontes terciárias: são geradas com valor agregado a partir das fontes primárias e secundárias e têm objetivos didáticos ou de apoio à tomada de decisão de diferentes comunidades de usuários. Exemplo: Biblioteca Cochrane; 
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FONTES DE INFORMAÇÃO NA BVS – BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE
(d) Disseminação seletiva de informação: atualiza usuários de acordo com o perfil de interesse específico. Este tipo de fonte de informação é também um mecanismo de provisão de informação da BVS para as comunidades de usuários que não estão ou têm limitações de comunicação com Internet; 
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FONTES DE INFORMAÇÃO NA BVS – BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE
(e) Comunicação entre pessoas de forma a desenvolver e fortalecer os fluxos locais de informação, incluí notícias, listas de discussão, fóruns e comunidades virtuais em geral; 
(f) Componentes integradores que asseguram a integração das fontes de informação descentralizadas da BVS, como a terminologia DeCS – Descritores em Ciências da Saúde, os catálogos de recursos de informação e as metodologias comuns.
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Organizações como fontes de informação
“Entidade que reúne pessoas que desenvolvem um trabalho coordenado, estruturado em torno de metas definidas, consistindo de vários grupos ou subsistemas interrelacionados”.
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As organizações e a informação
O acesso às informações produzidas ou acumuladas por uma organização pode se dar através dos indivíduos a ela ligados, através dos documentos que ela gera ou através dos serviços de informação que ela oferece.
Organizações sem fins lucrativos podem ter entre seus objetivos o de divulgar diversos documentos e informações.
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As organizações e a informação
Organizações com fins lucrativos não tornarão disponíveis as informações consideradas estratégicas, mas podem divulgar documentos úteis, tais como certos relatórios, catálogos de produtos e serviços, etc.
Por força de lei, algumas informações devem ser divulgadas.
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Identificação de organizações
Diretórios são as fontes tradicionais para a identificação de organizações: listam os nomes, endereços, telefone, e-mail, produtos e serviços, dirigentes, etc.
Directories in Print do Gale Group é a fonte mais conhecida para identificação de diretórios.
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Organizações
Comerciais
Trabalha com finalidade de lucro
Organizações educacionais e de pesquisa
- universidades, centros ou institutos de pesquisa, bibliotecas, arquivos, museus e academias.
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Organizações
Governamentais
Responsáveis pela divulgação dos documentos oficiais, representam uma fonte de orientação para o cidadão.
Profissionais 
- Criadas com a finalidade de estimular o aperfeiçoamento de determinada classe profissional.
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Organizações
Sociedades Científicas
Foco de interesse normalmente voltado para uma área do conhecimento e não uma classe profissional.
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Organizações
Internacionais
- Criadas para promover a colaboração entre os Estados membros.(ONU, FAO, UNESCO)
- Criadas com a finalidade de promoveratividades em determinado setor cujos interesses extrapolam as fronteiras de uma país. (ISO, IFLA)
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Organizações
ONGs
 Termo usado internacionalmente para designar organizações que realizam trabalhos voltados para o bem público sem ligação com o Estado e sem compromisso com as políticas públicas.
As ONGs pertencem ao chamado Terceiro Setor (conjunto de instituições de caráter privado, mas que agem com fins públicos, exercendo, muitas vezes, as atividades próprias do Primeiro Setor, ou seja, o governo).
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Porque conhecer as fontes de informação ?
Reduzir a ansiedade de informação
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Você sofre de ansiedade de informação?
Veja as perguntas a seguir:
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Responda sim ou não!
Fala compulsivamente que não consegue se manter atualizado com o que ocorre a seu redor?
Balança a cabeça afirmativamente quando alguém menciona um livro, um artista ou uma notícia de que você, na verdade, nunca ouviu falar?
Descobre que é incapaz de explicar algo que pensava ter entendido?
Recusa-se a comprar um novo eletrodoméstico ou equipamento apenas por medo de não conseguir operá-lo?
Qualifica um livro de “genial” mesmo sem ter entendido sua resenha, que foi tudo que você leu?
Consulta seu relógio para registrar a hora exata no livro de entradas e saídas de um prédio de escritórios, mesmo sabendo que na verdade ninguém liga para isso?
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Se respondeu sim a maioria das perguntas...
 cuidado....
Você está sofrendo de ansiedade de informação!
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Como surfar nesse mar agitado de informações?
Relaxar é preciso. Diante de tal variedade de ofertas, optar pelo que proporciona mais prazer.
Ir fundo. Eleger um assunto, um tema, e nele fixar a atenção, como se isso fosse o que de mais novo, interessante e único houvesse no mundo. 
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Como surfar nesse mar agitado de informações?
 Ter coragem de não ler, não ver, eliminar, jogar fora.
 E, de vez em quando, ou mais que de vez em quando, não ler nada nem assistir a nada. Simplesmente sair por aí a andar, olhar, observar, viver.
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Porque nos livros, na televisão, nos jornais, nas revistas e nos relatórios estão as visões que outras pessoas têm da vida.
Quando você sai e anda, vê a vida do seu jeito.
E se acha.
(Jornalista Fátima Ali)
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Bibliografia
ALI, Fátima. Sem medo de não saber. In: WURMAN, R.S. Ansiedade de informação. São Paulo, Cultura Editores Associados, 2002.
BURKER, Peter. Uma história social do conhecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
CAMPELLO, B. (org.) Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000. 
MATTELART, A. História da sociedade da informação. São Paulo: Loyola, 2002.
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Bibliografia
ROBREDO, Jaime. Da ciência da informação revisitada aos sistemas humanos de informação. Brasília: Thesaurus, 2003.
URDANETA, I. P. Gestión de la inteligencia, aprendizaje tecnológico y modernización del trabajo informacional: retos y oportunidades. Caracas: Universidad Simón Bolivar, 1992
WURMAN, R.S. Ansiedade de informação. São Paulo, Cultura Editores Associados, 2002.
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Peter Burke mostra que no início da ciência moderna os encontros pessoais eram a forma mais eficaz de troca de conhecimento e assim os lugares ganhavam sua importância (as cidades). 
As tradicionais sedes do conhecimento, ou seja, os mosteiros, a universidade, o hospital, e para notícias, as tabernas e a barbearia, juntaram-se as novas sedes: os laboratórios, as livrarias, os escritórios, os cafés.
As cidades do conhecimento eram Roma, Paris e Londres.
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A primeira organização surgiu no século XVII – A Royal Society of London for Improving Natural Knowledge by Experiments. 
Falar sobre os objetivos dessas organizações. E a importância delas hoje.
Quantidade e velocidade da informação estão na base na ansiedade. Como diz Wurman (2002) – precisamos transformar informação em compreensão.

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