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O FORMATO MARC 21: principais vantagens para bibliotecários, bibliotecas e usuários para a recuperação da informação - Elvina M. de S. Barbosa e Joelson R. Eduvirges

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
Encontro Nacional de Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, 
Gestão, e Ciência da Informação 
Os desafios do profissional da informação frente às tecnologias e 
suportes informacionais do século XXI: lugares de memória para a 
biblioteconomia 
18 a 24 de julho de 2010 
 
 
O FORMATO MARC 21: principais vantagens para bibliotecários, 
bibliotecas e usuários para a recuperação da informação.
1
 
 
 
Elvina Maria de Sousa Barbosa* 
Joelson Ramos Eduvirges* 
 
 
Resumo: Este artigo abordará as características do formato MARC 21 a partir do contexto histórico do seu 
surgimento, seu conceito, quem o utiliza e porquê e quais as principais vantagens e benefícios de sua utilização 
para os bibliotecários, os usuários e as bibliotecas. O objetivo deste trabalho é tentar desmistificar a ideia de que 
o MARC é um produto complexo e de difícil utilização. Vivemos tempos acelerados, repletos de mudanças e 
inovações onde a informação é um bem precioso e urgente e em que a sociedade (da informação, do consumo, da 
tecnologia e da comunicação) exige respostas rápidas e precisas. O uso de sistemas informatizados, padronizados 
e disponibilizados aos usuários é uma característica desses novos tempos da qual não podemos fugir ou evitar, e 
requer profissionais preparados, infraestrutura adequada, atualização periódica e investimentos constantes. O 
MARC 21 é uma ferramenta que agrega valor aos serviços bibliotecários e está inserido nessas novas tendências 
que a sociedade da informação exige. Como metodologia para a realização deste trabalho foi utilizada a pesquisa 
bibliográfica, numa pretensão de exibir o que há de mais atualizado sobre o assunto: desde publicações 
científicas a manuais e livros. O tema deste artigo oferece diversas possibilidades de estudo e os resultados 
alcançados refletem essa infinidade de campos a explorar, pois é um tema que não se esgota facilmente. 
 
 
Palavras-chave:MARC. Tecnologia da informação. Catalogação. Bibliotecários. 
 
1
 Comunicação oral apresentada ao GT-03 – Representação da Informação no XXXIII Encontro Nacional de 
Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Gestão e Ciência da Informação em João Pessoa/PB, 2010. 
* Alunos do quinto bloco do curso de graduação em Biblioteconomia da Universidade Estadual do Piauí – 
UESPI. Email: elvinabarbosa@hotmail.com; joelsom-ramos@hotmail.com. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Na história da gestão da informação sempre existiram buscas pela excelência, pela 
rapidez e pela acessibilidade. Em algumas épocas essa acessibilidade dizia respeito tão 
somente aos gestores, aos bibliotecários. Nos últimos anos tem ocorrido um direcionamento 
para o usuário e nessa nova visão, a gestão da informação passou por diversas mudanças. A 
sociedade da informação, expressão em moda atualmente, promete igualdade, transparência e 
liberdade no acesso à informação. Com essas novas noções surgiram novos formatos de 
classificação e catalogação da informação. Mattelart (2006, p.11) citando as origens dos 
programas de informatização diz que “a idéia de uma sociedade regida pela informação está, 
por assim dizer, inscrita no código genético do projeto de sociedade inspirado pela mística do 
número”. Afirma também que através da lógica (matemática, especialmente) é possível uma 
máquina (neste caso, o computador) manifestar o pensamento (raciocinar). E foi com esse 
propósito que o filósofo e matemático Leibniz elaborou a aritmética binária, ponto de partida 
essencial para todos os softwares hoje existentes. Ainda segundo Mattelart (idem, p.7) “a 
uniformização do mundo começa com a padronização da língua que nos serve para designar”. 
E é essa busca por padronização que tem mobilizado estudiosos de todas as áreas, 
especialmente no que diz respeito à informação, numa tentativa de criar uma linguagem 
universal do conhecimento. 
 
 
2 HISTÓRICO DO MARC 
 
 
Desde o final da década de 1950 a comunidade biblioteconômica, especialmente a 
Library of Congress (LC), estuda modelos para implementação de um sistema automatizado e 
padronizado para a descrição bibliográfica. Para Mey (2009, p. 94) “a descrição bibliográfica, 
também chamada representação descritiva, é a parte da catalogação responsável pela 
caracterização do recurso bibliográfico”. Essa descrição, vale lembrar, significa tornar único o 
recurso a ser caracterizado, a fim de facilitar o seu uso, localização e recuperação. 
Para falar sobre descrição bibliográfica é importante ressaltar em que consiste o 
trabalho do bibliotecário. Para Mey e Silveira (2009, p.1), é tarefa do bibliotecário “organizar, 
tratar e disseminar conhecimentos registrados para diferentes universos de usuários, a partir 
dos interesses, necessidades, demandas e potencialidades de cada um desses universos”. Ou 
 
seja, a matéria-prima com a qual o bibliotecário deverá trabalhar é o conhecimento registrado. 
Por registro entende-se “anotação de ato ou fato com o fim específico de preservá-lo. Todo 
registro pode gerar um documento e/ou nele estar contido” (Thesaurus Brasileiro da Educação 
– INEP). Uma biblioteca, um centro de documentação ou um arquivo terá em seu acervo 
diversos registros de conhecimentos, em variadas formas e suportes. Caberá ao bibliotecário 
promover o acesso às informações e da melhor maneira possível. 
O uso da tecnologia tornou-se imprescindível para a evolução da atividade de 
catalogação. Influem diretamente nesta atividade as tecnologias de comunicação, com suas 
mídias variadas, e as tecnologias da informação, diretamente vinculadas à informática e a 
internet e o universo virtual. 
Esses recursos provocaram nas bibliotecas a necessidade de interação e cooperação, 
permitindo também a redução de trabalho e de custos. Mas isto só se alcança através de uma 
linguagem comum, padronizada, que permita às bibliotecas o reconhecimento dos registros de 
maneira correta e confiável, ou seja, a catalogação cooperativa. 
A busca por essa padronização universal teve início em 1961, com a realização da 
Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação e a aprovação da Declaração de 
Princípios. Muitos dos códigos de catalogação desenvolvidos em todo o mundo seguiram 
esses princípios, no todo ou em parte (IFLA, 2009). Com os recursos e avanços tecnológicos, 
a preocupação maior dos catalogadores é a padronização dos catálogos de bibliotecas em 
linha e similares. 
Foi nesse contexto que surgiu, em 1969, o formato MARC II, da LC. Esse formato deu 
origem a vários outros, posteriormente adaptados por diversos países. A palavra MARC é 
uma sigla em inglês que significa Machine Readable Cataloging, que se traduz literalmente 
para “catalogação legível por computador” e foi concebido tendo como principal objetivo 
permitir a comunicação de descrições bibliográficas, num formato que pudesse ser legível por 
computadores, fazendo com que todos os registros fossem formatados para atender qualquer 
necessidade, em qualquer lugar do mundo, por qualquer biblioteca ou usuário. Retoma-se 
então a ideia de Leibniz, de uma máquina capaz de ler e interpretar o pensamento. 
Quando o Formato MARC foi criado, eram utilizados números, letras e símbolos 
dentro do registro bibliográfico, identificando diversos tipos de informação, conforme as 
implementações da Library of Congress. Esse formato se caracterizava por sua 
extensabilidade, flexibilidade e pelo intercâmbio de informações de uma maneira universal e 
ágil.Os objetivos do MARC visavam principalmente ao seu uso para todo tipo de material, 
produção de diferentes aplicativos e utilização por diferentes sistemas automatizados. (MEY; 
SILVEIRA,2009, p.77). 
 
No Brasil o formato MARC começou a ser discutido a partir de 1972, quando Alice 
Príncipe Barbosa apresentou o projeto CALCO – Catalogação Legível por Computador, da 
Fundação Getúlio Vargas - FGV. Em 1980 o projeto CALCO foi alterado para 
Bibliodata/CALCO e, algum tempo depois, para Rede Bibliodata, já utilizando o formato 
USMARC e os padrões AACR2 e MARC 21. O Catálogo Coletivo Bibliodata é a maior base 
em MARC 21 no Brasil, sendo provedor de registros MARC pra muitas bibliotecas. 
Em 1990, foi realizado em Estocolmo o Seminário sobre Registros Bibliográficos, 
objetivando o estabelecimento de registros bibliográficos compatíveis com a realidade dos 
centros de catalogação e com as necessidades dos usuários. Ao longo do tempo e após 
diversos estudos e pesquisas, surgiram os Functional Requirements for Bibliographic Records 
(FRBR), ou seja, requisitos funcionais para registros bibliográficos. Melhorias foram sendo 
incorporadas a esses recursos até chegarmos ao MARC (21), ao International Standard 
Bibliographic Description (ISBD) e aos novos códigos de catalogação. Esses processos 
objetivavam alcançar um modelo de registro bibliográfico absoluto, universal, que pudesse ser 
entendido em qualquer biblioteca, em qualquer parte do mundo. 
Em 1999 surgiu o MARC 21, ou seja, o MARC para o século XXI, voltado ao uso 
internacional. A família MARC é composta de vários desdobramentos: bibliográfico 
(completo, conciso e LITE), MARC XML, de autoridades, de coleções, de classificação e de 
informação comunitária, além das tabelas de codificação para áreas geográficas, países e 
idiomas. 
Todo esse contexto histórico justifica-se pela necessidade de explicar, através das 
várias formas e tentativas de registro e recuperação da informação, como e por quê o MARC 
foi concebido e qual o seu papel e importância para a atividade catalográfica. 
 
 
3 O USO DO FORMATO MARC 21 
 
 
O MARC 21 foi idealizado para servir de condutor de informações bibliográficas 
sobre diversos suportes, desde material textual impresso ou manuscrito, arquivo de 
computador, mapas, música, recurso contínuo, material visual e material misto. Na 
catalogação os registros são feitos a partir do objeto e sua descrição. Nisto consiste também o 
MARC 21: ele inclui títulos, nomes, assuntos, notas, dados de publicação e descrição física. 
Cientes das vantagens no processo de recuperação da informação, muitos 
bibliotecários já utilizam o Formato MARC, mas devido ao alto grau de complexidade que ele 
 
possui, aliada à carência de capacitação e formação profissional, há ainda grande desinteresse 
na adesão a esse formato. Para Hübner 
 
Apesar de já terem passado mais de vinte anos desde a introdução do 
MARC, ou MARC compatível, no Brasil, a adesão a este padrão ainda 
encontra resistências por parte de muitas bibliotecas e bibliotecários, bem 
como fornecedores de software de automação de bibliotecas. Isto acontece, 
talvez, por acharem o MARC muito complexo e difícil de implementar, ou 
por desconhecerem os benefícios diretos e indiretos que a adesão a um 
padrão como este poderá trazer. (2005, p.6). 
 
O uso do Formato MARC 21 acelera o processo de descrição bibliográfica ao oferecer 
mais opções para registros, principalmente registros tirados da internet. Apresenta uma 
transição mais flexível para formatos que não são MARC, realizando a recuperação da 
informação de forma mais rápida e satisfatória para o usuário, além de padronizar a 
representação descritiva automatizada, obtendo melhores resultados no processo de busca. 
Essas e outras características o tornam um padrão a nível internacional. 
 
 
4 AS VANTAGENS DO SISTEMA MARC PARA OS BIBLIOTECÁRIOS, 
USUÁRIO E AS BIBLIOTECAS 
 
 
 Permite múltiplos registros e todos os campos ou subcampos podem repetir-se 
de acordo com a necessidade e os critérios estabelecidos. 
 Serve como veículo para todos os tipos de dados bibliográficos, de todas as 
organizações. 
 Revisões de dados, designações de conteúdo e transcrição de informações 
bibliográficas podem ser feitas mediante revisão do campo específico, de 
acordo com as respectivas responsabilidades. 
 Grupos de usuários também podem ter acesso aos dados a fim de verificar a 
consistência dos mesmos. 
 Portabilidade dos dados: garante a integridade dos dados na migração de um 
sistema para outro. 
 Possibilidade de catalogação cooperativa: catalogação por meio de cópia de 
um registro já catalogado por outro profissional. 
 Possibilita maior eficiência na recuperação e exibição da informação. 
 
 
Dizer que o MARC é complexo e trabalhoso pode ser verdade, e isto se explica pela 
sua capacidade de previsão de todos os tipos de materiais e recursos, além de todos os 
detalhes necessários à catalogação bibliográfica, mas também se pode dizer que a sua efetiva 
utilização permite uma comunicação, intercâmbio e recuperação da informação mais rápida e 
confiável. Além disso, como foi dito anteriormente, ao usar o MARC 21 garante-se a 
portabilidade dos dados e sua integridade quando da necessidade de realizar mudanças de 
sistema. 
Segundo Mey e Silveira (2009, p.77) 
 
“existem três pontos a considerar: 
 [...] 
 [...] 
 O MARC é um formato, um padrão para entrada e manuseio 
de informações bibliográficas em computador, não um programa de 
gerenciamento computacional destas informações. 
 
Assim, um computador pode ler e interpretar os dados de um registro bibliográfico 
através do formato MARC, pois cada informação presente em uma ficha catalográfica é 
identificada de maneira singular, para que o computador possa ler e interpretar corretamente a 
mesma. Sendo a base bibliográfica o único componente permanente do sistema de automação 
de bibliotecas, esse uso de campos padronizados permite a leitura correta dos dados em 
qualquer lugar em que se faça a busca da informação. 
Em tempos de grandes e variados avanços tecnológicos, principalmente da 
informática, as bibliotecas precisam se adequar às inovações relativas à automação da 
catalogação. Para que isto ocorra, é preciso seguir padrões preestabelecidos, do contrário, a 
comunicação sofrerá limitações, impedindo a circulação da informação. Como afirma Mey 
(2005) “a catalogação gera produtos que servem como veículo de comunicação entre os 
acervos, reais ou virtuais, e os usuários [...] precisamos usar normas internacionais, legíveis, 
inclusive, por outros bancos de dados”. Por esta razão o Formato MARC 21 é de grande 
importância para a representação e troca de informações bibliográficas. 
Com os avanços tecnológicos constantes, as bibliotecas tiveram que se adaptar e 
incorporar-se às tecnologias de recuperação da informação. Os recursos tecnológicos que 
mais se implantaram nas bibliotecas foram os relacionados à catalogação descritiva. 
Le Coadic (2004, p. 107) discorrendo sobre a evolução da ciência da informação, cita 
que desde os anos 1960, estamos vivendo uma quarta revolução do ciclo informacional: a 
revolução tecnológica, que promoveu a substituição do suporte de papel pelo suporte 
eletrônico. Vivemos uma época em que gerenciar informação consiste em captar aquilo que é 
 
relevante dentro de um dilúvio de dados que recebemos initerruptamente. Na dinamicidade 
dos processos criativos, tanto em papel quanto em meio virtual ou eletrônico, é imprescindível 
absorver a essência da informação, a fim de atender às necessidades dos diversos usuários, no 
momento que for preciso. 
O profissional que adere ao Formato MARC tem seu trabalho facilitado, 
principalmente para um catalogador. A maior vantagem é a rapidez na execução dos serviços 
e na padronização, pois erros de digitaçãosão evitados e assim, é possível recuperar a 
informação de forma mais rápida e eficaz. Outra vantagem para o bibliotecário é a facilidade 
de satisfazer o usuário na sua busca por uma informação no acervo das bibliotecas. 
O formato MARC consegue dar respostas rápidas e satisfatórias ao usuário, através de 
sistemas que identificam cada elemento que o usuário inserir na busca. Com o novo catálogo 
eletrônico, é possível que a informação seja encontrada por qualquer palavra ou elemento que 
esteja representado descritivamente. 
Para as bibliotecas, as vantagens do Formato MARC 21 se referem à importância do 
registro bibliográfico, pois a representação descritiva tradicional era mais complicada e 
consumia muito tempo, exigindo profissionais bem qualificados (e melhor remunerados) em 
catalogação. Outra vantagem refere-se à catalogação cooperativa (cópia), pois alguns livros 
que já foram catalogados em outras bases de dados podem ter seus registros importados por 
outras bibliotecas, diminuindo o trabalho e eliminando erros. Hübner afirma que 
 
Embora nem todas as bases permitam a cópia gratuita de registros, 
existem muitas em que isto é possível e outros a um custo relativamente 
baixo, de forma que sempre é melhor copiar do que fazer uma 
catalogação original. A catalogação cooperativa tem como ideal que um 
livro seja catalogado uma única vez na sua origem e todas as 
bibliotecas que vierem a adquiri-lo, copiem seu registro bibliográfico 
de alguma fonte disponível. (2005, p.9-10). 
 
E a maior vantagem para as bibliotecas é a sua informatização, pois uma biblioteca 
informatizada atrai mais usuários. Pelo simples fato de estar utilizando tecnologias de 
informação, que recupera a informação mais rápida para o usuário, ele terá a informação em 
suas mãos de maneira mais fácil e sem perder tempo, e os bibliotecários poderão facilitar o 
acesso eficiente aos usuários. Para Levacov 
É importante que bibliotecários participem do desenvolvimento de metaferramentas 
que permitam a estes usuários (com diferentes habilidades computacionais) recuperar 
eficientes as informações desejadas em um ambiente informacional cada vez mais complexo. 
(1997.p.3). 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
O Formato MARC tem ainda um longo caminho a percorrer, no processo de 
recuperação da informação. Mesmo já existindo outros formatos, sua utilização é vantajosa e 
necessária. É preciso que ocorram reformulações nos currículos de Biblioteconomia, para 
capacitar os bibliotecários nas atividades relacionadas aos formatos MARC existentes e os 
que ainda vão surgir. 
Um exemplo da utilização do MARC 21, no Brasil, é o da Pontifícia Universidade 
Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) que desde 1984 “vem se adequando às mudanças 
técnicas e tecnológicas, visando ampliar a busca e a recuperação da informação.” Assim, 
numa iniciativa ousada, iniciou em 1997 o estudo e implantação do formato MARC “a fim de 
racionalizar os processos de tratamento e organização da informação e oferecer aos usuários 
serviços mais ágeis e eficazes”. A PUC-RIO também inovou ao criar um curso à distância 
sobre o MARC 21, destinado a bibliotecários e profissionais da informação e ao disponibilizar 
em seu site todo o material utilizado nas aulas. 
Este exemplo poderia ser seguido por outras instituições semelhantes, principalmente 
pelas bibliotecas, que precisam estar preparadas para lidar com as novas tecnologias que estão 
sendo incorporadas. A complexidade de informações exige meios que as tornem mais 
acessíveis para que as mesmas sejam recuperadas de maneira mais rápida. 
Vale mencionar Paranhos, para quem 
 
a percepção das vantagens na aderência a padrões como prática 
biblioteconômica é que leva, inevitavelmente, a avaliações mais 
favoráveis de sistemas aplicativos apresentando funcionalidades que 
propiciem a importação, a edição e a exportação de registros 
bibliográficos em formato MARC (2004, p.12). 
 
Outro ponto de elevada importância no contexto da descrição bibliográfica e citado 
também por Paranhos (idem, p.15) refere-se à elevação da auto-estima dos bibliotecários e 
usuários porque “propicia a oferta de serviços mais amplos e qualificados e contribui para a 
maior visibilidade da instituição no cenário local, regional, nacional e internacional”. 
 
Como pode ser visto, o formato MARC 21, por se tratar de ferramenta computacional, 
oferece diversas vantagens: além de prover elementos de identificação e interpretação de 
registros bibliográficos, ele recupera as informações de maneira mais rápida, e representa 
grande avanço no desenvolvimento dos serviços de catalogação, inserindo as vantagens já 
 
mencionadas e, especialmente, a condição intrínseca ao sistema: sua capacidade de 
compartilhar as informações entre os interessados de forma confiável e legível em qualquer 
parte do mundo. Essa vantagem faz cumprir o princípio maior da catalogação, segundo a 
IFLA: servir a conveniência dos usuários (utilizadores) do catálogo. 
 
 
 REFERÊNCIAS 
 
 
BIBLIOTECA DO CONGRESSO. Manual Marc 21: registros bibliográficos. Versão 
portuguesa abrev. e adaptada por Paula Maria Fernandes Martins. Coimbra: 2005. 
Documento em pdf. 
 
 
FORMATO MARC 21 Conciso para registros bibliográficos: introducción general. 
Disponível em: <http://www.loc.gov/marc/bibliographic/ecbdhome.html>. Acesso 
em: 05 nov. 2009. 
 
 
FORMATO MARC. Wikipédia. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Formato_MARC>. Acesso em: 06 nov. 2009. 
 
 
HÜBNER, EDWIN. IsisMARC: uma solução que faltava. Disponível em 
<:http//:www2.fgv.br/bibliodata/geral/docs/artigo_edwin.pdf.>. Acesso em: 18 nov. 
2009. 
 
 
IFLA. Declaração de Princípios Internacionais de Catalogação. 2009. Disponível 
em:< http://www.d-nb.de/standardisierung/pdf/statement_portugese.pdf>. Acesso em 
05 nov. 2009. 
 
 
LE COADIC, IVES-FRANÇOIS. A ciência da informação. Tradução de Maria Yêda 
F. S. de F. Gomes. 2. ed. Brasília , DF: Briquet de Lemos, 2004. 
 
 
LEVACOV, MARÍLIA. Bibliotecas Virtuais: (r)evolução?. Ciência da Informação, 
Brasília, DF, v. 26, n. 2, 1997. Disponível em: 
<http://revista.ibict.br/index.php/ciinfa/article/viewarticle/390>. Acesso em: 20 nov. 
2009. 
 
 
MATTELART, ARMAND. História da sociedade da informação. Tradução de 
Nicolas Nyimi Campanário. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Ed. Loyola, 2002. 
 
 
 
MEY, ELIANE SERRÃO ALVES. Algumas questões sobre o ensino da 
representação descritiva, ou a catalogação na berlinda. Disponível em: < 
http://www.ofaj.com.br/textos_conteudo.php?cod=35>. Acesso em: 31 mar. 2010. 
 
 
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Catalogação no plural. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2009. 
 
 
MEY, ELIANE SERRÃO ALVES. Não brigue com a catalogação. Brasília, DF: 
Briquet de Lemos, 2003. 
 
 
MORENO, FERNANDA PASSINI; BRASCHER, MARISA. MARC, MARC XML 
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em:<http://www.usp.br/siicusp/resumos/16Siicusp/3541.pdf>. Acesso em: 22 nov 
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