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Manual AIDIPI

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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 
ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS 
PREVALENTES DA INFÂNCIA 
 
 
 
 
AIDPI 
 
 
 
 
 
MODULO PARA GRADUAÇÃO 
 
 
 
 
PROF. JOÃO AMARAL – UFCE 
PROF. ANTONIO PAIXÃO - UFSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ATENÇÃO À CRIANÇA DOENTE DE 2 MESES A 5 ANOS DE IDADE 
 
 
É importante que toda criança seja avaliada nos principais sinais e sintomas das doenças prevalentes 
da infância, para que estas não passem despercebidas. As perguntas devem ser centradas sobre os 
problemas específicos de sua procura à unidade de saúde, dos sinais e sintomas de perigo e dos 
principais sintomas: tosse ou dificuldade para respirar, diarréia, febre e problemas de ouvido. Para 
isso usa-se um protocolo padronizado baseado em normas internacionais com grande impacto na 
redução da morbimortalidade infantil. 
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 
 Ao final deste módulo o aluno estará apto a praticar as seguintes técnicas: 
 
 Perguntar à mãe a respeito do problema da criança. 
 Verificar se existem sinais gerais de perigo. 
 
 Perguntar às mães sobre os quatro principais sintomas: 
- Tosse ou dificuldade para respirar. 
- Diarréia. 
- Febre. 
- Problemas de ouvido 
 
 Na presença de um sintoma principal: 
- Avaliar a criança para verificar se há sinais relacionados com o sintoma principal. 
- Classificar a doença de acordo com os sinais presentes ou ausentes. 
 
 Verificar se existem sinais de desnutrição ou anemia. 
 Classificar o estado nutricional da criança. 
 Verificar o estado de imunização da criança. 
 Decidir se necessita de alguma vacina no mesmo dia. 
 Avaliar qualquer outro problema. 
 Detectar qualquer suspeita de doença de notificação compulsória. 
 
ATIVIDADES PRÁTICAS 
 
Os seguintes temas serão abordados nas aulas práticas no Ambulatório, Emergência e Enfermaria, 
neste módulo sobre MANEJO DE CRIANÇA DOENTE DE 2 MESES A 5 ANOS DE IDADE: 
 
 Sinais gerais de perigo. 
 Tosse ou dificuldade para respirar. 
 Diarréia. 
 Febre. 
 Problemas de ouvido. 
 Desnutrição e anemia. 
 Situação vacinal. 
 Outros problemas. 
 Doenças de notificação compulsória 
 
 
 
 
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1. PERGUNTE À MÃE QUE PROBLEMAS A CRIANÇA APRESENTA 
Quando a mãe (ou familiar) procura a unidade de saúde porque o seu filho está doente, este deve ser 
examinado integralmente. Ao iniciar a consulta: 
 Receba bem a mãe e peça-lhe que sente. 
 Pergunte o seu nome e o da criança. 
 Pergunte que problemas a criança tem. 
 Determine se é a primeira consulta ou de retorno. 
 
É fundamental ter um bom diálogo com a mãe. Essa boa comunicação ajudará, desde o inicio na 
segurança da mãe e na sua aderência ao tratamento. Para isso: 
 Escute atentamente o que a mãe lhe diz. 
 Use palavras que a mãe possa entender. 
 Dê-lhe tempo para que ela responda as perguntas. 
 Faça perguntas adicionais, caso a mãe não esteja segura das suas respostas. 
 
2. VERIFIQUE SE EXISTEM SINAIS GERAIS DE PERIGO 
 É fundamental verificar em TODAS as crianças doentes sinais e sintomas gerais de perigo. 
 Não consegue beber nem mamar. 
 Vomita tudo o que ingere. 
 Apresentou convulsões. 
 Está letárgica ou inconsciente. 
Uma criança que apresenta um sinal geral de perigo deve ser avaliada cuidadosamente. Na maioria das vezes, 
as crianças com um sinal de perigo necessitam ser referidas URGENTEMENTE ao hospital. Geralmente 
necessitam receber tratamento para salvar-lhes a vida como antibióticos injetáveis, oxigênio ou outros 
tratamentos que podem não estar disponíveis no seu serviço de saúde. Você deve completar o resto da 
avaliação imediatamente e rapidamente. 
 
 
PERGUNTAR À MÃE QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DA CRIANÇA 
 
 Determinar se esta é a primeira consulta para este problema ou se é uma consulta de retorno 
para reavaliação do caso. 
- Se for uma consulta de retorno, utilizar as instruções do quadro CONSULTA DE RETORNO 
- Se for a primeira consulta, avaliar a criança como a seguir: 
 
VERIFICAR SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO 
 
PERGUNTAR: 
 A criança consegue beber ou mamar no 
peito? 
 A criança apresentou convulsões? 
 
PERGUNTAR E OBSERVAR: 
 A criança vomita tudo o que ingere? 
 
OBSERVAR: 
 Verificar se a criança está letárgica ou 
inconsciente 
 
Se a criança apresenta convulsão agora, deixe livre as vias aéreas e trate a criança com diazepam. 
Então imediatamente avalie, classifique e providencie outro tratamento antes de referir a criança 
urgentemente ao hospital. 
Uma criança que apresente qualquer SINAL GERAL DE PERIGO necessita ser URGENTEMENTE assistida; 
referir urgentemente ao hospital, completar imediatamente a avaliação e administrar o tratamento 
indicado prévio à referência para que essa não sofra atraso. 
 
Formulário de Registro: apresenta uma lista de perguntas que serão feitas à mãe e os sinais que você deverá 
observar e identificar, segundo os sinais e sintomas da criança. 
Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
 Não consegue beber ou mamar no peito ___  Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___  Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
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EXERCÍCIOS 
 
 Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro. 
 
 Caso 1: Francisca 
 
 Francisca tem 15 meses. Pesa 8,5 Kg. Tem temperatura de 39 C. 
- Quais são os problemas da Francisca? 
- Francisca tem tossido há 4 dias e não está comendo bem. 
- É a primeira consulta de Francisca por este problema? 
- Sim. 
- Francisca consegue mamar no peito? 
- Não, Francisca não quer o peito. 
- Ofereça um pouco de água à Francisca. 
Francisca estava muito debilitada e não conseguia levantar a cabeça. Não podia beber. 
- Está vomitando? 
- Não. 
- Tem tido convulsões? 
- Não. 
Enquanto conversavam, Francisca olhava ao redor da sala. Não estava letárgica ou inconsciente 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
 Não consegue beber ou mamar no peito ___  Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___  Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
 
 Caso 2: José 
 
 José tem 4 anos. Pesa 15 Kg. Tem uma temperatura de 38,5 C. 
- O que o José esta sentindo? 
- José está tossindo e tem dor de ouvido. 
- É a primeira vez que a Sra. vem por este problema? 
- Sim. 
- José pode beber água? 
- Sim. 
- Teve convulsões. 
- Sim, teve um ataque ontem. 
- José vomitou? 
- Não. 
A observação José não estava letárgico nem inconsciente. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Não consegue beber ou mamar no peito ___  Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___  Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
 
 
 
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3. AVALIE E CLASSIFIQUE A TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR 
 
As Doenças do Aparelho Respiratório são as responsáveis pela maior demanda de consultas e 
internações em pediatria. Atingem de preferência o trato respiratório superior (anexo 1) e, quanto 
menor a idade do paciente, maior é o comprometimento do trato respiratório inferior. Estas doenças, 
durante os primeiros cinco anos de vida, são de origem predominantemente infecciosa, com uma 
prevalência de cinco a oito episódios por criança/ano. Nos países em desenvolvimento a etiologia é 
geralmente bacteriana, sendo os agentes mais comuns o Streptococcus pneumoniae, o Haemophilus 
influenzae e o Mycoplasma; no período neonatal predominam os bacilos gram negativos E. Coli e 
Klebsiella) e o Strepococcus do Grupo B. Entre as referidas infecções, a pneumonia é responsável 
por 85% das mortes ocorridas por problemas respiratórios nas crianças menores de cinco anos, 
especialmente em países em desenvolvimento. Os principais fatores de risco associados incluem: 
baixa renda familiar, baixa escolaridade dos pais, desnutrição, baixo peso ao nascer, prematuridade, 
exposição a fumo passivo, desmame precoce, creche e aglomeração familiar. 
 
3.1. AVALIE OS SINAIS DE ENTRADA DE INFEÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA 
 
 Tosse. 
 Dificuldade para respirar. 
 
Ambos os sinais foram escolhidos, face a suspeita de pneumonia, devido estarem presentes em quase 
todas as crianças menores de 5 anos com IRA. A febre não se considera um bom sinal para ser 
utilizado como critério de entrada devido estar presente em outras doenças, tal como infecção do 
trato urinário. Para TODA criança doente, verifique se ela tem: 
 
 Há quanto tempo a criança está com tosse ou com dificuldade para respirar. 
 Respiração rápida. 
 Tiragem subcostal. 
 Estridor e sibilância. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
 
É importante utilizar um sinal indicador sensível e específico de pneumonia que os estudos 
comprovaram ser a respiração rápida. A freqüência respiratória deve ser medida quando a 
criança estiver tranqüila e não estiver chorando. 
 
IDADE RESPIRAÇÃO RÁPIDA 
2 a 11 meses 
1 a < 5 anos 
50 ou mais rpm 
40 ou mais rpm 
 
Uma criança que apresente tosse ou dificuldade para respirar por mais de trinta dias tem uma tosse 
crônica, podendo tratar-se de tuberculose, asma, coqueluche, sinusopatia ou outra causa menos 
frequente. Pela magnitude do problema é importante afastar-se a possibilidade de tuberculose, 
perguntando se há casos na família, avaliando-se a curva ponderal no cartão da criança e, em caso 
suspeito, referindo-se imediatamente para investigação. 
A tiragem é um outro sinal que sempre deve ser investigado. É característico de pneumonia grave e 
está associada a uma maior mortalidade em crianças. Deve ser avaliada na parede inferior do tórax 
 6 
na inspiração. Pode estar associada também a asma. O estridor também deve ser avaliado, quando a 
criança estiver em repouso. É um sinal de crupe grave. As principais causas das obstruções das vias 
respiratórias superiores são de origem infecciosa (80%). Destas, 90% são devidas ao crupe viral, 5% 
à epiglotite e 5% a infecções de outras áreas do trato respiratório superior (laringotraqueíte, laringo-
traqueobronquite e traqueíte) .A epiglotite aguda é uma infecção bacteriana da epiglote e de outras 
estruturas supraglóticas causada pelo Haemophilus influenzae do tipo B. Tem mau prognóstico e 
pode levar rapidamente á asfixia se não for atendido de imediato.. Em crianças menores de 2 meses 
de idade outros sinais inespecíficos que se podem inferir que os pacientes têm um processo infeccioso 
grave são: não pode comer bem, anormalmente sonolenta e febre ou hipotermia. 
 
3.2. CLASSIFIQUE A TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR 
 
Para classificação dos casos as crianças foram divididas em lactentes menores de 2 meses e crianças 
de 2 meses a 4 anos, por ser os grupos de maior risco para morbi-mortalidade por pneumonia. Para 
classificar essas crianças utiliza-se a respiração rápida e a tiragem por serem sinais mais específicos 
de pneumonia ou pneumonia grave. 
Há três possíveis classificações para uma criança com tosse ou dificuldade para respirar: 
 
 Pneumonia grave ou Doença Muito Grave ou 
 Pneumonia ou 
 Não é pneumonia. 
 
SINAIS CLASSIFIQUE TRATE 
 
 Qualquer sinal de perigo ou 
 Tiragem subcostal ou 
 Estridor em repouso. 
 
PNEUMONIA 
GRAVE OU DOENÇA 
MUITO GRAVE 
 Dê a primeira dose de um 
 antibiótico recomendado. 
 Refira URGENTEMENTE ao 
 hospital. 
 
 
 
 
 Respiração rápida. 
 
 
 
 
PNEUMONIA 
 Dê um antibiótico recomendado 
 durante 7 dias. 
 Alivie a tosse com um remédio 
 CASEIRO. 
 Informe à mãe quando retornar 
 imediatamente. 
 Se tiver sibilância trate com 
 broncodilatador durante 5 dias 
 Marque o retorno em 2 dias. 
 Nenhum sinal de pneumonia 
 ou Doença Muito grave 
 
NÃO É PNEUMONIA 
 
 Se estiver tossindo há mais de 
 30 dias, refira para avaliação. 
 Alivie a tosse com um remédio 
 caseiro. 
 Se tiver sibilância trate com 
 broncodilatador durante 5 dias 
 Seguimento em 5 dias , se não 
 melhorar. 
 Informe à mãe quando deve 
 retornar imediatamente: 
  Se respira com dificuldade. 
  Se respira rapidamente. 
  Se a saúde do bebê piora. 
 
 
 
 
 
 EXERCÍCIOS 
 7 
 
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro. 
 
 Caso 1: Alex 
 
 Alex tem 18 meses. Pesa 11,5 Kg. Tem temperatura de 38 C. 
- Qual o problema do Alex? 
- Alex têm tosse. 
O profissional verificou se Alex apresentava os sinais gerais de perigo. Alex pode beber. Não 
está vomitando. Não teve convulsões. Não está letárgico nem inconsciente. É a sua primeira 
consulta por este problema. 
- Há quanto tempo ele tem tosse. 
- Alex tem tossido há 6 ou 7 dias. 
O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou 
que era 41 rpm. Não viu tiragem subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
 
 Caso 2: Gabriel 
 
 Gabriel tem 6 meses. Pesa 5,5 Kg. Tem uma temperatura de 38,5 C. 
- Qual o problema do Gabriel? 
- Gabriel temtosse há 2 dias. 
O profissional verificou se Gabriel apresentava os sinais gerais de perigo. Gabriel pode mamar 
no peito. Não tem vomitado. Não teve convulsões. Não está letárgico nem inconsciente. É a sua 
primeira consulta por este problema. 
O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou 
que era 58 rpm. Não viu tiragem subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
 
 
 Caso 3: Cecília 
 8 
 
 Cecília tem 8 meses. Pesa 6 Kg. Tem temperatura de 39,5 C. 
- Quais os problemas de Cecília? 
- Cecília tem tosse há 3 dias. Tem dificuldade para respirar. Está muito fraca. 
- Fez bem em trazê-la hoje. Vou examiná-la agora mesmo. 
O profissional verificou os sinais gerais de perigo. Cecília não mama no peito, não bebe nada 
que lhe ofereça. Cecília não vomita tudo que ingere e não teve convulsões. Está letárgica. Não 
olhava para o profissional e nem para os pais enquanto conversavam. Ao avaliar a freqüência 
respiratória contou 55 rpm. Não viu tiragem subcostal. Observou que Cecília tinha estridor 
porque ouviu um som áspero quando a menina inspirava em repouso. Não tinha sibilância.. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
 
 Caso 4: Cesar 
 
 Cesar tem 18 meses. Pesa 9 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C. 
- Qual o problema de Cesar? 
- Cesar tem tosse há 3 dias. 
- Cesar consegue beber? 
- Sim, Cesar consegue beber e não vomita nada. 
- O profissional ofereçe um pouco de água a Cesar. 
- Tem tido convulsões? 
- Não, não teve. 
Enquanto conversavam, Cesar olhava ao redor da sala. Não estava letárgico ou inconsciente. 
 
O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou 
que era 48 rpm. Observou tiragem subcostal, mas não ouviu estridor ou sibilância. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
 
3.3. AVALIE A SIBILÂNCIA 
 
 9 
A sibilância é uma condição muito comum nas crianças, sendo uma causa importante de demanda 
nas unidades de saúde. Além disso, pode-se confundir ou estar associada a um quadro infecsioso das 
vias respiratórias. Seu aparecimento se deve ás alterações funcionais decorrentes do processo 
inflamatório crônico, tais como: a hiperreatividade brônquica e a obstrução ao fluxo aéreo 
(broncoconstricção, formação crônica de rolhas de muco, edema e alterações estruturais das vias 
aéreas) 
As principais doenças que cursam com sibilância são a Asma Brônquica (pincipal causa de obstrução 
brônquica nas crianças acima de quatro anos) e Bronquiolite.(predominantemente nos seis primeiros 
meses de vida) Essas doenças podem ocasionar retração intercostal e subcostal, além de aumento da 
freqüência respiratória, sendo comum confundir-se com pneumonia, em certas situações. Por isso, 
antes de classificar a criança o profissional deve tratar a sibilância e fazer uma reavaliação depois. 
 
 
Se também há sibilância e não há sinais gerais de perigo 
TRATE A SIBILÂNCIA com nebulização até 3 vezes. 
Depois reavalie a criança para reclassifica-la. 
 
 
Depois de cada nebulização, a criança deverá ser reavaliada para ver se a criança melhora da 
sibilância. Caso a criança tenha respiração rápida ou tiragem subcostal, avalie também se estas 
diminuíram. 
 Se depois da primeira nebulização, melhora a sibilãncia: continuar com a mesma classificação 
dada anteriormente. 
 Se depois da primeira nebulização a criança não melhora: repetir a nebulização a cada 20 
minutos, no máximo de 3 vezes fazendo uma reavaliação da criança a cada vez. 
 
TRATE A SIBILÂNCIA 
 
Crianças com o primeiro episódio de sibilância 
 
Caso tenha “urgência respiratória”  Dê um broncodilatador de ação rápida e refira-a. 
Caso não tenha “urgência respiratória”  Dê um broncodilatador de ação rápida. 
 
 
Crianças com sibilância recorrente (asma – anexo 2)) 
 Dê um broncodilatador de ação rápida e caso tenha urgência respiratória, refira-a. 
 Avalie o estado da criança a cada 20 minutos (máximo de 3 nebulizações). 
 
CASO ENTÃO 
 
Tenha “urgência respiratória”  Trate como PNEUMONIA GRAVE ou como 
ou qualquer sinal de perigo. DOENÇA MUITO GRAVE (refira-a). 
 
Caso não tenha “urgência respiratória”  Trate como PNEUMONIA e dê um 
e respira rápido broncodilatador. 
 
Não respira rápido  Trate como NÃO É PNEUMONIA: TOSSE OU 
 RESFRIADO e dê um broncodililatador. 
 
 Fonte: OPS/OMS modificado. 
Na Bronquiolite existe a infecção viral (vírus sincicial respiratório –50 a 90%- e parainfluenza) do 
trato respiratório inferior, associada à hiperreatividade das vias aéreas induzida pela infecção. O pico 
de incidência está entre dois e seis meses, época em que se concentram 80% dos casos do primeiro 
ano de vida. Devido à grande participação das doenças respiratórias como causa de morte nas 
 10 
crianças menores, é prudente que o profissional tenha certeza do diagnóstico; em caso contrário, deve 
referir o paciente urgentemente para investigação, já que estas crianças apresentam com frequência 
sinais graves de desconforto respiratório (taquipnéia, tiragem subcostal, gemido, cianose, batimentos 
de asa do nariz, sibilância e febre)EXERCÍCIO 
 
 Caso : Roberto 
 Roberto tem 1 ano e 2 meses. Pesa 12 Kg. Tem temperatura de 37,5 C. 
- Qual o problema do Roberto? 
- Roberto tosse há 2 dias. 
O profissional não encontrou sinais gerais de perigo. É a sua primeira consulta por este problema. 
Ao exame físico contou 54 rpm e observou tiragem subcostal e sibilância. 
 
1. Qual seria a conduta adequada? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Após receber o tratamento Roberto melhorou da sibilância e a freqüência respiratória baixou para 
30 rpm. A tiragem subcostal desapareceu. Como você classifica o Roberto agora? 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
 
Caso a freqüência respiratória continuasse 50 rpm ou mais com tiragem subcostal depois de 3 
inalações, como você classificaria o Roberto. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
 
 
4. AVALIE E CLASSIFIQUE A DIARRÉIA 
 
A diarréia aparece quando a perda de água e eletrólitos nas fezes é maior do que a normal, resultando 
no aumento do volume e da freqüência das evacuações e diminuição da consistência das fezes. É 
 11 
definida geralmente como a ocorrência de 3 ou mais evacuações amolecidas ou líquidas em um 
período de 24 horas. 
O número de evacuações por dia considerado normal varia com a dieta e a idade da criança. A 
percepção materna é extremamente confiável na identificação da diarréia de seus filhos. Os lactentes 
amamentados exclusivamente ao seio têm geralmente fezes amolecidas, não devendo ser considerado 
diarréia. 
 
 
4.1. AVALIE A DIARRÉIA 
 
 Uma criança com diarréia deve ser avaliada para identificar: 
 
 Se há sinais de desidratação. 
 Se há sangue nas fezes. 
 Por quanto tempo a criança tem tido diarréia. 
 
Os seguintes passos devem ser avaliados, e preenchidos no formulário de registro: 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 Para isso pergunte aos familiares de TODAS as crianças doentes: 
 
 A criança tem diarréia? 
 Há quanto tempo? 
 Há sangue nas fezes? 
 
A seguir verifique SEMPRE o estado de hidratação da criança. Quando ela se desidrata está a 
princípio inquieta ou irritada. Na medida que continua se torna letárgica ou inconsciente. Ao perder 
líquido, talvez fique com os olhos fundos. Ao sinal da prega, a pele volta ao seu estado anterior 
lentamente ou muito lentamente. Para isso OBSERVE e PALPE para investigar os seguintes fatores: 
 
 OBSERVE o estado geral da criança: A criança está letárgica ou inconsciente? Está inquieta ou 
irritada? 
 OBSERVE se os olhos estão fundos? 
 OFEREÇA líquidos à criança. A criança não consegue beber ou bebe mal? Bebe avidamente, 
com sede? 
 VERIFIQUE O SINAL DA PREGA no abdome. A pele volta ao estado anterior muito 
lentamente (em mais de 2 segundos)? Lentamente? 
4.2. CLASSIFIQUE A DIARRÉIA 
 
A maioria dos episódios de diarréia aguda é provocada por um agente infeccioso e dura menos de 
2 semanas. Caso dure 14 dias ou mais, é denominada diarréia persistente que geralmente é 
 12 
associada a problemas nutricionais, contribuindo para a mortalidade infantil. A diarréia com sangue, 
com ou sem muco, é chamada de disenteria e é freqüentemente causada por Shiguella. 
 
4.2.1. CLASSIFIQUE O ESTADO DE HIDRATAÇÃO 
 
 Há três tipos de classificação possíveis para a desidratação em uma criança com diarréia: 
 
 Desidratação grave. 
 Desidratação. 
 Sem desidratação. 
 
Dois dos sinais que se seguem: 
 
 Letárgica ou inconsciente. 
 Olhos fundos. 
 Não consegue beber ou bebe mal. 
 Sinal da prega: a pele volta muito 
 lentamente ao estado anterior. 
 
 
 
 
 
DESIDRATAÇÃO 
GRAVE 
Se a criança não se enquadra em 
 nenhuma outra classificação 
 grave: 
 Inicie Terapia Endovenosa 
 (Plano C) OU outra 
 classificação grave: 
 Referir URGENTEMENTE ao 
 hospital com a mãe 
 administrando-lhe SRO 
 freqüentes durante o trajeto. 
 Recomendar a mãe a continuar a 
 amamentação ao peito. 
 Se a criança tiver 2 ou mais anos 
 de idade, e se houver cólera, 
 administrar antibióticos. 
 
Dois dos sinais que se seguem: 
 
 Inquieta, irritada. 
 Olhos fundos. 
 Bebe avidamente, com sede. 
 Sinal da prega: a pele volta 
 lentamente ao estado anterior. 
 
 
 
 
 
 
DESIDRATAÇÃO 
 Administrar SRO na unidade de 
 saúde (Plano B). 
Se a criança também se enquadra 
 em uma classificação grave 
 devido a outro problema: 
 Referir URGENTEMENTE ao 
 hospital com a mãe 
 administrando-lhe SRO 
 freqüentes durante o trajeto. 
 Recomendar a mãe a continuar a 
 amamentação ao peito. 
 Informar à mãe sobre quando 
 retornar imediatamente. 
 Seguimento em 5 dias se não 
 melhorar. 
 
Não há sinais suficientes para 
classificar como desidratação ou 
desidratação grave 
 
 
SEM 
DESIDRATAÇÃO 
 Dar alimentos e líquidos para 
 tratar a diarréia em casa (Plano 
 A) . 
 Informar à mãe sobre quando 
 retornar imediatamente. 
 Seguimento em 5 dias se não 
 melhorar. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro. 
 
 13 
 Caso 1: Luiz 
 
- O que o Luiz tem? 
- Luiz tem diarréia há 5 dias. 
- Tem sangue nas fezes? 
- Não. 
- O que a Sra. acha dos olhos do Luiz? 
- Acho que estão fundos. 
- Vou oferecer um pouco de água a Luiz. 
- Como ele bebe rápido! 
O profissional faz o sinal da prega no abdome da criança e observa que a pele volta ao seu estado 
anterior lentamente. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem?___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 Caso 2: Jane 
 
- Qual o problema da Jane? 
- Jane tem diarréia faz 3 dias. 
- Tem sangue nas fezes?. 
- Não há sangue nas fezes. 
- O que a Sra. acha dos olhos da Jane? 
- Tem os olhos fundos. 
- Vou oferecer um pouco de água a Jane. 
- Ela bebe normalmente, mas parece que não está com sede. 
O profissional faz o sinal da prega no abdome da criança e observa que não está presente. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 
 
 Caso 3: Graça 
 
- O que a Graça tem? 
- Graça tem diarréia há 2 dias. 
 14 
- Tem sangue nas fezes? 
- Não, não tem. 
- O que a Sra. acha dos olhos da Graça? 
- Acho que estão fundos. 
- Vou oferecer um pouco de água a Graça. 
- Doutor ela não consegue beber. 
O profissional observa que a criança está inquieta e irritada. Faz o sinal da prega no abdome da 
criança e nota que a pele volta ao seu estado anterior muito lentamente. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 Caso 4: Cláudio 
 
- Qual o problema do Claúdio? 
- Cláudio tem diarréia há 5 dias. 
- Tem sangue nas fezes?. 
- Não, não tem 
- O que a Sra. acha dos olhos do Cláudio? 
- Acho que estão normais. 
- Vou oferecer um pouco de água a Cláudio. 
- Puxa, como ele bebe rápido! 
O profissional observa que a criança está bem esperta. Faz o sinal da prega no abdome da criança 
e nota que a pele volta imediatamente ao seu estado anterior. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.2. CLASSIFIQUE A DIARRÉIA PERSISTENTE 
 
 Depois de classificar a desidratação da criança, classifique a criança com diarréia persistente, caso 
ela tenha diarréia por 14 dias ou mais. Há duas classificações: 
 15 
 
 Diarréia persistente grave. 
 Diarréia persistente. 
 
 
 Há desidratação 
 
 
DIARRÉIA 
PERSISTENTE 
GRAVE 
 Trate a desidratação antes de 
 referir a criança a não ser que 
 esta se enquadre em outra 
 classificação grave. 
 Refira ao hospital 
 Não há desidratação DIARRÉIA 
PERSISTENTE 
 Informe à mãe sobre como 
 alimentar uma criança com 
 DIARRÉIA PERSISTENTE 
 Dar multivitaminas e sais minerais 
 Marque o retorno em 5 dias 
 
 
4.2.3. CLASSIFIQUE A DISENTERIA 
 
 Há somente uma classificação para diarréia com sangue nas fezes: 
 
 Disenteria. 
 
 
 Sangue nas fezes 
 
DISENTERIA 
 Dê um antibiótico recomendado 
 para Shiguella durante 5 dias. 
 Marque o retorno em 2 dias 
 
 Note que uma criança com diarréia pode ser enquadrada em uma ou mais classificações. Escreva 
qualquer classificação para a diarréia que a criança tenha na coluna CLASSIFIQUE do formulário 
de registro. Por exemplo: 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim X Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? 3 dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? X Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? X 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
Sem desidratação e 
Disenteria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro. 
 16 
 
 Caso 1: Bruno 
 
 Bruno tem 2 anos. Pesa 9 Kg. Tem temperatura de 37,5 C. 
- Qual o problema do Bruno? 
- Bruno está a 4 dias com diarréia. 
- É a primeira consulta de Bruno por este problema? 
- Sim. 
- Há sangue nas fezes de Bruno? 
- Não. 
- Ofereça um pouco de água à Bruno. 
- Como Bruno bebe rápido! 
Enquanto conversavam, Bruno olhava ao redor da sala. Não estava letárgico ou inconsciente. 
Não tem sinais gerais de perigo. Não tem tosse e dificuldade para respirar. Não tem olhos fundos. 
Ao sinal da prega a pele retorna imediatamente ao estado anterior. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso 2: Maria 
 
Maria tem 1 ano e 2 meses. Pesa 12 Kg. Tem uma temperatura de 38 C. 
 17 
- O que Maria esta sentindo? 
- Maria tem diarréia há 3 semanas.- É a primeira consulta de Maria por este problema? 
- Sim. 
- Tem sangue nas fezes? 
- Não. 
- Ofereça um pouco de água à Maria. 
- Como Maria bebe rápido! 
Enquanto conversavam, Maria olhava inquietamente ao redor da sala. Não tem sinais gerais de 
perigo. Não tem tosse e dificuldade para respirar. Não tem olhos fundos. Ao sinal da prega a pele 
retorna imediatamente ao estado anterior. 
 
Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso 3: Adriana 
 
Adriana tem 7 meses. Pesa 5,6 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C. 
 18 
- O que Adriana está sentindo? 
- Adriana tem diarréia há 3 dias. 
- É a primeira vez que Adriana vem por este problema? 
- Sim. 
Adriana não tem tosse ou dificuldade para respirar. Não tem sinais gerais de perigo 
- Tem sangue nas fezes? 
- Não. 
- Ofereça um pouco de água à Adriana. 
- Como Adriana bebe rapidamente! Parece que está com muita sede. 
Enquanto conversavam, Maria olhava ao redor da sala. Não está inquieta ou irritada. Tem olhos 
fundos. Ao sinal da prega a pele retorna imediatamente ao estado anterior. 
 
Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso 4: Clara 
 
Clara tem 3 anos. Pesa 10 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C. 
 19 
- O que Clara está sentindo? 
- Clara tem tosse e diarréia. 
- É a primeira vez que Adriana vem por estes problemas? 
- Sim. 
O profissional verificou que Clara não apresentava os sinais gerais de perigo. Clara pode beber. 
Não está vomitando. Não teve convulsões. Não está letárgica nem inconsciente. 
- Há quanto tempo ela tem tosse? 
- Clara tosse há 3 dias. 
- E tem diarréia há quantos dias? 
- Há mais de 2 semanas. 
- Tem sangue nas fezes? 
- Não. 
- Ofereça um pouco de água à Clara? 
- Clara bebeu bem pouquinho! 
O profissional ao exame físico contou a freqüência respiratória e observou que era 36 rpm. Não 
viu tiragem subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância. Observou que Clara estava inquieta ou 
irritada, mas não tinha os olhos fundos. Ao sinal da prega a pele retorna imediatamente ao estado 
anterior. 
 
Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. AVALIE E CLASSIFIQUE A FEBRE 
 
 20 
Uma criança com febre pode ter malária ou outra doença grave. Pode ser também um simples 
resfriado ou outra infecção viral. 
 
5.1. AVALIE A FEBRE 
 
 
A criança tem o sintoma principal febre se: 
 
 Tiver uma história de febre, ou 
 Está quente ao toque, ou 
 Tem uma temperatura axilar de 37,5 C ou mais. 
 
 
Decida o grau de risco de malária (áreas com risco alto, baixo ou sem risco). A seguir avalie criança 
com febre para verificar o seguinte: 
 
 Há quanto tempo a criança está com febre? 
 Rigidez de nuca. 
 Petéquias. 
 Abaulamento de fontanela. 
 Coriza. 
 
No formulário de registro os passos para avaliação e classificação da febre são: 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___ 
Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com: 
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___ 
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___ 
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___ 
Houve febre todos os dias? ___ 
 
 
 
Para isso, pergunte e observe (ou meça) a temperaturade TODAS as crianças doentes. 
 
 A criança está com febre? 
 Decida o grau de risco de malária. 
 Há quanto tempo? Se há mais de 7 dias: tem tido febre todos os dias? 
 Observe e examine para determinar se há rigidez de nuca. 
 Observe e examine se há petéquias. 
 Observe e palpe se há abaulamento de fontanela. 
 
5.2. CLASSIFIQUE A FEBRE 
 
Para classificar a febre, primeiro é importante determinar se a área apresenta ou não risco para 
malária. Se considera área com risco quando a criança reside ou visitou uma área com risco nos 
últimos 30 dias. 
 
 
 
 
CLASSIFIQUE A FEBRE 
 
 21 
ÁREA COM RISCO DE MALÁRIA ÁREA SEM RISCO DE MALÁRIA 
 
 
 Sinal geral de perigo 
 Rigidez de nuca ou 
 Petéquias ou 
 Abaulamento 
 
MALÁRIA GRAVE 
OU 
DOENÇA FEBRIL 
MUITO GRAVE 
 
 Sinal geral de perigo 
 Rigidez de nuca ou 
 Petéquias ou 
 Abaulamento 
 
 
 
DOENÇA FEBRIL 
MUITO GRAVE 
 
 Não tem coriza 
 Não tem outra causa de febre 
 
PROVÁVEL 
MALÁRIA 
  Nenhum sinal de 
doença febril muito 
grave 
 
 
DOENÇA FEBRIL 
 
 Tem coriza 
 Tem outra causa de febre 
 
 
MALÁRIA POUCO 
PROVÁVEL 
 
 
 
Exemplo: uma criança de 2 anos de idade chegou a unidade de saúde porque há 2 dias apresentou 
“quentura no corpo”. Não apresenta nenhum sinal de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para 
respirar nem diarréia. Quando o profissional avaliou a febre da criança, anotou os seguintes sinais: 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim X Não ___ 
Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com: 
Alto___ Baixo ___ Sem risco: X  Rigidez de nuca ___ 
Há quanto tempo: 2 dias  Petéquias ___ 
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___ 
Houve febre todos os dias? ___ 
 
 
 
 
 
ÁREA SEM RISCO DE MALÁRIA 
 
 Qualquer sinal geral de perigo 
 Rigidez de nuca ou 
 Petéquias ou 
 Abaulamento 
 
DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE 
1.ªdose antibiótico, antitérmico, evitar hipoglicemia e 
referir. 
 
 Nenhum sinal de doença febril muito grave 
 DOENÇA FEBRIL Antitermico (38.5 C) Seguimento 
em dois dias se persistir e retorno imediato. Febre por 
mais de 7 dias referir para investigação. 
 
O profissional anotou a sua classificação no formulário de registro. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim X Não ___ 
Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com: 
Alto___ Baixo ___ Sem risco: X  Rigidez de nuca ___ 
Há quanto tempo: 2 dias  Petéquias ___ 
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___ 
Houve febre todos os dias? ___ 
 
 
 
Doença febril 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 22 
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro. 
 
 Caso 1: Juliana 
 
 Juliana tem 12 meses. Pesa 7,2 Kg. Tem temperatura de 37 C. 
- Qual o problema da Juliana? 
- Juliana está quente há 2 dias. 
- A Sra. trouxe Juliana porque está com febre. 
- Sim. 
- Vou verificar se ela está com febre. 
A temperatura não está elevada. É área sem risco de malária. Não tem sinais gerais de perigo. 
- Juliana tem tosse ou dificuldade para respirar? 
- Não. 
- Juliana tem diarréia? 
- Sim, Juliana tem diarréia há 2 dias. 
- A Sra. viu sangue nas fezes? 
- Não. 
Ao exame físico: não tem rigidez de nuca, petéquias ou abaulamento de fontanela. Está artiva. 
Ao sinal da prega a pele volta imediatamente ao estado anterior. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___ 
Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com: 
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___ 
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___ 
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___ 
Houve febre todos os dias? ___ _ 
 
 
 
 
 
 
 Caso 2: Socorro 
 
 23 
 Socorro tem 3 anos. Pesa 10 Kg. Tem temperatura de 38,5 C. 
- Qual o problema da Socorro? 
- Socorro está com tosse há 2 dias. 
- É a primeira consulta de Socorro? 
- Sim. 
O profissional verificou se Socorro apresentava sinais gerais de perigo. Podia beber, não havia 
vomitado e não teve convulsões. Não estava letárgica, nem inconsciente. 
- Socorro tem diarréia também? 
- Não. 
- Socorro tem febre há quantos dias? 
- Três dias. 
Ao exame físico o profissional contou 42 rpm. Não viu tiragem subcostal. Não ouviu estridor e 
nem sibilância quando Socorro estava tranqüila. Não tem rigidez de nuca, petéquias, 
abaulamento de fontanela ou coriza. É área sem risco para malária. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___ 
Determinese o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com: 
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___ 
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___ 
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___ 
Houve febre todos os dias? ___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso 3: Rubens 
 
 24 
 Rubens tem 2 anos. Pesa 9,5 Kg. Tem temperatura de 37,5 C. 
- Qual o problema do Rubens? 
- Rubens não está comendo bem ultimamente. Por isso estou muito preocupada. 
- Procure ficar tranqüila que vou atende-lo agora mesmo. 
- É a primeira consulta por este problema? 
- Sim. 
O profissional verificou se havia sinais gerais de perigo. Rubens pode beber, não está vomitando, 
não teve convulsões e não está letárgico nem inconsciente. 
- Rubens tem tosse? 
- Não. 
- Rubens tem diarréia? 
- Também não. 
- A Sra. notou se Rubens tem febre? 
- Sim, Rubens está quente há 2 dias. 
Ao exame físico o profissional observou que Rubens tem rigidez de nuca, não tem petéquias, 
abaulamento de fontanela ou coriza. É área sem risco de malária. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___ 
Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com: 
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___ 
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___ 
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___ 
Houve febre todos os dias? ___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. AVALIE E CLASSIFIQUE A OS PROBLEMAS DE OUVIDO 
 
 25 
Quando uma criança tem infecção de ouvido, o pus se acumula atrás do tímpano causando dor e 
freqüentemente febre. Caso se não se trate a infecção, o tímpano pode romper, drenando secreção 
purulenta e diminuindo a dor. 
 
Algumas vezes a infecção se estende do ouvido médio ao osso mastóide, causando mastoidite. A 
infecção também pode estender-se do ouvido médio para o SNC, causando meningite. Estas são 
doenças graves que requerem atenção urgente a nível hospitalar. 
 
As infecções de ouvido raramente causam a morte. Entretanto, levam a muitos dias de doenças nas 
crianças. É a principal causa de surdez nos países em desenvolvimento o que acarreta problemas de 
aprendizagem na escola. 
 
 
 
6.1. AVALIE OS PROBLEMAS DE OUVIDO 
 
 Em uma criança com problemas de ouvido deve ser avaliado a: 
 
 Dor de ouvido. 
 Secreção purulenta no ouvido. 
 Tempo de duração da secreção purulenta no ouvido. 
 Tumefação dolorosa ao toque na parte posterior do pavilhão auricular. 
 
 
No formulário de registro os passos para avaliação e classificação dos problemas de ouvido são: 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___ 
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido. 
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa 
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido. 
 
Use otoscópio quando disponível 
 
 
 
Para isso, pergunte e observe para TODAS as crianças doentes atendidas: 
 
 A criança tem um problema de ouvido? 
 A criança tem dor de ouvido? 
 Há secreção de ouvido? Em caso afirmativo, desde quando? 
 Observe se há secreção purulenta no ouvido. 
 Palpe para verificar se há tumefação dolorosa ao toque na parte posterior do pavilhão auricular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.2. CLASSIFIQUE OS PROBLEMAS DE OUVIDO 
 26 
 
Existem quatro classificações para os problemas de ouvido: 
 
 Mastoidite. 
 Infecção aguda do ouvido. 
 Possível Infecção Aguda do ouvido 
 Infecção crônica do ouvido. 
 Não há infecção do ouvido. 
 
 
 
 
 
 
 Tumefação dolorosa ao toque atrás 
 da orelha. 
 
 
 
 
MASTOIDITE 
 
 
 Dar a primeira dose de um 
 antibiótico recomendado. 
 Dar uma dose de analgésico. 
 Referir URGENTEMENTE ao 
 hospital. 
 
 
 Secreção purulenta visível no 
 ouvido há menos de 14 dias, ou 
membrana timpânica hipermiada, 
abaulada ou perfurada.. 
 
 
 
 
 
INFECÇÃO AGUDA 
DO OUVIDO 
 
- Antibiótico recomendado por 
 .10 dias 
 Dar uma dose de analgésico. 
 Secar o ouvido com uma 
mecha se tem secreção. 
 Marcar o retorno em 5 dias. 
 
 
 Dor no ouvido 
 
 
POSSÍVEL INFECÇÃO 
AGUDA DO OUVIDO 
 Dar analgésico para a dor. 
 Marcar retorno em 2 dias 
 
 Secreção purulenta visível no 
 ouvido há 14 dias ou mais. 
 
 
 
INFECÇÃO CRÔNICA 
DO OUVIDO 
 
 Secar o ouvido com uma mecha. 
 Marcar o retorno em 5 dias. 
 
 Não tem dor de ouvido e não foi 
 notada nenhuma secreção 
 purulenta no ouvido. 
 
 
NÃO HÁ INFECÇÃO 
DO OUVIDO 
 
 Nenhum tratamento adicional. 
 
 
Utilizar otóscopio se disponível . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXERCÍCIOS 
 
 27 
 
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro. 
 
 Caso 1: Carmen 
 
 Carmen tem 3 anos. Pesa 13 Kg. Tem temperatura de 38 C. 
- Qual o problema da Carmen? 
- Carmen está com dor de ouvido há 3 dias. Tem também chorado muito. 
- Carmen tem mais alguma coisa? 
- Sim, Carmen tem estado com febre há 2 dias. 
- É a primeira consulta de Carmen por estes problemas? 
- Sim. 
O profissional não encontrou sinais gerais de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar. 
Não tem diarréia, É área sem risco de malária. A febre foi classificada como DOENÇA FEBRIL. 
- Como é problema de ouvido de Carmen? 
- Carmen tem tido secreções no ouvido que vai e volta desde um ano. 
O profissional palpou a parte posterior dos ouvidos da menina e sentiu que havia tumefação 
dolorosa atrás de um deles, mas não detectou secreção purulenta visível. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___ 
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido. 
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa 
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido. 
 
Use otoscópio quando disponível Caso 2: Paula 
 
 Paula tem 18 meses. Pesa 9 Kg. Tem temperatura de 37 C. 
- Qual o problema da Paula? 
- Paula está com secreção de ouvido há 3 dias. Não está comendo bem. 
Paula não apresenta sinais gerais de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar. Não 
tem diarréia nem febre. É a sua primeira consulta por este problema. 
- O que mais Paula sente no ouvido? 
- Paula não tem dor de ouvido, mas noto que sai uma secreção amarelada do ouvido direito. 
O profissional palpou a parte posterior dos ouvidos da menina e sentiu que não havia tumefação 
dolorosa atrás dos ouvidos, mas detectou secreção purulenta visível no ouvido direito. 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___ 
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido. 
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa 
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido. 
 
Use otoscópio quando disponível 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO E ANEMIA 
 
 28 
Uma mãe pode levar seu filho a uma unidade de saúde porque a criança tem uma doença aguda. A 
criança talvez não tenha queixas que indiquem desnutrição ou anemia. Porém, uma criança doente 
pode estar desnutrida e o médico ou a mãe talvez nem notem o problema. 
 
Uma criança com desnutrição grave está mais exposta a vários tipos de doenças, têm infecções mais 
graves, e maior risco de morrer. Mesmo crianças com desnutrição leve e moderada têm um crescente 
risco de morte. 
 
A identificação e o tratamento de crianças com desnutrição pode ajudar a prevenir numerosas 
doenças graves e a morte. Alguns casos podem ser tratados em casa. Os casos graves devem ser 
referidos ao hospital para tratar as complicações mais freqüentes, receber alimentação especial, 
transfusões de sangue ou um tratamento específico para a doença que contribui para a desnutrição. 
 
Um dos tipos é a desnutrição protéica-calórica. Esta se desenvolve quando a criança não obtém de 
seus alimentos suficiente energia ou proteínas para satisfazer suas necessidades nutricionais. Uma 
criança que tenha apresentado doenças agudas com freqüência também pode desenvolver desnutrição 
protéica-calórica. Nesta desnutrição: 
 
 A criança pode sofrer emagrecimento acentuado (marasmo). 
 A criança pode desenvolver edema (kwashiorkor). 
 A criança pode associar edema com emagrecimento acentuado (kwashiorkor-marasmático). 
 
Uma criança cuja dieta não fornece as quantidades recomendadas de vitaminas e minerais essenciais 
pode desenvolver carência nutricional específica. A criança talvez não coma quantidades suficientes 
recomendadas de certas vitaminas (como vitamina A) ou minerais (como ferro). 
 
A falta de consumo de alimentos que contém vitamina A pode trazer como resultado a deficiência de 
vitamina A, com o risco de morrer em conseqüência de sarampo e diarréia. As formas mais graves 
de hipovitaminose A levam a alterações oculares com risco de cegueira (cegueira noturna, 
xeroftalmia ou queratomalácea). 
 
A anemia ferropriva é a carência nutricional de maior prevalência na infância. A falta de alimentos 
ricos em ferro podem levar à anemia. Uma das causas mais freqüentes em nosso meio é o desmame 
precoce e inadequado. Uma criança também pode desenvolver anemia como resultado de: 
 
 Infecções. 
 Infestações por parasitas como ancilóstomos ou tricocefálos. 
 Malária. 
 
7.1. AVALIE A DESNUTRIÇÃO E ANEMIA 
 
No formulário de registro os passos para avaliação e classificação da desnutrição e anemia são: 
 
A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA 
  Observe se há emagrecimento acentuado? ___ 
  Verifique se há edema em ambos os pés ___ 
  Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___ 
  Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo ___ 
  Avalie se há ganho insuficiente de peso ___ 
 
 
 
 
Para isso, observe e palpe para TODAS as crianças doentes atendidas: 
 
 29 
 Observe se há emagrecimento acentuado. 
 Observe se há palidez palmar. 
 Observe e palpe para verificar se há edema em ambos os pés. 
 Determine o peso para idade. 
 Observe o cartão da criança. 
 
Na avaliação do peso para a idade se compara o peso da criança com o peso de outras crianças da 
mesma idade. O gráfico do MS/OMS segue o padrão do NCHS. 
 
A linha inferior representa o valor médio (meninos e meninas) de –3 Z SC (Percentil P-01). 
A linha do meio representa o valor médio (meninos e meninas) de –2 Z SC (Percentil P- 3). 
A linha superior representa o valor médio (meninos e meninas) de +2 Z SC (Percentil P-97). 
 
O Z escore (Z SC): é o desvio do valor observado para um determinado indivíduo, do valor da média 
da população de referência, dividido pelo desvio padrão para a população de referência. 
 
Z SC = Valor observado – valor médio da referência 
 Desvio padrão da população de referência 
 
Observe: o ponto está acima, no meio, ou abaixo da curva inferior: 
 
 Abaixo da curva inferior: ( P 0,1 ou – 3 DP), a criança tem peso muito baixo para a sua idade. 
 Entre as 2 curvas inferiores (entre P 3 e P 0,1), a criança tem peso baixo para a sua idade. 
 Na linha ou acima da curva do meio (P 3 ou – 2 DP), o peso não é baixo para a sua idade. 
 
7.2. CLASSIFIQUE O ESTADO NUTRICIONAL 
 
Existem quatro classificações para o estado nutricional da criança. 
 
 Desnutrição grave. 
 Peso muito baixo. 
 Peso baixo ou ganho insuficiente. 
 Peso não é baixo. 
 
 
 
- Apresentar e discutir a Curva de Crescimento do AIDPI e a utilizada atualmente pelo MS/Cartão 
da Criança. 
- Controle do crescimento e desenvolvimento (Anexo 3) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO: A criança tem 27 meses de idade e pesa 8.0 kg. Esta é a maneira a qual o profissional 
de saúde determinou o peso para a idade da criança. 
 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Emagrecimento acentuado 
 visível (marasmo) ou 
 
DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
 
 Dar vitamina A. 
1 
Esta coluna vertical mostra o peso 
da criança 
8,0 kg 
2 
Esta linha mostra a idade da 
criança 
27 meses 
3 
Este é o ponto onde as linhas 
idade e peso se encontram. 
Com este ponto está abaixo da 
curva inferior, a criança está 
com peso muito baixo para a 
idade 
 31 
 Edema em ambos os pés 
(Kwachiorkor) 
 
 
  Tratar a criança para evitar 
 hipoglicemia. 
 Recomendar à mãe para manter 
 criança agasalhada. 
 Referir URGENTEMENTE 
 para tratamento. 
 
 
 Peso muito baixo para a idade 
 (abaixo da linha inferior do cartão) 
 
 
 
 
 
PESO MUITO 
BAIXO 
 
 Avaliar a alimentação da 
 criança e ensinar à mãe a 
 tratar a criança em casa. 
 Para crianças < 6 meses, se a 
 amamentação for um problema, 
 marcar retorno para 2 dias. 
 Marcar retorno em 5 dias. 
 
 
 Peso baixo para a idade 
 (entre as duas linhas inferiores 
 do cartão) ou 
 Ganho de peso insuficiente 
 
 
 
 
PESO BAIXO OU 
GANHO 
INSUFICIENTE 
 
 Avaliar a alimentação da 
 criança e orientar à mãe a 
 tratar a criança em casa. 
 Para crianças < 6 meses, se a 
 amamentação for um problema, 
 marcar retorno para 2 dias. 
 Marcar retorno em 30 dias. 
 
 
 Peso para a idade não é baixo e 
 nenhum outro sinal de 
 desnutrição 
 
 
 
 
PESO NÃO 
É BAIXO 
 
 Se < 2 anos de idade, avaliar a 
 alimentação da 
 criança e orientarà mãe a 
 tratar a criança em casa. 
 (Recomendações para a 
 Alimentação da Criança 
 (Saudável ou Doente). 
 
 
 
7.3. CLASSIFIQUE A PALIDEZ PALMAR 
 
Segundo o grau de palidez palmar, a criança se classifica como tendo: 
 
 Anemia grave. 
 Anemia. 
 
 Palidez palmar grave 
 
ANEMIA GRAVE  Referir URGENTEMENTE 
 ao hospital. 
 
 Palidez palmar leve 
 
 
ANEMIA 
 Dar ferro. 
 Afastar malária (áreas de risco) 
 Dar mebendazol (1 ano ou mais 
e não tiver tomado nos últimos 
6 meses ). 
 . 
 Avaliar alimentação e orientar 
 sobre alimentos ricos em ferro. 
 Marcar retorno em 14 dias 
 
EXERCÍCIOS 
 32 
 
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro. 
 
 Caso 1: Nádia 
 
 Nádia tem 18 meses. Pesa 7 Kg. Tem temperatura de 39 C. 
- O que é que a Nádia tem? 
- Nádia está com febre há 5 dias. 
Nádia não tem sinais de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar. Não tem também 
diarréia. Não tem problema de ouvido. É a primeira consulta de Nádia. Ao exame físico, o 
profissional observou que Nádia não tem rigidez de nuca, petéquias ou abaulamento de fontanela. 
Não tem coriza. Notou que Nádia tem emagrecimento acentuado visível. Não há palidez palmar. 
Não tem edema em ambos os pés. A seguir determinou o peso para a sua idade. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___ 
Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com: 
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___ 
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___ 
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___ 
Houve febre todos os dias? ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___ 
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido. 
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa 
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido. 
 
 
A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA 
  Observe se há emagrecimento acentuado? ___ 
  Verifique se há edema em ambos os pés ___ 
  Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___ 
  Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo ___ 
  Avalie se há ganho insuficiente de peso ___ 
 
 
 
 Caso 2: Felipe 
 33 
 
Felipe tem 11 meses. Pesa 8 Kg. Tem temperatura de 37 C. 
- O que é que Felipe tem? 
- Felipe tem uma tosse seca há 3 semanas. 
- É a primeira vez que Felipe vem por este problema? 
- Sim. 
Felipe não apresenta sinais de perigo. Não tem diarréia. Não tem febre. Não tem problema de 
ouvido. O profissional ao exame físico observou que a freqüência respiratória é de 41 rpm. Não 
apresenta emagrecimento acentuado visível. As palmas das mãos estão muito pálidas e parecem 
quase brancas. Não há edema dos pés. O profissional determinou o peso de Felipe para a sua 
idade. 
 
 Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C 
 PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___ 
 AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE 
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: 
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___ 
 Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___ 
 
Sim ___ Não ___ 
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm 
  Respiração rápida? ___ 
  Observe se há tiragem subcostal ___ 
  Verifique se há estridor ou sibilância ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___ 
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: 
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___ 
 Inquieta ou irritada? ___ 
  Observe se os olhos estão fundos ___ 
  Ofereça líquidos a criança. A criança: 
 Não consegue beber ou não bebe bem? ___ 
 Bebe avidamente, com sede? ___ 
  Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior: 
 Muito lentamente (> 2 segundos) ___ 
 Lentamente ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___ 
Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com: 
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___ 
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___ 
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___ 
Houve febre todos os dias? ___ 
 
 
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___ 
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido. 
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa 
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido. 
 
 
A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA 
  Observe se há emagrecimento acentuado? ___ 
  Verifique se há edema em ambos os pés ___ 
  Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___ 
  Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo ___ 
  Avalie se há ganho insuficiente de peso ___ 
 
 
 
 
 Caso 3: Marcelo 
 
 34 
Marcelo tem 9 meses. Pesa 5 Kg. Tem temperatura de 37 C. 
- O que é que o Marcelo tem? 
- Marcelo está com diarréia há 5 dias. 
- Viu sangue nas fezes? 
- Não. 
Marcelo não tem sinais de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar. Não tem também 
febre. Não tem problema de ouvido. É a primeira consulta de Marcelo. Ao exame físico: não está 
inquieto nem irritado. Não tem os olhos fundos. Tem sede e está ansioso para tomar a água que 
lhe oferecem. Ao sinal da prega, a pele volta lentamente ao estado anterior. A seguir o 
profissional verificou se havia sinais de desnutrição ou anemia. O menino não tem 
emagrecimento acentuado visível. Não apresenta palidez palmar. Não tem edema em ambos os 
pés.

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